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Era tudo real?

Foi uma ... emoção, talvez possa ser considerado uma sensação, um prenuncio .... muito inquietante, um sentimento estranho e peculiar, uma confirmação que talvez eu quisesse negar, talvez tudo seja um sonho? nada disso era real? um pesadelo criado pelo meu criativo cérebro? ou alguma negação composta pelo meu cérebro não aceitar a realidade? Eu ja nem sabia o que era real ....

Meus músculos ficaram rígidos, meus sentidos estavam entorpecidos graças ao choque, eu não caí de bunda no chão de forma patética, pois eu nem sabia agora onde eu estava, eu me senti perdido e ..... sozinho? aquela mala preta parecia me olhar ..... zombar .... ou talvez fosse meu cérebro pregando peças sobre minha pessoa, minha respiração irregular só serviu para piorar uma situação já confusa, eu só observava aquela mala preta, preta ao ponto de eu ver olhos nela ... até o mundo voltar ao normal, sem forças nas minhas pernas eu me sentei no chão a força e fiquei de pernas cruzadas enquanto olhava a mala, agora ela só parecia uma mala preta de couro bem ordinária, sem olhos ou nada que indique uma criatura ..... mas o que foi essa sensação? medo genuíno ou algo maior? eu não sabia o que responder ...

Fiquei no silencio com minhas pernas cruzadas, só esperando o momento onde elas recuperariam a força e coragem, esperando para ver o que tinha dentro da maleta e o maldito que havia deixado ela na frente de sua porta, ele jurou que quem fez isso com ele ia pagar, após minutos que mais pareciam com anos se passando, com uma força tirada de uma pequena coragem criada, eu me levantei decisivo, estendi a mão e tirei a mala de couro preta do chão, ela parecia meio pesada, voltei ao apartamento enquanto fechava a porta e trancava com medo de algum maluco invadir minha casa a qualquer momento.

Anderson não se lembrou do aplicativo App World, ele o esqueceu em menos de 5 minutos ao ver  sua série favorita, para ele aquilo era só uma fraude troll de algum maluco meio sadomasoquista com fetiches no sobrenatural que coincidentemente era um hacker, então para ele a mala era de alguém de fora que por algum motivo deixou com ele, com o nervosismo ele nem pensou em perguntar pela área se alguém tinha possivelmente perdido a mala, já que podia ser visto como algum homem de negócios batendo na porta de algum cliente, ele poderia perceber que estava errado ao bater porta e foi para o apartamento do cliente, onde este homem teria esquecido a mala em frente a porta de um residente sortudo, nesse caso era Anderson o tal sortudo.

Ele estava nervoso e irritado, então nem demorou muito e abriu a mala com tudo, ela sequer estava trancada, parecia que foi ..... proposital? quem deixaria uma mala sem cadeado? a pessoa não tem medo de ser roubada? o conteúdo dela paralisou mais uma vez Anderson, agora não foi sentimento terrível de medo e descrença, agora foi o choque por felicidade e estranheza? havia muito dinheiro na mala, todas eram notas em espécie, todas eram notas em .... dólar? porque não em real?

-" .... A-ai ..... que merda!" como um campainha, Anderson se lembrou de um certo app suspeito.

-" Que merda!" ele quase praguejou de ódio.

Sem esperar mais um segundo ele ligou o notebook desligado e, tentou acessar mais um vez o App World, a página abriu e ele foi sem pestanejar no 'conjunto de leis universais', tudo parecia normal .... até as ultimas leis, elas estavam diferentes, agora aparecia que o ser humano pode ter "poderes", magia "meio" que existe e espíritos com certeza existem, o outro lado é real e ja esta tentando se comunicar com a realidade.

-" Mas o que? como ..... alguém me hackeou?"

Anderson estava certo que tinha muitas coisas diferentes nessas tais leis universais, ele se lembra que os seres humanos não podiam ter poderes, que a magia era algo falso e que espíritos eram ditos irreais também, todavia agora existia uma .... lei extra? porque existia algo a mais? seu conteúdo era: "O outro lado é real e ja esta tentando se comunicar com a realidade"

-" Que porra é essa? i-isso .... i-isso ... deve ser falso, eu nego, eu nego tudo isso-"

Uma bolinha vermelha surgiu em cima da aba 'Atendimento ao usuário', foi como se quisesse contra argumentar Anderson, ele percebeu a bolinha vermelha em uma aba que ele não tinha acessado antes, com leve medo bem peculiar ao ver esta bolinha aparecer do nada, receoso ele pegou o mouse e clicou, a tela foi trocada para uma página que tinha um robozinho azul no canto inferior esquerdo, ele tinha um balão que conectava a ele, onde tinha algumas palavras escritas, no resto da página só tinha o branco, não tinha nenhuma área para escrever e mandar mensagem, uma coisa muito estranha em uma pagina de atendimento ao cliente.

Enquanto ponderava sobre as estranhezas, Anderson observou o robozinho, ele era todo branco e tinha detalhes em azul no peito, era um circulo para ser mais exato, a fala do robozinho "dizia":

[ Parabéns por alterar pela primeira vez sua realidade!]

Alterar a minha realidade? o que eles estão alegando? o que esse robô-

[ Eu não sou nenhum tipo de maquina do seu mundo ou sequer da sua realidade, nem desse multiverso inteiro, eu sou uma existência acima da ... sua, um ser acima da 3° dimensão, então não me chame de robozinho.]

Como ele sabe o que pensei? que porra esta acontecendo-

[ Você é bem incrédulo mesmo humano, bom vou causar uma dor de cabeça bem forte em você, não vai haver sequelas então não fique preocupado, acho que isso vai comprovar o que digo.]

-" Dor de cabeça? não ficar preocupado? o que esta-"

Uma dor de cabeça esmagadora atingiu Anderson que apenas fechou a boca, sua cabeça doeu tanto que ele nem pode gritar, pois ele sabia que esse ato faria doer ainda mais sua cabeça, eram dores extremamente desconfortáveis, a cabeça dele parecia que ia explodir, isso passou em 5 segundos, o que para ele pareceu 5 séculos.

-" Que porra? então ... então era real? era tudo real? isso não foi feito por um adolescente?"

[ Claro que não, pensei que fosse óbvio, bem vejo que você alterou a realidade sem saber disso ... você é burro ou algo semelhante? quem escreve algo sem saber se vai acontecer ou não? sua mudança de realidade já afetou muitas pessoas, e olha que enviei bastantes avisados e mesmo assim você ignorou.]

-" Afetei ... pessoas? você quer dizer .... aquilo do ... outro lado?"

[ Sim isso mesmo, esse tal outro lado do Rpg de mesa, certo? isso afetou mais de 10 milhões de humanos em todo o mundo até o momento, devo dizer que escolheu algo interessante ... pois pensei que você fosse escolher qualquer outra coisa, estando feliz ou não com o resultado, espero que aproveite.]

-" Espera eu .... quero mudar, como eu faço? eu quero excluir isso."

[ Deseja excluir essa lei? isso é impossível jovem .... o máximo que você consegue é modificar ela, todavia você só consegue acrescentar conteúdo e não pode mudar o já existente, só que você tem que completar o ciclo para isso.]

Um som de pim soou do notebook e uma nova aba surgiu na tela, uma aba onde estava escrito 'Ciclo', Anderson inconscientemente clicou nesta aba e viu um circulo conhecido por ele, era um gráfico de "pizza" que só tinha conteúdo desconhecido, e tinha mais conteúdo para baixo da tela, tinha informações sobre o que era ciclo e como completar, basicamente alegava que você tinha um objetivo a cumprir ao apertar em 'aplicar mudanças', e no fim tinha um objetivo escrito o seguinte:

{ Para editar e liberar um novo ciclo, você deve possuir um Next de 50% de exposição paranormal}

{ Seu atual Next é de 0,1% de exposição paranormal, o motivo é que é mais difícil evoluir seu Next na vida real}

-" Como-o? tenho que ter um Next de 50%? poucos no Rpg conseguem chegar nesse nível sem sofrer sequelas graves .... e todos possuem um grupo, mas querem que eu consiga sozinho?"

O chamado Next no Rpg de ordem paranormal, nada mais é que a experiência de subir de nível, o problema é que é complicado de subir de nível em ordem paranormal, todos dão o sangue no jogo para subir no máximo 5% contra algum pequeno boss, e os inimigos regulares talvez de uns 2% no máximo em cada seção, ou seja, ele teria que matar muitos seres do outro lado.

Voltando ao 'atendimento ao usuário', o que parecia um robozinho alegou:

[ Devido a complexidade de você levar essa máquina que contém memórias e muitos programas, eu vou para seu smartphone e falarei com você por lá, seu Next também vai estar em seu celular caso deseje descobrir seu progresso.]

Então um som de Ding foi ouvido na mesa da sala, Anderson foi até a mesa e pegou o telefone, em poucos segundos percebeu que o App World estava em seu celular agora.

-" Que atencioso, não? bom .... eu preciso ir para um lugar com muita morte ... onde a membrana esta fina ....."

Anderson podia não ligar para nada disso e fingir que não era com ele, contudo as mortes iam acontecer e ele ia ter um peso enorme em sua consciência, ele tinha que fazer algo quanto a isso, já que ele foi causa disso tudo.

E sobre a membrana, nada mais é que uma espécie de barreira que impede o outro lado de se manifestar na realidade, local com a membrana fina ou prejudicada, resulta em seres do outro lado surgindo, corpos mortos viram os zumbis de sangue ou outras criaturas paranormais, sinceramente foi uma merda escolher esse universo para virar real.

Anderson se lembra que um spin-off da série teve um personagem que foi torturado na hora da morte, ele foi manipulado mentalmente para infligir dano nele mesmo, ele teve que arrancar a própria lingua e como não tinha faca, esse personagem fez essa façanha com os dentes, foi forçado a se ajoelhar em frente a criatura paranormal, além de claro ter todas as memórias apagadas enquanto seu corpo derretia em acido já que seu coração começou a produzir ácido ao invés de sangue, tudo porque a criatura tocou um dedo nele, este personagem tinha um Next de 45%, tudo feito por uma criatura paranormal extremamente forte.

Agora imagina esta criatura que foi denominada de 'Estrangeiro', se Anderson se encontrar com ele, a morte é certa e sem pestanejar ele vira um assecla sem cérebro dele ou no pior dos casos morre sem saber da sua vida pensando que é alguém ruim.

Um arrepio na espinha atingiu todo o corpo de Anderson, ele não queria ter um fim tão horroroso e perturbador, ele respirou profundamente e expirou suavemente, ele tentou relaxar os músculos e diminuir a tensão do corpo, analisando friamente a situação o melhor a fazer era ..... desistir, mesmo tendo conhecimento completo no Rpg, agir em uma situação onde sua vida esta em risco é complicado, mesmo o criador da série ia tremer de medo, é igual a frase de um vilão desse Rpg: "saber tudo é perder tudo."

Anderson voltou a tela do celular e quis voltar a falar com aquele robozinho, até ouvir um grunhido meio baixo que estranha do outro lado da parede, aquele era um apartamento de uma vizinha que tinha se mudado recentemente, ele pensou que fosse de algum filme que ela estivesse vendo, até ver a mensagem no seu celular.

{ Você ganhou 0,01% de Next ao ouvir uma criatura paranormal a uma distancia pequena.}

{ Seu atual Next é 0,11% de exposição paranormal.}

-" O que? eu ... subi em Next? então .... tem uma criatura paranormal no lado ..... da minha casa?"

Anderson ficou severamente preocupado, ele esperava que estivesse bem longe dele, agora que um estava muito perto, ele esqueceu de se acalmar e o nervosismo começou a tomar conta dele, ele só foi sair desse estágio com um "Ding" do seu celular, era o robozinho.

[ Não tema Anderson, as criaturas que chegaram a seu mundo são em sua maioria ..... bem fracas então você atualmente consegue cuidar da maioria deles, já que você tem um dos maiores Next do mundo.]

-" Hã? espera ... existem pessoas que também conhecem o Rpg .... então, elas também tem o mesmo Next que o meu?"

[ Você é um caso bem especial, como criador da lei você com certeza sabe correlacionar as duas coisas, mas o resto não vai saber .... então você tem a vantagem sobre as outras pessoas.]

Anderson pareceu que tinha sido injetado com uma dose de confiança, ele foi para um quartinho e pegou uma mochila velha de camuflagem do exercito, ele havia usado essa mochila para servir ao quartel, claro que ele usou outras mochilas e tals, só que era nessa onde ficava os materiais de campo, dentro dela tinha muitos objetos, indo de rações a lanternas e escondido debaixo de todas essas coisas, tinha um pequeno facão que ele usava para cortar o mato, ele deixou o pequeno facão mais perto do topo da mochila e foi em direção a saída do apartamento.

Espero que gostem disso, vou ficar off por um tempo já que estou focando na faculdade, até logo

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I hope you like this, I'm going to be offline for a while as I'm focusing on college, see you later

Solitario90creators' thoughts