A história gira em torno de um jovem de dezoito anos chamado Carlos que mora em uma kitnet no Rio de Janeiro. Em uma certa noite ele acaba experimentando um lanche de uma hamburgueria um tanto diferente, a partir daquele momento sua vida jamais será a mesma. Carlos acaba morrendo e com isso ele consegue um emprego, mas não é um emprego comum, o seu desempenho será fundamental para que ele agrade os seus superiores e consiga o que não mais o pertence. AVISO!!! Essa Light Novel não é para crianças, a linguagem é pesada e não possui filtros. É uma obra politicamente incorreta que abordará certos temas que pode incomodar o leitor. Para saber mais acesse: https://hellsburger-pre-venda.netlify.app/ Vou deixar o canal do telegram aqui, costumo postar os capítulos com antecedência por lá. https://t.me/+p6bGExq_SjllYWYx
Capítulo 01 — A Parede Vermelha
E foi naquele dia em que a conheci, jamais imaginaria que fosse morrer daquele jeito.
Brasil — Rio de Janeiro–2015
Era quarta-feira a noite e como sempre nesses dias no meu bairro era movimentado, você poderia estar imaginando que era devido a algum jogo importante de futebol, bom até poderia ser, só que não fazia a menor ideia.
Nunca gostei de acompanhar esportes, ainda mais sendo um em que envolvia onze homens, ou melhor, vinte dois correndo atrás de uma bola, era muito sem sentido e a devoção que a torcida tinha por esses jogadores era algo até bizarro para mim.
Em meu quarto, com as cortinas fechadas, não era um dos quartos mais organizados nem um dos maiores, ainda assim ali tinha a minha essência, a cama ficava no chão e minhas roupas jogadas em um guarda-roupa improvisado.
"Filho da puta! Morri de novo."
Anki Solus era um dos meus games favoritos, jogabilidade difícil com um estilo único e super complicado, a sensação de desafio e conquista era o que me motivava a continuar a passar raiva com essa porcaria.
"Rooooonc"
A noite sempre pedia no uFood, em uma hamburgueria que fazia um lanche do caralho com pasta de amendoim e geleia, era o meu preferido, mas por algum motivo naquele dia eles não estavam aceitando pedidos.
Comecei a procurar algum outro lanche e me deparei com um lugar chamado Hell's Burguer, fazia lanches temáticos e apimentados.
"Cacete! Uma hamburgueria do inferno? Vai se fuder. Haha"
Em seu cardápio tinha um lanche com um nome bem sugestivo "Os lábios da minha rainha"
"Que lábios seriam esse, ein?"
Nele tinha diversos ingredientes padrão de qualquer lanche, mas a carne era diferente e tinha de todo tamanho escrito CENSURADO
"Porra! É esse que quero".
Fiz o pedido e foi o lanche mais rápido que já chegou em minha casa, foram aproximadamente seis minutos.
Corri até a porta e uma moça com uma bag com o meu lanche já estava me esperando, primeira vez que vi uma moça que fazia entrega e diga-se de passagem era maravilhosa.
"Carlos?"
"Sim, sou eu"
"Aqui seu lanche. Me fale o código por favor."
"5564"
Ela tinha cabelos pretos por fora e um azul esverdeado por dentro, não era tão longo nem tão curto, ia até a metade do pescoço, seus olhos eram verdes e sua pele levemente bronzeada.
"Espero que goste do lanche, Carlos"
Não podia perder a oportunidade, não era todo dia que uma garota bonita batia na porta da minha kitnet.
"Qual o seu nome?"
Enquanto ela fechou a bag colocou nas costas, deu alguns passos, olhou para trás e com um belo sorriso ela disse:
"Alice, a gente se vê"
"Definitivamente pedirei mais lanche nesse lugar."
Comecei a desembrulhar o lanche e o pão tinha uma aparência diferente, era um pão preto com gergelim vermelho, nem sabia que caralhos existia isso.
Bom, vejamos como é essa carne "censurada", ou melhor, os lábios da minha rainha.
"Puta, nome bom, na moral. haha!"
Aparentemente parecia uma carne bem suculenta e deliciosa, o lanche em si estava com uma aparência sensacional fora algumas coisas estranhas, mas tirando isso tinha uma bela apresentação.
"Chega de analisar, não sou masterchef, porra!"
Dei a primeira mordida e a sensação foi como se eu estivesse tocando uma, ou fazendo um oral em alguma garota.
"Caralho! Bom demais".
A cada mordida a sensação se intensificava e ficava melhor, não demorei nem dez minutos para acabar com aquele lanche, o melhor que já havia experimentado.
"Gooooool!!"
Tomei um susto com os fogos e gritos dos vizinhos, seja la quem esteja jogando, se for Brasil espero que perca.
Depois de alguns minutos minha barriga começou a fazer uns barulhos estranhos e uma ardência inexplicável…
"Puta merda, a xota da rainha não caiu bem"
Tentando chegar até o banheiro, mas não consegui, comecei a vomitar sangue, minhas pernas ficou fraca, me apoiei na parede e fui vomitando, nunca achei que minha parede cinza clara ficaria tão vermelha, não aguentei e acabei desmaiando.
A princípio foi o que pensei, mas a coisa não era tão simples assim.
"Agora você entende, Carlos? Você comeu uma parte da rainha e agora é escravo dela, o seu corpo e a sua alma já não te pertence" Disse um homem de cabelos compridos e olhos vermelhos.
Abri meus olhos depois daquilo e estava em meu quarto jogado ao chão com a roupa toda suja de vômito e fedendo para o cacete.
"Ta porra! Deixa eu limpar essa desgraça. Tomar no cu".
Peguei um pano mais ou menos limpo e comecei a limpar aquela sujeira toda e com a maior certeza de nunca mais pedir lanche naquele lugar, enquanto esfregava a parede com força e tampando meu nariz por conta do cheiro alguém começou a bater na porta.
"Caralho! Quem seria agora?"
Fui até a primeira gaveta do meu guarda-roupa e procurei algum bom cheiro, sei lá e só achei um perfume vencido vagabundo e comecei a jogar no quarto só para disfarçar e confesso que não foi a melhor ideia.
Abri a porta e a garota linda que entregou o meu lanche estava ali.
"Puta que pariu!"
Eu com a roupa toda suja de sangue e vomito de frente para ela e um puta fedor de perfume barato, ela olhou para mim e fez uma cara sinistra com um sorriso que me lembrava o coringa.
Enfiou os seus três dedos dentro da minha boca, confesso que fiquei excitado com aquilo ainda mais com a mão boba dela lá em baixo.
"Você estar morto e agora é o meu escravo"
"Bem-vindo ao Hell's Burger"
"Mas que caralho é isso!"