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Capítulo 21 de 7 – Chegou o momento da explosão

Passaram-se os dias e chegou a hora de os soldados trabalharem na colheita de materiais na cidade abandonada. Conforme o esperado, sete soldados do Zona e três de Castiel se envolveram na tarefa. Tudo transcorria de acordo com o plano, e o ataque à residência do líder estava perto de acontecer.

Dois dias depois, no quartel da cidade, durante a noite.

— Você foi traído? Hahaha!

— Eu não queria ter visto aquilo — disse o soldado, com tristeza evidente na voz.

— Hahahaha! Ainda bem que eu não sou você — continuou rindo o outro soldado, alegria transbordando em sua expressão.

— Ei! Olhe…

— O quê?

Observando mais atentamente, viram outra dupla de soldados, cujas silhuetas se destacavam na penumbra. O sangue começou a derramar-se no chão, formando uma poça, enquanto o soldado apunhalado, perplexo, questionava o motivo da traição. A lâmina da espada tinha atravessado impiedosamente o seu corpo, deixando uma ferida profunda.

Com as mãos trêmulas, ensopadas de sangue, o soldado agarrou o ombro do outro, buscando apoio enquanto a agonia se instalava em seus olhos. Entre suspiros dolorosos, ele murmurou:

— Seu… Seu traidor!

O outro soldado mantinha-se indiferente à situação, não demonstrando qualquer vestígio de sentimentos. Sem hesitar, ele retirou a sua espada, e o soldado agonizante desabou no chão, rendendo-se à intensidade da dor. A outra dupla de soldados, ao perceber a presença hostil, entraram em modo de defesa, sacando suas espadas com movimentos rápidos e precisos.

— Vá relatar isso e soe o alarme — disse o soldado alegre.

— Sim, boa sorte.

O soldado alegre se aproximava lentamente, mantendo sua espada firmemente apontada para o soldado assassino. Cada passo era tomado com cautela, seus olhos fixos no adversário.

— Qual é a sua identidade? — questionou o soldado alegre, sua voz cortando o silêncio carregado de tensão.

— És o próximo.

— Quê?… Argh! Como… assim!

— Sim. O próximo!

— Você é. Por quê?!

O soldado alegre não conseguia acreditar no que havia acontecido. A lâmina perfurou-o por trás, e a morte tornou-se inevitável aos seus olhos. A traição vinda de seu amigo era uma dor ainda mais profunda, uma ferida que não podia ser medida apenas pelo sangue derramado. 

— Por quê? Você ainda pergunta! Ein!

Com lágrimas nos olhos, o soldado triste ativou sua habilidade. Com um movimento rápido, cortou seu amigo de baixo para cima, derramando sangue por todos os lados. A habilidade do soldado triste permitia que ele aumentasse a força do seu corte em sete vezes após o primeiro golpe. Contudo, cada morte testemunhada acrescentava mais três vezes a esse aumento.

— Infelizmente para você, eu matei aquela vadia.

O soldado triste, conhecido como Miguel, usava uma armadura cinza semelhante à dos outros soldados, exibindo um corte de cabelo estilo americano preto e olhos negros que revelavam todas as suas emoções, sempre acima do limite.

Caminhando até o outro soldado, segurando a espada banhada em sangue, ele lambia a lâmina com o apoio dos dedos, num gesto macabro. As palavras escaparam de seus lábios, carregadas de um misto de dor e ira, enquanto ele proferia:

— Delicioso! Então esse é o gosto de um traidor?

— Vamos?

— Sim, mas…

Miguel balançou a espada em direção ao outro soldado, espirrando sangue em seu rosto. Aproveitando a oportunidade, ele desferiu um golpe preciso, separando a cabeça do oponente do corpo.

— Venha Kritina. Aaaahhhh! Venha, gemidão.

A espada dele começou a estremecer, ecoando um murmúrio baixo que parecia ser a voz de uma mulher gemendo. O som sutil se entrelaçava com a atmosfera sombria, criando uma sensação de desconcerto no ar.

— Quer mais Kritina? Vamos beber todo sangue desses soldados.

Kritina começou a gemer de forma mais intensa, sua voz ecoando pela cena enquanto ela recolhia o sangue do soldado alegre. O gemido misturava-se ao ambiente, criando uma melodia macabra que se entranhava na mente de Miguel.

— Kritina, esse é o homem que me traiu. Ele é gostoso não é? 

— Ooooohhhhh! Yeeeeaaaah! Uuuuuhhhh! Oooogggiiiii! Aaaaaahhhhh! — A espada esboçava vários gemidos conhecidos pela humanidade.

— Sim. Isso mesmo Kritina. Geme mais! Geme mais para mim! Haaaaaaaaa! Gozei! Te amo, Kritina!

— Uuuuuuuhhhhh!

 — Também gozou Kritina? És mesmo uma delícia de mulher. Opa. Molhei minhas calças.

— Oh! Também está toda molhadinha Kritina? — disse enquanto lambia a espada jorrando sangue. — Ah! Deliciosa! Kritina!

— Glugluglugluglulgu! — engasgou.

— Quer mais Kritina? Vamos ao proximo!

— Yeeeeaaaah! — gemeu enquanto pingava.

Miguel tinha um apelido no quartel-general. Por ser um homem enlouquecido durante as batalhas, chamavam-no de "Psicopata da Espada do Gemidão Sangrento".

O aviso começou a tocar em todo o quartel. Essa não era a única batalha que estava sendo travada; outras também estavam ocorrendo da mesma maneira. Nenhum dos soldados atingidos compreendia o que estava acontecendo.

No escritório, Zona não conseguia entender o que ele fez de errado. Embora tudo estivesse ocorrendo de forma satisfatória, esse evento não estava previsto para acontecer. Ele ficou apavorado e começou a coçar a cabeça, consumido pela raiva e pela confusão.

— Por quê?! Por quê?! Por quê?! Por quê?! Por quê?!!!!!! 

A cabeça dele ficou sangrando devido ao esforço excessivo de coçar. O restante do sangue escorreu pela sua boca e ele, de maneira perturbadora, lambeu-o com uma expressão que misturava frustração e uma estranha satisfação.

— Não importa o que está acontecendo. Castiel ainda deve morrer.

Alguém se aproximou e abriu as portas com força, gritando:

— Comandante! O portão foi aberto!

— Quê? Quem fez isso?

— Um grupo de soldados fez isso e vários do clã Zura está nos atacando.

— Quê? Clã Zura?

Esse sempre foi o seu plano Castiel? Desde o início achavas que eu estava na palma da sua mão? Mas eu não ligo de morrer até arrancar a sua cabeça.

— Vou te trucidar, Castiel!

Na residência do líder.

— Nesse exato instante, ele deve estar pensando em me matar hahaha! Contudo, tudo está ocorrendo como o planejado. Neh Nana?

— Sim, senhor Castiel.

— A primeira fase foi concluída. De acordo com o nosso plano, enviamos soldados normais para a colheita. Temos soldados especiais que podem ser usados facilmente. Na segunda fase, essa disputa será simples. Como estamos em relação à terceira fase?

— A chefe do clã ainda não se apresentou no campo de batalha.

— Entendo. Então ela não dará as caras tão cedo. Era esperado daquela mulher, mas sei que ela está planejando algo. Assim que eu entrar no campo de batalha. Ela aparecerá. Conheço bastante aquela cadela.

Como se fosses melhor que ela.

— Vamos Nana e Nita.

— Sim, Senhor Castiel.

— Sim, mestre.

— Chegou o momento da explosão.