Batalha do Crânio Negro (17)

O céu se abriu, cortado por uma estreita fenda vertical. Por trás dela, o tecido da realidade deu lugar a um escuro e assustador abismo de nada — tanto a luz quanto a escuridão pareciam estar torcidas e alteradas perto do Portão, quebrando-se ao serem destruídas.

A fenda diminuía todo o campo de batalha, estendendo-se por centenas e centenas de metros para dentro do céu estilhaçado. O posto abandonado, e a fissura negra do Portão do Pesadelo que levava à proximidade do Crânio Negro, pareciam minúsculos e insignificantes diante dela.

Uma onda de choque invisível se espalhou para fora do ponto onde a gigantesca fenda tocou o chão, exercendo uma força quase irresistível. Sunny se preparou, mas ainda cambaleou enquanto a onda passava por ele, conseguindo mal se manter em pé.

Sua mente era afogada pelo ensurdecedor e cacofônico uivo do Chamado — era muitas vezes mais alto, mais insuportável e loucamente exigente do que jamais havia sido antes.