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23. Perfect for each other.

Emeraude estava parada no corredor da mansão das Hamilton's por alguns minutos.

Olhando a forma que a polinésia apertava as nádegas de Audrey por cima de suas coxas, não era exagerado, porém para Emeraude não parecia agradável. E o beijo lento, cheio de mordidas e sorrisos que parecia interminável.

— Isso é realmente oficial então? — Simmons não se aguentou, sua cara parecia de medo, mas era só de choque ou algo parecido, depois de presenciar o amasso que se iniciava ali. — POR DEUS SE NÃO FOR! PUTA MERDA! EU ACHEI QUE NUNCA FOSSE TERMINAR!

— AH! — Audrey caiu para o lado, assustada com a forma rápida que sua amiga falava. — Que susto, porra!

— Se pegam mesmo. E muito. — Emeraude continuou seu monólogo. — Achei que só a Ema gostava de você. — A polinésia ficou vermelha, Hamilton apertou a coxa da namorada sorrindo. — Fico feliz que é recíproco.

— Pode. Falar. Com. Calma. — Audrey mandou, ficando irritada por Emeraude não dar uma pausa.

— Posso tentar, só sei que a Laa vai ficar louca quando souber.

— Já estou até imaginando a cena. — Ema caiu para trás, dramaticamente. — Ela vai surtar como você fez e depois ficar brava!

— Vai mesmo. — Hamilton concordou, ela não gostava de Ayla antes, mas aos poucos ela viu o quanto a latina fazia sua amiga feliz, então aceitou e aprendeu a gostar. — Ela não gostava de você perto de mim.

— Por ciúmes, Drey, é que Ayla não gostava das duas juntas porque achavam que era apenas amigas. — Simmons garantiu: — Agora isso passa, fica tranquila.

*****

Audrey estacionou frente a casa branca. Audrey? Exatamente, claro que por persistência e chantagem vindas de Ema. Ela teve que ir dirigindo de qualquer jeito.

Griffin desceu do carro, parando à espera da namorada para que seguissem pelas pedras até a porta da casa de Isa. Em frente a garagem fechado estava um carro vermelho, que as duas sabiam não pertencer a funcionária de Relações Públicas.

Por pressão Jenkins teve que ceder ao jantar, poderiam sair, mas seu namorado não gostava de fazer suas refeições à noite fora, ele era um tanto preguiçoso.

— Até que é legal. — Hamilton começou a alfinetar antes mesmo de que a assessora de sua mãe aparecesse.

— Ela nem abriu a porta ainda para você começar a implicar.

Audrey não teve tempo de abrir a boca, pois a porta foi aberta pela dona da residência.

— Olá! — Isa sorriu simpática, ela nem estava irritada mais por Audrey praticamente forçá-la a lhe oferecer um jantar. — Sejam bem vindas!

— Obrigada. — Ema agradeceu. — Está tudo bem?

— Tudo e com vocês? — Isa incluiu Audrey pois estava muito educada naquela noite e seria uma boa anfitriã. — Entrem!

Ema seguiu primeiro, Audrey logo depois e Jenkins esperou para fechar a porta.

— Sua casa é planejada? — Hamilton perguntou com ar de riso quando entraram no corredor.

A anfitriã parou e esperou Audrey se virar, encarou a negra com os olhos cerrados. Ema que estava mais a frente fez o mesmo, mas ficou quieta para observar o que se seguiria.

— Todas as casas são. — Retrucou segurando a vontade de revirar os olhos.

— Eu digo... — Hamilton pigarreou, segurando o riso. — É planejada para você.

— Não, por quê? — Isa franziu o cenho, esperando por algo idiota que saísse da boca da filha de sua chefe.

— Você precisa de uma casa planejada para anãs.

— Ah tá! — Jenkins murmurou com tédio.

— Audrey, coopere. — Ema pediu, ela queria rir, mas Audrey não merecia isso, ela não estava ao menos tentando ser amiga de Isa.

— Ok!

— Venham! — Jenkins passou na frente e guiou as duas até sua sala que era acoplada com a mesa de jantar e a cozinha que era separada apenas pelo balcão de granito. — Sintam-se à vontade, podem sentar...

Isa assim como as duas olharam para a panela que soltava um pouco de fumaça no fogão.

— Onde está seu namorado?

— Eu não sei... — foi em direção ao balcão, enquanto Audrey sentava-se no sofá marrom e Ema no braço do mesmo, olhando tudo com curiosidade. — O que está fazendo aí embaixo?

— Procurando uma panela, amor! — o homem respondeu revirando o armário debaixo, perto do balcão. — Onde você colocou?

— Qual panela? Não tem como eu saber...

— Achei! — falou e levantou quase num salto, não notando a presença das duas sentadas no sofá e de olhos arregalados, ele seguiu seu caminho continuando sua atividade. — Você fez uma bagunça ali embaixo!

— Ah! Eu?! — Isa fingiu não fazer ideia. — Sou totalmente inocente!

— Sei!

O casal no sofá estava perplexo, o namorado de Isa era muito alto, ainda mais para ela.

— Ah, Ethan... As meninas. — Isa apontou, virando para trás onde o casal estava. — Ele já conhece vocês então... Esse é o Ethan, meu namorado.

— Prazer, garotas! — Sanders acenou simpático e meio atrapalhado para as duas no sofá.

— Prazer, Ethan.

Ema levantou indo até Isa. Olhou para Audrey e passou as mãos por cima da cabeça da mulher de 1,52 metros.

— Uau! — Hamilton riu da brincadeira da namorada. — Ele é muito alto e você...

— Não começa você também! — Isa grunhiu. — Eu e suas coxas temos uma relação muito linda para ser estragada por você implicando comigo.

— Certo, não vou implicar contigo. — Ema riu. — Mas qual é a altura dele?

— 1,88! — Ethan respondeu e sorriu para Ema. — E essa coisa das coxas... Eu estou em desvantagem! — a polinésia gargalhou. — Não quero você tirando vantagem para cima da minha mulher! Poderia ao menos ter trago um sobretudo, você está me deixando em desvantagem nesse vestido!

— Isso é um conjunto, Ethan. — Isa explicou, rindo da brincadeira.

— Não importa! Ei, Audrey pode me ajudar?! — Sanders chamou a negra notando que ela só observava de longe, sem socializar. — Segure sua namorada! Ela está apelando com esses atributos e me deixando mal!

— Não se preocupe, Ethan, pode ser um pouco alto demais, mas deve ter o seu charme, tenho certeza.

— Eu tenho sim. — Sanders piscou repetidas vezes, tentando ser charmoso.

— Viram? Como não se apaixonar?! É o charme em pessoa! — Audrey falou sorridente, aproximando-se da namorada que sorria também, assim como Isa.

— Não se atreva! — Jenkins ordenou brincando, recebendo apoio de Ema:

— Não se atreva mesmo, Audrey Hamilton!

Ethan deixou as três de lado por um momento mexendo no molho, prestando bastante atenção no que fazia.

— Pode me ajudar aqui, baby? Preciso da sua opinião.

— Claro, amor.

Isa foi ajudar o namorado, enquanto isso Audrey passou os braços envolta da cintura de Ema, beijando o rosto da polinésia carinhosamente.

— Ela tem mesmo um namorado. — Hamilton sussurrou, vendo a baixinha com a mão esquerda na base das costas de Ethan e escorregando para baixo, mesmo que ela não tivesse malícia no momento pois estava ajudando o namorado com o molho — E é uma safada.

— Não jogue pedras no telhado dos outros se o seu é de vidro. — Ema praticamente cantou com um pouco de malícia.

— Então eu sou uma safada por querer tirar esse seu conjunto vermelho, por mais que você fique um pecado nele...

— Provavelmente...

— Olha, meninas, se quiserem usar o banheiro, eu fico feliz em oferecer. — Jenkins não perdeu tempo em implicar, quando se virou e viu as duas aos sussurros.

— Não é muito grande, mas cabe duas pessoas confortavelmente. — Ethan entrou na brincadeira para ajudar a namorada. — Nós não somos conservadores, então se quiserem ir.

— Vocês são perfeitos um para o outro. — Audrey elogiou pela primeira vez.

— Eu nem acredito que recebi um elogio!

— Não força. — Sanders avisou para Isa.

— Escuta ele!