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Capítulo 31 de 17 — Castiel VS Zona morta

O escritório imponente da Zona situava-se no coração do quartel, um ponto focal de autoridade e operações. 

Ao cruzar o limiar do edifício, o líder foi saudado por uma visão: o espaço outrora organizado e pulsante de atividade agora jazia em ruínas. O ambiente estava permeado por um silêncio perturbador, interrompido apenas pelo ocasional murmúrio de agonia. 

Corpos inertes, algumas possivelmente sem vida e outras em estado inconsciente, adornavam o chão, pintando um retrato sombrio do que acontecera.

Entre os corpos que jaziam no chão, alguns eram soldados sob o seu comando, rostos familiares marcados pela batalha. No entanto, Castiel reunira forças interiores e continuou a avançar.

Toc toc.

— Quem é?

— Entrega Explosiva para Zona.

— Droga!!

Boooommmmmmmmm.

Uma explosão ensurdecedora sacudiu o ar, reverberando com uma força. O som do impacto ecoou como um trovão, cortando o ar tenso e desencadeando uma onda de choque que fez tremer as fundações do local. 

O estrondo abrupto preencheu o ambiente com uma mistura de choque e alarme, deixando todos os presentes sob o impacto.

Com uma presença majestosa e elegante, Castiel introduziu-se no escritório. Sua postura era impecável, irradiando confiança e autoridade. Cada movimento foi executado com uma graça calculada, como se estivesse dançando através das sombras da destruição circundante. 

— Gostou do sabor da explosão, Zona?

— Pergunte ao meu assistente — declarou calmamente enquanto permanecia sentado à frente da mesa.

Zefis, a figura visada pela explosão, jazia inerte no solo. Seu corpo estava imóvel, uma composição de fragilidade contrastando com a imagem anterior de domínio e poder. 

As consequências da explosão haviam lançado ele em um estado de vulnerabilidade, transformando-o de um alvo formidável em uma figura frágil e derrotada, revelando assim a eficácia do impacto que o atingiu.

— Não preciso. Sinto que ele já experimentou muito bem. Não é Zefis?

— Obrigado pela refeição. Senhor líder — disse, enquanto se erguia da sua posição sentada.

— Antes de sua morte, me diga, Castiel. Como conseguiu fazer tudo isso em meu quartel? Tudo está desmoronando por sua culpa.

— Isso tudo? Hahaha! Foi fácil para mim. Não é Nana?

— Sim, Senhor.

— Vejo que suas concubinas vieram com você.

Concubina é o caralho, seu velho com cara desfigurada, nem deve ser amado por ser tão feio.

— Calma, Nana é o prato principal. Degustarei quando eu explodir sua cabeça.

Jamais!

— Seu cuzão. Vais arrepender no inferno! — afirmou Zona.

— Quero explodir pra ver.

— Zefis. Ataque!

— Sim, Comandante.

Zefis lançou-se em uma corrida audaciosa em direção a Castiel. Contudo, em um movimento inesperado, ele ultrapassou-o como uma sombra em fuga.

Seu corpo parou abruptamente, como se colidisse com uma barreira invisível, suspendendo-o no ar por um momento antes de olhar para trás, criando uma cena de suspense.

— O que isso significa, Zefis?

— Eu sempre quis dizer isso, Comandante Zona. É isso mesmo, comandante inútil! Duvido que entendas com esse seu cérebro minúsculo. Suas cicatrizes deve ter afetado a sua mente para ser tão burro.

— Agora compreendi. Foi você! — disse com raiva.

— Uiiiii! As coisas estão esquentando aqui — interrompeu Castiel. O tom zombeteiro em sua voz revelava uma atitude descontraída, contrastando com a atmosfera mais séria que havia prevalecido anteriormente.

Zona, cujo semblante revelava uma mistura de raiva contida e frustração, ergueu a mão até sua cabeça e começou a coçá-lo com gestos impacientes e nervosos.

E uma vez mais, um filete de sangue começou a escorrer de sua cabeça, pintando um trilho vermelho em meio à sua pele pálida.

— Com a complexidade deste cérebro, você talvez não compreenda totalmente. No entanto, permita-me esclarecer. 

— Seu filho da puta!

— Sou um espião, mas não apenas isso; fazemos parte de uma rede de infiltrados com um propósito maior. Iniciamos uma rebelião, uma tarefa que, surpreendentemente, se revelou menos difícil do que o esperado. 

Menos difícil é? Sem minha ajuda isso não ia acontecer, pensou Nana.

— Meu papel consistia em semear um boato estrategicamente escolhido, o que bastou para identificar aqueles que eram leais ao líder. Minha missão era manipular sutilmente esses indivíduos, dando início assim à revolta que planejávamos há tempos. Cada passo meticulosamente planejado era como uma peça num tabuleiro, e eu desempenhava meu papel sabendo que estava a lançar as bases para a insurgência.

Convencido.

— Desde quando? Desde quando és um espião?!

— Desde sempre.

— Entendo. Então morra! — disse enquanto socava fortemente o ar.

Em um movimento ágil, Zefis conseguiu desviar do soco direto que se dirigia a ele. No entanto, o destino pregou uma peça, pois, apesar de sua evasão bem-sucedida, uma reviravolta ocorreu. 

Enquanto ele escapava do soco, Nana, que estava logo atrás dele, acabou sendo atingida pelo menos golpe que o atingiu.

 Um coro de gemidos dolorosos ecoou no ambiente, escapando tanto dos lábios de Zefis quanto dos de Nana. Os sons de sofrimento preenchiam o ar, testemunhando o impacto da colisão e a intensidade do momento.

— Droga!

Então era verdade a sua habilidade especial de acertar tudo que está no mesmo lugar do seu alvo.

— Afastem-se! Zona é minha presa.

Com um movimento decidido, Castiel despiu o terno com precisão, revelando a camisa que estava sob ele. Com cuidado, ele dobrou a manga da camisa até que seu antebraço estivesse à vista. 

Nesse momento, algo notável começou a acontecer: a mão e o antebraço dele começaram a emitir um brilho suave que logo se intensificou. A luminosidade envolveu sua pele de maneira etérea.

Com um gesto rápido e enérgico, Zona bateu a mão na mesa com força impressionante. A mesa, impulsionada pela força do impacto, foi arremessada de encontro à parede com um estrondo ensurdecedor, fragmentando-se em pedaços sob o impacto.

— Sabe. Esse escritório está atrapalhando. Vamos lá fora.

— Eu te matarei aqui mesmo.

— Serio? Então tá neh!

Castiel canalizou sua energia de maneira intensa e precisa, concentrando-a nos pés com uma intenção clara. Com um estampido repentino, uma explosão poderosa irrompeu dos seus pés, resultando em um impacto. O sapato que ele usava foi consumido pela força da explosão, desintegrando-se em fragmentos que se dispersaram pelo ar.

— Impulso explosivo!

Utilizando sua técnica com maestria, ele converteu a explosão em seus pés em um impulso formidável. Com um salto poderoso, ele lançou-se pelo ar em uma trajetória controlada, aproximando-se rapidamente de Zona. Seu voo era uma fusão de graça e força, cortando o espaço entre eles em um piscar de olhos.

— Toque explosivo!

— Quê? Arrrrgggghhhh!!

Com um domínio excepcional de sua habilidade, ele aproveitou a técnica para criar um momento explosivo e impactante. A queima-roupa de energia que ele concentrou explodiu diretamente a curta distância. A explosão consumiu o espaço entre eles com um clarão intenso e uma onda de choque feroz.

Logo após, Zona lançou-se em direção às paredes do edifício e destruiu com uma velocidade surpreendente, superando os limites do edifício em uma trajetória ascendente. 

Seu corpo transcendia a altura do prédio, passando além das estruturas que outrora definiam seu alcance. O movimento ousado o levou para fora do prédio, onde ele finalmente tocou o solo em um local distante.

— Droga! Fui pego desprevenido.

Um sentimento de tristeza envolveu Zona, tendo sido pego de surpresa pela intensidade do ataque. Enquanto processava essa reviravolta, seu olhar desviou-se para a frente, onde uma nova presença começou a fazer-se notar. 

O som de passos explosivos se aproximando misturou-se com uma melodia que se elevava no ar, criando um contraste intrigante com o caos recente.

— 🎵Nenenene! neneneneeeee! Exploda com a minha explosão! Nenenene! neneneneeeee! Te deixo em estado de combustão! Nenenene! neneneneeeee! Zona será mais um na minha mão!🎵

— Que porra é essa?

Enquanto Zona observava, curioso, a figura se revelou lentamente, alguém que caminhava em direção a ele com uma aura de calma e confiança. A harmonia da música era um contraponto interessante para a situação tensa.

— Interessante. Você conseguiu desviar antes que a minha mão pudesse te tocar e me forçou a explodir antes do toque. Senão estarias morto da Silva.

— Essa vai ser a última vez que vais chegar tão perto de mim.

— Serio? Mas isso é realmente muito empolgante. Esta luta não era algo que eu imaginava.

— Eu sempre esperei pelo dia da sua morte.

— Vamos dar um nome para essa luta. Que tal…

Castiel apoiou a mão no queixo, um gesto de reflexão que evidenciava a intensidade de seus pensamentos. Seu olhar distante fixava-se em algum ponto à frente, mergulhando em uma profunda contemplação. 

— Já sei. Como és fraco. Esse nome seria perfeito.

— Não importa o quanto me subestime. Vais morrer no fim.

— Castiel VS Zona morta!

Um riso vibrante escapou dos lábios dele, preenchendo o ar com uma energia contagiante. Sua risada era como uma melodia alegre, contrastando com a seriedade que prevalecia no ambiente. 

Enquanto Castiel ria, Zona permanecia imóvel, seus olhos fixos no seu inimigo jurado, sem deixar escapar a menor pista de sua própria expressão.