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Detective Grayson [DC Comics] (PT-BR)

Nos corredores entre a vida e a morte, no coração de Bluedhaven, o jovem Dick Grayson decide embarcar na sua jornada como detetive no Departamento de Polícia, iniciando sua carreira no estágio policial. Aos 24 anos, após ter saído de Gotham, ele almeja encontrar o culpado pela morte de seus pais e trazer justiça ao mundo. Todavia, os desejos de Dick Grayson são obstruídos não apenas por conflitos pessoais e internos, mas também por meta-humanos com poderes sobrenaturais e organizações criminosas, que almejam traçar um destino de "purificação", não apenas para a sombria cidade, Bluedhaven, mas para todo o mundo — ameaçando a vida de todos os amigos e conhecidos de Dick, enquanto se vêem forçados a lidar com o dia a dia no departamento de polícia e a realidade da cidade criminosa que vivem. Com um irmão irresponsável e impulsivo, Jason Todd, e uma amiga leal, falante e inteligente, Sthepanie McGonagall, Dick se vê como o líder de seu grupo, guiando-os e orientado-os enquanto crescem e amadurecem como pessoas e colegas de trabalho. _ On the brink of life and death, in the heart of Bludhaven, young Dick Grayson sets out on his journey as a detective at the Police Department, starting his career as arookie detective with the carismatic nerd Duke Thomas. At 24 years old, after leaving Gotham, he hopes to find the one responsible for his parents' death and bring justice to the world. However, Dick Grayson's desires are obstructed not only by personal and internal conflicts, but also by supernaturally powered metahumans and criminal organizations that seek to chart a destiny of "purification" not only for the dark city of Bludhaven, but for the entire world—threatening the lives of all of Dick's friends and acquaintances, as they find themselves forced to deal with the day-to-day of the police department and the reality of the crime-ridden city they live in. With an irresponsible and impulsive brother, Jason Todd, and a loyal, talkative, and intelligent friend, Stephanie McGonagall, Dick sees himself as the leader of his group, guiding and mentoring them as they grow and mature as people and colleagues. _ • Idioma Original: Português (Brasil) • Original Language: Portuguese of Brazil _ ∆ MATURE CONTENT This webnovel is rated 'Parents Guidance Suggested' due to the presence of implied sexual content, violence, mature themes and crime. However, the narrative is complex and full of interesting themes, and this classification does not hinder the reader's experience. However, there is the presence of more mature subjects. Enjoy reading!

Gabriel_Flx · Komik
Peringkat tidak cukup
8 Chs

Wally West, amigo de infância.

— Impuros? Mas o que raios é isso? Uma ceita? — questionou Jason, intrigado, deitado na sua cama hospitalar, olhando o bloco de notas de seu irmão, intrigado com as anotações do mais velho, Dick. Ele está sentado ao seu lado, no leito, com uma blusa branca simples de algodão, enfatizando seus braços robustos e uma calça elástica preta, com bolsos pequenos nos joelhos e cintura.

— Não faço ideia. Sua mãe disse que o meta radioativo só falou isso, no polígrafo ontem a noite. — respondeu Dick levantando os ombros rapidamente, fixando os olhos em Jason e no seu pijama hospitalar, azul grosso de poliéster. — Impuros, impuros...— ruminou sorrindo enquanto revira os olhos para os lados, ironizando.

— Que loucura. — murmurou entregando o pequeno caderno nas mãos de Dick com um sorriso empático enquanto ele sorri guardando o bloco de notas em um de seus bolsos laterais, ao lado de seu pager, situado na cintura, entre o cinto e a calça.— Ok. Uh, Stephanie e eu temos uma surpresa para você. — disse Jason com um semblante entuasiasmado, exibindo seus dentes de maneira genuína, causando estranheza em Dick.

— Oh, para com essa cara. Tá estranho. — afirmou Dick confuso, erguendo a sombrancelha e franzindo a testa. Logo, Jason suspirar, comprime os lábios e argumenta, pacientemente:

— Aconteceu muita coisa nas duas últimas semanas. E eu não sei sei...bom, eu e a Steph chamamos seu amigo de infância pra cá, pra servir de apoio. — afirmou, se sentando em sua cama e escorando as costas na parede, tentando cônter seu sorriso, apenas esticando seus lábios entre as bochechas de maneira gentil. Em poucos segundos, a atenção de Dick em Jason é cortada:

— Fala aí, meu vigilante favorito! — exclamou Wally, de braços abertoss se aproximando do leito, emanando uma energia leve, acolhedora e afável com seu tom de voz amigável e comunicação espontânea. Seus curtos cabelos ruivos possuem mechas que escondem sua testa, dando-lhe uma aparência mais jovem do que realmente é. Além disso, ele está vestindo uma jaqueta amarela, sua cor favorita, e uma calça azul jeans rasgada no joelho, a fim de facilitar seu movimentos com a perna, que adora andar e se movimentar hiperativamente. Stephanie e Duke estão atrás dele, sorrindo. Duke está colocando a mão no ombro de Stephanie, que simplesmente deita em seu ombro esquerdo, observando a reação de Dick.

— Wally! — exclamou ele sorrindo genuinamente e apertando sua mão calorosamente seguido de um abraço. — Senti tanta sua falta. Achei que você nunca mais ia deixar Jump City pra me ver. — completou apertando o melhor amigo o mais forte que consegue com seus dedos branquelos, tentando reparar a saudade de anos e anos.

— Seu irmão quase me ameaçou pelo telefone. Não tive como não vir. — com as mãos no bolso, contraindo os ombros, enquanto de Dick olha para Jason, advertindo-o com um olhar julgador e olhos semi-abertos.

— Ameaçei mesmo. Mas, que bom que você veio, velocista escarlate. — agradeceu Jason acenando a cabeça para baixo, com confiança, cruzando as sombrancelhas para Wally que responde fechando os olhos e acenando a cabeça para baixo, amigavelmente. Todavia, a palavra 'velocista' preferida por Jason traça dúvidas e questionamentos na cabeça de Duke Thomas, que não sabe o significado dessa palavra em relação ao Wally. Porém, apesar das dúvidas internas, ele permanece discreto e com um sorriso espontâneo, ao lado de Stephanie.

— E então, vocês estão aqui numa sala de hospital. Vocês estão bem? Alguém se machucou? — indagou o Wally com as mãos na cintura, preocupado, olhando os pacientes ao redor e as enfermeiras de jaleco azuis, rondando a sala. — Soube que Bluedhaven anda tendo uns problemas com radiação ultimamente. O que é horrível, para não dizer muito. — lamentou comprimindo os lábios e semblante compassivo, enquanto Dick, Jason e Stephanie se entreolham com olhares carregados e repletos de angústia em seus semblantes carrancudos.

— Longa história. É uma longa história, amigo.— disse Dick olhando para o chão, rapidamente, com semblante sério e oprimido. Porém, ele se atenta na jaqueta amarela de Wally e relembra os momentos de diversão e elegria deles, com um semblante esperançoso no rosto. Logo ele sugere — Você quer beber? O bar da mãe do Jason abriu de novo. A gente pode passar lá rápido, enquanto eu te mostro a cidade. — sugeriu olhando para Wally amistosamente. — Eu preciso esquecer algumas coisas. — concluiu com olhar reflexivo e semblante opaco.

— Ok. Vamos. — concordou o velocista. Logo Dick olha para Duke e Sthepanie atrás de Wally e efetua o convite:

— Uh, Stephanie e Duke. Querem vir com a gente? — convidou Dick arqueando seu braço nos ombros de Wally, otimista.

— Claro! Eu topo ir. Recebi alta do hospital ontem, estou livre de radiação. Vai ser bom comemorar. — disse Duke olhando para Stephanie com afinco, esperando que ela concordasse em ir com eles, por gostar de sua compania otimista.

— Bom, eu estou dentro. Todo esse negócio de radiação está fazendo minha cabeça surtar, então, uma bebida seria legal. — exibindo seus dentes, criando rugas nas bochechas, olhando para Duke com olhos cintilantes em ambos. Eles se olham confiantes por um curto tempo e com a respiração inflando o peito repletos de hormônios da felicidade percorrendo suas veias.

— Ok. Só não bebam muito. Eu tenho ciúmes, ouviu Dick e Steph? — afirmou Jason enquanto os quatro se dirigem para as portas. — Sem tequila! — moderou enquanto, Dick e Stephanie olham para trás, com dentes expostos.

— Nós ouvimos capitão. — respondeu Dick atravessando a porta de saída da enfermaria, deixando seu irmão mais novo sozinho, deitado na cama hospitalar, suspirando.

Todavia, durante o caminho para o bar, Duke fez muitas perguntas para Wally e para a Dick, sobre o passado de ambos, deixando Sthepanie desconfortável com a atitude intrusiva dele. Até que, chegando no estabelecimento, eles foram bem recebidos pela mãe de Jason, Marta Greyer, que os deixou sentarem de frente para o balcão e os forneceu as melhores bebidas da casa em seus copos de vidro.

Eles se sentiram muito acolhidos pela senhora que sempre os cerca com seu sorriso gentil e simpático. Eles continuam conversando, enquanto Marta se esforça para atender os clientes em suas mesas, com a demanda mais acima que o habitual.

— E então Wally, você faz o quê? Qual sua profissão, exatamente? — questionou Duke, bebendo em seu copo de vidro, sutilmente.

— Eu corro. — olhando para Dick, na cadeira ao lado, que já perdeu as contas de quantos copos já tomou no bar, deixando seu copo vazio, em cima do balcão. — Sou um super velocista. — responde ele olhando para o detetive estagiário, com os braços cruzando em cima do balcão.

— Ow! Então você é o quê as pessoas chamam de meta humano, né? Pessoas com poderes. — indagou novamente, com curiosidade genuína. — É por isso que te chamaram de velocista escarlate. Quero dizer, você é igual aquele cara, o Flash, que aparece nos jornais da minha vó. — com olhos abertos e com semblante atento em seu rosto, fazendo Stephanie pigarrear e coçar o pescoço levemente, sentindo-se levemente desconfortável com as perguntas intrusivas.

— Pode-se dizer que sim. — sorrindo, cruzando as sombrancelhas, considerando o rapaz demasiadamente entusiasmado com suas habilidades. — Na verdade, sou o Kid Flash. Mas não fala isso muito alto. É meio que um segredo, então...— advertiu diminuindo o tom de voz, enquanto Duke compreende com um semblante surpreso e boca semi aberta.

— Duke, por que você não vai ajudar a Marta a distribuir mais bebidas? — questionou Sephanie olhando para ele franzindo a testa, apontando para os clientes sentados nas mesas, todos homens e mulheres de meia idade, com mesas vazias. Deixando Duke confuso e hesitante em falar. — Vai! — exclama com tom de voz ríspido, adotando um instinto de cuidado na tentativa de contornar as ródeas da conversa, apontando o braço para a estante de bebidas a frente do balcão, gentilmente.

— Ok. Estou indo. — compreendeu ele, acenando a cabeça levemente em direção ao chão, se levantando da cadeira e entrando dentro do balcão em direção a estante de bebidas.

Marta, que já estava atenta a conversa dos amigos de Jason, apenas entrega um avental branco de porcelanã em suas mãos, com afinco e um sorriso no rosto. O rapaz, condolente e complacente, apenas aceita o avental e veste o mesmo, enquanto a atenção de todos os clientes do bar está voltada para a televisão posicionada no topo da parede do estabelecimento.

Na Tv moderna, porém de tamanho modéstio, uma repórter vestida com um blazer de cor vermelha escarlate e uma saia de cor bege até o joelho, contrasta com o ambiente iluminado, de costas para a prefeitura, segurando um microfone, informando:

— As autoridades de Bluedhaven se esforçam para entenderem o aumento de crimes de origem meta humana na cidade, desde a chegada do suposto meta humano radioativo. O número de metas esse ano, assumiu uma marca sem precedentes de aparições na cidade.

— Aumento de aparições de meta-humanos. É isso! — exclamou Stephanie de olho arregalados surpresa, trazendo os olhares de Dick e Wally para si. O semblante entusiasmado e ao mesmo tempo reflexivo da jovem, concentrada na reportagem, dá a impressão para Dick de que ela abstraiu uma ideia ou conceito. Comum de seu temperamento intuitivo e abstrato. — Óh meu Deus, é isso! — exclamou com os lábios afastados, sobrancelhas erguidas e dedos abertos.

Imediatamente, ela se levante da cadeira de madeira carmesim e sussura nos ouvidos de Dick, animada, fazendo Duke olhar para os dois amigos — Te vejo no córtex do Átrio, é importante. Vai pra lá quando acabar. — caminhando em direção a saída do bar, com a jaqueta marrom em seu antebraço, com seus neurônios disparando várias sinapses por minuto, entusiasmada, sem se despedir de Duke, devido sua empolgação com a ideia súbita. Deixando ele de ombros caídos ao bater a porta e ecoar o sino do bar, na lateral da parede. Ele lambe os lábios ao redor da boca com a lingua, lentamente, repleto de ira.

Rosnando, ele dá as costas, abruptamente, para o ectomorfo de cabelo preto macio e foca seu olhar na estante de bebidas, incrédulo e com a mente repleta de pensamentos intrusivos. Felizmente, suspirando profundamente, ele relaxa o pescoço revirando os olhos, acalmando assim, seus nervos aflorados e impulsivos para dentro de si.

— O que houve com ela? Ela está bem?— indagou Wally intrigado com a saída da jovem moça da taberna, cruzando as sombrancelhas.

— É a Stephanie. Ela está bem.— respondeu dando de ombros enquanto Duke, vestido com o avental branco, se dirige em direção as mesas com clientes, auxiliando Marta, porém, atento a Dick.

— Falando em estar bem, não sabia que você queria ser detetive. — disse Wally, fazendo Dick fechar os olhos. — Jason me contou esse lance. Parece que você andou ocupado pensando nisso recentemente. — ponderou ele.

— Bem, eu não sei. Eu não sei. O Lucius está colocando muita pressão em mim, e poxa! Essa só é minha segunda semana no estágio. Minha segunda semana! — disse enquanto Wally o envolve com empatia. — Se eu aceitar teria que trocar de equipe, de departamento e Lucius seria meu chefe até o final do ano. Não sei se quero isso.

— Você tem talento para ser detetive. Mas, siga seu coração. Você sempre toma as melhores decisões quando pensa com o coração. — aconselhou com convicção erguendo o seu pequeno copo de vidro para cima, com rosto amigável e confiante.

— Nem sempre, essa é a questão. Eu não posso confiar em mim. Eu deixei você, a Korian, todo mundo, por quê? Por razões egoístas. Eu sou egoísta. — criticou a situação mesmo, colocando a mão suprimindo seu tórax, angustiado, e com a voz baixa e branda enquanto Duke olha para ele, anotando o pedido dos clientes em um bloco de notas, intrigado, contraindo as pálpebras dos olhos.

— Não foram razões egoístas. Você tá trabalhando, tá correndo atrás de seus objetivos e isso é...— tentou completar a frase enquanto Dick mantém a cabeça baixa e suspira. — Isso é admirável, Dick. E se você acha que existe alguma chance disso dar certo, em ser detetive. Você deve agarrar isso e lutar por isso. — completou sorrindo com as sobrancelhas enquanto acena a cabeça para o lado direito abruptamente afim de arrastar algumas mechas de seu cabelo ruivo, para longe de seus olhos.

— Eu sinto tanta sua falta, amigo. — sorriu com olhos marejados enquanto o jovem de cabelo ruivo coloca a mão em seu ombro esquerdo, amigavelmente. — Por quê você não fica aqui, com a gente? Poderíamos formar uma nova equipe. — sugeriu enquanto Wally acena a cabeça levemente, discordando, porém, de maneira gentil e sutil.

— Richard John Grayson, você sabe o quanto eu gostaria de estar aqui. Mas, agora que a Donna Troy e o Roy Harper entraram para os Jovens Titãs, eles precisam de mim. Querem que eu ensine eles.— argumentou enquanto Dick seca as lágrimas em seus olhos com o dorso de suas duas mãos, suprimindo suas pálpebras. — Eu finalmente estou me sentindo útil na equipe, tendo meu espaço!Finalmente me deram uma nova oportunidade e eu não passo perder isso. — concluiu secando as lágrimas que escorrem do rosto de Dick com seus dedos, enquanto seu celular começa a vibrar em seu bolso. Rapidamente, Wally retira o dispositivo do bolso e liga a tela do aparelho — É a Korian, sua ex, está me chamando. — avisou com uma risada sem ruído olhando para a tela do artefato digital enquanto Dick ainda enxuga as lágrimas de suas bochechas com a manga de sua blusa branca de algodão.

— Você sabe que as portas de Bluedhaven estarão sempre abertas pra te receber. — sorriu, erguendo seu copo de bebida.

— Igualmente em Jump City. — erguendo seu pequeno recipiente de vidro, enfatizando seu sorriso de despedida, de orelha a orelha. Com os recipientes levantados, os dois brindam, com os dois copos tocando um no outro suavemente, grudando por alguns segundos, como um romance adolescente, no ápice do contato, no apogeu da intensidade humana, e desgrudando em seguida, sutilmente. Logo, ambos colocam os copos em cima do balcão novamente, cada copo separado um do outro.

— Te vejo em breve, velocista. — esboçando seus dentes perfeitamente alinhados e brancos como cristais.

— Pensa no que te disse, detetive. — ironizou ele acenando com a mão rapidamente, colocando o celular no bolso novamente, olhando para trás, enquanto caminha em direção a porta. Dick, apenas suspira ao vê-lo atravessar a porta de saída.

— Qual a forma de pagamento? — indagou Duke na frente na balcão, com os olhos fixos em Dick, cerrando os dedos na palma de sua mão em cima do balcão, com a coluna ereta e postura assertiva.

— Você nem trabalha aqui. É voluntário. — respondeu levantando-se da cadeira e ficando de pé, de frente para Duke. Ambos olhando um para outro. Duke, por sua vez, está com o peitoral inflado, na defensiva, com ombros rígidos e cabeça erguida. — Você parece nervoso. Mas por quê? Viemos aqui como amigos, eu, você, Stephanie...— tentou argumentar sendo interrompido bruscamente por Duke, que insiste:

— A forma de pagamento. Foi o que eu falei. Não me faça repetir. — disse ele com tom de voz grave e inquisitivo, apresentando a palma da mão aberta. Dick, por sua vez, apenas tira alguns trocados de seu bolso, como algumas cédulas e alguns centavos e lança na mão aberta de Duke, que imediatamente, fecha seu punho, esmagando o dinheiro com seus dedos. — Obrigado, filhinho mimado do Bruce. — murmurou com olhar carrancudo voltado para ele. Logo, ele está sem palavras para cuspir de sua boca, ainda processando a saida de seu melhor amigo do bar, Wally.

Ele apenas quebra o contato visual afrontoso de Duke, e pacientemente, com as mãos nos bolsos pequenos de sua calça preta, ele caminha em direção a porta de saída, sem dizer nenhuma palavra e sem olhar para trás. Qando a porta de madeira se fecha, o sino ecoa novamente, fazendo Duke se lembrar de Stephanie e do seu olhar afável, acolhedor e gentil. Logo, com semblante espantado, o dinheiro de Dick escorrega de suas mãos e caem no solo da taberna junto com seus pés, que se ajoelha no chão, pasmo, discretamente, escorrendo lágrimas de seus olhos. Ele apoia sua testa, sob o seu joelho, respigando seus fluídos no chão, atrás do balcão, escondido dos olhares dos clientes, soluçando a cada segundo, com aperto no peito.

Eventualmente, Marta, dona do estabelecimento, próxima ao balcão, avista o nobre garoto de joelhos, soluçando, com água envolta de suas bochechas morenas.

— Filho, você está bem? — indagou a senhora, de cabelo grisalho, com rosto preocupado, disposta a ajudar o menino.

— Eu sou uma pessoa horrível. Eu...eu fui horrível. — disse o rapaz, enojado de sua própria atitude com Dick Grayson e da postura que teve com ele. Duke se arrepende, pois geralmente não trata as pessoas assim, e isso, a forma como falou com ele, o machuca por dentro. — Eu não sou essa pessoa. — disse pegando o dinheiro caído no chão, enxugando suas lágrimas e levantando-se do chão rapidamente. — Tenho que ir pedir desculpas pra ele. — tirando o avental branco de porcelanã e entregando nas mãos da senhora, que encara ele confusa e intrigada. — Tenho que ir. — concluiu dando as costas para ela e correndo para fora da taberna, abrindo a porta de saída rapidamente, como um vulto, sem olhar para trás.

Dessa forma, desesperado por um pedido de perdão e repudiando sua própria atitude, ele corre atrás de Dick ferozmente, como uma criança em direção ao colo paterno.

Todavia, ele avista Dick caminhando pela faixa de pedestre calmamente, e o acompanha. Ele segue Dick minuciosamente em busca de uma oportunidade para pedir seu perdão.

Porém, no meio do caminho, ele percebe que Dick está seguindo um caminho peculiar e distante do centro da cidade. Pois logo, Dick entra em uma viela estreita, com muros altos que bloqueiam a luz do dia, atribuindo ao ambiente um iluminação escura, opaca e sombria, cercada de pássaros pretos, bicando dezenas de sacos de lixo no local.

Logo, Dick abre um portão largo, porém não muito cumprido, no fundo do beco mal iluminado, e com o metal enferrujado, corroído e desgastadao pela oxidação, simples, que não invoca a atenção de criminosos e curiosos da cidade. Ele, sem olhar para trás, atravessa o portão com confiança, como se já estivesse familiarizado com o trajeto, intrigando Duke, que não conhecia aquele lugar.

Sem pensar duas vezes, envolto de dúvidas em sua mente, ele abre o portão e entra, fechando-o, sem hesitar.