Joey Takoyaki era um garoto como todos os outros a final.
Não tinha uma inteligência do qual se orgulhasse.
Não era popular entre as garotas.
Não era tão bom nos esportes físicos exceto o vôlei, mas isso não o trazia nenhuma popularidade especial.
Talvez por ter decidido que ter o cabelo pintado de loiro, ele seria mais rebelde em algumas coisas.
O cabelo loiro tingido deu a ele um aspecto de alguém perturbado.
— Heehee...
Embora, essa rebeldia toda refletiu no ato suicida que se sucedeu agora a pouco.
Neste beco.
Sim, neste beco comum entre dois condomínios, estava Joey de pé que sorriu de forma involuntária sentindo-se entorpecido.
Em sua frente, uma menina com roupa colegial da sua sala de aula o fitava com feições de alguém que viu algo tão assustador que não conseguia verbalizar palavras.
Era a menina que Joey secretamente gostava.
— Eu salvei sua vida, você sabe.
Ele disse isso ao cambalear para o lado. Seus pés produziram um som de algo molhado.
Não só isso como o som de algo gotejando sem parar como uma torneira mal fechada preenchia toda a extensão do beco entre ele e a menina de sua escola.
Ela estava horrorizada.
Lágrimas tomaram conta dos olhos a medida que ela saiu do seu modo estático e conseguiu apresentar alguma reação ao se erguer com ajuda da parede.
Mas não importa... Não importa o quanto ela tente desviar o olhar de Joey... A pressão baixa atingiu-a deixando a menina com grande fraqueza e logo em seguida veio o refluxo do estomago como um trem bala sem aviso prévio...
...E, apoiada na parede ela vomitou todo o almoço para fora.
Uma visão que não combinava com uma garota bonita como ela.
— E-ei... Cuidado...
Joey tentou estender seu braço direito até ela dizendo essas coisas, mas a menina bateu em sua mão.
— ...!
Por que disso? Ela estava horrorizada como se visse um fantasma, então por que disso?
Simples: Joey minutos antes lutou contra uma motosserra quando disse que iria resolver as coisas e aparece sem a metade do braço esquerdo.
O sangue saía do corte como uma torneira mal fechada, molhando todo o chão e deixando o cérebro do jovem entorpecido com a dor, a sensação de algo vazando sem parar e o sangue que era perdido como algo essencial.
Por conta disso, a garota sequer tinha escrúpulos para fazer algo.
Não, ela fez algo...
— Ei, relaxa, eu tô bem. — ele sorriu para ela. Uma visão que não combinava em nada.
— Seu monstro!!! Sai da minha frente!!
Ela saiu correndo assustada, pisando na poça de sangue que saia do braço de Joey espalhada pelo beco e correu para fora dele, longe do alcance do garoto.
— Ah, merda!
Ele xinga socando a parede com a mão boa.
— Merda, merda, merda, merda, merda, merda!!
E continuo socando despretensiosamente a parede com sua mão boa até seus dedos produzirem sons estranhos.
Após uma sessão intensa de golpes no prédio, Joey havia quebrado a mão. A pele rasgada tingiu de sangue o local dos golpes mas ele sequer se importou.
A sequência pareceu reduzir com movimentos letárgico pela perda insana de sangue e ele cambaleou para o lado, perdendo o equilíbrio de suas pernas moles e caindo em sacos pretos de lixo.
O sangue que saia reduziu bastante, então talvez ele realmente tenha esgotado quase tudo.
O que acontece com um ser humano ao perder sangue o suficiente para preencher um balde ou uma bacia inteira? Ele morreria é claro.
— Puta merda...
Sentindo-se extremamente cansado, ele fechou os olhos.
Um humano normal de fato morreria.
Joey Takoyaki era um garoto como todos os outros a final.
Não tinha uma inteligência do qual se orgulhasse.
Não era popular entre as garotas.
Não era tão bom nos esportes físicos exceto o vôlei, mas isso não o trazia nenhuma popularidade especial.
E...
Ah, sim...
Ele era imortal.
Não importa o quão mutilado fosse. Ele iria se reerguer novamente.
O fim, para Joey, não era o fim.
E jamais seria.