Prólogo

Capítulo 10-14 da primeira temporada de Jjk.

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Prólogo

Maehara-chaaan está escrito no adesivo em seu peito, então eu supôs que esse é o seu nome. Eu pedi meu sanduíche para viagem como sempre, e ela sorriu como sempre fazia, só um pouquinho mais fraco do que o normal. O motivo, era uma pequena maldição azul pendurada em seus ombros, não era uma maldição fatal então eu não me importei em exorciza-lá. Eu ainda preciso voltar ao trabalho antes do final do turno. Quero sair exatamente as seis.

"A lojinha do lado da minha casa fechou." Eu respondi sua pergunta, sobre porque parava em sua padaria agora ao invés de simplesmente passar como antes.

Ela mexeu nos cabelos castanhos, colocando uma mecha atrás da orelha enquanto o resto estava preso em um rabo de cavalo alto. "Nossos pães são melhores." Ela afirmou, aceitando seu dinheiro meticulosamente contado até os centavos.

Eu a olhei com ceticismo, erguendo uma sobrancelha. "Vocês são uma padaria."

"Ah...sim."Seu sorriso ficou sem graça e Maehara coçou a bochecha corada com rosa claro, antes de apertar o ombro, atravessando a cabeça do pequena maldição como se ela não estivesse ali.

Eu cogitei por um breve momento simplesmente apoiar a mão em seu ombro livra-la disso mas não haviam motivos suficientes para tanta intimidade, ela pode pensar que sou um pervertido. Então me virei e sai da loja.

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Dinheiro.

Dinheiro.

Dinheiro.

Alguns anos se passaram desde que estou nesse emprego, e tudo que consigo pensar é em dinheiro. Acordo com pensamentos sobre isso e vou dormir com eles. É frustante, acaba comigo cada vez porque não parece haver escapatória, dinheiro move o mundo.

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Na próxima vez que a vi, eu estava mais cansada, mais magro e mais empático.

" No meu trabalho, eu pego o dinheiro de pessoas ricas e as torno mais ricas. Isso é tudo."

Maehara-chaaan olhou pra mim com cuidado, um pouco confusa, obviamente porque eu nunca disse uma palavra sobre minha vida pessoal. Nem mesmo sei porque estou falando disso agora. Ela pareceu pensar muito, parecendo cansada, pois a maldição em seu ombro se tornou um pouco maior. Talvez eu devesse intervir hoje.

Depois de não saber como me aproximar, eu vi que ela sorriu. Eu só observei calmamente, me sentindo estranho. Seu sorriso era estranho. Ela não deveria sorrir assim para estranhos, parecia íntimo demais, carinhoso demais. Ou talvez o mundo esteja mudando e eu esteja ficando pra trás.

Ainda sorrindo, Maehara-chaaan pegou um mochi de morango e embrulhou em papel rosa, colocando junto com meu pedido. " Por conta da casa." Ela sorriu mais. "Faça algo que gosta de vez em quando Nanami-san, pode salvar vidas." Maehara riu.

Ela riu e pode ter falado isso figurativamente, mas me fez sentir alguma coceira e pensar na ligação de Gojo ontem. Eu deveria...?

Dando de ombros, eu agradeci pelo doce da maneira que sabia. Aproximando calmamente e olhando em seus olhos para que ela pudesse ver que não tinha más intenções, eu passei minha mão coberta de energia amaldiçoada perto de seu ombro.

Maehara corou e deu um pulinho. "N-nanami-san? O que?"

Eu olhei em seus olhos novamente, parado no lugar onde estive na frente do balcão. "Eu não tenho más intenções." Afirmei. "Espero que seu ombro melhore." Eu me afastei e andei pelas ruas, ignorando seus agradecimentos. Talvez eu tenha salvado uma vida...?

Eu liguei pra Gojo.

"É Nanami, preciso falar com você."

"Ne ne, sentiu minha falta Nanami-kuuun?!"

"Hm. Vou ir na escola amanhã."

"Hai hai!" Gojo riu.

"Do que você está rindo?"

"Nada...nada... só tenho algum dinheiro para receber, só isso. Tchau tchau Nanamin!"

A ligação foi terminada antes que ele pudesse responder.

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Maehara observou as costas de seu benfeitor, os ombros leves e um sorrisinho calmo. Ela estava corando loucamente por dentro.

"Eu não tenho más intenções." Foi o que ele disse. Maehara sorriu como uma louca, voltando pra trás do balcão. Olhando sonhadoramente para a vidraçaria com mochis de diversos sabores, ela falou sozinha. "Isso significa que ele tem intenções comigo?!"

Apertando seu ombro leve mais uma vez, surpresa pela dor que nem mesmo os médicos souberam a causa ter sumido magicamente, Mae suspirou. Nanami sempre foi atraente, e ela espera que ele de o próximo passo logo.