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Capítulo 22 de 8 – Morrer! Morrer! Morrer!

As forças do quartel sucumbiam gradualmente, vítimas da colaboração eficaz entre o clã Zura e os soldados do líder. A disputa se inclinava de forma inequívoca, e o clã, até o momento, não havia precisado convocar os membros de sua linhagem principal para a batalha. No entanto, entre os soldados que resistiam com uma tenacidade notável, destacava-se um indivíduo: Miguel.

— Gagagagagaga! Vamos Kritina!

— uhhhhh!

Apenas uma hora se passara desde o início do combate e, até então, Miguel já havia abatido 27 inimigos. O poder de seus cortes era surpreendente, atingindo a marca impressionante de 88. Mesmo a chefe da linhagem secundária estava enfrentando dificuldades para superá-lo, incapaz de prever e conter a ferocidade de seus ataques.

Por que isso tinha que acontecer comigo? Eu poderia estar em minha residência descansando enquanto comia manga. Ah! Droga!

— O sangue do clã Zura é realmente delicioso. Kritina?

— Yeeeaaaahhhhh!

— Sim. Queres mais? Vamos ter mais!!!

— Giiiiiiihhhh!

Já perdemos 7 de nossos por causa desse psicopata. E ele dá muito medo! 

Os membros da linhagem secundária possuíam o dom do fogo, mas sua força não era extraordinária. Eles se equiparavam a um soldado comum sem habilidades especiais, que controlava apenas sua aura. 

Entre os vivos, havia um capaz de lançar balas de fogo, outro especializado em cura e resistência, mas seus efeitos eram limitados. Apenas a chefe da linhagem secundária apresentava alguma possibilidade de enfrentar Miguel.

O plano de Kata consistia em usar os membros resistentes como escudo, enquanto aqueles com habilidades de fogo causariam danos. A estratégia envolvia aproveitar a cura disponível para compensar qualquer queda. 

Ela esperava que, ao prolongar a batalha, os membros da linhagem principal eventualmente entrassem em ação, mas ela estava enganada. Mesmo ao tentar estender o conflito, a força de Miguel era avassaladora. Os resistentes, assim como os outros, falharam em perceber a verdadeira evolução de Miguel.

Enquanto os cortes de Miguel se tornavam mais letais, algo novo manifestou-se em sua habilidade. Empunhando a espada manchada com o sangue dos inimigos caídos, ela ganhou vida, gemendo em vozes desconhecidas, ecoando os lamentos dos que tombaram no campo de batalha.

— Corte do mar de sangue! — disse Miguel, sua voz cortando o som do campo de batalha. Enquanto balançava a espada manchada com o sangue dos inimigos.

O ataque de Miguel causou um derramamento de sangue nos combatentes que estavam à sua frente. Curiosamente, não causou dano imediato ao entrar em contato, mas algo peculiar ocorreu.

— Ferva!

— glugluglugluglu!

O sangue fervia nos corpos dos resistentes como água em ebulição, o calor se intensificando até que todos gritavam de dor.

— O que é isso? — perguntou Kata.

Todos os membros da linhagem secundária foram tomados pela preocupação. Simultaneamente, seus ouvidos eram inundados pelo gemido incessante da espada.

— Pinhas sangrentas!

O sangue nos corpos dos resistentes transformou-se em espinhos, perfurando-os e causando suas mortes de imediato.

Ao contemplar de forma angustiada a perda de seus subordinados, Kata sentiu as pernas tremerem involuntariamente. O choque e a surpresa a dominaram, pois não imaginava que perderia mais cinco de seus leais em um único instante.

— Atirem nele! — gritou em desespero, sua voz ecoando em busca de vingança.

Numerosas balas de fogo foram lançadas contra Miguel, mas sua eficácia foi nula diante da incrível destreza do psicopata da espada do gemidão sangrento.

— Inútil. Então Kritina. Como foi sua primeira vez?

— Eu! Eu! Eu! Eu! Eu!— Kritina gritou várias vezes e gemendo.

— Entendo Kritina. Eu entendi!

Não pode ser. 

Kata percebeu que a batalha estava perdida. A resistência dos membros da linhagem secundária provou ser insuficiente diante da habilidade de Miguel e da sinistra evolução de sua espada.

— Escutem crianças. Ganharei tempo. Aproveitem essa chance para fugir.

— Mas chefe, se fugirmos, vamos ser mortos — disse uma das meninas, sua voz permeada por um misto de frustração e medo.

— Eu sei, mas fujam.

— Chefe vamos lutar até a morte! — gritou o menino.

— Sim, vamos lutar com a chefe.

— É isso aí. Vamos até o fim.

Todos estavam concordando uns com os outros, mas…

— Calam a boca! Eu não morrerei, mas vocês precisam fugir. Morrerá em vão lutando ao meu lado. 

— Mas chefe…

Kata estava recuperando a compostura; a tremedeira que a assolara anteriormente dissipou-se. Ela se aproximou um pouco de Miguel e lançou um olhar cauteloso para trás.

— Vão. Eu vencerei — disse convincentemente.

— Sim, chefe.

— Vença, chefe.

— Estamos contanto contigo, chefe.

— Por favor, não morra, chefe.

— Chefe… acreditamos em você.

No clã, a linhagem secundária era notoriamente a mais unida, e isso se devia, em grande parte, à chefe excepcional que sempre os apoiava incondicionalmente. Embora todos soubessem que ela não possuía a força para vencer por si só, sua presença e palavras inspiradoras instigavam a crença e determinação de seus membros.

Uma onda de desespero tomou conta, e lágrimas e corações acelerados impulsionaram todos numa corrida desenfreada. Deixar a sua chefe para trás foi uma decisão angustiante, mas todos estavam firmes e determinados. A união que caracterizava a linhagem secundária do clã estava sendo posta à prova, e enquanto se afastavam do campo de batalha.

Nossa chefe irá vencer! Todos compartilharam o mesmo pensamento, mas permaneciam alheios ao que se passava nas mentes dos demais membros.

— Vocês realmente são idiotas.

— Idiotas! Idiotas!

Todos os membros congelaram, sentindo um arrepio de medo diante da presença imponente daqueles indivíduos. Cada membro do clã carregava um conhecimento profundo sobre essas mulheres misteriosas. Mesmo sem tê-las visto anteriormente, eles reconheciam instantaneamente quem eram elas.

As irmãs gêmeas do fogo cruzado. Esse era o apelido pelo qual eram conhecidas, pois eram absolutamente idênticas. Duas mulheres que ocupavam com orgulho a segunda posição entre as mais atraentes do clã. A reputação delas, não apenas pela beleza, mas também pela habilidade e destreza nas artes do fogo. O respeito e o temor se misturavam quando as gêmeas do fogo cruzado entravam em cena.

— Lamento vos dizer, mas vão morrer.

— Morrer! Morrer! Morrer!

Com pele vermelha, olhos azuis e cabelos cacheados na cor do céu, as irmãs gêmeas do fogo cruzado hipnotizavam os homens que ansiavam por sua companhia. 

A beleza exótica delas era uma manifestação de características únicas, desde a pele que evocava o calor do fogo até os olhos que refletiam a profundidade do céu. Seus cabelos cacheados, uma cascata de tonalidades celestiais, adicionavam um toque de elegância à sua presença.

Entretanto, essa beleza era uma cortina que escondia a realidade perigosa por trás delas. Todos os membros da linhagem secundária que ousaram fugir encontraram a sombra da morte à espreita.