Visto um casaco e olho no relógio novamente, são três horas, pego minha bolsa e decido ir para o saguão, que ainda está pouco movimentado, com a circulação de apenas alguns funcionários que limpam e deixam tudo organizado para as primeiras horas deste novo dia.
Cumprimento a todos e vejo encontro um lugar para ficar, em um canto próximo da porta principal, escolho uma das confortáveis poltronas brancas, recosto e observo a organização das malas na van.
Minutos depois ouço um barulho conhecido, meus amigos entram no saguão, conversam o tempo todo, enquanto circulam por entre os funcionários do hotel, carregando e derrubando suas bolsas e bagagens de mão, esbarram uns nos outros na pressa de despachar mais algumas malas.
Permaneço quieta em meu canto, percebo que nenhum deles repara em mim. Observo como estão vestidos, todos muito lindos e elegantes, além de agitados a esta hora da madrugada.
As meninas querem tirar uma foto, todas elas se juntam e pedem para Claudio fotografá-las, continuo a observar a animação deles... Ou será ansiedade? Começam a perguntar onde eu estou e por que estou demorando para descer, levam um susto ao perceber que eu estou bem ao lado deles.
Levanto, antes que eu tenha tempo para me aproximar, Michele, Mayara, Carol e Dani correm para me abraçar, logo depois todos os outros fazem o mesmo, eu os cumprimento com calorosos abraços e beijos.
— Venham aqui, quero dizer uma coisa importante. – peço.
Eles silenciam e se reúnem ao meu redor.
— Preciso agradecer a vocês por todo carinho, empenho, paciência e disposição em todo esse tempo de preparo para serem nossos padrinhos. Sou grata por tê-los ao meu lado no momento mais importante da minha vida, vocês são fundamentais para que minha alegria seja completa, sei que Eros diria o mesmo nesse momento. Minha eterna gratidão a vocês. – digo.
Vejo que ficam emocionados, mas não dizem nada, apenas me abraçam mais uma vez.
Ficamos em silêncio olhando para o ambiente, vemos todas as malas guardadas em um único carro. Olho para a porta do hotel no mesmo momento em que um taxi para, vejo quando um funcionário aponta para mim, eu estou exatamente atrás do Filipe.
É Maria José! Ela chega apressada e é orientada pelo mesmo funcionário para que veja onde eu estou. Vou até ela sorrindo e nos abraçamos sem pressa.
— Minha amiga, como você está linda. Finalmente vou ser sua madrinha, esperei tanto por esse dia! – ela diz, exibindo seu largo sorriso.
— Finalmente encontrei o homem dos meus sonhos, não achei que ele existisse, minha amiga. – digo e retribuo o sorriso.
Eu a conduzo para perto dos outros amigos.
— Você já os conhece da festa de despedida de solteiros, não é? Quer que eu os apresente de novo? – pergunto e ela move a cabeça concordando.
Faço com que ela relembre o nome de todos os meus amigos, eles a beijam, abraçam e acolhem com carinho e alegria, já começam a gostar da sinceridade e simpatia da Maria José, as grandes qualidades dela.
— Weenny só tem amigas lindas, uma mais linda que a outra. Seja bem-vinda, é um prazer. – Guilherme diz.
Maria José observa quando Dani faz uma expressão triste e cutuca o Guilherme.
— É um prazer conhecê-lo, Guilherme, quero apenas que saiba que de homens comprometidos eu quero distância, eu sei respeitar o relacionamento dos outros. Vamos evitar muita intimidade para respeitar sua noiva, está bem? - Maria José diz com firmeza.
Todos aplaudem Maria José e riem muito, minha amiga não perde uma oportunidade.
Os padrinhos continuam a tirar fotos durante os últimos preparativos e eu apenas observo.
O micro-ônibus que vai nos levar chega e vamos nos acomodando, saímos o mais breve possível rumo ao aeroporto. Samara, ao ver com a chama sagrada nas mãos, assusta.
— Credo Weenny, você trouxe fogo? Vai levar isso para a viagem no avião?
Eu continuo olhando para a janela sem ter ânimo para responder.
— Você não lembra da explicação do Guru sobre chama sagrada? Ela representa o amor entre o casal, o que a mantêm acesa é uma espécie de manteiga chamada ghee, portanto jamais incendiará nada a não ser os corações dos apaixonados, não é, Dulhana? – Enzo explica.
— Muito bem explicado e muito bem aprendido meu amigo. Obrigada. – olho para ele e agradeço.
Chegamos ao aeroporto em pouco tempo, assim que descemos do veículo notamos a movimentação da segurança armada, que está pronta para nos acompanhar e nos conduz por uma entrada lateral, uma área aparentemente mais isolada e mais elegante.
— Por que estamos entrando por aqui? – chamo um dos homens da segurança e pergunto, enquanto observo ao meu redor.
— É mais seguro, Senhora.
— Por que precisamos de tanta proteção? Qual é o perigo? – paro de andar e peço maiores explicações.
— Como seguranças, nosso dever é manter a integridade dos nossos protegidos, deixando-os seguros e distantes de todo o transtorno causado pela aglomeração dos fãs e imprensa. – ele explica.
— Qual é o seu nome? – pergunto.
— Souza, o chefe de segurança, senhora.
— Souza, por favor, nos leve diante deles. Essas pessoas estão aqui porque apreciam nosso trabalho, se somos famosos é por causa da admiração deles – digo e o homem parece surpreso com o meu pedido — Se vocês não nos levarem, nós iremos sozinhos.
O chefe da segurança me pede desculpas e nos leva até os fãs, mesmo assim, a princípio ficamos afastados deles por uma grade baixa, mas eu peço que removam essa barreira.
Ficamos emocionados ao ver fãs a nossa espera, mesmo a essa hora da madrugada, estão aqui para me desejar sorte no casamento.
Peço que Maria José segure a chama sagrada e vou junto com meus amigos até essas pessoas, recebemos muitas manifestações de carinho, abraços, elogios, cartazes e até presentes, fico com os braços cheios de presentes, procuro uma caixa e coloco todos eles com cuidado.
Até mesmo os tripulantes de outras companhias aéreas vêm nos cumprimentar, fazemos questão de tirar fotos com eles e dar autógrafos.
Nos despedimos de todos e seguimos para a sala de embarque.
Meus amigos voltam a se reunir para mais uma fotografia, desta vez são os rapazes, fico observando quando Claudio se posiciona diante deles, Filipe, Guilherme, Victor, Rafael, Eduardo, Leonardo e Roberto, um funcionário do aeroporto que para para nos pedir autógrafo neste momento e Igor.
Logo em seguida Eduardo pede a câmera e tira foto do Claudio com Ricardo e Enzo, que estão voltando da toalete.
Já são três e cinquenta, o avião está na pista, vamos embarcar, somos conduzidos até próximo a aeronave, onde vemos parte da tripulação pronta a nos receber, são muito cordiais e nos desejam boas-vindas. Vamos subindo a escada e logo reparo em uma mulher de estatura mediana, com os cabelos castanhos presos em um coque, maquiagem impecável e batom vermelho vivo e um uniforme alinhado, a comissária de bordo indica as poltronas para os amigos e me deixando surpresa ao ver que mantém os casais juntos.
Ela pergunta ao demais onde desejam sentar, Mayara se oferece para fazer companhia para Maria José, Marília senta ao lado do Victor e Melissa senta ao lado do Filipe, escolho um assento no meio da aeronave e sento sozinha.
Observo a cabine de decolagem, que é decorada em branco com duas fileiras de poltronas grandes e confortáveis de cada lado, é bem espaçosa quando comparada a outras aeronaves. Todos estão acomodados, ouço Maria José conversando com os outros amigos mencionando o quanto está encantada com tudo até agora, fala sobre a beleza do hotel onde estávamos hospedados, da van que nos trouxe, da segurança e dos fãs.
Imagino o que dirá quando souber que este é um jato particular.
É a minha segunda vez neste tipo de aeronave e sei que deve ser tão bonita quanto a outra, que usamos na comemoração do noivado.
— Bom dia Senhorita Weenny. Bom dia a todos, meu nome é Ana, sou a chefe da tripulação. Dentro de alguns instantes vamos decolar, eu lhes mostrarei suas acomodações e lhes servirei, por enquanto peço que permaneçam em seus lugares. Se precisarem de alguma coisa podem me chamar. - a comissária se aproxima e diz.
Todos a cumprimentamos e concordamos com o que o que diz, a voz que ecoa através do alto-falantes nos interrompe.
— Bom dia a todos e em especial a noiva Weenny, aqui é o seu comandante Willian Wildegart e o copiloto Richard Jones, bem-vindos ao voo cinco, oito, nove com destino ao aeroporto internacional de Indira Gandhi em Nova Delhi, Índia, tempo previsto de voo é de vinte horas sem escalas ou conexões, informamos que neste momento o tempo é propício para o voo, faz vinte e cinco graus no Rio de Janeiro, peço que fiquem atentos para as explicações de segurança e tenhamos todos uma boa viagem!
Confesso que mal presto atenção nas instruções, ajusto o cinto de segurança, checo se a mesinha está travada, seguro a chama sagrada durante a decolagem, que acontece pontualmente às quatro da manhã do dia cinco de fevereiro. Assim que é autorizado desafivelo o cinto, puxo a mesinha e coloco a chama sagrada sobre ela.
Ouço a conversa entre meus amigos, todos eles parecem felizes pela viagem e pelo casamento, exceto Victor e Filipe.
— Senhorita Weenny, por favor, me permita mostrar sua cabine, precisa estar descansada para o casamento. - a comissária retorna, sorri e diz.
— Quero sim, obrigada. Mas e as cabines dos meus amigos onde são? – digo.
É neste momento que vem uma outra comissária atrás de nós avisando que mostrará a eles onde é. Então sigo com a Ana, enquanto ouço a segunda comissária explicar algo a eles.
— Senhores e Senhoras, ao fundo verão um grande corredor com portas de correr, em cada uma dessas portas há uma cabine individual, do lado direito são as cabines das mulheres e do lado esquerdo as dos homens. Não se preocupem, são treze cabines de cada lado e ao fim temos dois banheiros com box. – essa outra comissária explica aos meus amigos, enquanto caminho com Ana, consigo ouvir.
— Naquela direção, onde está indo a noiva, tem a primeira sala que é a de refeições, a segunda sala que é a de televisão e descanso, logo depois tem a cabine principal que é a da Senhorita Weenny e o banheiro dela, depois disso há apenas os corredores para que possamos passar e servi-los, além da cabine de comando. – essa é a última parte da explicação que ouço.
Ana me leva para conhecer quase toda a aeronave, exceto a cabine dos amigos, fico encantada com tanta beleza e requinte. Vou para a minha cabine, mas sinto a ansiedade superar mais uma vez o cansaço, então decido trocar de roupa, visto uma túnica e saia brancas, prendo o meu cabelo em uma trança, pego as tornozeleiras e procuro um lugar mais espaçoso, resolvo ir para a sala de descanso.
Vejo o vídeo e áudio gravados em uma das minhas últimas aulas em que treinei canto e mujras com o Guru e os outros mestres, pretendo treinar como naquele dia, sento e ajusto as tornozeleiras.
Uma comissária percebe a minha presença e vem ver se estou precisando de alguma coisa, pergunto pelos meus amigos, ela informa que eles estão em suas cabines, acho ótimo porque preciso ficar sozinha para ensaiar, agradeço e trato de dispensá-la.
Começo as danças os mujras e cantar, tentando me concentrar ao máximo, assusto ao ouvir aplausos quando termino a coreografia, sorrio timidamente e vejo eles se curvarem para mim.
Agradeço timidamente, enquanto ouço elogios exagerados à minha performance. Arrumo a roupa e sento em uma das poltronas, ainda com a cabeça baixa e o rosto corado de vergonha.
Uma comissária vem até nós e diz que o café da manhã está servido na cabine de refeições, a seguimos e sentamos à mesa e nos servimos, mas eu ainda não consigo comer nada, fico mexendo na comida que está no meu prato sem levar nada à boca.
— Coma alguma coisa, há algumas horas você está acordada e sem nada no estômago. – Mayara pede.
— Baby, coma por favor, mesmo sem fome, se você chegar ao seu shádi fraca o que diremos ao Eros? Ficará provado que não somos capazes de cuidar de você. – Ricardo diz.
— Que belos padrinhos nós seremos, se entregarmos você fraca e cansada - Victor diz, aparentando tristeza, estende a mão, pega um croissant e aproxima da minha boca — Coma, por favor, isso eu sei que você gosta.
Olho para meus amigos e vejo que eles fazem um sinal para que aceite o alimento, mordo o croissant e pego da mão dele, em seguida me forço a comer uma salada de frutas e tomar um suco, finalmente eles mostram que estão satisfeitos.
Assim que todos terminam de comer, peço licença à eles, aviso que vou para a minha cabine. Arrumo algumas coisas, tomo um banho rápido e deito, de tão exausta, pego facilmente no sono.
Os Amigos POV:
Nenhum deles conseguiu dormir adequadamente a noite passada e tudo nesta madrugada está fora do habitual.
Experimentam várias sensações que vão desde a conhecida ansiedade, passeiam pela alegria de uma nova amizade, o medo das novidades, a esperança pelo primeiro casamento deste grande grupo e a preocupação com o estado da Weenny.
Baby parece concentrada e talvez preocupada demais com o que viverá na Índia, os bailarinos sabem disso porque a veem dançando, essa é a forma que ela encontra para relaxar. É verdade que todos estão surpresos com seu desempenho, ela parece especialmente diferente, será o resultado das aulas?
Agora, as cinco da manhã, estão fazendo a primeira refeição, a primeira a sair da mesa é a Dulhana, logo depois todos eles vão descansar, mas só conseguem ficar contidos em suas cabines por no máximo seis horas, então todos eles se reúnem na sala de descanso.
Maria José pede para os amigos ensinem o que aprenderam com o Guru, para que ela não faça feio durante as cerimônias, eles aceitam e começam a ensinar sobre o shádi.
Ela se sente acolhida entre esses novos amigos, fica fácil entender por que todas essas pessoas gostam de passar tanto tempo juntos.
— Será que a Weenny está bem? Faz muito tempo que ela foi para a cabine dela e não há nenhum barulho lá há horas. - Victor olha no relógio e diz.
— Essa madrugada ela não dormiu, vi que a luz de toda a suíte dela estava acesa, durante a madrugada toda, eu também não dormi e fui para a rua, estava andando na rua em frente ao hotel e vi. - Filipe diz.
Todos olham para ele, mas desistem de perguntar qualquer coisa, porque a preocupação com a Weenny é maior, começam a falar muitas coisas ao mesmo tempo.
— Se acalmem! Eu vou acordá-la. – a voz da Michele sobressai.
Weenny Alves POV:
Acordo com a Michele me olhando, viro na cama.
— Fiquei preocupada com sua ausência, faz muito tempo que você está aí. Vamos almoçar?
— Que horas são, Mi? – ainda estou atordoada.
— Uma da tarde.
Eu fico assustada por ter dormido tanto tempo, levanto, me arrumo e vou com ela para o almoço com todos os nossos amigos, noto a expressão de alívio deles ao verem que eu consegui descansar.
Durante a refeição eu os observo em silêncio, parecem animados e conversam muito, brincando e falando as besteiras habituais, os casais se provocam entre si, enfim tudo está absolutamente normal entre os meus loucos e queridos amigos. Que delícia!
Assim que terminamos de comer, decidimos jogar, na verdade estamos decididos a fazer uma competição de pôquer. De todas as mulheres presentes, apenas Maria José e eu sabemos jogar e decidimos montar dois grupos.
Grupo 1: Maria José, Rafael, Eduardo, Igor, Leonardo e Filipe.
Grupo 2: Victor, Ricardo, Enzo, Claudio, Guilherme e eu.
Passamos a tarde toda jogando animadamente, as meninas ficam de fora torcendo por seus parceiros ou pessoas favoritas. Elas tentam nos divertir imitando as mulheres que servem as bebidas e salgadinhos no salão do pôquer, vem perto de nós vestindo saias curtas e rebolando para distrair os homens, nos ajudando a ganhar, por esse motivo o silêncio é impossível.
Maria José elimina todos os rapazes e eles ficam muito frustrados pela facilidade dela, mas na verdade ela tem a técnica, enquanto eles jogam por pura distração.
Descubro que na minha mesa estão os oponentes mais fortes, por isso demora mais para acabar. Aos poucos eu vou ganhando muitas fichas, elimino rapidamente Claudio e Guilherme, ficando com todas as fichas deles ao pegá-los em um blefe muito ruim. Já Ricardo e Enzo tem um pouco mais de estratégia ou receio em jogar, ficam esperando apenas as cartas altas e quando jogam sei que tem mãos boas, blefam mal. Enzo decai no jogo quando Samara se aproxima e o atrapalha fazendo brincadeiras sobre suas cartas e blefes.
— Ah anjo... o que está fazendo? Quer que eu perca? – Enzo reclama e Samara ri com maldade.
Eu forço Enzo a apostar todas as suas fichas, confesso que neste momento estou blefando descaradamente, mas tenho sorte justo na última carta, fazendo de meu blefe injusto um bom jogo e elimino Enzo, para desgosto dele e para que a maldade de Samara seja concluída com sucesso.
Agora é a semifinal, Ricardo, Victor e eu, é bem mais difícil jogar com pessoas que nos conhecem bem. Em um golpe de sorte, Victor leva quase todas as minhas fichas, o river, que é a última carta posta na mesa, acaba com meu jogo, por isso decido esperar a carta certa nas mãos e apostar o estante de fichas que ainda tenho. Na rodada seguinte Victor elimina Ricardo em uma jogada de mestre.
— Sua sorte acaba agora! – ameaço o Victor, assim que recebo minhas cartas.
E aposto minhas últimas fichas, ganhando metade das fichas dele, exibindo uma trinca e deixando-o furioso, ficamos em um silêncio competitivo e desafiador.
— Agora o jogo acabou para você! – mais uma vez pego minhas cartas e digo, percebo sua tensão comprimindo seu maxilar.
Devo confessar que sempre adorei essa expressão de raiva.
Vibro muito quando percebo como vou finalizar meu jogo, fazendo um Royal Straight Flush, eliminando Victor em grande estilo, para comemoração dos meus amigos e em especial da vitoriosa Maria José.
Victor bate na mesa, fazendo as fichas pularem e mostrando toda a sua frustração.
— Minha vida mudou totalmente. Agora tenho sorte no amor e sorte no jogo! – dou uma gargalhada e digo, recebendo aplausos.
Tão logo terminamos os jogos, sentamos no tapete para conversar um pouco, estou tentando me refazer da adrenalina do jogo, todos sabem o quanto sou competitiva.
Percebo que Maria José está bem integrada ao grupo, converso um pouco com ela para saber como está se sentindo e percebo que ela está gostando de tudo.
As meninas começam a cantar e dançar e eu fico sentada olhando e aplaudindo, enquanto os rapazes ficam corrigindo apenas para provocá-las, essa é a diversão predileta deles.
— Nós somos um bando de loucos, cuidado senão você vira mais uma. – sussurro no ouvido da Maria José.