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Capítulo 6

Um Encontro na Pedra do Dragão

Pedra do Dragão, 283 d.C.

Shahadiin Dragas finalmente se aproximava de Pedra do Dragão, a antiga fortaleza dos Targaryen, após semanas de preparativos para o encontro que ele planejava havia tanto tempo. O convite para uma reunião particular com a rainha Rhaella havia chegado apenas alguns dias antes, marcando o ápice de um esforço delicado de negociação e aproximação, feito cuidadosamente para evitar levantar suspeitas sobre suas intenções. Agora, enquanto o barco singrava pelas águas revoltas em direção à ilha vulcânica, Shahadiin mantinha o olhar fixo na sombria silhueta da fortaleza, com suas torres imponentes que se erguiam contra o céu tempestuoso.

Ele levava consigo uma oferta ousada: a compra de quarenta navios da Frota Targaryen. E, em troca, a rainha Rhaella receberia recursos fundamentais para a sobrevivência de sua família no exílio.

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A Entrada na Fortaleza

Ao desembarcar, Shahadiin foi conduzido por uma escolta de soldados Targaryen até o salão principal de Pedra do Dragão. O ambiente era sombrio e austero, com as paredes ornadas de esculturas antigas e tochas que lançavam sombras dançantes no piso de pedra. No trono, sob uma luz tímida que vazava das janelas estreitas, estava a rainha Rhaella Targaryen, acompanhada por alguns conselheiros. O peso dos últimos anos de guerra era evidente em sua expressão: os traços marcados pela preocupação e os olhos cautelosos de uma mãe que lutava para proteger seus filhos e sua linhagem.

"Majestade," Shahadiin saudou, inclinando-se em uma reverência respeitosa. "É uma honra ser recebido por vossa graça."

"Senhor Dragas, fui informada de sua proposta e, admito, tenho grande curiosidade em ouvir mais detalhes," Rhaella respondeu, sinalizando para que ele se aproximasse. Sua voz era suave, mas firme, uma prova de sua força inabalável, mesmo diante das adversidades.

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A Proposta de Shahadiin

Shahadiin começou a expor sua proposta com a precisão de um comerciante experiente, porém mantendo o tom respeitoso adequado para tratar com uma rainha.

"Majestade," ele começou, "sei que a situação atual exige sacrifícios. Sei também que há tempos sombrios pela frente, tanto para vossa família quanto para aqueles leais ao nome Targaryen. Minha proposta visa garantir um futuro mais seguro para vossa linhagem e para aqueles que se comprometerem com sua causa."

Ele respirou fundo e, com cautela, prosseguiu: "Ofereço duzentos mil dragões de ouro em troca de quarenta dos melhores navios da frota Targaryen. Essa quantia seria entregue em duas partes. Metade seria paga imediatamente, e a outra metade depositada em uma conta confidencial no Banco de Ferro de Braavos, onde vossa majestade poderá acessar os fundos quando precisar."

A rainha ouviu atentamente, seus olhos não deixavam o semblante sereno de Shahadiin, avaliando cada palavra, cada entonação.

"E por que devo confiar que os fundos estarão realmente seguros?" Rhaella questionou, seus olhos estreitando ligeiramente.

Shahadiin se preparara para essa questão. "Majestade, entendo vossa preocupação. Por isso, asseguro que a conta será registrada no nome Targaryen, sem qualquer vínculo direto comigo. E para garantir ainda mais segurança, solicitei ao próprio Banco de Ferro que oferecesse um representante confiável para administrar a conta até o momento em que vossa majestade ou seus herdeiros precisarem dela. Eles estão cientes da natureza sigilosa desta transação e, pelo preço adequado, o Banco de Ferro garantiu a integridade desse acordo."

A rainha ponderou por um momento, seus dedos tamborilando levemente no braço do trono. Havia uma lógica convincente nas palavras de Shahadiin, além da promessa de uma soma significativa que seria fundamental para a sobrevivência dos Targaryen no exílio.

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Negociação Final

Após um longo silêncio, Rhaella se inclinou para a frente, analisando o homem que lhe fazia tal oferta.

"Senhor Dragas," ela disse calmamente, "entendo que este negócio nos beneficiaria em muitos aspectos, mas estes navios são mais do que simples embarcações; representam séculos de história para minha família. Se eu aceitar, espero que trate essa frota com o respeito que ela merece."

Shahadiin inclinou a cabeça em concordância. "Prometo, majestade. A frota será usada com honra e mantida em condições impecáveis, como um símbolo da grandeza Targaryen, independentemente de onde ou quando ela navegar."

A rainha observou-o por mais um instante, antes de finalmente se levantar. "Aceito sua proposta, senhor Dragas. Duas centenas de mil dragões de ouro, metade entregue aqui e agora, e a outra metade guardada no Banco de Ferro. Esta será uma ajuda crucial para o futuro dos meus filhos e para a preservação de nossa causa."

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O Acordo Selado

Os detalhes finais foram discutidos e rapidamente acertados. Shahadiin entregou o primeiro pagamento, cem mil dragões de ouro, que os conselheiros de Rhaella prontamente recolheram. Com o contrato assinado e o acordo devidamente selado, o destino dos quarenta melhores navios da Frota Targaryen estava agora nas mãos de Shahadiin Dragas.

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Saindo de Pedra do Dragão

Enquanto ele deixava a fortaleza, Shahadiin sentia uma satisfação profunda. A aquisição daqueles navios era mais do que um investimento; era uma alavanca de poder que poderia usá-lo para ampliar suas operações em Essos e talvez até em Westeros, onde as marcas da guerra ainda ardiam. Os Targaryen estariam seguros com o apoio financeiro, e ele ganharia não apenas uma frota valiosa, mas também o favor de uma dinastia com a promessa de retorno.

E, ao embarcar novamente para o continente, Shahadiin sorria. Em seu íntimo, sabia que, no jogo que vinha jogando, essa era apenas mais uma peça cuidadosamente posicionada para um futuro onde sua influência não pararia de crescer.