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12. Impossible to hate her.

Ema balançou os pés para fora da cama de Audrey, enquanto digitava uma resposta para um site que afirmava que ela estava namorando com a filha da senadora.

— Deixei-os mais confusos sobre nós! — sorriu, fazendo Audrey revirar os olhos em brincadeira. Já tinha se passado alguns dias, desde a proposta que Alice fez.

A polinésia insistiu várias vezes com a Hamilton mais nova, que disse estar de acordo.

— Você sabe o que faz! — elogiou, pulando em Ema, mais especificamente nas coxas e nádegas dela. — Eu que vou à academia e você quem tem um corpo desses. — Pulou por cima da polinésia algumas vezes, rindo.

— Ah, intimidade... Dê dinheiro, mas não isso! — Ema brincou, sorrindo para a outra. — Se olha no espelho, Hamilton! Olha o seu corpo! — retrucou, Audrey saiu de cima da polinésia, que se levantou da cama em seguida.

Audrey caminhou em suas roupas curtas, que usava para fazer luta e exercícios, até o espelho perto da porta do closet. Ema a seguiu, ainda sorrindo.

Fez uma careta no espelho para a Hamilton e ficou atrás dela, fazendo uma pose, brincando.

— Que casal hein, nós! — Audrey brincou.

— Casalzão da porra! — Ema tapou a boca, após falar o palavrão. — Palavras de Ayla e Emeraude...

— Devíamos dar algo aos seguidores e shippers. — Sugeriu, piscando para o reflexo. — Qual o nome mesmo?

Audema? Auda?

— Emrey?

— Isso! — Audrey comemorou. — Vamos tirar uma foto, antes de sair.

— Sério?! — Ema revirou os olhos. — Ah, essa vida de pessoa pública me cansa.

Hamilton riu.

— Você adora isso. — Ema não admitiria nunca. — Vamos logo, me abraça.

— O quê? Não! — Ema balançou a cabeça em negação. — Não é você que recebe comentários terríveeeis quando fica atrás de você!

— Claro que não sou eu! Não tem como eu ficar atrás, já estando na frente! — retrucou irônica para o drama de Ema.

— Você entendeu, Audrey. — Insistiu, quase horrorizada.

— Você parece uma virgem, mulher, eles são desbocados mesmo, acham que a gente se pega! — falou o óbvio. — Então vão ter comentários um pouco...

— Entendi. — Ema interrompeu. — Mas eu vou na frente... Só para testar a teoria dos comentários.

— Certo. — Deu-se por vencida, passando Ema para frente de seu corpo.

*****

— Esse Tim não é o cara que falavam que você tinha um affair? — Ema agiu como quem não está perguntando nada demais. Sugou seu milk-shake, olhando para Audrey.

— Sério?

— Se não quiser responder, não precisa.

— É, é ele. — Confirmou. — Ele que me dá aulas de luta.

— Só luta mesmo, é?! — Ema brincou, maliciosa. — Corpo a corpo com um gato daqueles, hein...

— Você é impossível! — Audrey empurrou Ema, entrando na academia, enquanto ria.

— Estão olhando para nós... — sussurrou, inclinando-se para cima da negra.

— Estão assustados que você venha para academia tomando milk-shake. — brincou, fazendo Ema franzir o cenho ligeiramente. — A maioria aqui iria querer ter um corpo igual ao seu comendo esse tanto de porcaria que você vive colocando à boca.

— Audrey se o nosso namoro fosse real você teria acabado de falar que você mesma é uma porcaria. — A polinésia brincou, ainda inclinada e seguindo a Hamilton.

— Por quê?

— Você falou: "...comendo esse tanto de porcaria que você vive colocando à boca." — foi sugestiva o suficiente para Audrey entender.

— Ah! Que horror, Ema Jane! — a negra tentou empurrar, mais agarrando a polinésia do que outra coisa.

*****

— Três semanas que não aparece, Audrey. — Timothy falou de primeira, jogando seu charme rotineiro para Audrey. — Pensei que nunca mais voltaria.

Ema ergueu uma das sobrancelhas e sugou mais do líquido rosa do copo, olhando tudo em volta. Timothy reconheceu a loira das notícias que saia com Audrey, a mesma nem estava preocupada com o olhar avaliativo e questionador do homem.

— Drey, vou sentar em qualquer lugar, ok? — Ema perguntou, tentando descobrir uma opção que prestasse para poder esperar até treino terminar.

— Ok, Baby. — Audrey gesticulou, indo tirar seu tênis para ficar confortável na prática de exercícios.

— Ok, Baby. — Timothy murmurou, implicando enciumado. Ema riu, pois estava prestando atenção no homem.

*****

— Qual é o nome dela mesmo? — Timothy sussurrou para Audrey, que tentava lhe imobilizar de pé.

— Ema. — respondeu, franzindo o cenho. — Por quê?

— Ei, Ema! — a polinésia ergueu a cabeça, se distraindo das suas redes sociais, que tomavam boa parte de seu dia, desde o namoro com Audrey. — Vem aqui treinar um pouco, quero ver seu potencial.

Ema sentia o sarcasmo na voz de Timothy, sabia que ele estava com ciúmes de Audrey.

— Ok. — falou de forma inocente, fingindo não se desconfiar da intenção dele, que era claramente jogá—la de cara no chão, fazendo-a se sentir envergonhada e nunca mais voltar para acompanhar a namorada nas aulas.

— Pode se aproximar. — Timothy sorriu. — Você quer tentar me imobilizar?

— Do mesmo jeito que Audrey estava tentando fazer alguns instantes atrás?

— Sim, sim... Bem simples, não acha?

— Claro.

— Tim... — Audrey grunhiu, sabendo também das intenções do homem. Ela se afastou de Timothy, mesmo assim deixando Ema ao lado dele.

— Quando quiser. — Timothy fez um desafio implícito para Ema. Ela fechou um pouco os olhos, revelando para Audrey com os mesmo que sabia da intenção dele.

Sorriu, deixando Timothy desatento por alguns segundos. Com a mão esquerda, agarrou o braço esquerdo do homem, levanto para trás do corpo dele. E o braço direito no pescoço dele, jogando de joelhos no chão. Tudo isso em menos de 8 segundos.

— Uau!

— Fiz certo? — Ema perguntou, novamente usufruindo de sua falsa inocência. Ela queria mesmo é esfregar o rosto dele no tatame. Ema o soltou, jogando seu corpo para frente com certo desprezo. — Por essa você não esperava, não é?

— Não mesmo. — respondeu, sem olhar no rosto de Ema, sem ver o sorriso dela.

— Sou do subúrbio, lá aprendemos dessas coisas. — Deu de ombros, olhando para Audrey.

A negra fingiu correr para bater em Ema, mas acabou só pulando e abraçando-a.

— Você foi demais, garota!

— Obrigada, Drey. — Corou, sem poder se conter disso.

Audrey se afastou ficando ao lado de Timothy, que tinha se levantado.

— Vem? — chamou fazendo um gesto com a mão esquerda. Ema riu da brincadeira de Audrey.

— Não mesmo. — Negou, tendo uma ideia do que falar para fazer o homem sentir-se atingido em seguida: — Deixa o corpo a corpo para outra ocasião.

— Ela sabe mesmo o que falar. — falou quando Ema se afastou, indo se sentar onde estava antes.

— Ela devia deixar aquela língua dentro da boca, isso sim. — Audrey retrucou, fingindo estar envergonhada. Se fossem namoradas de verdade, realmente ficaria... Mas como não eram.

— Se deixasse, você não se divertiria!

— Fato, porém...

— Eu deveria odiá-la, mas não consigo. — Timothy falou, mostrando sua confusão estampada no rosto. — Por quê?

— É impossível odiá-la, Tim, sinto muito em te decepcionar...