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Harry Potter em Changed Prophecy. -- Livro 01

Harry Potter, o-menino-que-sobreviveu! Após a derrota humilhante do Lorde das Trevas mais temido e poderoso das últimas eras, Voldemort, ou melhor, dizendo: aquele-que-não-deve-ser-nomeado. Os bruxos acabaram por se reunir por todo o país oferecendo brindes e celebrações ao herói e salvador da guerra, Harry Potter, tal criança que teve a enorme dádiva de ricochetear um feitiço mortal vindo diretamente do lorde das trevas, um fato nunca antes feito. Tal dádiva havia deixado o usuário incapacitado ou até morto, o importante de tudo era que enfim estavam livres da era das trevas, livres do medo de serem pegos em uma guerra entre bruxos e comensais da morte. Todos festejavam alegremente e imaginavam que tal garoto cresceria forte e saudável como uma criança normal, o que ninguém sabia era que longe dali, Albus Percival Wulfric Brian Dumbledore acabara de entregar tal criança a um lar de dor e sofrimento que o formularia em alguém nada imaginado por seus fás ou seus guardiões, fazendo assim as linhas que tecem o destino serem alteradas para algo nunca antes visto ou previsivelmente traçado.

zBloodDemon · Anime et bandes dessinées
Pas assez d’évaluations
18 Chs

O-Chapéu-Seletor.

Com os altos toques da grande mão de Hagrid sob a enorme porta, ela enfim abrira-se onde aparecera uma bruxa alta de cabelos negros e vestes verde-escura.

Tinha um rosto muito severo, e o primeiro pensamento de Harry, foi que tal pessoa não era alguém para se aborrecer.

 

 

- Alunos do primeiro ano, Professora Minerva Mcgonagall. - Apresentou Hagrid.

 

 

- Obrigada, Hagrid. Eu cuido deles daqui em diante. - Ela disse escancarando a porta. O saguão era tão grande que cabia a casa dos Dursley inteira dentro.

 

 

As paredes de pedra estavam iluminadas com archotes flamejantes como os de Gringotes e o teto era alto demais para se ver. Um a um, subiram a imponente escada de mármore em frente que levava aos andares superiores.

Eles acompanharam a Professora Minerva pelo piso de lajotas de pedra. Harry ouvia o murmúrio de centenas de vozes que vinham de uma porta à direita, dando indícios que o restante da escola já devia estar reunido.

Mas a Professora Minerva levou os alunos do primeiro ano a uma sala vazia ao lado do saguão. Eles se agruparam lá dentro, um pouco mais apertados do que o normal, olhando, nervosos, para os lados.

Exceto Harry que tentava decifrar o olhar da professora perante ele. Era como se houvesse um misto de surpresa e simplicidade. Porém, ele não conseguia entendê-los muito bem pela carranca de seriedade que a mesma detinha.

 

 

- Bem-vindos a Hogwarts! - Disse a Professora Minerva. - O banquete de abertura do ano letivo vai começar em instantes, mas antes de se sentarem às mesas, vocês serão selecionados por casas.

 

- A seleção é uma cerimônia muito importante, pois, enquanto estiverem aqui, sua casa será uma espécie de família em Hogwarts. - Ela disse encarando aluno por aluno. - Vocês assistirão a aulas com o restante dos alunos de sua casa, dormirão no dormitório da casa e passarão o tempo livre no Salão Comunal ou confraternizando pelo terreno deste estimável castelo.

 

- As quatro casas chamam-se Grifinória, Lufa-Lufa, Corvinal e Sonserina. - Ela ditava a tudo categoricamente. - Cada casa tem sua história honrosa e cada uma produziu bruxas e bruxos extraordinários que revolucionaram nossa sociedade pelo mundo.

 

- Enquanto estiverem em Hogwarts, os seus acertos renderão pontos para sua casa, enquanto os erros a farão perder. No fim do ano, a casa com o maior número de pontos receberá a Taça das Casas, uma grande honra que no momento vocês não irão entender completamente, mas que fara grande diferença em seus currículos profissionais no futuro quando se formarem.

 

- Espero que cada um de vocês seja motivo de orgulho para a casa a qual pertencer. A Cerimônia de Seleção vai se realizar dentro de alguns minutos na presença de toda a escola. - A mesma disse enquanto escutava a euforia do salão comunal. - Sugiro que vocês se arrumem o melhor que puderem enquanto esperam. - Por fim, ela disse com seu olhar caindo por um instante na capa de Nevílle, que estava afivelada debaixo da orelha esquerda, e no nariz sujo de Ron.

 

- Voltarei quando estivermos prontos para receber vocês. - Disse a Professora Minerva. - Por favor, aguardem em silêncio. - Tendo dito isso, a mesma se retirou da sala com Harry sentindo-se aliviado pela mesma não reclamar da Katana dele.

 

Sabia que teria problemas caso não o permitissem mantê-la consigo, tal problema que viria, pois, o mesmo jamais abandonaria uma de suas proteções. Se bruxos podem andar com varinhas magicas, ele tinha total direito de andar com uma katana, na qual apreendera a sempre usar com as costas delas, e apenas em caso de extrema necessidade optar pelo fio cortante dela.

Ninguém falava muito a não ser Hermione, que cochichava muito depressa todos os feitiços que aprendera, sem saber o que precisaria mostrar.

Harry, que começara a estranhar algo a sua volta, em extrema calma se virara onde encarava a parede sob curiosidade dos outros, já que por ser o mais alto dali a atenção sempre caia sobre si.

Nisso, enfim foi possível escutar um grito de susto do garotinho de capa irregular, sob surpresa do Potter que o apoiara para não cair quando trombara em si, e que nunca pensara em ver algo tão estranho.

A sua volta uns vinte entidades semelhantes a fantasmas dos filmes, passaram pela parede dos fundos.

Brancos-pérola e ligeiramente transparentes, eles deslizaram pela sala conversando entre si, mal vendo os alunos do primeiro ano. Pareciam estar discutindo trivialidades de cada um.

 

 

 

- Estou lhe dizendo, é um sinal... senti o mesmo antes de morrer. - Disse um fantasma bastante gordo com vestes aparentes voltadas à moda costumeira dos monges.

 

 

- Meu caro Frei, sinto o mesmo... - O fantasma respondera num tom cordial que deveria ser da época dele. - Mas acho um exagero afirmar que a própria morte visitaria Hogwarts. - Continuara ele assim notando toda a presença dos futuros alunos primeiranistas.

 

 

- Nossa, o que essa garotada está fazendo aqui? - Um fantasma, que usava uma gola de rufos engomados e meiões, de repente reparou nos alunos do primeiro ano. Em específico o Potter que sorrira minimamente para o estilo desajeitado de Nevílleque trombara nele, e assim ajustara a capa do mesmo que até então estava desarrumada.

 

 

- Alunos novos! - Disse o Frei Gorducho enquanto sorria para eles. - Estão esperando para ser selecionados, imagino? - O mesmo indagara com alguns garotos confirmando somente com a cabeça.

 

 

- Espero ver vocês na Lufa-Lufa! - Falou o Frei. - A minha casa antiga, sabe?

 

 

O mesmo até continuaria, porém, uma voz energética novamente surgiu no corredor:

 

- Vamos andando agora! A Cerimônia de Seleção vai começar. - A Professora Minerva voltara e um a um os fantasmas saíram voando pela parede oposta. - Agora façam fila e me sigam. - A voz da professora continuará em autoridade, com todos os alunos indo para trás enquanto formavam fila, sobrando apenas Harry na frente.

 

 

Sentindo-se nenhum pouco à vontade, Harry buscara respirar calmamente, onde logo tomara seu lugar ao lado da professora, sendo apenas um pouco atrás da mesma.

Ela o encarava com curiosidade, mas que sorrira quando vira que a capa de Nevílle tinha sido ajeitada, porém, logo começara a caminhar onde todos tornaram a atravessar o saguão e as portas duplas que levavam ao Grande Salão.

Harry jamais imaginara um lugar tão diferente e esplêndido. Era iluminado por milhares de velas que flutuavam no ar sobre quatro mesas compridas, onde os demais estudantes já se encontravam sentados. As mesas estavam postas com pratos e taças douradas. No outro extremo do salão havia mais uma mesa comprida em que se sentavam os professores. A Professora Minerva levou os alunos de primeiro ano até ali, de modo que eles pararam enfileirados diante dos outros, tendo os professores às suas costas.

As centenas de rostos que os contemplavam pareciam lanternas fracas à luz trêmula das velas. Misturados aqui e ali aos estudantes, os fantasmas brilhavam como prata envolta em névoa.

Vendo a magia por todo canto, Harry olhara para cima enquanto via um teto aveludado e negro salpicado de estrelas, com centenas de velas flutuantes iluminando a todo o salão.

 

 

- Deve dar um puta trabalho para acender tudo isso. - Harry murmurou consigo mesmo, onde a professora a sua frente soltara um risinho, que fizera ele arquear as sobrancelhas por não notar dizer isso em voz alta, com ela logo voltando a suas feições autoritárias.

 

 

Onde logo ouviu Hermione cochichar a uma garota ruiva:

 

- É enfeitiçado para parecer o céu lá fora. Li em Hogwarts, uma história. - A garota disse o mesmo que Harry pensara por ler o livro essa manhã.

 

Era difícil acreditar que havia um teto ali e que o Salão Principal simplesmente não se abria para o infinito.

Para só assim, Harry baixar o olhar quando a Professora Minerva silenciosamente apontou sua varinha e fez surgir um banquinho de quatro pernas diante dos alunos do primeiro ano. Em cima do banquinho ela pôs um chapéu pontudo de bruxo. O chapéu era remendado, esfiapado e aparentava ser bem antigo, porém, dando um toque clássico e de importância.

Ao mesmo tempo que isso ocorria, Harry sentira novamente uma pontada na testa pela segunda vez no dia. Onde novamente ele encontrara o mesmo homem de turbante, só que dessa vez na mesa de funcionários.

Tal mesa em que todos lá demonstravam surpresa e curiosidade no que via em Harry.

 

Um idoso de longa barba era o principal a encarar Harry com seus brilhantes olhos azuis, e por algum motivo, fora notável surpresa em seu olhar, como quando algo que você tentasse fazer não funcionasse corretamente e você tinha certeza que funcionaria, o mesmo apenas fora notificado por cartas há poucos dias, onde devido à explicação de Hagrid, pensara no garoto ser apenas um pouco maior do padrão de garotos de onze anos, não uma criança de aparência jovial completa indo à fase adulta.

Um homem de trajes escuros e estranhos cabelos oleosos, encarava Harry misteriosamente, Harry não entendia o que ele queria olhando-o dessa forma. Para só assim o Potter repousar sua mão esquerda sob a base de sua katana embainhada enquanto afiava os olhos já notando que não era bem-vindo a alguém daqui.

 

 

Reparando que todos no salão agora olhavam para o chapéu, ele olhou também. Por alguns segundos fez-se um silêncio total. Então o chapéu se mexeu. Um rasgo junto à aba se abriu como uma boca e o chapéu começou a cantar:

 

Ah, vocês podem me achar pouco atraente,

mas não me julguem pela aparência

Engulo a mim mesmo se puderem encontrar

Um chapéu mais inteligente do que o papai aqui.

 

Podem guardar seus chapéus-coco bem pretos,

suas cartolas altas de cetim brilhoso

porque eu sou o Chapéu Seletor de Hogwarts

E dou de dez a zero em qualquer outro chapéu.

 

Não há nada escondido em sua cabeça

que o Chapéu Seletor não consiga enxergar,

por isso é só me porem na cabeça que vou dizer

em que casa de Hogwarts deverão ficar.

 

Quem sabe sua morada é a Grifinória,

casa onde habitam os corações indômitos.

Ousadia, sangue-frio e nobreza

destacam os alunos da Grifinória dos demais;

 

Quem sabe é na Lufa-Lufa que você vai morar,

onde seus moradores são justos e leais

pacientes, sinceros, sem medo da dor;

 

Ou será a velha e sábia Corvinal,

A casa dos que tem a mente sempre alerta,

onde os homens de grande espírito e saber

sempre encontrarão companheiros seus iguais;

 

Ou quem sabe a Sonserina será a sua casa

E ali fará seus verdadeiros amigos, difíceis, sim, mas verdadeiros

Alunos de grande astúcia que usam quaisquer meios

para atingir os fins que antes colimaram.

 

Vamos, me experimentem! Não deverão temer!

Nem se atrapalhar! Estarão em boas mãos!

(Mesmo que os chapéus não tenham pés nem mãos)

porque sou o único, sou um Chapéu Pensador!

 

Mimir: O-Chapéu-Seletor.

 

 

O salão inteiro prorrompeu em aplausos quando o chapéu acabou de cantar. Ele fez uma reverência para cada uma das quatro mesas e em seguida ficou muito quieto outra vez.

Minerva por pouquíssimo tempo olhara estranhamente ao chapéu pela finalização de seu discurso.

 

 

- Então só precisamos experimentar o chapéu. - Cochichou Ron a Harry. - Vou matar o Fred, ele não parou de falar numa luta contra um trasgo. - Harry, que escutava a tudo, logo se virara ao acento em que se encontrava os gêmeos, onde ambos riam sarcasticamente da reação do irmão mais novo.

 

 

Ao menos experimentar um chapéu era bem melhor do que precisar fazer um feitiço, isso porque até agora não sabia nenhum e precisaria revisar os livros que comprara para aprender ao menos alguns básicos.

Com isso, sob silêncio total de todos, a Professora Minerva então se adiantou segurando um longo rolo de pergaminho.

 

 

- Quando eu chamar seus nomes, vocês porão o chapéu e se sentarão no banquinho para a seleção. - Minerva dissera num tom de seriedade.

 

 

- Hannah Abbot! - Uma garota de rosto rosado e marias-chiquinhas louras saiu aos tropeços da fila, pôs o chapéu, que lhe afundou direto até os olhos, e se sentou.

 

Uma pausa momentânea ocorreu com a visão tampada dela... para com isso todos escutar:

 

- LUFA-LUFA! - Anunciou o chapéu. Com a mesa à direita, dando vivas e bateu palmas quando Ana foi se sentar à mesa da Lufa-Lufa.

 

 

- "Então essa é a irmã da Martha?" - Harry pensou consigo mesmo após se recordar da linda recepcionista do caldeirão furado. Ao mesmo momento em que pensava nisso, Harry viu o fantasma do Frei gorducho acenar alegremente para ela.

 

 

- Susan Bones! - Novamente Minerva ditara com outra garota subindo as curtas escadas. Sendo essa uma ruiva que até então cochichava com Hermione atrás dele.

 

- LUFA-LUFA! - Anunciou o chapéu outra vez, e Susan saiu depressa e foi se sentar ao lado de Hannah.

 

 

- Terence Boot! - Um garotinho de cabelos castanhos curtos fora chamado.

 

- CORVINAL! - Anunciou o chapéu outra vez. Desta vez foi a segunda mesa à esquerda que aplaudiu, vários alunos da Corvinal se levantaram para apertar a mão dele, quando o menino se reuniu a eles.

 

Mandy Brocklehurst foi para a Corvinal também, mas Lilá Brown foi a primeira a ser escolhida para a Grifinória, e a mesa na extrema-esquerda explodiu em vivas. Harry viu os irmãos gêmeos de Ron assobiarem euforicamente.

Millicent Bulstrode se tornou uma Sonserina. Talvez fosse a imaginação de Harry, mas depois de tudo que ouvira sobre a Sonserina, achou que eles não formavam um grupo de aparência desagradável, mas sim um grupo conservador que buscavam cuidar de si, já que as outras três casas aparentemente tinham preconceito para com eles.

Nisso, a lista de alunos passou a ser descrita com vários e vários, tornando poucos alunos novos ali de pé. No qual faziam o Potter cada vez ser mais exposto sob dúvida de muitos, e surpresa de outros.

Às vezes, Harry reparou, o chapéu anunciava logo o nome da casa, mas outras levava um tempo para se decidir.

Seamus Finnigan, o menino de cabelos cor de palha ao lado de Harry na fila, passou sentado no banquinho quase um minuto, antes de o chapéu anunciar que iria para a Grifinória.

Com isso, restaram apenas cinco alunos lado a lado. Draco Malfoy, Hermione Granger, Ron Weasley, Neville Longbottom, e por fim Harry Potter, no qual estava ao meio desses quatro sob alvo principal de olhares curiosos dos professores, nos quais não viram o Potter reagir a quase nada desde que entrou no salão comunal, mas que era notável como ele absorvia cada informação, cada pessoa, entidade e movimento ao seu redor, como se ele visse algo além do que todos viam e sabia muito bem se portar de pé sem demonstrar interesse.

 

 

- Hermione Granger! - Hermione saiu quase correndo até o banquinho e enfiou o chapéu, ansiosa. - GRIFINÓRIA! - Anunciou altamente o chapéu sob gemido desapontado de Ron.

 

 

Quando Neville Longbottom, o menino que para Harry já estava tornando seu protegido, foi chamado, quase levou um tombo a caminho do banquinho, porém que Harry fora rápido em segurá-lo no primeiro degrau, e aconselhá-lo baixamente ao mesmo, com um leve bagunçar no cabelo liso dele. Algo que causou risinhos no público feminino de professoras mais adiante, no qual pareciam se recordar de uma mesma cena com dois alunos antigos.

O chapéu demorou muito tempo para se decidir Nevílle.

Para assim que finalmente anunciar "GRIFINÓRIA", Nevíllesaiu correndo com o chapéu na cabeça, e teve de voltar em meio a uma avalanche de risadas para entregá-lo a professora e vice-diretora de Hogwarts.

Qualquer criança ficaria extremamente envergonhada com uma gafe dessas em meio à multidão, porém ao olhar para Harry em vergonha, e ver a seriedade no olhar do Potter e o piscar de um dos olhos dele, acarretou lhe motivar a manter a compostura e ir em direção à sua casa, que o recebeu de braços abertos quando dois gêmeos ruivos o levantaram pelos braços em alguma vitória, ou seja, lá o que se passava na mente deles.

 

Malfoy se adiantou, gingando, quando chamaram seu nome e teve seu desejo realizado imediatamente. O chapéu mal tocara sua cabeça quando anunciou:

 

- SONSERINA! - O chapéu anunciou sob um riso presunçoso do garoto que encarara Ron com os olhos afiados em desafio, mas que por fim parara seu olhar em Harry por curtos segundos em busca de algo, talvez aprovação? Mas por qual motivo logo para com Harry?

 

 

Faltava apenas ele e o recente conhecido Ron. Harry não sabia em qual casa queria ficar, mas seja qual for escolhido, iria se esforçar ao máximo nela e abandonar tudo de normal que vinha sendo jogado nele por seus parentes.

O ruivo mais novo que conhecera até agora fora chamado, onde com pouco segundos foi escolhido para Grifinória sob um sorriso orgulhoso dele que mandara outro olhar afiado a Malfoy, fazendo Harry revirar os olhos por essa disputa infantil, mas que ele tentava não julgar, pois realmente eram crianças ali, e ele o diferentão.

 

 

Nisso, vendo que era o último ali. A professora prontamente disse:

 

- Harry Potter... - Minerva o chamou numa seriedade que nunca vira, porém, ao se aproximar do banco em que ela estava ao lado sob burburinho geral do salão. Pode notar um sorriso em sua face.

 

Não sabia o que ele significava. Porém, o olhar dela era como se visse nele alguém muito conhecido no passado.

Quando Harry se prontificou a sentar-se no banquinho de frente a todas as mesas das casas. Pode ver o alvoroço que estava causando, assovios, e uma euforia sem igual que o fazia estranhar a tudo e afiar o olhar, deixando até mesmo sua seriedade pelo que via oculto nas sombras, o distraiu por tudo isso ocorrer só de chamarem seu nome.

 

 

- Potter, foi o que ela disse?

 

- O Harry Potter?

 

- Mas, não era para ele ter onze anos?

 

- Então as histórias dos contos eram reais?

 

Eram tais indagações que rolavam solto entre as mesas, para no fim ele apenas ver os gêmeos ruivos mandando um joinha para ele antes de ter sua visão tampada pelo chapéu que fora posto sob sua cabeça.

 

 

- Difícil… - Foi o que Harry escutara em primeiro lugar vindo do chapéu. - Muito difícil. - A voz do chapéu, diferente das vezes em que murmurava coisas ao usuário, dessa vez dizia com o tom claro a todos do salão comunal. E Harry em nada estava gostando da atenção que deveria estar recebendo, quando todos os outros foram selecionados rapidamente e sem nenhum discurso.

 

- Bastante coragem, vejo. Uma mente nada má. Há talento, há, minha nossa, uma sede razoável de se provar e garra suficiente para quebrar limites. Ora isso é interessante... Então aonde vou colocá-lo? - O chapéu recitava enquanto mexia a cabeça de seu usuário para a região de cada mesa dali.

 

- Mas que coisa interessante... então são duas. - Novamente o chapéu disse como se lesse todas as memórias do Potter.

 

- Uma criança que teve forçadamente a se tornar um adulto... Vejo bravura como a de um leão em ti... a coragem prevalece em seu ser junto a sua Katana que se tornou uma extensão de seu corpo. - Tendo dito ambos, os gêmeos Weasley assoviaram em euforia.

 

- É determinado e independente, preza o trabalho duro e se esforça longe de olhos externos para obter aquilo que deseja por mérito próprio... Leal e justo com aqueles aliados... mesmo que escassos... gostei disso. - O chapéu disse enquanto a euforia aumentava na mesa Lufa-Lufa pelas aptidões dele lá.

 

- Mas, não é apenas isso! Hm... - Novamente o chapéu disse fazendo Dumbledore se ajeitar em seu trono dourado enquanto encarava estranhamente as palavras do chapéu seletor.

 

- Uma mente acolhedora para com todos os animais e plantas, inteligente de intelecto e ações, perspicaz em confiar em quem merece, e sempre buscar estar um passo à frente de todos para não ser enganado e manipulado. - O chapéu dissera enquanto via as memórias de Harry voltando ao beco diagonal e tirando suas dúvidas sobre tudo. - Além disso... bem-humorado com novas amizades, mas que nunca esquece um erro. - Enfim o chapéu dissera com o burburinho aumentando na mesa da Corvinal.

 

- Isso é incrível! Então é por isso das mudanças. - O chapéu afirmou enquanto sentia em seu ser uma fagulha de energia obscura predominante da testa do Potter, em que se alastrara pelo corpo desde bebê.

 

Dumbledore, que escutava a tudo, queria muito descobrir ao que o chapéu via na mente do Potter, porém nada podia fazer, pois nunca o chapéu revelaria nada a ninguém do que suas palavras ocultas e sábias se referiam.

 

- Além disso! É astuto e ambicioso, trabalha e se esforça com um desejo enorme de obter um futuro melhor para si, não se importando de seu corpo sofrer a pior das dores no processo para obter seus resultados. - O chapéu disse com burburinhos vindo agora da Sonserina sob preocupação do diretor da escola. - Uma pena que tenha de se sacrificar ocultamente para obter isso... - Por fim, o chapéu disse dando uma leva abaixada em sua ponta, como se compreendesse algum trauma que ocorreu ao Potter.

 

Nesse momento, Harry colocara sua mão esquerda sob a parte segura de sua Katana embainhada. Um ato que fazia toda vez que sentia receio ou medo de algo de seu passado ser exposto e principalmente uma forma de aviso, cortaria ele esse chapéu ao meio se se sequer desse indício de expor alguma coisa de seu passado.

Vendo a dificuldade do chapéu em escolher, Minerva estranhara o Potter ter aptidões para todas as casas. Nunca foi visto isso, nem mesmo em Dumbledore, que fora muito famoso em sua época de estudos.

 

 

- Mas em qual casa devo te colocar?

 

- Tem a bravura do velho Godric Gryffindor...

 

- A lealdade de Helga Hufflepuff...

 

- A perspicaz da querida Rowena Ravenclaw...

 

- E a ambição de Salazar Slytherin.

 

 

- Bom... se não tem nada contra nenhuma das casas... Tenho orgulho de afirmar! - O chapéu informara sob atenção de todos os alunos nas mesmas.

 

 

- Você é um Divergente. - Por fim, o chapéu informara sob levantar de sobrancelhas do diretor de Hogwarts, espanto dos professores, e dúvida do público geral de alunos.

 

 

Nisso, o chapéu enfim ficara inerte, com Harry o tirando de imediato enquanto se levantava, e colocava-o no banco sob olhar impressionado de Minerva.

 

 

- O que eu faço? - Harry indagou não entendendo o que era um divergente.

 

 

- Você escolhe em que casa vai querer ficar... Iremos conversar mais tarde. - A vice-diretora disse a ele, onde Harry encarara cada mesa, vendo os gêmeos ruivos fazerem um sinal engraçado com os braços de que o acolheriam ali em meio a um aglomerado de estranhos. - Muito bem... pode ir. - Por fim, ela disse com Harry descendo as escadas, para só assim ir na direção da Grifinória sob ovação geral da mesa.

 

 

Percy, o monitor, se levantou e apertou sua mão com energia, enquanto os gêmeos Weasley gritavam diversas vezes "Ganhamos Potter!"

Harry sentou-se defronte ao fantasma com a gola de rufos que vira antes da cerimônia. O fantasma lhe deu uma palmadinha no braço, produzindo em Harry uma sensação grandiosa de arrepio e de que acabara de mergulhar num balde de água gelada.

 

O diretor lhe encarava estranhamente.

Seja lá o que o diretor faria, ou o que Minerva lhe explicaria mais tarde, esperava que pudesse dar tudo certo.

Nunca pensara que ter aptidão para todas as casas poderia causar tanta comoção nos professores.

A Professora Minerva até então parada no mesmo lugar enquanto encarava ao rolo de pergaminho, logo pode notar as inscrições de cada aluno com sua casa anotada. Sendo a de Potter "Divergente" com uma sigla inicial de cada uma das quatro casas da escola.

E em si, sua gravata do uniforme que deveria obter a cor de uma das casas, obteve cada uma das cores das quatro casas.

 

 

Albus Dumbledore se levantara. Sorria radiante para os estudantes, os braços bem abertos, como se nada no mundo pudesse ter-lhe agradado mais do que os ver todos reunidos ali.

Para enfim disser:

 

- Sejam bem-vindos! - Disse o velho barbudo. - Sejam bem-vindos para um novo ano em Hogwarts! Antes de começarmos nosso banquete, eu gostaria de dizer umas palavrinhas. Pateta! Chorão! Destabocado! Beliscão! Obrigado. - E sentou-se. Todos bateram palmas e deram vivas. Harry não sabia se o velho era doido, ou só palhaço.

 

 

- Ele é... Um pouquinho maluco? - Perguntou incerto, a Percy.

 

 

- Maluco? - Disse Percy despreocupado. - Ele é um gênio! O melhor bruxo do mundo! Mas é um pouquinho maluco, sim.

 

 

- Batatas, Harry? - disse Fred ao lado direito dele fazendo só agora o Potter se surpreender com tanta comida surgindo do nada. Os pratos diante dele até então vazios e empoeirados, agora estavam cheios de comida.

 

Ele nunca vira tantas coisas em uma mesa só: rosbife, galinha assada, costeletas de porco e de carneiro, pudim de carne, ervilhas, cenouras, molho, ketchup e, por alguma estranha razão, docinhos de hortelã.

Nisso, ele enfim enchera seu prato com os gêmeos puxando assunto com ele. Sobre coisas triviais, seja sobre a recente conhecida dele no trem, ou a katana que eles insistiam em querer pregar alguma peça com alguém a usando.

 

 

- Isto está com uma cara ótima. - Disse o fantasma de gola de rufos observando, tristemente, Harry cortar o rosbife.

 

 

- O senhor não pode? - Harry indagou ao mesmo.

 

 

- Não como há quase quinhentos anos. - Explicou o fantasma. - Não preciso, é claro, mas a pessoa sente falta.

 

 

- Mas nem mágica consegue resolver isso? Digo, se fantasmas podem existir, se feitiços podem criar ilusões de um céu no telhado, ou fazer alguém de onze anos aparentar ter dezoito... Creio eu que não seria um absurdo pensar que um feitiço poderia fazer a comida real serem transformadas em comida para fantasmas. - Harry explicou sob olhar espantado do fantasma.

 

 

- Tem toda razão... Sabe, acho que em todos esses anos, seja vivo ou morto, nunca pensei em uma coisa dessas e nunca vi ninguém nos dar tamanha ideia. Uma hora conversamos mais sobre isso. - O fantasma respondeu animado. - Acho que ainda não me apresentei, não é mesmo? Cavalheiro Nicholas de Mimsy-Porpington às suas ordens. Fantasma residente da torre da Grifinória.

 

 

- Eu sei quem o senhor é! - Disse Ron se intrometendo. - Meus irmãos me falaram do senhor. O senhor é o Nick Quase Sem Cabeça.

 

 

- Eu prefiro que você me chame de cavaleiro Nicholas de Mimsy... - O fantasma começou muito formal, mas Simas Finnigan o interrompeu.

 

 

- Quase Sem Cabeça? Como alguém pode ser quase sem cabeça?

 

Sir Nicholas parecia muitíssimo aborrecido, como se aquela conversinha não estivesse tomando o rumo que ele queria.

 

 

- Assim! - Disse com irritação. E agarrou a orelha esquerda e puxou. A cabeça toda girou para fora do pescoço e caiu por cima do ombro como se estivesse presa por uma dobradiça. Era óbvio que alguém tentara decapitá-lo, mas não fizera o serviço direito.

 

 Satisfeito com a cara de espanto dos garotos, Nick Quase Sem Cabeça empurrou a cabeça de volta ao pescoço, tossiu e disse:

 

- Então, novos moradores da Grifinória! Espero que nos ajudem a ganhar o campeonato das casas este ano! Grifinória nunca passou tanto tempo sem ganhar a taça.

 

- Sonserina tem ganho nos últimos seis anos! O Barão Sangrento está ficando quase insuportável. Ele é o fantasma da Sonserina.

 

Harry deu uma olhada na mesa de Sonserina em que Sir Nicholas apontava, e viu um fantasma horroroso sentado lá, os olhos vidrados, uma cara muito magra e vestes sujas de algum líquido prateado.

 

 

- Como foi que ele ficou coberto de sangue? - Perguntou Simas, muito interessado. Não notando o olhar calculista sobre o suposto líquido que era sangue.

 

 

- Nunca perguntei. - Respondeu Nick Quase Sem Cabeça, educadamente. - Enfim... caso tenha interesse futuramente de ver magias que envolvam fantasmas, me procure... Irá ser uma honra lhe ajudar com qualquer coisa. - Por fim, o fantasma disse a Harry e se afastando da mesa.

 

 

Depois que todos comeram tudo o que podiam, as sobras desapareceram dos pratos, deixando-os limpinhos como no início.

Logo depois surgiram as sobremesas. Montes de sorvete de todos os sabores que se possa imaginar, tortas de maçãs, tortinhas de caramelo, bombas de chocolate, roscas fritas com geleia, bolos de frutas com calda de vinho, morangos, gelatinas, pudim de arroz...

Vendo que alguns alunos saiam conversando com outros para fora do salão e voltavam nessa hora de refeição.

Harry também se levantara com a permissão de Percy para andar apenas até o corredor de fora.

O mesmo apenas se servira de uma tortinha enquanto a mastigava sob caminhar do salão comunal na direção das portas.

Fred e George conversavam animadamente, tomando várias anotações em prol de querer descobrir o que era o título divergente na mesa. Para logo o Potter parar no corredor de fora do salão, de frente a uma grande janela aberta que dava a visão de um enorme lago naquela noite de lua cheia.

O mesmo suspirava profundamente enquanto se sentava apoiado a janela, e contemplava a visão do lago. Sentia falta de estar bebendo algo que estaria bebendo neste momento e o faria não ver aquilo que ninguém mais podia, porém, que não achava mais ser possível por estar na escola.

 

 

Ao menos isso até uma presença o interromper:

 

- Posso? - Minerva, até então ali presente, indagara sob se sentar apoiada ao lado dele na janela.

 

 

- Claro. - Harry respondeu enquanto dava espaço para a mesma.

 

 

- O que tanto pensa, Sr. Potter? - Minerva indagou tentando estudar a face do garoto que até então era um mistério e uma surpresa. Onde estranhamente ela sentia-se insegura com essa face presente em alguém que para ela deveria merecer a maior das felicidades e alegria no mundo.

 

 

- O que é isso de Divergente... por que não fui escolhido para casa igual aos outros? - Harry disse enquanto a mesma sorria por um curto período. Podendo notar que o mesmo não gostava de ser o centro das atenções.

 

 

- Divergentes são títulos raros dado a pessoas especiais! Nunca foi dito sobre um Divergente existente... apesar do título ter sido criado após os primeiros prefeitos das casas serem escolhidos.

 

 

- A capacidade de um Divergente não é apenas se situar a uma casa, mas sim ter livre acesso as outras, seja com professores, transitar por dormitórios, e nas aulas e salões privados. Todos seus pontos obtidos são calculados para cada casa. Fora a função principal de ser instruído a comandar os prefeitos das quatro casas a fim de uni-las.

 

- Porém isso tudo são apenas funções aqui dentro da escola. A verdadeira natureza de um Divergente, e a junção das quatro aptidões dos antigos Reis e Rainhas que criaram este castelo.

 

- A bravura da Grifinória, que torna seus atos corajosos em prol dos aliados, antes de si. Seja corajoso, audacioso, ou cavalheiro para com todos.

 

- A lealdade da Lufa-lufa, que preza seu trabalho duro, sua mente paciente de pensar antes de agir, sua lealdade com aliados, e sua sede de justiça para com os injustiçados.

 

- Já a perspicaz da Corvinal, o torna um dos mais inteligentes de Hogwarts... Não por ter pouco ou muito conhecimento no tempo atual, mas sim por buscar sempre se aprimorar. Ser inteligente, perspicaz e bem-humorado faz parte do sangue Corvinal.

 

- Por fim... A ambição e astucia da Sonserina, que o torna alguém com um enorme desejo de poder. Usam de quaisquer métodos para atingir seus objetivos. Mas antes que entenda errado, não é só passar por cima dos outros que faz um Sonserino chegar onde quer... pois isso é uma visão bem distorcido do que realmente é ser um Sonserino, e sim, na verdade, em casos raros, deixar que passem em cima de você para que seu desejo seja obtido. Pessoas que podem até mesmo se sacrificar em prol de seus objetivos, e que não temem desfazer amizades toxicas, e muito menos esconder seus orgulhos próprios.

 

Seja a fim de salvar alguém ou para seu próprio bem...

 

- Um Divergente se forma pela junção de todas essas aptidões psicológicas em um único ser... e esse ser, é você. - Pôr fim, a vice-diretora de Hogwarts parou de explicar ao que sabia. Sob um suspiro profundo do garoto Potter que já parecia um homem e seu olhar se mostrava cansado.

 

 

- Isso é muito... Como dar conta de estar em quatro casas, quando ainda nem sei sobre o mundo mágico... Acho que estão colocando muitas esperanças em mim, quando não sou tudo isso. - Harry disse olhando para o lago, deixando Minerva extremamente cativada com os olhos esmeralda do mesmo que de verde fosco pareceram acender em puro esmeralda reluzente.

 

 

- Não diga isso, querido... O chapéu seletor nunca erra, e se você foi escolhido como um Divergente, quer dizer que grandes feitos estão por ocorrer. - A mulher de idade avançada disse como uma avó diria ao neto. - E pode em si não ter sido escolhido especificamente para minha casa como eu tanto desejava, porém, estarei aqui para guiá-lo e aconselhá-lo sempre que quiser me visitar e conversar.

 

 

Sorrindo com os conselhos dela, Harry enfim disse após mais um suspiro:

 

- Pelo visto terei de ler todos os livros que comprei... - Harry disse até animado enquanto lembrava da grande coleção que comprara além do que era pedido na carta de matrícula.

 

 

Vendo que o mesmo estava um pouco mais animado. A mulher enfim ditara:

 

- Se esforce muito em suas aulas e tarefas que estão por vir... Como sua professora, diretora da Grifinória e vice-diretora de Hogwarts, me sinto no papel de ajudá-lo com isso.

 

- Se tudo der certo, após as festividades de fim de ano, irei trazer uma ferramenta que o auxiliara em todas essas obrigações futuras; - Minerva disse se levantando enquanto deixara Harry confuso a que ferramenta ela dizia. - Mas por hora, busque novas amizades, trabalhe duro e não relaxe nos estudos... estarei sempre de olho em você Sr. Potter e se for realmente te ajudar, quero ver um empenho completo no que lhe atribuir. - Por fim, ela disse caminhando ao salão comunal onde adentrara.

 

 

Harry permanecera mais alguns longos minutos encarando a linda vista do lago de fora do castelo e esse céu estrelado que nunca na vida pode ver da sociedade No-maj. Para só assim ele se levantar e adentrar ao salão principal.

Tudo isso ainda sob atenção geral, mas pouco importava para ele agora... Já estava se acostumando a ignorar isso como muito ignorou as aberrações ocultas de sua visão, onde enfim chegara a seu acento na mesa.

 

Com ele sentando-se, pode ouvir a conversa que rolava na mesa:

 

- Eu sou meio a meio. - Disse Simas. - Papai é trouxa. Mamãe não contou a ele que era bruxa até após casarem. Teve um choque horrível, pois parece que foi durante sua lua de mel, mas não entendi muito bem. - Ele disse fazendo os alunos mais velhos rirem em conjunto com a suposta cena que deveria ter ocorrido.

 

 

- E você, Nevílle? - Perguntou Ron.

 

 

- Bom, minha avó me criou e ela é bruxa, mas a família achou durante anos que eu era completamente trouxa. Meu avô vivia tentando me pegar desprevenido e me forçar a recorrer à magia. Ele me empurrou pela borda de um cais uma vez, eu quase me afoguei. - O garoto disse sob olhar surpreso de Harry. - Mas nada aconteceu até eu completar oito anos. Meu avô veio tomar chá conosco e tinha me pendurado pelos calcanhares para fora de uma janela do segundo andar, quando a minha avó lhe ofereceu um merengue e ele sem querer me deixou cair. - O Longbottom continuava a dizer, onde Harry notava que a vida do garoto era tão difícil quanto a sua.

 

 

- Mas eu desci flutuando até o jardim e a estrada. Todos ficaram realmente satisfeitos. Minha avó chorou de tanta felicidade. E vocês deviam ter visto a cara deles quando entrei para Hogwarts. Achavam que eu não era bastante mágico para entrar, entendem. - Nevílledissera a tudo, onde em momento algum ele informara sob seus pais, e o olhar levemente pesado do garoto, fazia Harry já ter uma certa noção.

 

 

Do outro lado de Harry, Percy e Hermione conversavam animadamente sobre as aulas, fazendo diversas anotações em pergaminhos:

 

- Espero que elas comecem logo, tem tanta coisa para a gente aprender, estou muito interessada em Transfiguração, sabe, transformar uma coisa em outra, claro, dizem que é muito difícil, a pessoa começa aos poucos, fósforos em agulhas e coisas pequenas assim. - Dizia ela com Percy a aconselhando em resposta, de certo modo a motivando a continuar com tal pensamento.

 

 

Harry, que estava começando a se sentir cansado pelo dia corrido e de grandes descobertas que tivera, olhou outra vez para a mesa principal.

Hagrid tomava um grande gole de sua taça. A Professora Minerva conversava com o diretor Dumbledore. O Professor Quirrell, com aquele turbante, conversava com um professor de cabelos negros que mais o fazia se lembrar de ficções sobre vampiros

Aconteceu muito de repente. O olhar do professor de nariz de gancho passou pelo turbante de Quirrell e se fixou nos olhos de Harry, e uma pontada aguda e quente correu pela testa de Harry.

 

 

- Hm! - Harry levou a mão à testa.

 

 

- Que foi? - Perguntou Percy.

 

 

- N-nada. - O Potter disse enquanto a dor se foi com a mesma rapidez que viera, e novamente ele pudera ver um olhar de decepção e até analítico como se algo tivesse falhado, porém, isso na face do professor de cabelos oleosos.

 

Mais difícil foi se livrar da sensação que Harry teve sob o olhar do professor. Uma sensação de que ele não gostava nada de Harry.

Porém, o outro de turbante também não parecia flor que se cheire... O mesmo se fazia de bobinho, e boa pessoa..., porém, Harry apreendera a nunca confiar em quem não conhecia, e seus instintos diziam para manter extrema distância daquele ali.

 

 

- Quem é aqueles dois professores? - Harry indagou a Percy enquanto encarava ambos adultos.

 

 

- Aquele de vestes escuras é o Professor Severus Snape. Ele leciona Poções básicas para alunos de primeiro a quarto ano, e avançadas para alunos de quinto a sétimos anos, mas não é o que ele queria. Todo o mundo sabe que está cobiçando o cargo de Quirrell, que é o professor ao lado dele.

 

- Pelo que parece, Quirrell obteve por pura sorte o cargo de Defesa contra as artes das trevas dois anos atrás, para raiva de Snape. - Harry observou o professor por algum tempo, mas Snape não voltou a olhar em sua direção.

 

 

Para assim, finalmente, as sobremesas também desapareceram, e o diretor Dumbledore ficar de pé mais uma vez. O salão silenciou:

 

- Hum... Só mais umas palavrinhas agora que já comemos e bebemos.

 

- Tenho alguns avisos de início de ano letivo para vocês. Os alunos do primeiro ano devem observar que é proibido andar na floresta da propriedade, até aí o nome, floresta proibida. E alguns dos nossos estudantes mais antigos fariam bem em se lembrar dessa proibição que cito todos os anos e vocês insistem em me contestar. - Os olhos cintilantes de Dumbledore faiscaram na direção dos gêmeos Weasley, que sorriram em desafio pela ideia de proibições.

 

 

- O Sr. Filch, o zelador, me pediu para lembrar a todos que não devem fazer mágicas no corredor durante os intervalos das aulas, a fim de evitar atrasos para aulas ou acidentes. Temos salões de treinamentos, quartos de duelos, descanso, lazer e tudo ao que procurem se perguntarem a seus chefes de casa.

 

- Os testes de Quadribol serão realizados na segunda semana de aulas afim das equipes se organizarem e criarem suas escalas. Quem estiver interessado em entrar para o time de sua casa deverá procurar a professora Hooch ou os capitães de Quadribol de suas respectivas casas.

 

- E, por último, é preciso avisar que, este ano, o corredor do terceiro andar do lado direito está proibido a todos que não quiserem ter uma morte muito dolorosa. - O diretor dissera com um olhar desafiador a todos, e Harry tentava entender se ele estava realmente buscando que essas crianças procurassem tal andar, pois desafiar a coragem e ego de uma criança é o mesmo que invocar o diabo no meio da igreja.

 

 

- Ele não está falando sério? - Cochichou a Percy.

 

 

- Deve estar. - Respondeu Percy, franzindo a testa para Dumbledore. - É estranho porque, em geral, ele sempre nos diz a razão de porque somos proibidos de ir a algum lugar, mas as coisas sempre dão certo, então pode ser alguma magia de intenção, digo... se alguém realmente com intenção de ir ao terceiro andar, buscar procurá-lo, a magia pode ser capaz de impedir a isso com nossas escadas os desviando ou feitiços de alerta.

 

 

- E agora, antes de irmos para a cama, vamos cantar o hino da escola! - Exclamou Dumbledore cortando o raciocínio de Harry sobre tudo que escutara sobre feitiços de intenções e alerta.

 

 

Harry reparou que os sorrisos dos outros professores tinham amarelado.

 

Dumbledore fez um pequeno aceno com a varinha como se estivesse tentando espantar uma mosca na ponta e surgiu no ar uma longa fita dourada, que esvoaçou para o alto das mesas e se enroscou como uma serpente formando palavras, que mais parecia a legenda de um filme.

 

 

- E lá vamos nós!

 

E a escola entoou em altos brandos:

 

Hogwarts, Hogwarts, Hogwarts, Hogwarts,

Nos ensine algo por favor,

Quer sejamos velhos e calvos

Quer moços de pernas raladas,

Temos às cabeças precisadas

De ideias interessantes.

 

Pois estão ocas e cheias de ar,

Moscas-mortas e fios de cotão.

 

Nos ensine o que vale a pena.

 

Faça o melhor, faremos o resto,

Estudaremos até o cérebro se desmanchar.

 

 

Todos terminaram a música em tempos diferentes. E por fim só restaram os gêmeos Weasley gingando animadamente com sua própria coreografia. Dumbledore regeu os últimos versos com sua varinha e, quando eles terminaram, foi um dos que aplaudiram mais alto.

 

Harry olhava ao seu redor com um olhar de que realmente viera parar em um lugar de loucos, a distância ele podia ver que Draco parecia completamente ruborizado por vergonha alheia e ao menos em algo eles podiam concordar, tal música era ridícula, tão ridícula que ambos riram juntos ao encarar a face um do outro, e de alguma forma passaram a gostar do hino.

 

 

- Ah, a música. - Disse Dumbledore secando os olhos. - Uma mágica que transcende todos que trazemos aqui! E agora hora de dormir criançada. Andando! - Por fim, o velho disse em ordem a todos como se sua bateria social estivesse viciada e chegou ao fim de repente.

 

 

[ ... ]

Os novos alunos de Grifinória seguiram Percy por entre os grupos que conversavam, saíram do Salão Principal e subiram a escadaria de mármore. As pernas de Harry pareceram chumbo outra vez, mas só porque estava muito cansado e saciado.

Estava cansado demais até para se surpreender que as pessoas nos retratos ao longo dos corredores murmurassem e apontassem quando eles passavam, ou que duas vezes Percy os estivesse conduzido por portais escondidos atrás de painéis corrediços e tapeçarias penduradas.

Subiram outras tantas escadas bocejando e arrastando os pés, e Harry começou a se perguntar quanto ainda faltava para chegar quando de repente pararam.

Um feixe de bengalas flutuava no ar à frente deles, e quando Percy avançou um passo em sua direção, começaram a atacá-lo.

 

 

- Pirraça. - Cochichou Percy para os alunos do primeiro ano. - Um poltergeist. - O mesmo disse enquanto Harry via a entidade surgir por entre os alunos, sob encarar fixo do Potter.

 

 

O mesmo era um homenzinho com olhos escuros e maus, a boca escancarada, enquanto ele flutuava com as pernas cruzadas:

 

- Oooooooooh! - Disse com uma risada malvada. - Calourinhos! Que divertido! - E mergulhou repentinamente contra eles. Todos se abaixaram, sobrando apenas Harry que imaginava nada de mal ocorrendo por ser um fantasma.

 

 

Nisso, o mesmo enfim parou em frente ao Potter, que dessa vez sentira a bengala que ele usara antes para jogar, tocando em seu braço.

Harry não queria parecer arrogante, mas sempre aprendeu que contra um animal mais forte que ti, não deve mostrar medo.

Pegando uma das bengalas no chão sob olhar fixo do Poltergeist. O mesmo logo entregara a entidade, que olhara ele confuso.

Para só assim dar mais uma volta sob o Potter, e enfim sumir andares abaixo após pegar a bengala oferecida.

 

 

- Não acredito! Você espantou um dos fantasmas mais descontrolados do castelo, como assim!? - Percy ditara com Harry se aproximando dele.

 

 

- É o mesmo com animais. Eles atacam se mostrar medo, mas se mantém na deles caso não demonstre nada... ao menos em alguns casos, e pelo visto, entregar ou devolver algo que gosta, funciona tanto em animais quanto em Poltergeist. - Harry explicou com Percy andando a seu lado os levando aos dormitórios.

 

 

- Vocês tenham cuidado com o Pirraça. - Recomendou Percy, quando retomaram a caminhada. - O Barão Sangrento é o único que consegue controlá-lo, e Harry foi o primeiro que conheço a ter feito isso, ele não dá confiança aos monitores e muito menos aos colaboradores de Hogwarts, então é melhor que evitem contato com ele.

 

- Enfim, chegamos. - O monitor disse no finzinho do corredor, ali havia um retrato de uma mulher muito gorda vestida de rosa.

 

 

- Senha? - Pediu ela.

 

 

- Smaug: O-Dragão-Dos-Dragões. - Respondeu Percy e o retrato se inclinou para frente, revelando um buraco redondo na parede.

 

 

Todos passaram pelo buraco. Nevílleprecisou de um calço. E se viram no Salão Comunal da Grifinória, um aposento redondo repleto de poltronas fofas.

Percy indicou às garotas a porta do seu dormitório e, aos meninos, a porta do deles.

No alto de uma escada em caracol, sendo bem óbvio que estavam em uma das torres.

Para assim encontrarem finalmente suas camas, cinco camas com reposteiros de veludo vermelho-escuro.

As malas já haviam sido trazidas. Cansados demais para falar muito, eles enfiaram os pijamas e caíram na cama.

Exceto Harry, que até então saia de uma curta ducha relaxante de temperatura quente, apenas com um short preto.

 

Seu peitoral demonstrava diversas cicatrizas, seja nas costas, tórax, e até uma fina que ia do pescoço ao outro lado do braço.

 

 

Nisso ele escutara:

 

- Comida de primeira, não foi? - Comentou Ron para Harry, no qual o ruivo mais novo encarava ao tórax e costas de Harry, e com um olhar deu a entender que não entraria no assunto das cicatrizes. - Se manda, Perébas! Ele está roendo os meus lençóis. - O garoto disse estando deitado e com uma sonolência aparente, só para ele enfim cair no sono sem receber respostas de Harry.

 

 

Após o banho, Harry perdera completamente o sono, onde logo se recordara da maleta engana trouxa. O mesmo a pegou de seu blazer onde a jogara sob a cama, que ao passar de minutos retornara ao tamanho natural.

Tornando assim, o fácil acesso dele para aprender a alimentar cada animal daquele mundo dentro da maleta, e enfim dar carinho em sua fênix e coruja que demonstravam uma grandiosa carência de ter se separado do dono, mesmo que a poucas horas.

Harry sabia que tinha muito a descobrir sobre esse mundo, que tinha muitas pessoas não confiáveis, que tinha muitos animais a obter lealdade, e por fim... muitas obrigações em aprender sobre feitiços, poções, transfigurações, e as demais matérias lecionadas em Hogwarts.

Dormira com esses pensamentos enquanto acariciava sua coruja e fênix filhote, sua cama se encontrava bem a janela da alta torre, o dando uma bela visão do céu estrelado e extenso lago em volta ao castelo.

Fyexbolt também caíra no sono em seu colo, e Hedwig's os estudou uma última vez, percebendo que por hora seu filhote estava seguro, para só assim ambos terem seu primeiro dia completo no mundo mágico.

E com isso dou fim ao oitavo capítulo da Changed Prophecy.

Espero que todos estejam gostando, e não se esqueçam de comentar.

Muitas dessas mudanças para com Harry, se dá a magia de Voldemort situada na cicatriz dele.

Em resumo, a magia obscura na cicatriz se alastrou da testa ao corpo todo, causando esse aprimoramento corporal.

Muitas coisas serão explicadas futuramente, pois a energia das trevas não se alastrou somente para eu dar a Harry uma aparência madura, mas sim como algo com mais segredos e potenciais a serem explorados no futuro.

Mas por enquanto, o título divergente apenas dá acesso as quatro casas para Harry obter mais amizades, e aprender ainda mais com os outros.

Espero mesmo que todos estejam mesmo gostando, até mais galera XD