No dia seguinte, após a missão com Lucy, Sofitia aproveitava uma tarde de folga caminhando pelas ruas movimentadas de Akaria. O sol brilhava intensamente, e a cidade estava cheia de vida. Enquanto passeava, ela ouviu vozes exaltadas em um beco próximo. Curiosa, decidiu investigar.
Ao virar a esquina, viu uma jovem sendo intimidada por alguns aventureiros. Eles a cercavam, falando com tom ameaçador.
— Vamos lá, senhorita, por que não vem com a gente? — disse um dos aventureiros, tentando agarrar o braço da garota.
— Eu já disse que não estou interessada! Deixem-me em paz! — respondeu a jovem, com uma voz trêmula, tentando se soltar.
Sofitia não pensou duas vezes. Aproximou-se rapidamente e, com firmeza, interveio.
— Deixem ela em paz agora mesmo! — ordenou, seu tom de voz gelado e autoritário.
Os aventureiros se voltaram para Sofitia, avaliando-a por um momento antes de recuarem, percebendo que não valia a pena enfrentar alguém de seu calibre.
— Vamos, rapazes. Não vale a pena arrumar encrenca — disse um deles, puxando os outros para longe.
Assim que os aventureiros se afastaram, a jovem suspirou de alívio e voltou-se para Sofitia.
— Muito obrigada! Eu não sei o que teria feito sem a sua ajuda — disse, com gratidão evidente em sua voz.
— Não foi nada. Eles não deveriam estar intimidando ninguém. Meu nome é Sofitia. Qual é o seu? — perguntou, sorrindo gentilmente.
— Eu sou Amelia Walker. Sou filha do Marquês Marcos Walker — respondeu a jovem, um brilho determinado em seus olhos.
Sofitia levantou uma sobrancelha, surpresa com a revelação.
— É um prazer conhecê-la, Lady Amelia. O que a trouxe a este beco? — perguntou, intrigada.
— Ouvi falar de um grupo de aventureiros chamado Sirius, recém-chegados a Akaria e já de rank B. Queria encontrar a líder deles e pedir que se tornasse minha mestra. Então, resolvi sair escondida do palácio para procurá-los — explicou Amelia, seu entusiasmo evidente.
Sofitia riu levemente, impressionada com a determinação da jovem.
— Bem, parece que seu esforço valeu a pena. Eu sou a líder dos aventureiros Sirius — revelou Sofitia.
Os olhos de Amelia se arregalaram de surpresa e admiração.
— Sério? Isso é incrível! Por favor, seja minha mestra! Quero me tornar forte e ajudar a proteger as pessoas — pediu Amelia, curvando-se em uma profunda reverência.
Sofitia hesitou por um momento, ponderando a situação.
— Eu admiro sua determinação, Amelia, mas treinar alguém não é uma decisão que se toma levianamente. Exige compromisso e muito trabalho duro — respondeu Sofitia.
Amelia não se deu por vencida. Ela visitou Sofitia todos os dias, sempre com o mesmo pedido. Mostrou-se persistente e dedicada, determinada a provar seu valor. A cada encontro, Sofitia ficava mais impressionada com a vontade e a coragem da jovem.
Depois de uma semana de insistência contínua, Sofitia finalmente cedeu.
— Muito bem, Amelia. Vejo que você está realmente comprometida. Vou treiná-la, mas saiba que será um caminho difícil — disse Sofitia, estendendo a mão.
Amelia sorriu brilhantemente, apertando a mão de Sofitia com firmeza.
— Obrigada, Mestra Sofitia! Prometo que darei o meu melhor e não decepcionarei você! — exclamou, com os olhos brilhando de determinação.
Com isso, Sofitia ganhou uma nova pupila, e Amelia começou seu treinamento para se tornar uma guerreira formidável, sob a orientação da líder dos aventureiros Sirius