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Capítulo 10.2 — Morra Miserável!

Eu podia escutar a sua voz, mas não tinha ideia exata de onde ele estava, devido às densas nuvens que nos rodeavam. De repente, ele surgiu do nada, no meu ponto cego, apontando sua espada na minha direção. Contudo, consegui desviar novamente. 

Meu modo parcial explosivo continuava a funcionar, e eu estava surpreso por estar conseguindo voar usando essa técnica que normalmente levaria anos para dominar.

— Rato difícil de matar.

Apesar de não ter certeza do que ele quis dizer com isso, eu pude supor que, quando esse domínio se fechasse, voltaríamos à realidade. No entanto, se Ui e Idalme continuassem caindo, corriam o risco de serem esmagadas no chão. 

Se eu derrotasse Saymon, o domínio se desativaria, e mesmo assim elas não seriam salvas. Essa luta era inevitável. Desculpa, Idalme e Ui, mas não tinha outra escolha senão lutar. Qualquer outro caminho resultaria em suas mortes.

— Cansei.

— Cansou de viver? Não se preocupe, realizarei o seu desejo. Com a sua morte.

— Não. Cansei de pensar.

— Quê?

Não importava o quanto eu pensasse, nada iria mudar. Agora, eu entraria no modo destruidor. Não desistiria até ter derrotado o meu inimigo.

— Vou te matar Saymon!

— Tente, caso seja possível.

Continuei usando o impulso explosivo continuamente para voar, mas para ser mais rápido, eu precisava aprimorar minha explosão com mais poder e precisão. Dessa forma, conseguiria desviar dos golpes fatais de Saymon, pois estava ciente de que, se continuasse como estava, poderia ser atingido por sua lâmina a qualquer momento.

"Aguente firme, corpo. Preciso de somente um minuto."

Normalmente, eu acumulava minha explosão lentamente para não prejudicar o meu corpo, mas naquela situação, percebi que precisava acelerar o processo. Não me importaria se perdesse os braços e pernas. Eu estava disposto a ir além dos meus limites para sobreviver.

Boom boom boom boom boom…

Podia-se ouvir as minhas explosões explodindo rapidamente.

— Inútil aumentar a sua explosão. Tudo é definido naquele que acerta o alvo.

— Sim, tens razão. Por isso, vou te mostrar o meu acerto.

Boooooommmmmmmm.

Num impulso explosivo, aproximei-me de Saymon e executei minha cruzada explosiva, mas ele conseguiu esquivar e tentou contra-atacar. No entanto, usei meu sopro explosivo, que o arremessou a uma longa distância. Sem perder tempo, avancei em sua direção com uma voadora explosiva que o atingiu em cheio.

— Haaaaa!!!! Balas Explosivas consecutivas.

Acumulei explosão nos 10 dedos e a liberei continuamente em direção a Saymon, enquanto gritava intensamente. Era possível ver a fumaça de explosões se formando a cada ataque.

— Morra! Saymon!

Parei e comecei a respirar pesado enquanto a fumaça se dissipava, na esperança de que esse ataque o tivesse derrotado.

— Kakakakakaka!

Enquanto a fumaça da explosão se dissipava lentamente, o som de uma risada ecoou pelo local. À medida que a visibilidade melhorava, pude ver Saymon, ferido e ensanguentado, diante de mim.

— Eu quase morri. Desgraçado!

— Devia ter morrido como a sua espada.

— Tinha plena convicção de que a minha espada não ia quebrar com esse ataque. Eu te subestimei.

— Obrigado por isso. Você vai morrer. Sem sua espada, você não é nada.

— Kakakaka! E quem disse que aquela era minha espada?

— Quê?

— Veja com os seus próprios olhos.

Não estava entendendo. Ele tinha outra espada escondida em algum lugar? Ou ele pertencia ao clã Sura, o que o permitiria usar alguma habilidade de espaço espacial?

— Não está vendo?

Ver? Ele já tinha invocado a sua espada? Mas não estava mostrando nada. Nada? Espera. Não era visível ao olho nu, mas observando sua mão direita, notei um espaço vazio entre elas. Isso quer dizer que a espada não era visível. Era feita apenas de vento.

Não podia me aproximar de qualquer jeito. Desconhecia o comprimento dessa espada, e talvez ele pudesse manipulá-la. Minha espada explodiu com aquele corte explosivo. Pensei que aguentaria por mais tempo, mas devido à explosão que utilizei antes, era inevitável. 

Lutar contra algo invisível com apenas as mãos seria difícil, mas eu estava disposto a arriscar e explodir a sua cabeça. Não tinha outra opção. Iria usar meus braços e mãos como se fossem uma espada. 

Tirei meu cachecol da cintura e o amarrei na testa, um costume meu quando estava prestes a lutar apenas com o corpo.

"De novo Max."

Comecei acelerando minha explosão novamente e avancei na direção dele, lançando uma bala explosiva. Fiz com que explodisse no momento em que ele tentou cortá-la, criando uma explosão que não apenas reduziu seu campo de visão, mas também criou uma cortina de fumaça momentânea, obscurecendo o ambiente e dificultando a visualização dos movimentos.

— Inútil.

Ele fez um corte direto na minha direção, ou era onde ele imaginava que eu estava. Em um movimento rápido, agarrei firmemente nos seus pés e balancei as minhas pernas habilmente até que meus pés atingissem o seu pescoço. 

Segurei seu pescoço com os pés e mantive a pegada firme enquanto o segurava nessa posição. Logo em seguida, utilizei um impulso poderoso e o arremessei para longe.

— Impulso explosivo!

Alcancei-o novamente

— Soco dinamite!

Meu soco atravessou o seu corpo e fiquei confuso com o que tinha acabado de acontecer.

— Eu havia dito que era inútil.

O corpo que atravessei era, muito provavelmente, um clone. As circunstâncias em que isso aconteceu eram intrigantes e misteriosas, mas todos os indícios apontavam para a existência de um clone. Quando o clone se desfez, foi como se uma nuvem de partículas o envolvesse.

— Vai apelar para clone é?

— Não seja idiota. Os meus clones não acertam o alvo, mas são bons para distrair. Veja.

De repente, uma miríade de clones surgiu, cada um com a forma de uma nuvem. Meus olhos acompanharam atentamente a cena, e julguei que houvesse mais de cem desses clones se materializando diante de mim, como se a própria atmosfera ganhasse vida em uma profusão de formas etéreas.

— Vão.

Todos os clones vieram em minha direção, mas era relativamente fácil de distinguir o verdadeiro entre eles. Embora cada clone fosse uma cópia perfeita do Saymon, havia uma característica notável que os diferenciava: nenhum deles sangrava. 

Contudo, levaria um momento para identificar o verdadeiro Saymon, e mesmo que fosse uma questão de segundos, era tempo suficiente para que ele me surpreendesse. 

Sabia que podia usar minhas balas explosivas, mas eram muitos clones, e isso só resultaria em um desgaste desnecessário. Precisava determinar a localização real de Saymon. Assim, decidi arriscar tudo e me lancei no meio da multidão de clones.

— Inútil. Tomaste a pior decisão possível.

Eu estava ciente de que era um tudo ou nada, já que minha energia estava se esgotando rapidamente, e não havia mais tempo para prolongar a luta. Iniciei meus ataques, visando cada um dos clones, na busca pelo verdadeiro Saymon.

— Receba!

Então, ele surgiu no meu ponto cego exatamente como planejado. Rapidamente, tentei reagir, mas não fui rápido o suficiente. A sua espada perfurou a minha barriga, causando uma dor excruciante que se espalhou pelo meu corpo. 

— Arrrrrgggggghhhhhhh!

Pude sentir o calor do sangue escorrendo pela ferida e a dificuldade para respirar à medida que o impacto me tirava o fôlego.

Sob intensos gemidos de dor, eu consegui reunir minhas últimas forças e, com grande esforço, cuspi um jorro de sangue diretamente no rosto de Saymon. O líquido vermelho escorreu por sua pele, invadindo seus olhos, atrapalhando-lhe a visão.

— Morra!

— Hahahahahaha!

— Que foi? É tão engraçado morrer?

— Não, mas esse é, Xeque-mate!

— Quê?

Booooooooommmmmmmmmmmmm.

— Morra miserável!!!