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Capítulo 1

Gheldwyn continuava a procurar por pequenas conchas próximas ao mar, um hábito que tinha desde bem pequeno, não estava acompanhado de ninguém a não ser de sua própria sombras, dos sons das ondas se quebrando contra a costa e de algumas aves noturnas que pairavam em busca de qualquer pequeno animal que pudessem encontrar.

A areia sobre seus pés era fria, úmida e fofa, deixou suas botas para trás, afim de sentir melhor o ambiente. Solidão era um sentimento que ele devia aprender a lidar, desde que sua mãe deixou este mundo, em razão deste fato, lá estava em busca de conchas para emoldorar o retrato pintado daquela que um dia o amou.

Nunca conheceu seu pai, nem mesmo desejava, afinal o homem o deixou para trás em busca de aventura, mas encontrou apenas uma vida curta e uma morte rápida, do tipo que não se consegue dicernir o corpo das cinzas deixadas para trás.

Não possuia amigos com quem conversar, nem mesmo uma jovem garota para abraçar e amar, sua vila, um pequeno emaranhado de casas irregulares não se importava com sua vida. Tnha de levantar todo dia cedo, pegar o carrinho de madeira, encher de frutas exóticas e refrescos feitos por ele, ir até o centro e vender para os viajantes que passavam em direção a grande cidade Lurfan.

Ao cair da noite, tendo vendido tudo ou não, retornava para sua pequena e fria casa, com um cheiro salgado do mar, se sentava a beirada da cama, rezava para os Deuses, descansava os músculos e começava a chorar, não pela perda, ou pela solidão, mas por não conseguir deixar seu legado.

Diziam desde pequeno que era um sonhador, pensava em viver aventuras, conhcer princesas, conviver com os magos que quando em vez passavam por sua vila. Tudo uma estupidez, como faria algo assim. Sem muito dinheiro em sua casa, sem esperança de deixar aquele lugar.

Gheldwyn olhou para o horizonte mais uma vez, o mar trazia calma para seu agitado coração, se aproximou das ondas, sentindo uma água aquecida tocar seus pés, levantou os braços como para abrçar o momento, capturar com sua mente aquele sentimento, o único momento em que podia ser feliz.

Sentou-se na areia, com as mãos comeou a desenhar algo, um rosto, de olhos grandes e amorosos, lábios finos e solenes, um cabelo longo que sobre a luz estariam vermelhos como fogo, a imagem de sua mãe. Buscou também desenhar sua própria feição, um rosto fino e magro, cabelos médios encaracolados e castanhos dourados, olhos arregalados e de um profundo preto. Ele então começou a destruir o próprio retrato, como se vozes em sua cabeça se repetissem, as mesmas que sempre duvidaram de si, mas as vozes não eram de ninguém mais do que dele.

Passando as mãos pela areia ele encontrou o que procurava, ali perdida em meio ao branco, uma pequena concha, com cores que se dividiam em todos os espectros, desde um profundo vermelho até o mais branco dos tons, mesmo diante da noite, emanava um brilho pouco visto por qualquer coisa iluminada, Gheldwyn pegou para si, colocando em seu pequeno estojo de couro que carregava junto a cintura.

Por mais alguns momentos ele permaneceu, até se dar conta de que haviam se passado horas, então se levantou para retornar. Seus olhos há muito se acostumaram com a escuridão, enxergando o caminho a sua frente percorreu uma pequena distância pela praia, ao fim uma grande escada de pedra se erguia para levá-lo de volta a vila.

Colocando seus pés na escada ele parou, como se ouvindo um sussurro em sua mente, não a mesma voz de sempre, uma mais suave, feminina, até mesmo sedutora, Gheldwyn se deteve por instantes, olhando para trás, nada havia, apenas as ondas, aves e a areia, tornou a caminhar e novamente a voz retornou.

-Erga-se- o sussurro pareceu um grito em sua mente, uma dor latejante o acometeu.

Nada podia entender o jovem, pouco sabia sobre o que estava acontecendo, se pôs de joelhos olhando em todas as direções, mas novamente estava sozinho, como tantas outras vezes mais esteve, ali ele apenas arguardou um momento, a dor passou a ceder, e rapidamente correu o caminho de volta a casa.

Nem mesmo conseguiu lembrar por onde passou, nem mesmo como chegou a sua porta rapidamente, apenas que estava ali, num piscar de olhos parado frente a sua porta. A casa feita de pedras, ao abrir a porta um ar frio o acometeve, era realmente sua casa, 'estou delirando' pensou rapidamente, porque teria receio de estar naquele lugar, afinal viveu a vida toda ali, conhecia com a própria mão, mas mesmo assim estava duvidoso.

Fechou a porta, o ambiente interno não era muito convidativo, não haviam grandes mobílias, apenas uma pequena lareira no centro da casa, feita para aquecer todo o ambiente, assim como em outras residências, não possuia um segundo andar, nem mesmo cômodos. A sala principal servia como cozinha e quarto de dormir, uma porta traseira levava ao poço onde se banhava todo dia pela manhã, aquecia a água para um chá.

Gheldwyn pegou algumas madeiras que estavam reservadas, com duas pedras ele gerou faíscas para acender a lareira, poucos tinham a sua destreza com fogo, em poucos segundos o fogo já estava queimando e brilhando, o ambiente lentamente se aquecendo para dormir.

-Erga-se criança- novamente a voz retornou.

Sentindo sua cabeça voltar a doer ele tentou deitar no chão, junto a algumas almofadas que comprou de andarilhos, pôs sua cabeça contra o conforto de seu pequeno travesseiro, tentou adormecer mas não conseguiu, não era a dor ou a voz, mas a sensação de que algo o observava, inquieto ele se levantou, abriu uma das janelas da casa, nada ao redor, a vila quieta como sempre, as luzes das demais lareiras brilhando sobre um céu estrelado de primavera, a brisa trazendo os perfumes refrescantes das flores desabrochadas.

Gheldwyn decidiu sair de sua casa, não conseguiria dormir, não naquele momento, precisava de libertar sua mente dessa voz, estranha e atormentadora, e assim se pôs de pé, colocando uma roupa mais confortável e suas botas, e vagou sem rumo pela vila.

Sua caminahda para dispairar a cabeça lhe rendeu nada mais que apenas confusão, a vozes repetia coisas em sua mente, nada intendível para ele, uma estranha língua talvez. Pensou que o velho Bill pudesse o ajudar, mas o homem estaria em um sono pesado e não aturava perturbações. Talvez Clarisse, o mesmo os gêmeos, mas porque iria procurar por eles, zombariam dele por crer em tolices, vozes na cabeça, raios, desejava que tudo fossse imaginação, mas sentia as dores, e escutava a voz, o que poderia fazer.

Decidiu retornar a praia, talvez ouvessem explicações nas areias, ou mesmo no mar, começoua gargalhar da tolice, 'seu idiota, está ficando louco', pensou em amaldiçoar a si mesmo, talvez assim acabasse com sua vida, outra voz veio em sua mente, conhecida, 'viva' ela dizia, em seu leito, acometida por uma poderosa febre de verão.

'Ela não desejaria isso' pensou novamente, a voz retornando, a dor mais aguda, passou as mão por sua cabeça, estva suando frio, sentia seu corpo quente, mesmo com uma forte brisa noturna. 'Estou com febre, delirando como ela um dia fez' disse a si mesmo, talvez ali fosse seu fim, um destino semelhante a sua mãe, mas sem ninguém para segurar sua mão, dizer que tudo ficará bem, ou apenas para chorar, ninguém se importava com ele, porque iriam, afinal era apenas um estranho aos olhos de todos, assim como ela.

Tentou escutar com mais atenção a voz, talvez encontrasse algo, ou mesmo entendesse mais, 'erga-se' ela repetia, erguer do que, do chão, de uma tumba, não fazia sentindo, mas lá estava ele, em pé em meio a escuridão, procurando sentido em palavras ditas repetidas vezes, como se fosse o acaso.

'Isso é loucura', novamente se pôs a retornar, dessa vez caminhou devagar, a cabeça parecia parar de doer, ou se acostumado com o incômodo, seja como for dessa vez se lembrou do caminho, passando pelas ruas laterais da vila, repletas de árvores, desviou de galhos e troncos retorcidos, mas ao chegar próximo a sua vila, as luzes não reluziam das lareiras, mas de tochas, centenas delas, carregar por homens em armaduras negras e com leões bordados em seu peito.

A frente deles um se erguia, mais alto que todos, com uma espada embainhada e olhos fumegantes, sua face estava escondida pelo elmo negro, seus homens Gheldwyn presumiu estavam vasculhando as casas, os moradores todos ajoelhados ao centro da pequena praça de comércio.

O jovem hesitou seu passo por um momento, então caminhou devagar tentando evitar as luzes, alguns homens olhavam ao redor, a mata cobrindo sua presença, o ocultando naquela noite, nada era possível ouvir, a não ser os passos dos soldados. O jovem observou os rostos de todos, amedrontados, petrificados, nada sussurravam, nem mesmo movimentavam suas cabeças, o homem então desceu do cavalo e retirou o elmo.

Um rosto duro e gélido, pensou Gheldwyn, daquele que fazia sua espinhar doer, seus pelos eriçaram em pavor, o capitão supôs, se pôs em frente ao prefeito, um homem roliço ajoelhado, ele passou suas mãos por seu rsoto, depois em uma de suas filhas, um sorriso grotesco brotando em sua face calejada.

-Diga-me o que quero e nada acontecerá a seu povo prefeito- disse o capitão com uma voz grossa e mortífera.

-Já lhe disse, não há mulher com tal descrição meu senhor, nunca vimos uma maga por estas bandas- respondeu o prefeito, todos ali ajoelhados concordaram em uma só voz.

O homem retiru sua luva e bateu a palma contra o rosto do prefeito, o som arrematou contra o silêncio profundo, o rosto se tornou avermelhado, e mais um ataque lhe foi feito, o homem roliço caindo ao chão. Outros soldados ao redor começaram a rir de desdém.

-Não acredito que fui claro, sabemos que ela passou por aqui, carregando algo que nos pertence, desejamos saber quem a manteve em segurança.

-Não temos ideia do que o senhor deseja- novamente respondeu o prefeito, com braços abertos implorando.

-O homem é apenas um idiota senhor- um dos homens falou com as sobre o cabo da espada.

-Talvez, com um pouco de ajuda lembre-se- o capitão pegou uma de suas filhas, uma linda garota de cabelos castanhos e corpo maduro.

O homem roliço se levantou mas rapidamente foi imobilizado, um golpe contra sua cabeça o pôs a adormecer, nenhum outro sequer se levantou, todos apanhados ainda dormindo, o velho Bill ao canto do grupo parecia resmungar baixinho olhando a cena. Até mesmo Gheldwyn não conseguia se mexer, estava com medo de tentar qualquer coisa, não sabia lutar, muito menos havia pegado em alguma arma na vida, e ali, a sua frente homens preparados para matar, treinados pare derrotar qualquer inimigo, sejam humanos ou monstros.

A garota estava aterrorizada, percebia em sua face, o capitão, a colocou perto de si, puxando um pequeno punhal que carregava consigo, ele apontou a ponta da lâmina próximo ao rosto da garota. Ela está em completo choque, nçao dizia nada, nem mesmo conseguia piscar, olhando atentamente aquela ponta, o homem segurava com dedos próximos a sua boca, molhava os lábios lascivos enquanto apontava sua vítima a todos presentes.

-Então o que será, continuaram como estão, ou irão dizer o que desejo, onde está a bruxa que escondem?- sua voz agora agressiva e impaciente.

Sem perceber Gheldwyn saiu da mata que o protegia, os homens o olharam com as armas sacando suas espadas. O jovem era alto e magro, com uma pele em tom de bronze, suas roupas de linho marrons haviam se misturado a mata sem mesmo que percebesse, afinal apenas pegou a primeira camisa que pode achar em sua casa.

-Solte-a- diz Gheldwyn tentando engrossar a voz para esconder seu medo.

O capitão e seus soldados começaram a ri em sua direção, sim o jovem era tão alto quanto eles, mas não possuia uma arma consigo. Cinco soldados estavam a sua frente, outros possivelmente espalhados pela vila, o que ele poderia fazer nessa situação, 'aqui é meu fim' pensou para si, e a voz novamente veio a sua mente.

-Eu irei garoto, assim que tiver o que desejo, se você sabe de algo então me fale, pois estes tolos aqui são mudos aparentemente- zombou o capitão jogando a jovem para o lado.

Gheldwyn estava sendo cercado pelos soldados, dtodos em posição de combate, com espadas a frente de seus corpos, movendo-se ao seu redor a uma considerável distância. nada o jovem podia fazer, não sabia sobre nenhuma bruxa ou algo do tipo, mas sentiu a necessidade de fazer algo naquele momento, não podia ver alguém indefeso, muito menos uma garota como Miren.

- O que irá acontecer se falar o que sei?- perguntou Gheldwyn olhando ao seu redor em busca de qualquer coisa.

- Ora, deixarei todos irem, apenas queremos a bruxa- respondeu o capitão com impaciência.

- Como posso confiar no senhor, afinal chegou em nossa vila, colocou o povo sobre seus pés, para mim você é apenas um inimigo- ao terminar de falar um dos homens a suas costas avançou contra ele, o derrubando no chão, seu peito de encontro com a rua de pedra.

- Escute aqui seu verme, somos do exército imperial, fazemos o que bem entendemos para nossa imperatriz, somos a lei, não me importo com suas idagações bestas, agora me responda, onde está a merda da bruxa?- raivoso disse o capitão com sua bota sobre o rosto do jovem.

- Ela está na sua bunda?- respondeu com toda força que tinha em seu corpo

- Temos um piadista, parec que você não tteme a mim, então deixe-me mostrar seu erro.

A lâmina adentrou as costas de Gheldwyn, uma dor irrompeu em seu corpo, ele começou a gritar, lágrimas escorrendo enquanto o homem torcia com gosto e outros riam em conjunto, ele sentiu seu sangue escorrer, manchar sua camisa e o solo. O capitão mandou erguer seu corpo, guardando o punhal, o homem aqueceu um pocuo seu corpo.

Gheldwyn segurado por dois soldados estava de frente ao homem. O primeiro soco veio, como um martelo, uma força descomunal, ele sentiu sua cabeça girar, quase perder a consciência, sangue escorrendo de seu nariz, o segundo não o atingiu no rosto, mas em seu abdômen, sentiu osso se partirei, sua respiração se tornou ofegante.

Cuspiu no chão o líquido vermelho viscoso, mais socos foram desferidos, contra rosto, corpo, cada um mais forte que o anterior, se sentia se forças, apenas observando a situação, Miren a jovem que salvou chorava, os outros sequer olhavam para ele, Gheldwyn decidiu que ali seria seu fim, 'um fim digno de um tolo' disse a si mesmo enquanto mais uma pancada o atingia, ele foi largando ao chão, seu corpo arroxeado, conseguia sentir apenas dor.

- Então, continuarão com essa estupidez ou irão me responder!!!!!

De repente um feixe de luz foi lançado contra um dos soldados, um buraco sendo feito onde antes fora seu peito, um som ensudercedor fazendo os ouvidos de todos presentes zumbirem. Sangue jorrou próximo de Gheldwyn, então uma figura encapuzada surgiu no meio da vila, em suas mãos duas lâminas curtas e levemente curvadas. A figura esguia e baixa, com cabelos longos que escapavam do capuz, seu manto de tons amarelados, esvoaçando ao forte vento, o jovem conseguiu virar lentamente seu corpo para ver a mulher.

- Matem-na!!!!!- gritou o capitão.

Gheldwyn pode sentir sua voz trêmula, o homem estava aterrorizado, pego de surpresa, mas o próprio jovem sentiu medo, como podia uma pessoa realizar um estragi como este a uma pessoa. Sem tempo para pensar ele se levantou diante das dores, os soldados formaram uma fileira enquanto o capitão montava com dificuldades em seu cavalo.

A figura saltou, como se guiada pelo vento flutuou até os soldados, uma rajada de vento os impulsionado para trás, quebrando a fileira, com ágeis movimentos golpeou o primeiro dos homens, cravando a adaga em sua cabeça e lhe cortando a garganta, sangue jorrou, o segundo se levantou rapidamente, mas tão rápido foi sua queda, apunhalado no peito, adaga cravada sem ser retirada.

A bruxa então golpeou o terceiro com uma lãmina que não é uma lâmina, feita de algo amarelo traslúcido, cortou o homem e a armadura como manteiga, por fim atirou sua adaga no quarto e decapitou o quinto, todos mortos em segundos, por fim restou o capitão que cavalgou em direão a moça. Com rápidos movimentos de seus dedos o chão tremeu, a égua empinou e atirou seu montador ao chão, o homem rapidamente se levantou, aparando o golpe da lâmina amarelada.

Em um contra-ataque ele a empurrou com a força de seu corpo, a mulher cambaleou um pouco, perdeu o equilíbrio por um tempo, antes de finalmente controlar o corpo para aparar um golpe de seu oponente, a espada atigiu a pedra, a maga tentou atacá-lo mas sem sucesso, o homem desviando e acertando um soco em sua barriga, a moça perdendo o ar.

Erguendo seu corpo o capitão colocou seu pé sobre a maga, predendo-a contra o chão, lentamente ele ergueu sua espada, a lãmina reluzindo nas chamas das lareiras que iluminavam aquela noite.

- Aqui é seu fim bruxa- disse o homem.

Mas antes que seu golpe fosse desferido, Gheldwyn se atirou sobre o homem, a dor irrompendo em seu corpo, ele se contorceu no chão, mas rapidamente se pÇos de pé, a espada do capitão atirada para longe. O homem forte se jogou contra Gheldwyn, prendendo seus braços com os joelhos ele passou a asfixiá-lo, Gheldwyn nada podia fazer. Sentia a perda de ar, tentando lutar como podia, mas sentido seus olhos se apagarem, então a voz retornou, agora forte, dessa vez unida a voz de sua mãe 'erga-se', seu sangue se aqueceu, então brasas saíram de suas mãos, vermelhas e quentes, elas foram de encontro ao rosto do capitão, queimado a carne.

O cheiro era forte como perfume, Gheldwyn o retirou de cima de si, se levantando para recuperar o fôlego, o homem se agunizava, gritando em tremenda dor, sua carne derretendo e sangue espirrando no chão, a maga neste momento o observava, com um manto cobrindo seu rosto com exceção dos olhos em tons de amarelo e laranja. Olhando para o capitão, ela pegou suas adagas dos corpos dos soldados, ergueu a cabeça do homem, e com rápidos movimentos o degolou, o corte não muito profundo para que sofresse até enfim a vida deixar-lhe o corpo.

Gheldwyn apenas caiu no chão em choque, sentiu seu corpo quente, olhando para cima viu o rosto de sua mãe, o mesmo que desenhou na praia, o mesmo que sempre o olhou de forma amorosa, mas naquele momento o rosto era de uma jovem, de pele clara e riso fácil, ela o olhou com curiosidade.

- Finalmente te achei.