webnovel

O Reino Tribal [PT-BR]

Estou fazendo um rework na obra, pretendo continua-lá! Logo mais terá novos capítulos. [24/11/2024] [Português: Sinopse] Antes de reencarnar como uma criança órfão em uma vila tribal. Eu era o grande Rei "Selermonis!" Alguém tremendamente poderoso que viveu por muitos anos, sendo uma das principais influências que existiu no mundo inteiro. [English: Synopsis] Before being reincarnated as an orphaned child in a tribal village. I was the great King "Selermonis!" Someone tremendously powerful who lived for many years, being one of the main influences that exist throughout the world. (Warnings! The novel Contains Violence, Death, Heavy Themes, And Blood!) [Sorry For The English, I Used Google Translate] =============================== Os Nomes E Pessoas São Todas Fictícias Para Fazer A Trama Da História. (Avisos: A Novel Contém, Violência, Morte, Temas Pesados, E Sangue!) {Novel Totalmente Criada Por Mim: A Obra Está Em Construção} Conta Oficial Do Instagram: @SichaBrother ===============================

Sousicha · Adolescents et jeunes adultes
Pas assez d’évaluations
22 Chs

Capítulo 2: A Revelação do Éter

VOCÊ ESTA LENDO (O REINO TRIBAL)

Capítulo 2: A Revelação do Éter

O céu estava pintado com tons dourados e alaranjados, tingidos pela transição entre o crepúsculo e a noite, quando Judith e eu caminhávamos pela trilha de terra batida que cortava a vila. O lugar, com sua simplicidade quase poética, parecia resistir ao tempo. Cada passo revelava mais da alma daquela comunidade: o som alegre de crianças correndo entre as casas de madeira, o aroma das ervas penduradas em cestos sob os beirais e o murmúrio constante de conversas, quase como uma canção que nunca terminava.

Eu não podia negar o quanto aquilo era diferente do mundo de onde vim. Simples, mas aconchegante. Era um contraste gritante com as memórias sombrias da minha vida passada, embora o desconforto de estar em um corpo novo e em um mundo tão desconhecido ainda fosse esmagador.

Judith, sempre observadora, quebrou o silêncio de maneira repentina:

— "Criança?"

— "Sim?" — respondi, virando-me para ela, intrigado.

— "Você tem um nome? Algo que eu possa usar para me dirigir a você?"

Sua pergunta me pegou desprevenido. Desde que reencarnei neste mundo, a ideia de identidade parecia irrelevante, um peso desnecessário diante da necessidade de sobreviver. Mas o olhar dela deixava claro que, para ela, um nome era mais do que uma palavra: era um símbolo, algo essencial.

— "Não, senhora... não sei se tenho um nome."

Ela parou por um instante, inclinando a cabeça como se estivesse ponderando. Depois de alguns segundos, um sorriso surgiu em seus lábios enrugados, e seus olhos brilharam como se tivesse acabado de resolver um grande mistério.

— "Então isso é fácil de resolver! Eu mesma vou te dar um nome. Algo que combine com você... algo digno. A partir de hoje, serás chamado Khargas! O Corajoso!"

A palavra soou como uma chama que acendeu algo dentro de mim. Senti uma onda de calor percorrer meu peito. Agora eu tinha um nome que me pertencia...

— "Khargas..." — murmurei, deixando o som ecoar em minha mente. Depois de um momento, olhei para ela com um sorriso genuíno. — "Eu amei, senhora!"

Judith soltou uma risada calorosa, tão sincera que quase iluminou o caminho à nossa frente.

— "Hahah! Que bom que gostou, meu pequeno Khargas!"

O riso dela era contagiante, mas minha curiosidade logo assumiu o controle.

— "Senhora, qual é o seu nome?"

Ela piscou, parecendo lembrar-se de que nunca havia se apresentado.

— "Ah, claro! Sou Judith. Mas todos aqui me chamam de Grande Xamã da vila."

— "Entendi. E como devo chamá-la?"

— "Chame-me de Judi, ou qualquer coisa que preferir. Não sou tão formal assim."

Houve uma pausa breve, mas Judith parecia inquieta. Finalmente, perguntou:

— "Khargas, posso te perguntar algo?"

— "Claro, vovó."

— "Como você é tão... esperto? Parece que sabe mais do que deveria para alguém da sua idade."

Meu coração congelou. Era como se ela tivesse rompido minhas defesas e enxergado algo que eu tentava esconder. Se descobrissem que eu não era deste mundo, todo o meu plano de adaptação poderia ruir.

Engoli em seco e respondi com a maior naturalidade que consegui:

— "Bem, vó Judi... Eu aprendi observando as placas das barracas e os letreiros das lojas. Foi assim que aprendi a ler e escrever."

Seus olhos se arregalaram, e um sorriso de admiração tomou seu rosto.

— "Que garoto impressionante! Você deve ser um gênio nato!"

Estava surpreso. Ou ela era ingênua ou realmente via algo em mim que ninguém mais enxergava. Mas, de qualquer forma, era bom ter alguém acreditando em mim.

Finalmente, quando havíamos chegado à casa dela, fiquei boquiaberto. A construção, feita de madeira rústica e coberta com palha, era adornada com pequenos totens e amuletos pendurados no teto. O lugar parecia um relicário de histórias antigas, muito mais tribal e espiritual do que qualquer outra casa da vila.

— "Bem-vindo ao meu lar, Khargas. É humilde, mas é meu."

— "É uma casa... interessante, vovó."

— respondi, tentando esconder o sarcasmo.

Ela estreitou os olhos para mim, mas logo riu e me convidou para entrar.

Dentro, o aroma de ervas secando era intenso, mas não desagradável. Judith movia-se com surpreendente agilidade para alguém de sua idade, preparando algo para comer enquanto eu explorava o ambiente. Máscaras ornamentadas, pedras esculpidas e artefatos únicos decoravam a casa, cada objeto parecendo carregar uma história própria.

— "Está com fome?" — ela perguntou, sem olhar para mim.

— "Sim, estou faminto!"

Ela serviu uma tigela com grãos e pedaços de carne, explicando que, se eu quisesse leite de cabra, poderia pegá-lo no curral. Enquanto comia, minha curiosidade crescia.

— "Vovó, como você sustenta tudo isso?"

Judith sorriu, seus olhos brilhando com uma mistura de orgulho e mistério.

— "Uso meu talento de xamã. Minha habilidade de enxergar o potencial e o poder nas pessoas é muito valorizada. Em troca de meus serviços, recebo tudo o que preciso."

Minha mente começou a conectar os pontos. Essa era a oportunidade perfeita para aprender mais sobre o mundo.

— "E o que exatamente é o xamanismo?"

Judith parou, olhando-me como se avaliasse a profundidade da minha pergunta.

— "Xamanismo, meu pequeno, é a capacidade de ver e manipular o Éter." — a energia primordial que flui em todos os seres vivos.

— "O que é o Éter?"

Ela riu, surpresa pela minha insistência.

— "O Éter é a essência da vida. Ele nos conecta à natureza, aos ancestrais e à força que move o mundo. Sem ele, seríamos como folhas secas ao vento, frágeis e sem propósito."

Enquanto ela dizia, eu não podia deixar de fazer uma conexão. Aquilo parecia exatamente como a mana no meu antigo mundo, mas revestida de uma nova cultura e terminologia. Se esse mundo realmente possuía algo assim, eu poderia finalmente alcançar o poder que nunca tive na minha vida passada.

Minha próxima pergunta veio naturalmente:

— "Quem nos ensinou sobre o Éter?"

Judith ajeitou-se na cadeira, visivelmente animada para contar uma história.

— "Foi Bajin, o líder da tribo Sualiman. Ele desafiou a muralha de Elfirea e voltou com o conhecimento do Éter. Desde então, ele nos mostrou como usar essa energia azul misteriosa para fortalecer nosso povo."

Quando ela falava, meu coração batia acelerado. Cada palavra reforçava a ideia de que eu tinha uma oportunidade única. O Éter era a chave para tudo.

Mais tarde, Judith mostrou-me onde eu dormiria, fiquei deitado, olhando para o teto de palha. Pensamentos fervilhavam em minha mente. Aquela era apenas a base de algo muito maior. Pela primeira vez, senti que meu renascimento tinha um propósito, e que minha jornada estava apenas começando.