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Capítulo 5: O Vazio das Estrelas

O vácuo do espaço engoliu Kael enquanto ele se afastava da **Astrum Nexus**. A escuridão era opressiva, e a solidão o envolvia como um manto gelado. Ele flutuava, sem rumo, suas asas cósmicas pulsando fracamente. Os Guardiões Estelares haviam desistido da perseguição, mas a dor persistia.

Seus poderes estavam selados, e a sensação de impotência o corroía. Ele não era mais um cientista curioso, nem um ser além da carne e do osso. Ele era apenas um ponto solitário no vasto cosmos, uma partícula insignificante em meio às estrelas.

As palavras do **Oráculo das Estrelas** ecoavam em sua mente. "Ultrapasse as leis definitivas físicas e não físicas." Mas como? Ele não tinha respostas, apenas perguntas. E a dor da incerteza o consumia.

Ele olhou para trás, para a cidade flutuante que havia sido seu lar. As luzes da **Astrum Nexus** cintilavam como estrelas distantes. Ele se perguntou se alguém sentiria sua falta. Se alguém notaria sua ausência.

A saudade apertou seu peito. Ele lembrava dos rostos dos cientistas, dos corredores de aço, dos Guardiões Estelares. Ele lembrava de **Lysandra**, com seus olhos profundos e sua gravidade implacável. Ele lembrava de **Thalas**, o arqueiro, e de **Zyra**, a guardiã da flora. Eles eram inimigos, mas também eram parte de sua jornada.

Kael flutuou entre as estrelas, buscando respostas. O vazio o consumia, e ele se sentia pequeno diante do infinito. Ele não era mais um elo na cadeia da evolução universal. Ele era apenas um náufrago no oceano cósmico.

A dor o envolveu como uma névoa. Ele se lembrou de suas paixões não correspondidas, de suas derrotas, de suas escolhas erradas. Ele se perguntou se havia algum propósito em sua jornada. Alguma razão para continuar.

Mas então, ele viu uma estrela solitária à distância. Ela brilhava com uma intensidade única, como se chamasse por ele. Ele se concentrou, canalizando o pouco poder que lhe restava. E então, com um impulso final, ele se lançou em direção à estrela.