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Capítulo 42 de 1 – Izumi. Vou morar com você!

O velhote compartilhou conosco os acontecimentos que ocorreram na cidade. Era quase inacreditável que ele tinha enfrentado contratempos com um clã tão simples que aparentemente possuía apenas a habilidade de brincar com o fogo. Era como se ele tivesse se deparado com o desafio mais fácil do mundo e sofrido com isso. Muito fraco.

— Então, foi isso que aconteceu? — Max disse com uma expressão preocupada.

— Sim, mas estou aliviado por ver que vocês estão todos bem — respondeu.

— E eu estou realmente encantado em ver que estás fodido — com um toque de sarcasmo, acrescentei.

— Alguns de nós nunca mudamos, não é mesmo, Izumi? — respondeu com um sorriso.

— Não há nada para mudar — respondi, com um encolher de ombros, mantendo minha postura inabalável.

Aquele clã… bem, eu suponho que levaria apenas alguns míseros segundos para eu encerrar o reinado da sua elite. Eles seriam praticamente imóveis diante da minha velocidade impressionante.

— Pai, conseguimos! — Max falou com um olhar de confiança em seus olhos.

— Sério? — A voz do velhote estava repleta de surpresa e curiosidade enquanto buscava garantias.

— Sim, derrotamos o destemido do Nordeste — respondeu com um orgulho evidente em sua voz.

Nordeste? Max nunca havia mencionado essa palavra antes. Talvez seja apenas outro nome usado para se referir ao destemido.

— Maravilha. Finalmente aquela aberração encontrou seu fim. Graças a Deus! — exclamou enquanto se erguia para celebrar.

— Pai? Eu pensei que tivesses perdido o movimento das pernas? — perguntou, surpreso pela capacidade de se levantar.

— Ah, isso. Posso suportar algumas horas de pé, quando é necessário — respondeu com um aceno casual.

— Entendi. 

O velhote, provavelmente, soltou aquilo só para ver nossa reação. Sorte que não me preocupo muito com o bem-estar dele.

Toc Toc.

— Entre.

Num instante inesperado, a porta se abriu, e uma mulher adentrou no escritório, seus olhos arregalados de surpresa enquanto nos examinava cuidadosamente. Seu rosto era novo para mim; nunca a tinha visto por aqui antes. 

Contudo, o que mais me chamou a atenção foi a ausência de qualquer energia negativa em seu olhar. Parecia quase como se ela não tivesse a menor ideia de quem eu era, como se meu mundo e o dela fossem duas realidades completamente distintas.

— Mestre, Hora da amamentação 1 e 2 — anunciou a mulher.

— Já era hora? Que incômodo — suspirou, impaciente com a interrupção.

— Amamentação? — questionou, confuso.

— Sim, vou te explicar mais tarde. Ah, e esta é Nita, minha recém-contratada — apresentou, indicando uma mulher ao lado.

Não faço ideia do que se trata toda essa história de amamentação e, para ser sincero, não estou exatamente interessado em descobrir. Meu único desejo era voltar para casa e curtir algum tempo longe das pessoas que não me agradavam. 

Quanto a essa tal de Nita, seu aroma lembrava de forma curiosa o de peitos caídos. Talvez ela e peitos caídos faziam parte do mesmo clã.

— Vamos.

— Sim pai.

Ele começou a se dirigir para fora da sala, criando uma oportunidade para eu simplesmente sair e voltar para casa. No entanto, uma certa curiosidade começava a me consumir quando o assunto da amamentação surgiu. Talvez eu devesse dar uma espiada nesse mistério antes de partir.

— Max, você se lembra daquele projeto do frasco que começamos há algum tempo?

— Sim, pai. Claro que me lembro. O que aconteceu com isso?

— Bem, embora tenha passado pouco tempo desde então, consegui resultados realmente significativos.

— Sério? Isso é ótimo! O que você descobriu?

Eles estavam imersos em uma conversa sobre um assunto que eu não fazia a menor ideia do que se tratava. A única conexão que conseguia estabelecer era com essa tal de amamentação. 

Comecei a escutar algumas vozes sussurrantes, quase imperceptíveis, que ecoavam suavemente em meus ouvidos. Com cada passo que eu dava em direção à origem das vozes, percebi que eram vozes femininas, carregadas de angústia e sofrimento. 

Era como se estivessem passando por algum tipo de tortura. Era difícil acreditar que o velho esteja envolvido em algo assim. No entanto, toda essa situação era, no mínimo, intrigante.

— Pai. Esses gemidos que estamos ouvindo…

— Sim, Max. São provenientes do clã Zura.

Gemidos? Isso não era uma forma comum de tortura, eu estava certo disso. Mas o que exatamente eram esses gemidos? Seria uma espécie de tormento diferente? Minha ignorância sobre o assunto era evidente.

Velhote se aproximou de uma porta que parecia ser a origem dos gemidos, e ao abri-la, o som se intensificou ainda mais, tornando-se profundo e penetrante. 

Para minha surpresa, deparei-me com duas mulheres que estavam abraçadas com força, seus rostos expressando uma intensidade incomum. Além disso, o aroma no ar estava carregado e inebriante.

Assim que o velhote entrou no quarto, as mulheres se aproximaram rapidamente dele, como se estivessem ansiosas por sua presença.

— Esperma, eu quero mais!

— Esperma! Esperma! Esperma!

Antes, eu estava um tanto confuso sobre o significado da amamentação, mas ao observar esta situação, todas as dúvidas se dissiparam. Estas mulheres demonstravam uma profunda desejo por sexo. Embora eu não seja um especialista nesse assunto, adquiri conhecimento suficiente para reconhecer que essas mulheres estavam intensamente interessadas, a ponto de parecerem completamente encantadas.

— Essas são as irmãs gêmeas do clã Zura. No momento, elas ainda não foram completamente conquistadas, mas, quando passo um tempo sem lhes fornecer esperma, transformam-se em mulheres famintas por sexo.

— Me deixe abrir suas calças!

 — Calças! Calças! Calças!

— Pai, compreendo que tens um objetivo, mas não será isso um tanto cruel demais? — perguntou Max, com um toque de preocupação em sua voz.

— Rápido. Por favor!

— Meu filho, há coisas que não são simples de compreender à primeira vista. Um dia, com o tempo e experiência, vais perceber o significado por trás das minhas ações.

— Favor! Favor! Favor!

— Pai, eu não quero entender — disse Max, com uma expressão de desagrado e frustração.

Desde sempre, nutri um profundo desgosto por esse velho, mas ao observá-lo interagindo com as mulheres que fazem parte do mesmo clã daquele indivíduo desprezível que ceifou a vida de minha mãe, algo inesperado aconteceu: um sorriso sincero se desenhou em meus lábios.

— Olha para Izumi. Ele está gostando — me observou, com um leve sorriso nos lábios.

— Eu não aguento mais!

— Não tenha ideias erradas, velhote. Eu simplesmente aprecio a visão do sofrimento humano — respondi, com um olhar distante e frio.

— Mais! Mais! Mais!

— Entendo. Izumi, se você quiser, posso entregar essas mulheres a você — ele ofereceu, com um tom de voz carregado de sugestão.

— Libero tudo. Então vamos…

— Velhote, repita isso mais uma vez e eu vou fazer questão de silenciá-lo — respondi, com minha expressão se tornando mais sombria.

— Vamos! Vamos! Vamos!

— Ah, estou tremendo de medo! — me provocou, com um sorriso sarcástico.

— Seu maldito! — exclamei, com minha paciência se esgotando.

Esse velhote parece não se intimidar com a sombra da morte que pairava sobre ele. Embora a tentação de extinguir sua vida seja tentadora, percebia que o momento não era oportuno. Aguardarei pacientemente, pois sabia que quando ele finalmente revelar todos os segredos que guardava, então chegará o momento de agir.

— Castiel, por favor!

— Castiel! Castiel! Castiel!

— Bem, meus filhos. Por favor, deem-nos um momento. O papai tem filhinhas para amamentar.

— Foda-se! — Eu disse enquanto apontava o dedo.

Max e eu saímos do quarto. A sensação de alívio por finalmente ver o fim daquilo nos envolvia enquanto nos dirigíamos para nossos respectivos destinos. No meu caso, seguia em direção ao meu quarto, ansiando por um banho rejuvenescedor e uma troca de roupas tão necessária. 

O demônio de fogo havia consumido meu precioso kit de equipamentos, então eu sabia que precisaria fazer uma parada no mercado negro mais tarde para adquirir um novo conjunto.

Estava quase passando pela sala quando o inconfundível aroma de Ui invadiu minhas narinas, como se ela pudesse quase me detectar apenas pelo olfato. Rapidamente, mudei minha rota, evitando o contato com ela, enquanto seguia em direção ao meu quarto.

Ao entrar, percebi que meu quarto permanecia inalterado, como sempre. Uma cama solitária, uma simples mesa, um guarda-roupa que abrigava minhas poucas roupas e um porta-retratos com a imagem de minha mãe e eu que eram os únicos elementos presentes.

Surpreendentemente, o banheiro estava exatamente como o deixei, contrariando minhas expectativas de que pudesse ter sido destruído. Talvez o velho tivesse zelado por tudo durante minha ausência.

Finalmente, aproveitei para tomar um banho revigorante e vestir minha indumentária usual para o treinamento: uma camisa de manga longa preta, uma calça preta e botas igualmente negras. Eu estava pronto para embarcar em mais um dia de treinamento árduo.

Toc toc.

Quem seria a pessoa corajosa o suficiente para bater à minha porta, pensei com um senso de incredulidade. Não sabia ao certo quem era, mas estava confiante de que meu semblante iria fazê-la se arrepender instantaneamente.

Enquanto abria a porta com a incerteza pairando em minha mente, meu arrependimento crescia à medida que começava a discernir quem estava do outro lado. Afinal, deveria ter usado meu olfato aguçado para identificar a pessoa antes de abrir a porta, mas já era tarde demais.

Com uma força surpreendente, a porta se abriu por completo, e meu rosto instantaneamente se contorceu ao encontrar o olhar entusiasmado dessa figura diante de mim. A sensação de pesar e desconforto rapidamente tomou conta de mim.

— Izumi. Vou morar com você! — Exclamou ela, com um sorriso radiante iluminando seu rosto.