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Capítulo 5.1 — Venham! Eu vou vos devorar!

Ponto de vista do Izumi.

Naquela ocasião, decidi aproveitar o momento para dirigir-me ao quartel do destemido. Eu havia conseguido subtrair furtivamente o mapa de Max, pois ansiava por uma aventura solitária.

Enquanto examinava o mapa, percebi imediatamente a complexidade da situação. Era um mapa extraordinariamente intrincado, e minha falta de experiência tornou-se evidente quando eu não consegui decifrá-lo. 

A questão inicial e crucial era determinar minha localização, mas eu me vi diante de um dilema, já que não conseguia identificar o lado do mapa que apontava para onde eu me encontrava.

— Que chatice!

Uma vez mais, meu plano de escapar deles foi frustrado. Da última vez, escapei sob o véu da noite, mas retornei na manhã seguinte. Logo percebi que, sem o mapa, minha jornada seria sem rumo definido, e estava certo de que eles me alcançariam antes de chegar ao quartel do destemido.

— Que droga!

Eu me vi sem alternativas, a não ser depender da assistência daqueles dois. Sinceramente, detestei a ideia, mas não havia outro caminho. Precisaria confiar neles para me guiar em cada encontro com um destemido. Assentei-me sobre os destroços à margem da vila e proferi:

— Agora é com você, Max.

Ficar ali até o amanhecer seria tedioso, então decidi dar uma volta pela vila em busca de entretenimento. No entanto, não importava o quanto eu explorasse, não conseguia detectar o odor de demônios em lugar algum.

À medida que me afastava da vila, essa ausência de cheiro continuava. Era uma situação peculiar. Parecia que alguma proteção os mantinha afastados da região, embora isso não explicasse por que os maiores sempre invadiam na mesma data toda semana.

— Alguém está controlando isso? Será que é obra de um destemido? Interessante.

Continuei me afastando da vila, mas a situação permaneceu a mesma. A noite estava aproximando, decidi retornar e, ao fazê-lo, deparei-me com uma cena aterradora: um demônio gigantesco atacava a vila. A princípio, a empolgação tomou conta de mim, e comecei a correr em direção ao confronto.

No entanto, ao recordar que a vila me havia expulsado, hesitei. A ideia de simplesmente assistir à destruição deles passou pela minha mente. Além disso, sabendo que Max estava na vila, eu confiava que ele venceria.

— Que merda!

A perspectiva de vê-los implorando por ajuda e eu negando-lhes qualquer esperança parecia satisfatória. Assim, eu me acomodei sobre os destroços, aguardando com ansiedade o desenrolar dos acontecimentos.

— Venham!

Depois de um tempo, comecei a ouvir alguém gritando meu nome, e pela voz e cheiro, reconheci como sendo a voz da baixinha. Ela continuou chamando por mim, mas não respondi a nenhum desses chamados. 

Ela eventualmente parou de gritar e caiu de joelhos no chão, lamentando-se. Era realmente divertido observar aquilo acontecer, e perceber que a minha presença era a única esperança deles.

— Ei?

Quando finalmente falei, a baixinha olhou para mim com atenção.

— Você é muito barulhenta.

A baixinha começou a implorar por minha ajuda. Assistir às lágrimas escorrendo enquanto ela suplicava de joelhos foi uma sensação gratificante. Era como se eu pudesse esmagá-la como um inseto, e ela não teria como resistir.

— Lhiahahahahahahahaha!

Não consegui evitar e soltei uma risada diante da situação deles, mas a baixinha insistiu que Max precisava da minha ajuda, e isso me animou. A ideia de ajudar significava que Max estava incapaz de superar esse obstaculo, o que mais uma vez confirmaria que sou superior.

— Cala a boca e me mostre o caminho.

Falei e ela pediu que a seguisse, mas logo percebi que havia cometido um erro ao dizer isso. Parecia que estava sendo mandado por ela, o que não me agradou. Ativei meu Speed Iz, corri até ela, segurando-a pela cintura, e nos dirigimos até o local. 

Ao chegarmos lá, vi Max em uma situação complicada. Soltei a baixinha e avancei em direção às chamas. Desativei o Speed Iz e ativei outra de minhas habilidades.

— Brute Force Iz! Segunda forma. Kotxi chamas!

Cortei as chamas e acertei o demônio. Pela profundidade do corte, percebi que esse não era tão formidável, mas, para cortar sua carne sem grande esforço, optei por usar o Brute Force Iz, o que ampliava consideravelmente minha força.

Max propôs a ideia de dar o golpe final, e eu concordei, embora duvidasse que ele pudesse derrotar com apenas um golpe.

Ativei meu Speed Iz, me aproximei e, quando estava prestes a cortar sua perna, desativei e, em seguida, ativei o Brute Force Iz para realizar o golpe. Depois, desativei e ativei o Speed Iz novamente. 

Continuei usando essa sequência até cortar todos os membros. Chamei essa sequência de:

"Terceira forma. Sincronização."

Embora pudesse facilmente cortar a sua cabeça, optei por ver o que Max tentaria e, provavelmente, falharia em realizar. Mal podia esperar por esse momento. Guardei minhas espadas, ativei o meu Speed Iz e saltei em direção à parte inferior do queixo do demônio. Com o Brute Force Iz ativado, desferi um chute que o fez olhar para o céu.

"Sincronização consecutiva."

Agora, Max estava preparado, e minha empolgação cresceu, antecipando vê-lo falhar. No entanto, quando testemunhei seu soco dinamite explosivo derrotar o monstro, minha empolgação se desvaneceu. Rapidamente, lembrei que ele havia usado a mesma técnica em mim, embora de forma incompleta, e por instinto eu disse:

— Puta Merda!

"Levanta demônio! Não permita que Max vença. Você vai morrer sem fazer nada desse jeito, inútil."

O demônio permanecia caído, imóvel. Foi a primeira vez que eu torci por um, mas no final, foi uma decepção. Após um momento de silêncio…

— Finalmente morreu. 

— Provavelmente — falei.

Começo a escutar algumas vozes de pessoas gritando de alegria, os cheiros deles cada vez se aproximava, comecei me afastando e os aldeões cercaram Max enquanto eu me distanciava mais. 

— Vencemos, vencemos pessoal. Vencemos!!!

— Ninguém realmente morreu dessa vez.

— Obrigado Deus por mais uma semana.

— Obrigado senhor, por nos salvar.

— Não precisa, eu só fiz o mínimo.

— Vamos saudar o nosso herói.

— Sim!!!

Enquanto me afastava, as vozes se tornavam cada vez mais distantes, até sumirem por completo de minha audição.

— Agora és bem-vindo aqui. Podes voltar.

— Estou melhor sozinho.

Não parei para conversar e continuei a andar, porém, a baixinha correu e se postou diante de mim.

— Meu nome é Nawaka Ui. Me desculpe pela insolência do vilarejo. Peço o seu perdão e mesmo que eles não entendem, eu entendo.

— Tanto faz.

— Vamos ser amigos!?

Ela fez o pedido com um sorriso sincero, como alguém que realmente desejava ser minha amiga. Eu queria ignorá-la, mas esse pedido trouxe à tona uma lembrança há muito esquecida.

— Izumi, não importa o que aconteça. Se alguém é gentil contigo, deves ser gentil com a pessoa. Certo filho?

— Sim Mãe.

— Bom menino. Um dos significados do seu nome é amizade. Izumi, faça vários amigos.

— Sim, mãe, vou fazer um montão de amigos!

— Esse é o meu filho.

Dirigi meu olhar para o céu.

"Já faz anos, mãe. Não sei como esqueci essa memória. Me desculpe."

Será que eu realmente não estava sozinho? Voltei meu olhar para ela e proferi:

— Tudo bem, vou voltar.

— Serio?

— Sim.

— Legal!!! Podes me chamar de Ui. Como devo te chamar?!

— Meu nome é Izumi Utaya, mas me chamam de Izumi.

— É um prazer te conhecer. Izumi.