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Capítulo 10.1 — Morra Miserável!

Saymon era um espadachim de cabelos e olhos negros. Suas roupas eram muito semelhantes às clássicas vestimentas usadas pelos samurais. Exceto por sua pele branca, tudo nele representava a escuridão. E com isso, cheguei à conclusão de como deveria lutar.

Com o mesmo plano de ataque, fui ao encontro de Saymon e trocamos alguns golpes de espada. Enquanto isso, Ui aproveitava as brechas para atacar. À medida que Saymon se afastava, Idalme lançava suas flechas de fogo.

Estava funcionando. Ainda não tinha usado nenhum corte explosivo e estava aguardando o momento certo. Quando sua espada permanecesse por mais de um segundo encostada na minha, esse seria o momento. Visto que causar uma grande explosão em uma lâmina era mais complicado.

No entanto, o inimigo parecia ter conhecimento das habilidades explosivas. Isso tornaria as coisas mais difíceis. Meu ponto forte era a luta corporal, mas contra alguém com tamanha perícia, seria difícil.

— Inútil. Todos os seus planos serão cortados pela lâmina fuma.

— Fuma? Nome engraçado.

— Xixixixixi! Realmente.

— Fuma, mostre para eles. Ativar! — O vento começou a soprar forte, e reunindo na sua espada.

— Abra, outra dimensão. Emissão do mundo vazio.

Algo não estava certo, o meu corpo estava dizendo que aquilo era perigoso. Mas seria possível fugir? Não importava. Correremos.

— Fujam!!!

— Ok.

— Sim.

Começamos a correr, mas o piso começou a se desfazer diante de nós, e quando olhamos para baixo, ficamos surpresos ao ver nuvens se estendendo até onde a vista alcançava. Era como se estivéssemos no topo do mundo, correndo à beira de um abismo infinito de nuvens.

"Como assim Nuvens? Nós não estamos em um prédio?"

— Não caem!

— É inútil correr. Todos já estão sob meu domínio.

— Quê? Domínio?

— Mito não tinha essa habilidade! — Ui gritou.

— Idalme! Uma corda! — gritei.

— Sim.

Ela preparou uma flecha com corda e a disparou no teto. Todos nós nos agarramos à corda, e o piso desmoronou completamente. Conseguimos escapar daquela situação. Foi uma pena para o Amigo da Ui, mas não permitiríamos que seu truque suicida funcionasse conosco.

— Inútil a vossa resistência. Caem novamente.

— Essa voz? Está vindo de cima — disse Idalme.

— Não pode ser.

— Mito nunca foi tão forte assim.

Saymon andava no andar superior, e à medida que ele se aproximava, mais os lugares onde ele pisava começavam a desabar. Cada passo que ele dava parecia deixar um rastro de destruição, tornando nosso caminho ainda mais perigoso e instável.

"Entendi."

Não importava o que fizéssemos. Poderia haver mais andares onde nos apoiássemos, mas Saymon sempre estaria lá, nos observando, pronto para sabotar nossos esforços. Mesmo que encontrássemos um local seguro, ele conseguiria transformá-lo em um terreno traiçoeiro.

"Invencível. Vamos todos morrer."

— Me desculpe, acho que é o fim — lamentei.

— Não diga isso Max — disse Idalme.

— Mas não importa o que vamos fazer, no momento que caímos, morremos.

— Não!!!! Eu não aceitarei isso! — Ui berrou. — Ainda não tive a oportunidade de realizar qualquer tipo de coisa com Izumi. Não dei meu primeiro beijo. E não posso morrer virgem!!!. Haaaaaaa!!!

Ela começou a subir na corda rapidamente, apoiou-se em mim e pulou. Em um impulso, chutou o teto e atravessou.

Mesmo que ela tentasse lutar, seria inútil. O prédio estava condenado a cair, e todos nós morreríamos, não importava onde nos apoiássemos. 

Cada canto do edifício parecia prestes a desmoronar, e era impossível vencer Saymon, que demonstrava domínio sobre essa situação. Eu não conseguia enxergar nenhuma possibilidade de vitória. Nenhum de nós sabia voar, tornando ainda mais impossível a ideia de vencer.

— Não importa o que faça. É impossível vencer.

— Max! — Idalme gritou. — O homem pelo qual me apaixonei. Não é esse fracassado. Traga-o de volta, impostor!

"Fracassado? Eu? Como assim? Eu estava desistindo? Não, eu não estava desistindo. Apenas achei que era impossível vencer. Espera, impossível? Entendi."

Eu realmente estava desistindo da vitória. Cada parte do prédio parecia prestes a ruir, e Saymon continuava sendo uma ameaça intransponível. No entanto, a palavra "impossível" fez com que eu encarasse a realidade. Eu estava prestes a desistir, mas algo em mim mudou naquele momento.

— Me desculpe Idalme.

— Sim, estou aqui por ti.

Não podia continuar lamentando a derrota. Precisava ser como o Izumi, que mesmo ferido, continuava lutando contra aqueles demônios e nunca desistia. Mesmo após vencer o demônio do segundo andar, ele chegou com a roupa completamente destruída, mas não desistiu. Eu também não desistiria.

— E obrigado, Izumi.

— Izumi?

— Deixa tudo comigo.

Não sabia o que estava acontecendo lá em cima, mas com toda certeza, Ui estava dando tudo de si. Precisava abandonar esse medo que me assombrava. Mesmo que meu corpo explodisse em pedaços, eu estava determinado a vencer, assim como Ui estava demonstrando um incrível esforço lá em cima.

— Modo explosivo parcial!

Foi um nome que surgiu no calor do momento. Eu usava minha explosão constantemente nas mãos e pés, sem parar. Não tinha ideia de quanto tempo levaria, mas estava disposto a enfrentar as consequências.

— Me espere aqui, Idalme.

— Sim.

Comecei usando a explosão constantemente para tentar voar. Estava sendo difícil de controlar, mas eu sabia que só precisava utilizá-la para chegar ao próximo andar.

— Cadê Ui? — perguntei enquanto encarava Saymon.

— Caiu para a morte.

— Quê? Não pode ser…

— És o próximo.

Saquei minha espada novamente e utilizei o impulso explosivo contínuo. Avancei rapidamente em direção a Saymon, nossas espadas se encontraram em um embate que durou mais de um segundo.

— Morra! Corte explosivo!

Boooommmm.

A explosão foi muito mais intensa do que eu tinha previsto, e o piso desabou completamente, fazendo-me cair. Na minha queda, vi Idalme que estava segurando a corda no teto do terceiro andar, mas com a força da explosão, ela também foi arrastada e caiu junto comigo.

— Idalme!! — gritei, olhando ao redor.

— Inútil.

— Quê?

Eu estava caindo em alta velocidade, mas quando ele falou, vi um ataque quase invisível rasgando o céu, um rastro de destruição que cortava as nuvens. Foi por muito pouco, mas consegui usar um impulso explosivo em uma das mãos e me esquivar desse ataque mortal que parecia quase invisível.

— Idalme!!! Ui!!!!

Continuei gritando os seus nomes, mas ninguém estava respondendo. Olhando ao meu redor, percebi que estava em um cenário que se assemelhava ao céu, mas não conseguia avistar o seu fim. Era uma extensão infinita de nuvens, nuvens e mais nuvens, e uma sensação de solidão se apoderou de mim.

— Desperdício de tempo. No momento que desativar o meu domínio, os seus companheiros vão morrer.

— O que quis dizer com isso? — perguntei seriamente.

— Somente morra.