Jagadeesh Manohari (Eros Myron) POV:
Chego diante do palácio e vejo a guarda ostensiva, mas nem preciso me preocupar em dizer ou fazer nada, porque ao me ver, logo me reconhecem, se curvam e abrem espaço para que eu adentre o palácio. Uma das sudras avisa que minha Princesa está no jardim, vou direto para lá.
Conforme vou caminhando, percebo que minha Princesa está dormindo sobre uma chaise, iluminada apenas pelo brilho da lua, não resisto e chego ainda mais perto, sopro levemente sobre seu rosto, esperando que ela acorde, mas não tenho sucesso. Tento tocar na diya, a chama do nosso amor, como em uma vã tentativa de apagá-la ou provar se é o nosso amor que ainda a mantém acesa... Weenny reage, mesmo dormindo, colocando sua mão sobre a minha, mantendo-a sobre a diya, talvez para me castigar, fazendo com que eu me queime na chama do nosso amor.
De repente Weenny puxa seu braço e vira de costas, ainda dormindo, sopro a minha mão, que está ardendo, depois de ser queimada, olho novamente para a diya e penso um pouco, toco em sua chama com a ponta dos dedos e vejo uma pequena marca de fuligem no indicador, toco o lábio da minha Princesa, para marcá-lo com o símbolo do nosso amor, no lugar do beijo que não posso dar, no lugar o carinho que eu queria fazer, mas como prova que eu estive lá.
Levanto, a observo por mais alguns segundos, saio com meu coração preenchido por essa imagem tão bela e doce, vou embora, retorno para o hotel e enfim descanso com tranquilidade.
Weenny Alves POV:
Acho que peguei no sono, acordo e sinto algo diferente em meu lábio inferior, toco e percebo que é uma pequena marca de fuligem, sorrio com a sensação de ter tido um sonho bom.
Será que meu Príncipe esteve aqui?
Levanto e olho em volta, percebo que a pequena porta do jardim está balançando... É o suficiente para confirmar a sua presença, sorrio com satisfação e recosto novamente na chaise, desta vez olhando para a nossa Diya.
As sudras vem me chamar para comer e depois vou dormir nos meus aposentos.
Acordo bem cedo, um pouco ansiosa, noto que minhas sudras já estão me observando em silêncio e com largos sorrisos.
— Suprabhaat! Main usakee aankhon mein santosh kee is abhivyakti dekhana pasand hai. (Bom dia! Gosto de ver essa expressão de contentamento em seus olhos.) – digo e me espreguiço.
— Yah Rajkumari, hamaare bhavishy mahaaraanee kee seva ke lie ek mahaan sammaan kee baat hai! kya khushee ham aapaka mahaaraanee kee ichchha hone mein hai. (É uma grande honra servir a Princesa, nossa futura Imperatriz! Que grande alegria temos em estar à disposição de Vossa Alteza.) - Nimat diz.
Elas vão se frustrar, afinal vai demorar muito tempo para essa coroação, o Imperador tem vigor e força e há de viver muitos anos, mas elas estão satisfeitas em me servir mesmo sendo Princesa, isso me deixa feliz.
— Rajkumari, aao, apane snaan ke lie taiyaar hai, aap naashte ke lie der se nahin ho sakata. (Princesa, venha, seu banho está pronto, não pode se atrasar para o café da manhã.) – Zaara sorri e pede.
Concordo e sigo com elas para o banheiro. Em menos de uma hora eu fico pronta, escolho um sari simples, vermelho escuro e branco, com muitos bordados dourados, uso as joias principais e deixo meus cabelos soltos.
Rani vem avisar que meu palanquim já está preparado e que os soldados já estão prontos para a nossa partida.
Saio do palácio e minhas sudras permanecem sempre ao meu lado, entro no palanquim e seguimos para o local escolhido para essa refeição.
Minutos depois, sinto que o ritmo da marcha diminui, abro a cortina do palanquim e espio o movimento, vejo que meus padrinhos estão à direita da entrada do palácio e as madrinhas à esquerda, conversam com os convidados que estão chegando e apontam para alguma parte da entrada, parecem orgulhosos da missão que confiamos a eles.
Observo o palácio escolhido para o primeiro encontro deste segundo dia do shádi, sinto que meu palanquim é baixado, saio com a ajuda de uma das minhas sudras.
Meus padrinhos sorriem ao me ver e cochicham algo entre eles, me aproximo e os cumprimento com carinho, mas também com certa distância, já que infelizmente não posso abraçá-los como estou acostumada.
Os tradutores fazem a saudação e reverência e os cumprimento com o Namastê.
Avanço alguns passos e vejo um lindo rangoli ou mandala, desenhada e colorida por meu Dulhan, conforme manda a tradição, esse desenho representa a alegria e o desejo de boas-vindas. Paro um momento para observá-la, noto que meus padrinhos e até mesmo os convidados fazem o mesmo.
— Sundar! (Belíssima!) – digo.
— Nahin... Yahaan sundar sirph meree Rajkumari. (Não... Belíssima aqui só a minha Princesa.) – ouço a voz do meu Jagal e viro para olhá-lo.
Ou admirá-lo... Como está lindo o meu Príncipe, vestido com uma calça social branca, camisa vinho e uma gravata com desenhos geométricos, carrega o seu blazer branco na mão direita.
— Bom dia, meu Dulhan. Me refiro ao lindo rangoli que você fez. – digo, um pouco tímida.
— Bom dia, minha Dulhana. Fico feliz que tenha gostado, porque o fiz pensando em agradar aos seus olhos. Saiba o que há de mais lindo aqui está diante de mim, neste exato momento. Vamos entrar? - meu Jagal diz e exibe um largo sorriso.
Nossas madrinhas comentam alguma coisa, que não consigo ouvir, mas suponho que sejam elogios ao que meu noivo acaba de dizer.
Jagal faz questão de cumprimentá-los com sorrisos e o Namastê, seguimos ao lado dele para o interior do palácio.
Ao entrarmos, paramos para observar a beleza da decoração, o hall de entrada é muito longo e bonito, logo vemos os cerimonialistas nos aguardando, fazem questão de se curvar diante de nós e informam o caminho que devemos seguir.
Encontramos meus pais no caminho, fazemos a vênia conforme mandam os costumes, seguimos para o salão principal.
Mais uma vez nos impressionamos com o ambiente luxuoso que encontramos, é quase impossível descrever tanta beleza e luxo, o salão tem várias galerias superiores, mas apenas três delas tem mesas com apenas dois lugares, destinadas a nós dois e nossos pais, ainda que os Imperadores tenham decidido que não vão participar das refeições, por respeito seus lugares são mantidos.
No térreo, o salão é decorado com em tons de dourado, tem um carpete floral, cortinas longas e douradas cobrem os vitrais e janelas, muitas mesas estão espalhadas pelo salão, decoradas com pequenos vasos de flores e louças brancas com frisos dourados e um brasão que parece ser da família Imperial.
— Espero que não tenham se incomodado com a posição escolhida para vocês, foi uma recomendação da cerimonialista principal, que diz que os padrinhos sendo colocados nas mesas mais externas pode dar mais segurança e sensação de acolhimento aos convidados. – Jagal diz, olhando para os nossos padrinhos.
— Hã? Que? – a maioria diz, porque estão distraídos com a beleza do ambiente.
— Ah sim, imaginamos que seria por isso, sabemos que são centenas de convidados, e como somos muitos padrinhos, essa estratégia dá certo. – Ricardo diz, tranquilizando o Dulhan, enquanto todos os outros padrinhos concordam.
Eles apontam para o lugar onde está nosso mandap.
— Meu Deus, que coisa mais linda! Esse é o local onde os deuses vão ficar, né? – Gislaine pergunta.
— Quem? – Tia pergunta.
— Ah, chamamos os noivos assim, mas me diz, é? – Iara pergunta, ainda distraída com o que vê.
Nosso mandap está em cima de uma espécie de palco pequeno coberto por um tecido branco, a estrutura de ferro que forma a cobertura do mandap está envolta por um tecido dourado, com quatro pequenos lustres de cristal na lateral e um no centro, dois tronos estão protegidos por essa cobertura, ao lado estão duas pequenas poltronas e no centro está posicionado o recipiente para o fogo sagrado.
— Sim, este é o que chamamos de mandap ou cadeira dos noivos, em todas as cerimônias vocês verão isso, aqui ficará mais fácil para todos vê-los e cumprimentá-los. – Tia, a tradutora, explica.
Observo a decoração do salão, com muitas flores, castiçais, além das enormes mesas prontas para servir o banquete completo.
Ainda há muito para ser visto, como o mandap para fotos, bem mais simples que o primeiro, tem apenas uma larga poltrona e arranjos com flores e tecidos, além de uma pequena sala de descanso e toalete, esses com uma decoração mais clara, em tons de branco e bege.
Observamos que os músicos estão a postos, já tocando apenas uma melodia romântica e suave.
Tudo está pronto para ser servido, vejo o sorriso de alívio e satisfação do meu Dulhan. Nossos padrinhos são levados pelos tradutores para suas mesas, nós vamos para nossa.
Vejo quando os garçons se movimentam para servir todos os convidados, a música vai ficando mais animada e as pessoas parecem gostar do ambiente e de tudo o que oferecemos à elas, a julgar por seus sorrisos.
Sinto a mão do meu Jagal na minha, olho para ele e sorrio.
— Como é bom estar ao seu lado, ainda que seja por pouco tempo, por enquanto.
— Não sabe o quanto a sua presença me faz falta. – digo.
Tudo o que podemos é sorrir, mesmo querendo que ele me beije, ainda que nossos corpos implorem pelo contato físico.
Conversamos e nos alimentamos, nossos servos estão sempre perto para nos ajudar em tudo.
Descemos da galeria ao mesmo tempo que meus pais, vamos dar atenção aos nossos convidados, sentamos com alguns deles e conversamos um pouco.
Paro na mesa onde estão alguns dos padrinhos e sento um pouco.
— Ai que vontade de te abraçar, você está linda como sempre. Por todo salão só ouvimos elogios a vocês, as pessoas falam do hotel e agora estão maravilhadas com este lugar e com a comida. - Claudio sorri e diz.
Sorrio para ele, sinto falta dessa proximidade com meus amigos.
— Eu posso abraçá-la, morra de inveja! Weenny tudo isso é verdade, a comida é tão diferente e mesmo assim todos estão gostando muito, veja só, inclusive nós. – Dani me abraça, diz e ri.
— Isso é ótimo, me deixa muito feliz. Ainda vão experimentar muitos alimentos diferentes, assim como doces e bebidas. – digo.
— Eu simplesmente amei esse doce aqui e vou comer mais um, vocês querem? - Rafael mostra o doce, diz e o engole de uma só vez.
— O nome desse doce é Ladoo. – digo.
— Traz um suco desse aqui para mim, por favor? Eu não sei o nome, mas é delicioso. - Gislaine pede e mostra o conteúdo da taça.
— Gi, esse é o lassi de hortelã, realmente é delicioso, experimente o de manga, é ótimo. – esclareço.
Maria José e Mayara aceitam a sugestão e vão buscar.
Michele, Ricardo, Marília e Enzo vem me buscar para tirar foto comigo e com Jagal no mandap, logo depois deles muitos outros também querem.
O café da manhã está bem animado.
Precisamos nos preparar para as outras cerimônias, me despeço dos meus pais e do Dulhan e saio discretamente com minhas sudras e noto que meu Príncipe faz o mesmo, vejo quando ele entra em seu carro.
Sei que meus pais se encarregarão do papel de anfitriões a partir desse momento. Entro em meu palanquim e vamos rumo ao meu palácio.
Meu coração começa a ficar um pouco mais apertado agora, a próxima cerimônia é de extrema importância, para os hindus o mapa astrológico de um indivíduo é relevante, podendo mudar os rumos de sua vida. Os astros são consultados muitas vezes em momentos cruciais da vida de um hindu. Nenhuma criança nasce sem ter seu mapa astral e meu Príncipe Jagal havia me dito que o mapa dele é muito auspicioso.
Como será o meu? Será positivo para o meu shádi ou para o meu Dulhan?
O nome dessa cerimônia é Muhurat e o Griha Shanti, saberemos se combinamos como casal e se teremos um bom futuro, se a resposta for positiva, conheceremos a melhor data e hora para nosso shádi. Jagal diz que jamais desistirá de mim, mesmo que meu mapa não nos favoreça, existem mulheres que são amaldiçoadas para o amor, as mulheres Manglik, espero que não seja o meu caso.
Por enquanto ainda nos é permitido andar com roupas mais simples e poucas joias diante dos amigos e convidados, mas isso será por pouco tempo.
Os Amigos POV:
Estão conversando animadamente entre um gole e outro de Lassi ou chai quando percebem que os noivos já haviam ido embora.
Os tradutores dos convidados, amigos famosos, das famílias e da imprensa, além do Amitabh e da Tia, avisam sobre o próximo compromisso que é o Muhurat e Griha Shanti e então todos se apressam para terminar suas refeições, para que tenham tempo o suficiente para retornar aos hotéis para um breve descanso ou até mesmo para mudar de roupas.
Entram no micro-ônibus em silêncio.
— Vou explicar brevemente o que vocês precisam saber para a próxima cerimônia, por favor prestem atenção. - Amitabh diz.
Os amigos imediatamente voltam a sua atenção para o tradutor, que segue em sua explicação.
— Vocês deverão caminhar separados para entrar no local, homens e mulheres. Sentarão divididos, mas lado a lado e devem manter o respeitoso silêncio. Essa cerimônia é dirigida pelo Pandith e um Brâmane, eles são os sacerdotes responsáveis por elaborar os mapas astrológicos dos noivos, farão uma previsão sobre o futuro desta união e verão qual é o horário auspicioso para a conclusão do shádi. Não se preocupem, já sabem que vamos traduzir tudo. Lembrem-se de que nessa cerimônia a Dulhana é a única que não vai participar.
— De novo? Mas por que ela não vai participar? - Marília pergunta.
— Lembra da cerimônia Sagai? A Dulhana também não participou, o casamento hindu acontece por uma aliança e isso foi demonstrado no Sagai. A aliança é um acordo entre as famílias que darão seus filhos em casamento. Essas duas famílias expressam o desejo do compromisso, mas antes de formalizá-lo é preciso que ambas as famílias e o futuro noivo se encontrem na presença do Pandith, para que vejam o resultado do estudo astrológico e saibam se eles combinam e se podem ser felizes junto, ou se a Dulhana é amaldiçoada para o amor. – Amitabh diz.
— Amaldiçoada para o amor? Acho que lembro de ter aprendido algo assim durante as aulas com o Guru. - Rafael diz, tentando trazer à memória o conteúdo das aulas.
— Apenas as noivas podem ser amaldiçoadas para o amor? - Ricardo pergunta.
— Existem homens e mulheres que nasceram amaldiçoados para o amor, são chamados de manglik. E segundo a nossa tradição, a pessoa que se casa com um manglik pode ter sua vida destruída, porque eles trazem má sorte que vão desde brigas, discórdias, divórcio até a morte do parceiro. – tradutor diz.
— Meu Deus que horror! - Maria José leva as mãos ao coração e diz.
— Isso parece injusto, por que acontece isso? Uma pessoa amaldiçoada para o amor deve ficar solteira para sempre? - Melissa está horrorizada ao perguntar.
— Como podemos saber se somos manglik? - Dani pergunta.
— Isso é observado no mapa astrológico, não fica solteira, sempre temos como resolver. A má sorte ou infelicidade manglik é passada apenas para o primeiro marido. – Tia responde.
— Mas indiano não se casa apenas uma vez? – Carol, confusa, pergunta.
— Apenas no caso de uma manglik são feitos dois casamentos, o primeiro, que serve para passar a maldição que esta mulher carrega, deverá ser feito com uma árvore ou um animal e logo depois que o casamento for concluído a arvore deverá ser cortada ou o animal poderá ser morto, assim acreditamos que a maldição foi anulada, deixando-a livre para ser feliz em seu segundo casamento. - Tia sorri e responde.
Eles entendem e procuram tirar outras dúvidas.
— Mas por que a Dulhana não pode ir? - Gislaine volta ao assunto principal.
— A Dulhana deve obedecer e aceitar a escolha de seu pai, ele estará lá para representar a sua vontade. - o tradutor diz.
— Ainda bem que minha amiga conhece bem e ama o homem com quem vai casar. Meu Deus, aqui na Índia é sempre assim? As mulheres não podem nem ver com quem vão casar? Como podem saber se vão gostar desse homem? - Maria José está inconformada ao perguntar.
— Meu marido explicou uma parte disso, o pai da noiva representa a vontade dela e vai escolher um bom homem para sua filha, com paciência e atento aos detalhes. Que pai quer que sua filha sofra? Agora, quanto ao amor e o relacionamento, podemos comparar os sentimentos com uma panela com água, vocês ocidentais começam os relacionamentos com a água fervendo e com o tempo essa água esfria e o relacionamento se perde. Para nós hindus, começamos com a água fria e vai esquentando aos poucos até ferver, quero dizer que exige esforço de ambos para construir um amor cada vez maior e mais forte, por isso a taxa de divórcios aqui é muito pequena. - Tia sorri, com toda paciência explica.
A tradutora percebe que homens e mulheres ficam mudos e pensativos, mesmo assim ela quer concluir seu pensamento.
— A Dulhana Weenny e o Dulhan Eros são especiais e todos nós podemos ver que há muito amor entre eles, mesmo assim é auspicioso que esta cerimônia aconteça, a Dulhana faz questão que seu pai esteja lá para representar o seu desejo na confirmação desta aliança. Abram suas mentes para este tipo de shádi e verão como é precioso e único. – Tia diz.
Os amigos concordam sorrindo, sabem que Ronaldo sempre estará apto a escolher o melhor para sua tão querida e amada filha, disso ninguém duvida.
— O que devemos usar? - Michele muda um pouco de assunto e pergunta.
— Usem roupas típicas, podem usar joias simples e até um pouco de brilho porque é uma cerimônia diurna, se precisarem de ajuda podem nos chamar, lembrem-se da importância que vocês têm e de que devemos chegar antes. – Tia explica e todos concordam, mostrando que compreendem e apreciam o zelo de seus tradutores.
Chegam ao hotel e cada um dos padrinhos corre para sua suíte, enquanto as madrinhas se reúnem no saguão para ver se devem usar a mesma cor, mas chegam a conclusão de que não devem porque a Dulhana não vai estar nesta cerimônia, então se apressam para escolher suas roupas.
Em aproximadamente meia hora todos os amigos estão prontos e se encontram no saguão, partem em seguida para o local escolhido para as cerimônias, seguem com seus tradutores pelo percurso mais curto.
O micro-ônibus para diante de um lugar imponente e enorme.
— Estamos diante de um Forte, aqui acontecerão as cerimônias. – Amitabh diz com satisfação.
Desembarcam e se posicionam para esperar pelos convidados, todos ficam de certa forma incomodados ou apreensivos por estar em um lugar tão especial, morada de marajás.
— Onde estão os pais da Dulhana? - Michele pergunta.
— Eles saíram do hotel antes de nós, então já devem ter chegado e estão prontos para receber os convidados no interior do forte. - Tia responde.
Os convidados estão chegando, são recebidos pelos padrinhos e direcionados a entrar no forte. Quando os últimos chegam, padrinhos e madrinhas sobem com eles.
Veem que logo atrás deles estão vindo bailarinos, comemorando e dançando.
Chegam até o hall principal, muito imponente e elegante, com pilares bem altos e detalhes arquitetônicos bem interessantes, continuam a caminhar, para acessar o hall de entrada passam por uma das duas enormes portas de madeira nobre, é uma elegante sala com uma grande tenda central em tons de dourado, um enorme lustre, um aparador de ouro que está próximo a uma parede decorada com desenhos dourados, veem bandejas com doces e alguns castiçais sobre o aparador. Há um funcionário para recepcionar e encaminhar os convidados.
— Meu Deus, esse lugar é fantástico. – Mayara diz.
Continuam a caminhar e logo veem uma sala de estar com poltronas finas e mesas com doces e bolos, longas cortinas e tapetes indianos decoram o ambiente, essa sala é uma pouco mais clara e é decorada em tons pasteis. Seguem para uma sala que parece servir para descanso, um ambiente requintado, a decoração das paredes segue um tom de bege rosado, tapetes cobrem todas as laterais do ambiente e deixam apenas a parte central livre, mesas pequenas estão colocadas estrategicamente e almofadas grandes ao redor delas, grandes lustres completam a beleza do ambiente.
Com curiosidade, seguem para o salão principal, amplo e luxuoso, decorado em tons de dourado e bege rosado, grande número de cadeiras estofadas estão divididas por um longo tapete branco, que forma o caminho por onde passarão o Dulhan sacerdotes e pais da Dulhana, até o mandap, que está decorado com flores e seda branca, preparado para receber várias pessoas sob ele.