Hell's Burger — Fui forçado a trabalhar para conseguir a minha alma de volta.
Capítulo 02 — O Viado Mandou
No início, estava confuso, mas depois fiquei ainda mais.
"Então você está me dizendo que sou seu escravo e estou morto?"
Parece que o lanche que comi era como se fosse um contrato com a rainha do Hell's Burger e, uma vez experimentado, meu corpo e alma pertenciam a ela.
"Sim, Agora você deve me obedecer e trabalhar para mim"
Aquilo não foi uma notícia tão ruim, afinal, eu precisava de um emprego, mas ser escravo não estava na minha lista de trabalho dos sonhos.
Era difícil acreditar nas palavras daquela garota, mesmo que eu tivesse vomitado muito sangue.
A ideia de morrer parecia um exagero, ainda mais considerando a possibilidade de virar um escravo.
"Alice, né. Não que esteja duvidando de suas palavras, mas que porra você fumou?"
Olhando para mim, ela fez um gesto com uma de suas mãos apontando para o pescoço, indicando que eu tinha algo.
Fui até o espelho mais próximo do meu quarto, lá estava em meu pescoço uma coleira de couro com as iniciais HB.
"Ah, Vai se fuder! Serei sodomizado, maltratado agora. puta que pariu".
"Não me parece uma ideia ruim." Disse Ela com um olhar sádico.
"É o que!?"
"Vem, me siga"
Enquanto trancava a porta de casa ela me esperava em cima da moto, seu capacete era preto com desenhos de chamas e pequenos chifres com a logo atrás escritos "hell's burguer"
"Sobe aí"
Subi na moto e não pude deixar de reparar na cintura fina que ela tinha. Ajeitei-me com cuidado na garupa e a segurei levemente.
"O que você pensa que está fazendo?"
"Bom, acho que não quero morrer de novo"
Ela olhou para trás, me encarando e naquele momento percebi que tinha ultrapassado a linha entre dominante e submisso.
"Mas que diabos estou pensando!"
Chegamos ao Hell's Burger e tenho que dizer que o local era bonito e provocante, jamais imaginaria que ali fosse uma hamburgueria, além do fato de só ter garotas trabalhando e as pessoas usarem coleiras.
"Sejam bem-vindos ao Hell's Burger."
Uma voz doce e envolvente acariciava os meus ouvidos, uma mulher com longos cabelos brancos, olhos vermelhos e uma belíssima comissão de frente.
"Caralho, Que peitão!"
"Cala a boca!"
E com essas palavras meus lábios se fecharam como se tivesse algum zíper me impedindo de falar.
"Mas que porra é essa? Não consigo falar."
Alice estava me levando para a sala aos fundos, logo na porta estava escrito "Tudo que te faz feliz é nossa fonte de poder."
A sala era grande e escura, havia uma cadeira e ao seu redor vários crânios empilhados e apenas uma fonte de luz que vinha da janela iluminava todo o local.
Sentado à nossa frente, havia um homem de cabelo curto e ondulado, usando um terno preto e com as pernas cruzadas lendo um livro.
Seu olhar era tão poderoso que mesmo cabisbaixo dava para sentir uma energia que fazia minhas pernas ficarem bambas.
Mal conseguia manter meus olhos nele, o máximo que conseguia era focar no título do livro, mas era em um idioma que eu não conhecia, talvez hebraico.
"Seja bem-vindo, Carlos", disse ele, fechando o livro e lentamente levantando a cabeça. "Me chamo Krohlik."
"Maior pinta de viado tem esse mano.", Pensei enquanto não conseguia falar.
Estalando os dedos, o que me impedia de falar se desfez.
Krohlik começou a desenhar no ar como se escrevesse algo.
"além de viado é vinte-dois."
Depois de terminar, apareceu um papel transparente com letras vermelhas pequenas e incompreensíveis
"Vá para este lugar."
Após isso na cadeira havia apenas o livro.
"Caramba o viado sumiu"
Alice se aproximou da cadeira pegou o bilhete e sentou-se na cadeira, cruzou as pernas e apoiou uma das mãos no queixo.
"Caramba ela tem umas coxa boa."
Enquanto balançava o papel e as pernas em sincronia.
"Carlos, você fara essa entrega.", disse ela. "Vá até a cozinha e pegue uma encomenda", arremessando o papel para Carlos.
"Fala serio, virei um garoto de entrega?"
"Cala boca e vai logo ou quer o seu buraco violado"
"Onde fica a cozinha?"
Já era madrugada de uma quarta feira o jogo havia terminado e os torcedores continuavam nos bares comemorando e fazendo algazarra com a vitória do Brasil.
"Puta que pariu, trabalhar que bom nada. até eu que morri estou fazendo isso."
E pensar que nessa hora estaria batendo uma punhetinha assistindo para alguma camgirl do bhaturbate e agora estou aqui sendo um garoto de entrega, indo para um lugar que não faço a mínima ideia.
O GPS me guiava para lugares desconhecidos, o que não era muito difícil sendo que grande parte do meu dia era investido em horas sentado na frente de um computador.
As Ruas eram bem cuidadas e iluminadas, provavelmente era um bairro acima da media só de ver pelas casas grandes e uma arquitetura europeia com quintais grandes e gramados.
"Caramba, puta bairro estranho é esse?"
Ausência de muros me deixava bastante intrigado a principio.
"Porra de lugar é esse?"
O caminho estava correto, mas uma sensação estranha de perigo não parava de fazer meu coração bater.
O que era estranho do que eu poderia ter medo?
já morri mesmo.
"Você chegou no destino."
Estava a frente daquela casa nada convencional, jamais imaginaria algo assim por aqui ou seria algum tele transporte que havia me levado para fora do Brasil.
"Qual será o hambúrguer que tem aqui?"
"Será os lábios da rainha?"
Parecia como um castelo.
Numero 665 havia estatuas logo na fachada da casa fazendo como que se fosse escolta na entrada, spots no piso iluminava o caminho até a porta.
E uma sensação sufocante de que algo de bom não vinha daquele lugar.
"Agora fudeu de vez.",
Tranquei a moto peguei a bag e fui até a porta entregar o pedido, mas antes de bater na porta uma mulher com os peitos de fora e um pinto de borracha veio receber o pedido.
"Eita poha!"
----------------------
Fala galera! esse foi o capítulo 02. O que o nosso protagonista Carlos vai encontrar nessa casa? Não sei. Vou deixar o canal do telegram aqui, costumo postar os capítulos com antecedência por lá.
https://t.me/+p6bGExq_SjllYWYx