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Capítulo 1: Ascensão ao trono

Na iminência da troca de posse no Reino de Solarisar, o destino do príncipe se entrelaça com sombras ardilosas. Sob a sombra do imponente castelo, murmúrios inquietantes ecoam pelas ruas pavimentadas de Solarisar.

Durante a manhã, o reino de solarisar estava agitado, haviam cartazes por todos os lugares comunicando que o atual rei iria fazer um comunicado importantíssimo e exigiu a presença de todos.

— É verdade? — disse um morador em meio a multidão.

— Parece que sim. — Respondeu outro morador que estava próximo.

Todos os cidadãos estavam aglomerados na praça principal do reino, ninguém aguentava mais tanta ansiedade. Será que o rei irá declarar outra guerra a outro país?

— Agora será o nosso fim, não escaparemos de sermos completamente aniquilados desta vez!

— Disse um morador,seu rosto expressa ansiedade e medo do que estava por vir.

— Trocotó, trocotó, trocotó. — os sons rítmicos dos cascos dos cavalos ecoam pelo reino, reverberando pelas paredes de pedra do imponente castelo.

Após os cidadãos quase sucumbirem à ansiedade, finalmente, a guarda real chegou — cavaleiros honrados e confiáveis do reino. Todos os temiam, até os guerreiros mais corajosos dos quatro países.

— Atenção cidadãos! —Disse um dos 5 guardas reais, em um grito surpreendentemente alto que fez todos envolta a arrepiarem se.

— O comunicado que seu rei eduardus tem a fazer é o seguinte, "olá cidadãos de solarisar, após 36 anos como rei deste incrível reino, quero anunciar a posse a meu filho, seu príncipe. Após nosso último conflito com o país de glacialis notei que não tenho mais forças para nos guiar para a vitória e paz do reino, deixarei meu jovem filho com este reino em mãos".

Este comunicado causou um tumulto ainda maior dividindo opiniões, os mais afetados pela derrota do reino no último conflito celebram a troca de rei. Já os mais privilegiados e nobres, protestam e exigem que um jovem sem nenhuma experiência não tenha capacidade de ser o rei

Enquanto os cidadãos estavam discutindo e lutando por seus ideais, o príncipe observava tudo do castelo real.

— Toc, Toc. Jovem príncipe? — Batidas na porta.

— Entre. — Disse o príncipe.

— Com licença jovem príncipe, o rei está ordenando que vá à sala do conselho real.

— Claro, já estou indo, tem uma coisa apenas. Pare de me chamar de jovem príncipe, não precisa ser tão formal comigo. Me chame pelo meu nome, Raylan.

— desculpe, irei me lembrar disso jovem príncipe. — O criado se retira do local deixando o jovem príncipe intrigado.

No caminho da sala do conselho real todos os criados e nobres da família real estavam me olhando, seus rostos não negavam a rejeição deles em me ter como seu novo rei.

Quando recebi a notícia de meu pai que eu seria o novo rei, pensei comigo mesmo, será que não sou novo demais para um fardo tão grande como este? Será que eu sou capaz de liderar um reino inteiro durante uma guerra? São coisas que me fazem refletir e sentir uma aflição do tão esperado dia da coroação.

Ao me aproximar da sala do conselho real, decidi tentar entender o que meu pai e os conselheiros estavam falando.

— Agora poderemos governar sem sermos julgados, vamos usar o jovem príncipe como escudo. — o príncipe não identificou quem disse isto. — hahaha! — todos riram.

Eu fiquei em choque ao ouvir isso, uma onda gélida percorreu minha espinha, deixando-me atônito diante das palavras cínicas e maldosas. Logo pensei que era apenas uma piada de mal gosto mas suas gargalhadas cínicas e maldosas entregavam suas intenções.

Minha cabeça ficou confusa e sem saber o que fazer comecei a me afastar da sala na intenção de fugir dali.

Mas de repente senti uma mão em meu ombro e logo me arrepiei, engoli a saliva com toda minha força e ouvi.

— O que faz fora da sala do conselho real, jovem príncipe? Está atrasado — a voz, cortante como o vento frio, ecoou pelos corredores suntuosos do castelo.

Ao ouvir isto não reconheci rapidamente de quem se tratava e por que apareceu logo agora, minha reação foi me virar e reagir.

Ao me virar me deparei com a conselheira mais importante para meu pai, seu braço direito. Viridiana.

— Viridiana? Desculpe o atraso… o que faz aqui fora também?— disse Raylan com uma disfarçada voz suave evitando mostrar seu medo e ansiedade.

— Estava resolvendo problemas pessoais, mas enfim… vamos entrar. — Viridiana diz isso enquanto leva o príncipe Raylan a entrar na sala acompanhado dela, o príncipe apenas se deixa levar.

A sala do conselho real está repleta de falsas cortesias, ...todos na sala sorriem, seus rostos iluminados como raios de sol, e o cumprimentam calorosamente, preenchendo o ambiente com uma atmosfera acolhedora.Entre olhares secretos e palavras cuidadosamente escolhidas, eles ocultam o verdadeiro objetivo de manchar o nome do príncipe.

Viridiana, com sua expressão serena, guia Raylan até o trono. Os conselheiros sussurram entre si, urdindo planos enquanto mantém uma fachada de respeito.

— Raylan, meu caro, estamos ansiosos por sua liderança — diz um dos conselheiros, escondendo suas verdadeiras intenções.

Enquanto a reunião prossegue, o príncipe percebe que as discussões estão envoltas em intrigas. Ele sente a tensão no ar, mas sua juventude o impede de decifrar completamente as intenções por trás das palavras cuidadosamente escolhidas.

Viridiana, por outro lado, observa cada movimento com olhos perspicazes. Ela está ciente dos jogos políticos e decide alertar discretamente o príncipe sobre as verdadeiras intenções daqueles ao seu redor

— Príncipe Raylan, tome cuidado com quem confia. Nem todos aqui desejam o seu sucesso — sussurra Viridiana enquanto se inclina para falar em segredo.

A reunião então finalmente entra em sua principal pauta, o que o atual rei e conselheiros planejam para o jovem príncipe em seu reinado.

— Silêncio todos e prestem atenção. Como todos já sabem meu filho será seu novo rei e aquele que irá trazer prosperidade e paz ao reino que se encontra em uma situação completamente oposta.

— Diz o rei eduardus em um de orgulho de seu filho.

O reino de solarisar é um país que se encontra na região sul do mapa, junto dele existem mais 3 grandes reinos. Ao norte do país se encontra glaciais. Um reino rival que sempre travou guerras incessantes ao reino de solarisar.

O reino de solarisar é composto por lindas planícies e seus castelos imponentes pairando no ar, seu clima é sempre agradável fornecendo maior qualidade de vida.

Já o reino de glacialis é o oposto disso, lá as condições são de extremo frio, dizem as lendas que um homem que vai para glaciais nunca volta o mesmo…

Em uma guerra recente, solarisar e glaciais guerrearam freneticamente em busca da glória. O porém deste conflito é que um dos outros dois grandes reinos presentes no país colaborou com glacialis.

Venturia, um dos quatro grandes reinos do país do sul. Sua região fica nas montanhas e dentro das áreas do reino uma ventania acontece sempre gerando um problema, os ventos chegam a 90km em raros casos.

Venturia é o reino mais forte defensivamente dentre os quatro do país. É quase impossível atacar o reino pois seu terreno garante uma visão ampla de todos que tentam subir suas montanhas.

O reino tem enormes muralhas que cercam o reino, suas muralhas são feitas de pedras envolto em musgos.

O reino de Venturia era um grande aliado de solarisar mas traiu o reino durante a guerra entre o sul e o norte do país.

— Faz um ano desde que nossa derrota contra glacialis aconteceu, isto está causando problemas econômicos em nosso reino, causando a fome e desgraça. — diz Eduardus em um tom triste, sua cabeça se inclina para o chão e seu semblante que se mostrava inabalável perece a tal acontecimento.

— Meu rei, acredito que podemos retornar a glória e poder, existe uma tradição chamada de círculo da glória. Nesta tradição um rei luta contra o outro em uma batalha até a morte, mas existe um porém. O rei vencedor ganha o direito de governar dois reinos, mas se os cidadãos contestarem esta escolha não nos deixarão governar. Devemos fazer o círculo mortal contra glacialis. — Disse lucius, um dos quatro conselheiros, suas reações são um mistério, seu grande cabelo esconde um de seus olhos, sua voz é neutra e não demonstra sentimentos.

— Toc, Toc, Toc. — Estamos ocupados, agora não, disse o Eduardus insinuando sua raiva.

Mesmo havendo um aviso prévio do rei a porta se abriu.

— Meu reis e meu lordes, desculpe a interrupção. Os cidadãos estão descontrolados, estão fazendo protestos em frente ao castelo pedindo a cabeça do príncipe, os guardas não irão aguentar mais. Precisa vir agora! — Com uma respiração ofegante e seu rosto estava em completo choque, parecia que ele havia visto alguém sendo morto. Diz o mensageiro Keylor.

Todos na sala do conselho ficaram assombrados, o príncipe logo se culpou. — Logo agora? Porque as pessoas me odeiam tanto sem nem sequer me conhecerem? — Pensou o príncipe com um olhar morto.

Preciso ir rápido para saber o que está acontecendo, as pessoas devem me conhecer de verdade — pensei comigo mesmo. Não deixarei minha reputação se perder, irei parar este tumulto.

Agindo por impulso, Raylan sai correndo pelos corredores em direção a entrada, o piso de madeira e as paredes de pedras pareciam nunca acabar, a entrada do castelo parecia cada vez mais distante.

Ao sair em completo estado de determinação para convencer os cidadãos, meu pai me observou correndo e me alertou…

— Não se intimide meu filho, mostre a eles!

— Gritou com um olhar orgulhoso, fechou seus punhos com força e os jogou para cima.

No caminho da entrada do castelo, o príncipe escutava os gritos e logo sentiu um gosto amargo em sua boca.

— matem-no príncipe! — vozes em conjunto com entonação de raiva.

Em sua corrida de tirar o fôlego, ele se lembrou de algo… um dia muito importante para ele, 13 anos atrás.

Ele e seu avô, Morgan. Estavam no pico mais alto das montanhas de Venturia na época em qual ambos reinos tinham uma aliança. A brisa incessante, eles observavam as planícies até onde os olhos alcançassem. Virados em direção ao reino de solarisar ele se questiona.

— vovô, vovô! Será que um dia eu serei o rei? — diz o jovem príncipe com um sorriso inabalável em seu rosto que encararia até os mais ranzinzas.

— Claro que será Raylan, e quer saber mais? Será muito melhor que eu e seu pai — Diz o avô abrindo um sutil sorriso e um olhar despretensioso, pôs a mão sobre a cabeça de Raylan.

— Mas o que eu preciso para me tornar o melhor rei? Com certeza é força né? — responde o jovem príncipe com certeza.

— Hahaha! Com certeza você irá precisar de força, mas lembre-se, o que te define como um bom rei é o seu carácter e sua liderança e a capacidade de transformar trezentos em trezentos mil. — Responde Morgan em um tom sério.

— Claro vovô, nunca me esquecerei disso, te dou minha palavra de rei.

Os dois então continuam observando a vista das planícies verdejantes, as densas florestas e as montanhas maiores do que seus olhos podiam ver, o vento contra suas vestes davam um contraste em sua personificação. A semente de esperança havia sido plantada naquele dia, será que dará frutos?

O avô de Raylan, Morgan foi o primeiro rei da nova linhagem familiar construída por ele e sua esposa, Julie. A família real umbreath. As características deles se baseiam em cabelos castanhos claros e olhos mais escuros que a própria escuridão. Sua cor de pele é parda.

Raylan, por exemplo, tem uma variação. Ele possui cabelos ruivos mas mantém os olhos da escuridão, o formato de seus olhos chama a atenção de todos no reino, dito ser semelhante aos de um gato.

A avó de Raylan sempre foi uma pessoa misteriosa e muito fria, contradizendo completamente as características de todos os outros da família real. Mas nem sempre foi assim…

Durante a época em que Morgan era jovem no ano de 1327, todos os quatro reinos do país sul respeitavam-o mesmo antes de se tornar rei. Ele era forte, era muito astuto em batalha, suas estratégias poderiam acabar com os 4 reinos se quisesse.

Nesta época ele estava em seu auge, seus cabelos eram grandiosos e trançados, sua cor era castanho-claro, tinha 2.03 de altura e com 40 anos já havia acumulado inúmeras cicatrizes de batalhas.

Foi em seus 40 anos em que conheceu Julie. De início ele tinha um pensamento que mulheres eram úteis apenas para aliviar-se após uma grande batalha, mas quando ele a conheceu tudo mudou.

Sua pele era macia, seus longos cabelos ondulados pretos faria qualquer um delirar por uma noite consigo.

Com Morgan não foi diferente, para sua sorte Julie também achava-o digno de a ter como noiva.

Infelizmente Julie deixou esta vida. Ela não resistiu a um infarto, Morgan ficou arrasado e não aguentou mais continuar seu reinado. Logo seu filho Eduardus assumiu o cargo. E deu fim a uma geração da família Umbreath.

Raylan acaba se distraindo ao lembrar de seu avô, e tropeça. — Tufff. — O piso de madeira estremece com sua queda indesejada.

Ao cair e sair de seus momentos reflexivos e voltar ao seu papel de impedir os protestos, os gritos pedindo por sua cabeça não paravam.

Devo me levantar e ir até os cidadãos — Pensou o príncipe. Talvez meu avô estivesse errado, talvez eu seja o pior candidato possível a rei. Até uma queda dessas me desestabilizou. Mas não posso parar aqui, devo seguir correndo.

Mesmo após a queda e os clamores exaltados, Raylan enfrenta corajosamente a multidão enfurecida. Erguendo a mão, ele busca acalmar os cidadãos, decidido a compreender suas preocupações e estabelecer uma ponte de entendimento. Os gritos da multidão diminuem gradativamente, criando uma atmosfera carregada de tensão. Viridiana observa discretamente, reconhecendo a importância crucial desse momento para o futuro do reino.

a história pode ser alterada ainda, isto é um rascunho ainda.

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