webnovel

Life and Death: Lendas de Olímpia

Capa feita por @Killius_Catrence No meio de uma grande guerra por território entre orcs e elfos, surge um novo inimigo: os titãs. Criaturas tão antigas e poderosas quanto os próprios deuses, temidas por sua crueldade e sede de dominação. Diante de tal ameaça, os dois lados junto a seus aliados se juntam em um único grande exército com um só objetivo: Eliminar os titãs. Porém, mesmo com todo o mundo se unindo e combinando a magia dos elfos, a força dos orcs e a tecnologia avançada dos humanos, nada disso foi capaz de pará-los. Após derrota atrás de derrota,surge uma luz de esperança, os Deuses decidem interferir. Os panteões Grego, Nórdico, Japonês e muitos outros haviam entrado em um acordo, eles dariam seus poderes aos mortais para que os titãs pudessem ser banidos uma última vez. Anos depois, os poderes dos deuses acabaram se tornando parte do dia-a-dia das pessoas, as chamadas Dádivas Divinas são utilizadas mundialmente como uma forma de agradecer aos Deuses por sua ajuda. Nos tempos atuais, várias escolas especializadas em ensinar tudo sobre as Dádivas e seus usuários são chamados de Semi-Deuses. Em uma das mais famosas escolas de todas, Olímpia, localizada na cidade de Ivory, uma orc chamada Toga, Semi-Deusa da Natureza,sonha em ser a mais poderosa semi deusa de sua aldeia, mas seus planos são perturbados quando ela conhece um poderoso semi deus da morte, um Dullahan chamado Zakk que acaba a envolvendo em seus peculiares problemas familiares...

Carl_Saints · Fantasi
Peringkat tidak cukup
38 Chs

Primeiras Aventuras

O sol ainda iluminava Kurumin quando Zakk e Toga saíram de casa e adentraram a densa floresta atrás da residência, Zakk havia lido um livro com um assunto interessante: Viagem astral. Apesar de ter conhecimento sobre necromancia, ele ainda era apenas um novato sobre o assunto. Talvez se eu viajar pro mundo espiritual eu entenda melhor sobre os mortos. Foi o que ele concluiu.

O livro que ele leu, descreve que para ter contato com o mundo dos mortos ele deveria, primeiramente, ter um objeto querido por alguém que já havia morrido a muito tempo. Gallien, decidindo ajudar, lhe contou sobre um lugar afastado na ilha onde muitas pessoas haviam morrido, o lugar perfeito para procurar por um desses objetos.

Toga, sendo uma pessoa aventureira como sempre foi, decidiu acompanhá-lo. Ela havia lido vários livros mas não conseguiu achar nenhum assunto que a interessasse, mas talvez essa pequena aventura despertasse nela o interesse por algo, por isso os dois entraram nessa juntos.

-Por que esse interesse repentino pelos mortos?-Ela pergunta quando os dois já estavam a uma boa distância da casa.

-É um assunto meio complicado, meu pai descobriu alguns dias depois do Daniel fugir de casa que a nossa mãe biológica teve mais um filho, um que ela abandonou e que talvez estivesse morto naquela época.

-E você quer ver se ele tá morto mesmo?

-No começo esse era o objetivo, tanto que meu pai me insentivou a aprender o Redenção do Espírito, mas não importava o quanto eu tentava eu não conseguia trazer a alma dele, eu tentei dizer pro meu pai várias vezes que talvez ele ainda estivesse vivo mas ele não me dava ouvidos, dizia que talvez eu estivesse fazendo alguma coisa errada, que eu deveria aprender a controlar aquela Dádiva melhor, enfim, ele estava obcecado com meu suposto irmão morto.

-E a sua mãe, a que REALMENTE cuidou de vocês ficou só olhando ele dizer isso acontecer?

-Claro que não, eles brigavam muito nessa época, ela dizia que ele precisava tratar a obsessão, fazer uma terapia, as coisas são assim até hoje mas ele concordou em fazer terapia e já tá mostrando uma melhora, mas mesmo com toda essa negatividade o desejo por dominar a necromancia continua comigo e não vou desistir até ser um mestre nela.

-Vamos torcer pra você não acabar tão obcecado quanto o seu pai.

-Meu pai nunca admite quando ele precisa de ajuda, eu não tenho o mesmo defeito, então se eu acabar obcecado...-Ele para e ela se vê obrigada a encará-lo.-Sei que vou ter la mia dolce vita pra me ajudar.

Ele diz tocando no nariz da ruiva e fazendo o som de "boop". Mesmo não entendendo nada de italiano o rosto dela se esquenta com o apelido, que ela disfarça desviando o olhar.

-O-Onde você aprendeu italiano? Você não é escocês?

-Eu nasci na Escócia mas depois de um ano morando lá nós nos mudamos pra Roma, logo depois meu pai fundou a Horseman, aprendi inglês e italiano lá.

Toga estava prestes a respondê-lo, mas ela se cala, a sua frente estava um campo aberto com nove lápides. E como se tentassem suavizar o ambiente mórbido, belas flores brancas se espalhavam por todo o lugar. Eles haviam chegado.

Em casa...

Chase estava em seu quarto adimirando sua armadura, aquela que lhe foi dado por seu pai como um presente por ter conseguido se matricular em Olímpia. Era uma bela armadura, a prata tinha um formato peculiar que imitavam as escamas de um peixe, as manoplas e as botas possuíam imitações de barbatanas como um adorno e uma longa capa preta cobria as costas, mas mesmo assim, mesmo com toda essa grandiosidade, por que ele não se sentia digno dela?

Ele sabia muito bem o motivo, o seu segredo mais vergonhoso, o que tirava seu sono todas as noites. As memórias o acertavam como ondas todas as vezes em que ele pensava sobre isso, o som da tempestade, os gritos dos marinheiros e o pior, o rugido da criatura, do monstro...

Três batidas na porta o trazem de volta a realidade, a voz de Alexis soa do outro lado.

-Chase? O professor tá chamando, tem uma manada de mamutes rondando a região e ele quer que a gente caçe um.

-Já tô indo.

Mesmo a contragosto, Chase começa a vestir sua armadura, mamutes são extremamente perigosos até mesmo para um semideus.

Já devidamente equipado, ele se encontra com o grupo, estavam todos alí, até mesmo Germund, exceto Zakk e Toga, todos usando armaduras e trajes especiais:

-Desde quando você é um aluno lata velha?-Germund o mostra o dedo do meio em resposta e Chase sorri por ter conseguido irritá-lo.

-Chega de brincadeira, uma caça deve ser levada a sério principalmente se a presa for um mamute.-Gallien os repreende.

-Você não é o todo poderoso? Por que não caça o bixo você mesmo?

Morgana reclamava, ela não achava que suas dádivas de fogo fossem ser úteis, ainda mais em uma floresta.

-Não é só pela caça, é pelo desafio, isso é mais um teste do que uma caça.

-Tu só quer comer às nossas custas seu safado!

Mila respondia mal humorada, apesar de estar animada para testar suas armas em um alvo tão grande, ela havia trazido seu rifle winchester e sua pistola, não queria exagerar.

-Antes de irmos, Mila, nada de usar armas de fogo.-Ele diz estragando todas as expectativas da diabrete.

-Por que? Qual é o problema?

-O problema é você querer que a gente coma a carne cheia de balas.

Mila bufa de frustração antes de invocar a Forja de Hefesto, a contra gosto, ela joga as armas de fogo no baú e pega um crossbow que ela coloca nas costas logo em seguida.

-Podemos ir agora?

Gallien responde seguindo caminho.

O grupo ainda caminhava pela floresta quando o chão começou a tremer, as árvores à frente haviam sido derrubadas, alí estava a manada, as enormes criaturas faziam a terra tremer a cada passo e derrubavam tudo no caminho, emitindo sons tranquilos, como se soubessem que nada naquela floresta poderia sequer incomodá-los, seus enormes marfins prontos para esmagar qualquer ameaça.

-Como diabos nós vamos caçar um deles?-Chase indaga, eles estavam totalmente intimidados pelos mamutes.

-Vocês vão separar um mamute jovem do resto da manada, aí vai ser infinitamente mais fácil.-Gallien responde.

-O menor deles tem três metros como espera que... espera um segundo... como assim NÓS?-Mila pergunta, aflita quanto a resposta.

-Vocês vão caçar, eu só vou observar.

-O que!? Mas é muito perigoso!-Os protestos do grupo são em vão, Gallien já havia sumido no topo das árvores.

-Merda, e agora?-Era a vez de Ulfric de se pronunciar.

-Eu tenho uma idéia, tão vendo aquele ali?-Ela aponta para o menor mamute deles, o que andava mais afastado do grupo.-Vamos causar um incêndio na floresta pra separá-lo do grupo.

-Isso é perigoso demais, podemos acabar queimando todo o lugar.-Chase estava certo, se o incêndio saísse do controle todos eles poderiam morrer.

-Por isso preciso que você fique de prontidão pra apagar o fogo caso ele se alastre demais, o resto é história, só precisaremos derrubar ele.

-Então vamos logo com isso, tô com fome!

Ulfric exclamou se levantando do arbusto, chamando a atenção não só do grupo como também dos mamutes, que os olham com raiva, prestes a avançar.

-Opa...-Ele cobre a boca ao perceber seu grande erro, mas já era tarde, as criaturas vinham raivosas em sua direção.

-Bafo de Cérbero!

Morgana já havia se adiantado, ela cospe uma rajada de fogo no chão atrás do pequeno mamute, bloqueando a passagem dos demais.

-Boa Morgana!

Lorelai exclama quando o resto do grupo sai do arbusto e encurrala o jovem mamute contra as chamas, mas o bixo não se deu por vencido, ele começa a correr na direção do grupo, na intenção de atropelá-los.

-Cuidado!

Eles começam a correr, cada um para um lado, mas Chase não foi rápido o bastante e estava a metros de ser atingido, ele fecha os olhos esperando pelo impacto...

-Kamui!

Chase abre os olhos ao ouvir o som de um tremor longínquo, ele estava longe do mamute, ao lado de Lorelai, ela havia parado o tempo.

-Presta atenção cabeça de bagre!-Ela diz lhe dando um tapa na nuca.

-Foi mal, espera... ele tá fugindo!

Ele realmente estava e estava indo rápido, não se importando com árvores e pedras no caminho.

-Atrás dele!-Lorelai exclama antes de todos avançarem floresta adentro atrás do enorme animal.

Com Zakk e Toga...

O vento balançava levemente a grama e as flores brancas daquele cemitério, um cenário mórbido para um lugar tão paradisíaco como aquele. Afinal, o que aconteceu ali? Só havia uma resposta disponível: Algo terrível.

Os dois procuravam a um tempo, o silêncio sendo o único som presente, Zakk observava atentamente uma das lápides, tão desgastada pelo tempo que nem ao menos podia-se ler o nome nela gravado, algo como Amélia, Amanda, ou algo do tipo. Já Toga rondava o lugar, também fazendo uma busca.

É só aí que Zakk percebe um pequeno objeto escondido no meio da grama que cobria o local onde o corpo havia sido enterrado, ele o levanta na altura dos olhos para constatar o que era, duas pequenas esferas de ouro lado-a-lado, abaixo delas haviam três penas, uma dourada no centro sendo acompanhada por outras duas penas negras dos dois lados, aquele era um brinco único.

Zakk não tinha certeza se aquele objeto pertencia a quem descansava agora naquela lápide, mas não custava tentar, ele havia parado de usar brincos à anos e talvez aquela fosse uma deixa para voltar a usar.

Ao colocar o brinco em sua orelha esquerda, ele sente uma estranha sensação. Seu corpo ficou mole, seus olhos estavam pesados, ele desaba no chão inconsciente.

-Zakk?-Toga ouviu seu corpo despencar e correu até ele.

Ela tocou seu pescoço para checar seu pulso, mas sentiu o cansaço lhe atingir em cheio. Ela cai ao seu lado, também inconsciente.

De volta à caça...

O grupo havia cercado o mamute outra vez, a criatura urrava e ameaçava avançar sobre eles, Mila já mirava sua crossbow no mamute, Pâmela tinha seu pincel apostos, Fang rosnava para o grande animal e Germund havia ficado para trás para controlar as chamas e impedir o resto do bando de vir ao socorro da presa.

-Chase, Morgana, Ulfric! Olhos no alvo!-Lorelai os chamava a atenção ao vê-los distraídos.

Ulfric e Morgana focam no mamute mas Chase continuava distraído, sua distração era nada mais, nada menos do que o local onde se encontravam, eles estavam em um penhasco, o mamute estava a poucos metros de uma queda de mais de quinhentos metros para o Oceano Atlântico, Chase se encontrava totalmente paralisado.

Foi só sentir a terra tremer para que ele despertasse, o mamute vinha em sua direção à toda a velocidade.

-Chase!

Os gritos de desespero do grupo nada podiam fazer para impedir o impacto, mas Jun-ho podia. Em instantes, o elfo estava entre a criatura e Chase, as mãos dele agarraram as presas da criatura e ele é arrastado alguns metros para trás antes de parar, Jun-ho segurava um mamute como se aquilo fosse brincadeira de criança.

-Jun-ho...

Chase chama por seu nome e recebe apenas um olhar e um sorriso confiante por cima do ombro como resposta, em um único movimento, Jun-ho arremessa a enorme criatura para o lado, tremendo a terra com o impacto, e com o mamute ainda vivo, Jun-ho corre em sua direção rapidamente e o segura pelas presas outra vez.

A cabeça do mamute é forçada para o lado com uma tremenda força, quebrando seu pescoço com facilidade, a caça havia terminado.

Ainda meio ofegante, Jun-ho se aproxima do corpo da criatura e toca sua testa antes de Fang dizer por ele:

-Nae chinguneun jayu da...(Está livre, meu amigo...)

-Jun-ho... Como você...?-Pâmela era a única que podia falar em meio a surpresa.

-O professor me deu umas "aulas privadas".

As vozes deles pareciam distantes para Chase, ele estava preso em seus devaneios. ELE o havia atrapalhado, o seu medo vergonhoso, ele olhava para a beira do abismo fixamente quando a voz de deboche de Alexis o tirou de seu transe.

-Não vai me dizer que você acabou de quase morrer por causa de um medinho de altura né?-O sorriso cínico de Alexis desaparece ao ver um medo muito maior nos olhos de seu amigo, não, era algo muito pior e humilhante.

-Pelos peitos da Afrodite... Você tem medo do mar!