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Vida insignificante

Dentro de uma sala de aula, no país X, parecia estar tudo normal e tranquilo. Alunos conversavam incessantemente entre si, pareciam animados. O professor passava a matéria no quadro, não pensando em reprimir a animação dos estudantes atrás de si.

"você ouviu? Parece que vamos fazer um intercâmbio para outra escola e a nossa sala foi a escolhida!" - disse uma garota, que parecia animada e eufórica.

"Sim. Estou igualmente alegre com isso! Se bem que já era de se esperar, afinal, somos considerados a melhor turma." - a garota respondeu, orgulho preenchendo sua voz aguda.

A garota, que acabará de falar com bastante orgulho, avistou de canto de olho uma outra colega sua olhando para a paisagem fora da sala. Ela estava sentada silenciosamente perto da janela, sua cabeça repousando em sua mão. Um olhar distante preencheu seus olhos e embora sua aparência fosse comum, sua aura era solitária e por algum motivo parecia desconfortável para quem estivesse perto. Frieza emanava de sua pessoa.

A garota orgulhosa, enquanto olhava para a outra garota perto da janela, parecia pensativa e estar esitando alguma coisa. Sua boca abria e fechava, até que finalmente resolveu falar.

"Ei, Seren, o quê foi? Não está animada para o intercâmbio?"

Após a menina fazer tal pergunta, as garotas que estavam ao seu redor ficaram em silêncio, fazendo expressões estranhas ou de desprezo.

"oh? A, sim, estou." - respondeu a garota cujo nome parecia ser Seren. Após sair de seu desvaneio, parecendo surpresa, ela olhou para a garota que havia conversado com ela.

Puff.

Ouviu-se risadas baixas de sarcasmos, vozes femininas e irritantes se misturavam uma na outra.

"o que você esperava, Miya? Ela sempre foi assim. Dando respostas vagas e sem emoção, como se fosse superior." - disse say, que estava do lado de Miya, a garota que havia perguntado a Seren.

"Não sei por que você ainda tenta falar com ela." - complementou outra menina , amiga de say.

Parecendo constrangida, Miya se encolheu levemente, lançando olhares tímidas para as outras garotas á sua volta e logo em seguida para Seren. Havia serenidade em seu olhar e, embora estivesse sendo zoada e desprezada por outras garotas, não parecia zangada ou ao menos chateada. Como se tudo aquilo fosse normal para ela. Esse tipo de coisa parecia acontecer com frequência com a mesma.

Ao perceber o constrangimento de Miya, um minúsculo sorriso apareceu nos lábios de Seren. Embora sua aparência fosse considerada normal, seu sorriso, por mínimo que fosse, pareceria o desabrochar de uma flor. Ela então virou o rosto e voltou a olhar para a paisagem do lado de fora da janela. Ela não parecia interessada em devolver as palavras rudes direcionadas a ela.

Sentindo que pareciam ter socado algodão, as garotas que zombavam de Seren fecharam a cara, percebendo que não iriam obter resposta, como sempre.

"Ignorem ela, vamos ver até onde ela irá."

Say disse, ódio acumulando em seu coração. Verdade seja dita, embora Seren tivesse uma aparência comum, ela tinha um charme e uma presença que ninguém conseguia ignorar. Say sempre a odiou por ser sempre considerada a mais inteligente da escola.

As garotas logo lançaram um olhar de zombaria para Seren, antes de voltarem a conversar entre si, ignorando totalmente a garota ao lado da janela. Miya, embora participasse da conversa, as vezes olhava de canto para Seren. embora seus olhos houvesse desejo de a conhecer, em seu coração ela tinha medo de ser rejeitada. Ela ouviu todo tipo de coisas ruins sobre a garota, mas nunca se levou por tais rumores. Seren aos seus olhos só era silenciosa, mas nunca uma pessoa odiosa como diziam.

O horário passou com o tempo. Logo foi a hora de voltarem para casa. Todos os estudantes, sem excessoes, pegaram seus materiais e saíram da sala. A única que parecia ter sobrado era Seren - que juntava suas coisas, que já não eram muitas - de forma lenta e sem pressa. Ao terminar, ela pegou sua bolsa, saiu da escola e caminhou em direção á sua casa. Ela caminhava tranquilamente e mesmo em tal velocidade, ela conseguiu chegar rapidamente em casa, considerando que a mesma não era muito longe da escola.

Ela pegou suas chaves, abriu a porta de sua casa e entrou, trancando a porta novamente.

"Voltei."

Disse a garota, para o vazio. Ela não se abalou por não receber respostas, na verdade, ela já esperava por isso. Sua mãe e seu pai morreram em um acidente de carro quando ela tinha somente 6 anos. Seus tios a pegaram para criar, mas sempre a tratavam como inferior e também a obrigavam a cuidar de toda a casa sozinha. Ela lavava roupas, limpava a casa e fazia a comida e mesmo assim nunca recebeu um único obrigado. Claro, não demorou muito para ela se cansar de tudo isso e aos 15 anos começou a trabalhar escondida de seus tios de manhã, para eles não pegarem seu dinheiro. Ela juntou durante 2 anos dinheiro suficiente para alugar uma casa perto de sua escola e se mudou, sem arrependimentos. Sempre que era perguntado sua ausência na parte da manhã ela respondia que era por causa do clube de música em que estava e que ia a escola para treinar.

Seren sem pensar muito foi para o seu quarto, deixou sua mochila ao lado de sua cama e se jogou na sua cama. A sensação reconfortante que aquele colchão macio a trazia era de outro mundo. Ela olhava para o teto pensativa, antes de se levantar e caminhar até seu pc, sentando-se na cadeira em frente a mesa. Ela ligou seu computador e logo entrou em seu jogo favorito, o "heavenly cultivation". Como o próprio nome já disse, é um jogo sobre cultivo de artes marciais.

Seren abriu um sorriso sincero, seus olhos cheios de amor. Realmente, ela não era muito sociável na vida real e sempre foi julgada pelas pessoas a sua volta por causa disso. Dentro dos jogos, ela poderia ser quem ela quisesse, sem medo algum. Sua facilidade em se comunicar era surreal. Mas infelizmente esse sorriso se foi de seu rosto rapidamente assim como veio. Tédio encheu seus olhos, pois, embora ainda se divertisse jogando, já não havia mais graça pois conquistou o top 1 do jogo de forma mundial, ultrapassando em muito o top 2. Ela poderia jogar outros jogos, mas por ser viciada neles, ela já havia jogado quase todos, sem exceção e enjoado também.

Enquanto se sentia perdida, ela ouviu um barulho estrondoso. A última coisa que viu foi um clarão, antes da escuridão encher sua visão.

"Só deve ser brincadeira..."

Esse foi seu último pensamento antes de apagar. Um raio havia atingido sua casa, sua força grande o suficiente para quebrar o teto de sua casa e cair diretamente em sua cabeça. Ela se sentiu indignada por ter morrido de forma tão idiota e lamentável. Ela pensava que esse era o fim, mas só foi o começo de uma jornada inesquecível.

está gostando? interaja comigo! isso me faz muito feliz.

Nephilimpkmcreators' thoughts