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Capítulo 28 – Carol: Falta muito pouco

Já faz algum tempo que jantamos e estamos numa conversa boa quando alguém percebe que Weenny já chegou e claro que vamos até a suíte dela para saber das novidades e ela já sabendo disso nos convida para um lanche e a essa altura vem em boa hora porque já a fome começa a bater já que hoje acabamos jantando mais cedo do que de costume.

O celular da Weenny começa a tocar então Claudio não sei por que coloca no Viva-voz, e vemos que é o Eros, e pedimos para ela fingir que não estamos ali.

Eles começam a conversar, e ver a Weenny com todas as forças disfarçando, é muito engraçado, eles trocam elogios e Eros deixa a par a quantas anda o andamento do casório na Índia, sobre o casamento e Eros nós joga uma bomba logo de cara, o casamento será em menos de um mês, mais precisamente em sete dias.

Nos seguramos para não gritar, ou esboçar qualquer som mediante a tal informação e surpresa.

Eles se despedem e Gui expressa o que estamos pensando e logo fala

— Sete dias?.

E isso foi o estopim para todos nós dispararmos a falar. Aos poucos a Weenny vai nos acalmando e fomos percebendo a hora de nos despedimos e caminhamos para as nossas suítes.

No elevador o burburinho ainda está grande. Como assim o tempo é muito curto para o tanto de coisas que acredito que a inda temos que aprender.

Nos meninas chegamos nos nosso andar, quem tem namorado se despede com um beijo e abraça os outros meninos e seguimos para dormir.

Chego com a minha cabeça a mil pensando como vamos fazer em tão pouco tempo, tenho certeza de que não queremos envergonhar nossos amigos no casamento deles. E é tanto detalhe que tem que aprender, eu tô com medo de não dar tempo.

Tomo um banho rápido, me troco e logo vou dormir, pois logo cedo temos aula.

Acordo no horário de sempre, me troco e já desço para tomar café da manhã, Aliás mal pego no sono essa noite, posso dizer que tive mais um pesadelo horrível com o Flavio, não lembro de muitos coisa, lembro que estava com a cabeça coberta, logo depois estava em uma gaiola, acho estranho o Filipe estar no meu sonho. Acordei no meio da noite assustada, faço uma oração e volto a dormir mais tranquila dessa vez.

Assim que chego no restaurante, como sempre Claudio já está a minha espera com o meu café a minha espera. Ele é tão fofo, cuida de mim nos detalhes sabe.

Me sento a mesa e o assunto é o casamento, óbvio. Estamos todos ansiosos e quando Weenny chega isso fica ainda mais evidente.

Weenny mal nos cumprimenta e Claudio já indaga como ela pode não está ansiosa como nós. E Igor no embalo faz as contas e diz que daqui a um mês estará casando e nos ainda não sabemos quase nada do que devemos fazer.

Ricardo já fala que eles homens não são tão ansiosos como nós, que de tão nervosas estamos mudas, então ele diz que fala por nós perguntando o que devemos fazer.

Weenny nos pede calma e nos faz lembrar que o casamento seria marcado para uma data breve, e nos lembra que o guru Shankar nos disse que ficaríamos prontos a tempo, ela nos diz que o guru e sua equipe estão empenhados para isso, e que na verdade ela está anestesiada diante de tanta coisa nova acontecendo, mas que está muito feliz, e nos diz para comermos.

Rapidamente terminamos nosso café e vamos para sala onde a equipe do Guru já estão a postos.

O Guru Shankar já começa a aula depois dos cumprimentos costumeiros, e nos diz que essa aula será sobre comportamentos r regras de convivência.

Ele nos diz sobre como são os relacionamentos na Índia, lá existe os casados e os solteiros, diferente daqui que tem o namoro, depois noivado e casamento, e nem existe ficantes, pois as famílias fazem o acordo de casamento entre as famílias e quem faz isso são os membros mais velhos de cada família. E com isso o rapaz e a moça geralmente vão se conhecer no dia do casamento devido a esses casamentos serem arranjados.

Eu e a May acabamos expressando nosso pensamento falando juntas "ah, já vi isso em um documentário e na novela".

O Guru Shankar continua nos dizendo que nas ruas da Índia é proibido um casal fazer qualquer demonstração de afeto em público, o casamento para eles é algo tão sagrado que a intimidade entre o casal tem que ser reservada entre quatro paredes, pelo que entendi e já vi, mais especificamente no quarto do casal.

Iara reclama perguntando se o povo indiano é frio assim be particularmente não concordo com ela. Eu sou das antigas e muitos não concordam comigo, mas eu no máximo sou a favor de andar de mãos dadas, passou disso não gosto, a gente vê cada beijo desentupidor de pia ou parece que estão fazendo sexo que chega a ser desconfortável para todos a volta. Sim gente sou chata mesmo. Então eu acho essa reserva e preservação do casamento um máximo, e é um dos princípios que pretendo praticar no meu relacionamento, claro se o Claudio partir do mesmo pensamento, afinal um relacionamento é feito por duas cabeças pensantes.

E o Guru responde que não são um povo frio, mas sim que evitam certas dores de cabeças como escândalos ou julgamentos, que eles zelam pelo amor cuidando dele para que seja duradouro.

Ele continua a explicar e nos dias que demonstração de afeto entre parentes e amigas do sexo feminino são permitidos. Mas que não é bom que uma menina ande só, sempre tem que estar acompanhada por um homem da família, para evitar assédios e coisas mais graves podemos dizer assim. Ele fala que as regras são muito diferentes mas são de fácil compreensão. Então ele parte sobre as vestimentas.

Ele nos diz que mulheres sempre na presença de homens deve usar o tal de pallu e faz toda a explicação sobre a roupa e chama a Weenny para demostrar a roupa que é a mesma que está usando, nada com muito brilho e sem joias. Mas ele fiz que podem usar joias.

Assim que ele termina eu pergunto como nós devemos nos vestir e ele explica que o mais tradicional é o sari, como já vi já novela, e que mulheres indianas são proibidas de usar decote.

Logo parte para a explica da vestimenta dos rapazes que é a Kurta Pajama.

E tudo o que ele nos fala sobre, é mostrado fotos para termos ideia do que ele estava passando.

Ele também nos informa que como somos ocidentais podemos nos vestir como bem desejamos, mas pede que durante as cerimônias que foram nos templos ou as mais tradicionais, para usarmos as vestimentas típicas, nas sempre os meninos levam um boi né, para eles ternos já é o suficiente. Mas para nós pouco imposta estamos ansiosas para usar as roupas típicas. Eu sinceramente pisei em solo Indiano o povo nem vai saber que sou de outro lugar.

Brincadeiras à parte o Guru nos diz que agora entrada no assunto próprio do casamento, e que a partir de agora só iremos nos referir a ele como Shádi, e ele nos relembra o quão importante é o Shádi pois ele uni dois indivíduos para a vida inteira para juntos cumprirem o dharma que digamos que significa destino em busca de conquistar o Artha.

Confesso que essa hora acabei me distraindo tentando figurar na mente tudo isso, é as vezes eu perco o foco e fico perdida. E esse tanto de expressões está começando a fundir a minha mente, a vantagem que anoto tudo para depois com mais calma, hoje a noite antes de dormir vou dar uma boa revisada.

Volto para aula quando percebo guru diz que o Shádi é bem elaborado e isso faz com que se tenha muitas cerimônias antes da cerimônia em si, e nos fala que começará a falar de cada ritual que será feito.

Explica que os pais da Weenny irão recepcionar os convidados na parte interna do local do Shádi e nos padrinhos seremos responsáveis em dar as boas-vindas aos convidados na entrada e assim destina-los para o local da cerimônia que pode ser no salão ou na tenda.

Acho que a preocupação ficou estampada no rosto, arrancando uma risada do Guru e ele nos acalma dizendo para não nos preocuparmos pois ele nos ensinará tudo e nos ajudará, mas para ficar de fácil compreensão não devemos esquecer que homens ficam de um lado e mulheres de outro durante as partes mais tradicionais, mas nas partes informais como a festa estarão todos juntos.

Samara ao ouvir essa informação já logo questiona se não poderá ficar junto do noivo. Aí ele explica que não é bem assim. Quando ele fala que homens ficaram separados das mulheres, quer dizer que na entrada e durante a cerimônia as mulheres ficaram todas juntas de um lado e os homens do outro lado.

Visto que todos entendemos melhor, ele prossegue agora com as aulas de hindi básico para nós, contendo pronuncia e explicações das frases e palavras.

Anotamos tudo que o Guru fala e logo nossa aula acaba, estamos mais que empolgados e também um pouco preocupados pois é muita coisa pra assimilar e não queremos fazer feio.

Vamos direto para o restaurante e Weenny fica para as aulas dela.

Durante o almoço mais uma vez entramos em discussão sobre o assunto de hoje.

— Sinceramente acho um absurdo essa de ficarmos separados

durante a cerimônia, não quero ficar longe do Enzo.

— Também acho estranho, mas se é costume temos que respeitar. – diz Marília

— Nós temos bastante responsabilidade, vocês pararam pra pensar que estaremos recebendo todos, somos os primeiros que as pessoas verão. – diz Leo pensativo.

— Verdade, é uma responsabilidade e tanto. – Ricardo concorda.

Continuamos a conversar e pedimos nossa comida.

Assim que términos alguns tinha suas agendas para cumprir, eu tinha uma sessão de fotos e entrevista para uma revista junto com o Claudio e o Victor, dentro de uma hora a produção da revista irá mandar um carro para nós buscar aqui no hotel. Então corro para me arrumar e encontro com os meninos nó saguão dentro de trinta minutos.

Conversamos até o carro chegar. Estou achando o Victor muito quieto depois dos últimos acontecimentos durante as gravações, então decido conversar um pouco com meu amigo

— O que está passando nessa cabecinha hein? – pergunto vendo que ele está distante.

— Nada não.

— Você não me engana. Eu sei que tudo isso que está acontecendo não está sendo nada fácil para você.

— Não imaginava que ia doer tanto, mas quero que ela seja feliz, já entendi que nunca mais terei chance.

— Oh meu amigo, sinto muito, imagino o quanto deve doer. Mas devo dar meus parabéns, eu não sei lugar já teria ido embora faz tempo.

— Não vou mentir que passou várias vezes isso na minha cabeça, mas prefiro ficar perto dela do que longe. Mesmo eu sendo dilacerado por dentro.

— Você tem as suas razões.

— Mas vamos falar de você. Nem dei os parabéns direito para vocês. Que no fundo já sabia. Os olhares entre vocês estavam muito evidentes, e a alegria dele ao chegar perto de você ou quando você chegava era muito claro o sentimento entre vocês.

— Obrigada, confesso que foi difícil disfarçar mas tem uma hora que não dá mais né.

— Por que demorou tanto?

Quando ia começar a contar, o carro da produtora chegou.

— Te conto outro dia porque a história é longa e pesada.

— Assim você me assusta.

— Assustado você vai ficar quando te contar tudo.

Entramos no carro e mudamos o rumo da conversa. Não demora muito e chegamos na redação da revista, somos recepcionados pela editora chefe e logo somos encaminhados para o camarim.

Estamos muito elegantes, estou com um vestido prata e preto longo, cabelos soltos e uma make bem marcada, o Claudio está com uma camisa branca, calça social preta, uma gravata borboleta por fazer no pescoço, e o Victor da mesma forma que o Claudio mas sem a gravata.

As fotos ficaram lindas. E a entrevista foi bem divertida. Demoramos em torno de duas horas e logo estamos de volta em casa.

Nos despedimos, o Claudio me chama pra vermos um filme e eu topo, ainda está cedo.

Ficou combinado dele vir até a minha suíte, então já me adianto e peço algumas coisas para nós comermos.

Coloco uma roupa mais confortável e enquanto ele não chega, decidi fazer uma pequena revisão de tudo que estudamos hoje e aproveito para pesquisar mais sobre a língua, anoto algumas novas expressões para aprender mais.

Assim que eu termino o Claudio chega com algumas flores e chocolate nas mãos. Queria saber como ele consegue isso em tão pouco tempo.

Agradeço o carinho e já escolhemos um filme para assistir, escolhemos uma comédia romântica. Em quarenta minutos nossos lanches chegam. Comemos assentindo o filme. Não demora muito pegamos no sono.

Acordo de manhã com um beijo delicado na testa.

— Bom dia vida.

— Bom dia meu amor.

— Desculpa ter dormido aqui.

— Sem problemas, logo não precisaremos nos separar.

— Não vejo a hora desse dia chegar. Mas enquanto esse dia não chega, temos uma aula para ir pois temos um casal de amigos para casar.

— Verdade.

— Bom, deixa eu ir para meu quarto para me arrumar, nos vemos daqui a pouco no café da manhã.

— Tá bom amor. Até daqui a pouco.

Nos despedimos com um beijo e eu logo parto para a minha rotina matinal.

Logo me junto com o pessoal no restaurante para nosso café da manhã.