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Capítulo 12.2 — Explosão galante!

Elaboramos o plano e estávamos prontos. No entanto, antes de começarmos, retirei o cachecol da minha testa e o amarrei novamente, mais firme. O vento que persistia fez com que as pontas do cachecol oscilassem constantemente. Naquele momento, eu me senti revigorado e cheio de confiança, como se uma onda de poder me envolvesse.

Ziro carregaria Izumi até as proximidades do destemido, e eu levaria Idalme para uma posição mais elevada.

— Vamos.

— Me solte, Ui.

— Ok — Ui concordou, com tristeza evidente em sua voz.

Idalme subiu nas minhas costas, segurando com firmeza enquanto nós preparávamos para voar. À medida que ganhávamos altura, chegando perto das nuvens, rasgando-as, logo em seguida avistamos finalmente o destemido. Era difícil acreditar que aquele homem de meia-idade, com cabelos negros e olhos brancos, se transformara naquela abominação.

 Sua pele parecia uma lama endurecida, cobrindo sua aparência de maneira obscura e grotesca. Cada vez que suas asas se agitavam, pedaços de seu próprio corpo se desprendiam, uma visão perturbadora.

Ao nos avistar, o destemido sorriu de maneira arrepiante, expondo dentes escurecidos e cobertos de lama, um espetáculo repulsivo. Ele moveu suas asas em minha direção, já que eu estava mais próximo, mas rapidamente acelerei na direção oposta, evitando seu avanço e deixando-o para trás.

— Raaaaaaaaaawwwwwwwwwwwww!!!

O destemido rugiu, e várias partes de seu corpo começaram a se soltar de suas costas. Apesar de ser difícil determinar o grau do dano que Izumi causou, a impressão que tive foi de que ele sofrera danos significativos.

— Lhiahahaha! Em cheio!

O destemido atacou Izumi, mas com a ajuda de Ziro, ele conseguiu esquivar.

— Inseto! Se fazer de novo! Vou te soltar!

— Inseto fraco!

— Fraco é você, inseto!

Permaneci perplexo, sem compreender exatamente o que havia ocorrido, mas estava claro que Izumi havia tomado alguma medida em relação a Ziro.

— Izumi! Começaremos o plano A!

— Demorou!

Subi ainda mais no céu e Idalme, ao se afastar de mim, acionou o paraquedas que carregava em seus braços. Enquanto eu começava a descer de forma tranquila, sem necessitar de nenhuma habilidade explosiva.

— Flechas de fogo consecutivas!

Um grande número de flechas começou a cair em cascata ao meu redor. O perigo me fez acreditar por um instante que algumas delas poderiam me alcançar, mas todas passaram por mim e acertaram em cheio o demônio. 

— Raaaaawwww!!!

O destemido rugiu, e imediatamente, lançou diversas partes de seu corpo em minha direção. Sem hesitar, acionei minha outra técnica.

— Vácuo explosivo!

Enquanto enfrentava a investida do destemido, a ideia surgiu-me de uma técnica que havia aprendido. Era um movimento onde eu chutava o ar, gerando uma camada de explosão em torno de mim. Qualquer objeto ou fragmento que entrasse em contato com essa camada seria imediatamente detonado, criando uma reação explosiva.

 — Balas explosivas consecutivas!

— Raaaaawwww!!!

— Impulso Expulsivo!

Continuei minha descida, passando pelo destemido, até chegar bem próximo de Izumi.

— Vamos Izumi!

— Lhiahahaha!!! É pra já!

Quando cheguei ao seu encontro, ele deu um salto, apoiando-se em mim para ganhar impulso e lançar-se em um ataque direto contra o destemido.

— Super Speed Iz Brute Force! Kotxi Veloz!

— Raaaaaaaaawwwwwwwwww!!!

Izumi atingiu o destemido com força, porém, surpreendentemente, mesmo após todos esses ataques, o destemido não parava de sorrir. Ele gritava de dor, mas logo se recomponha e sorria novamente, como se a dor fosse apenas um detalhe insignificante.

— Monstro!!!

— Mulher irritante!

 — Esteja pronto!

— Faça o seu trabalho! Peitos caídos!

— Desgraçado!

— Lhiahahahaha! Obrigado!

Eles gritavam um com o outro. Idalme parecia ter esquecido o que havia ocorrido antes para se entregar a essa confrontação. Será que era porque todo o medo que ela sentia estava pesando sobre seus peitos?

— Rápido! — gritei.

Izumi estava posicionado sobre o destemido, então Idalme disparou uma flecha, seguida por outra que colidiu com a primeira, alterando sua direção para o sentido horizontal. Izumi aproveitou a flecha como impulso. 

Idalme demonstrava sua habilidade notável com flechas. Mais uma vez, Izumi utilizou a mesma sequência e, logo depois, chegou a minha vez de o impulsionar.

— Flechas de fogo consecutivas!

À medida que Izumi se aproximava, notei que sua espada negra começava a brilhar com uma intensidade hipnotizante, irradiando uma aura escura e misteriosa. Perguntei a mim mesmo se aquele seria seu ataque derradeiro. Izumi veio em minha direção e, apoiando-se em mim, disse:

— Sen!

Tomou Impulso.

— To!

Enquanto fazia isso, sua espada negra brilhava intensamente, e a aura se intensificava. Ele começou a girar, como se estivesse realizando uma espécie de mortal de frente, segurando sua mão esquerda com a direita, provavelmente para aumentar sua velocidade.

Izumi lançou o ataque e, enquanto voava na direção do destemido, gritou:

— Ichi!!!

A cabeça do destemido foi cortada.

— Plano A executado com sucesso! — Izumi disse, sorrindo.

Parece que não precisaríamos mais do plano B. Era realmente uma pena. Eu estava ansioso para mostrar minha nova técnica, mas isso ficaria para outra hora.

— Conseguimos Max! — gritou Idalme.

— Sim!

— Insetos legais!

Contudo, o destemido não apresentava sinais de queda. Sua regeneração, embora demorada, era visível, à medida que seu corpo lentamente se recuperava. Sabíamos que seria apenas questão de tempo até que estivesse pronto para entrar em ação novamente. Diante dessa perspectiva, não tínhamos o luxo de aguardar pacientemente.

— Plano B, Izumi!!!

— Droga!!!

Avancei em direção a Izumi e o aproveitei como um impulso para mergulhar no corpo do destemido através de seu pescoço. Ao penetrar, encontrei-me envolvido por um líquido escuro, que, inicialmente, parecia lama, mas, na verdade, era sangue. 

Tudo à minha volta estava mergulhado em uma escuridão sufocante. De fora, o silêncio reinava, mas dentro daquela cápsula de carne, ouviam-se gritos de almas desesperadas, clamando pela libertação de sua tortura eterna. Era difícil calcular o número de almas, mas com certeza havia mais de mil delas.

— Me mate! Por favor!

— Quero morrer!

— Papai! 

— Salve-me!

— Estou sentindo muita dor.

Todos ali sofriam de maneira única, e eu não podia permitir que aquela angústia persistisse. Com a minha nova técnica, estava decidido a fazer com que o destemido fosse reduzido a nada.

Nas batalhas recentes, descobri que podia ultrapassar meus próprios limites. Antes, eu recorria ao modo de explosão parcial, mas agora estava prestes a testar algo completamente diferente. 

A ideia de liberar uma explosão que envolvesse todo o meu corpo era uma incógnita, mas eu estava disposto a arriscar, mesmo que isso resultasse na maior explosão que eu já havia experimentado.

Envolvi meu corpo com as mãos, aproximando os joelhos dos braços, encolhendo-me ao máximo, preparando-me para o que estava por vir.

— O meu corpo é uma explosão.

Iniciei a acumulação da explosão de forma frenética, superando minha capacidade de controle. Sabia dos riscos envolvidos, da possibilidade de causar dano ao meu próprio corpo, mas não tinha alternativa. Minha necessidade de me fortalecer era insaciável.

À medida que sentia a pressão atingir seu ápice, estendi minhas mãos e pernas, como se estivesse me libertando de um fardo. Liberei com uma tremenda explosão de poder, e pronunciei:

— Explosão galante!!!