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Isabella Petrov

Faz uma semana que estou preparando a minha festa e sinceramente, eu não vejo uma solução para deixar ela incrível, o chá revelação do meu bebé é daqui há três dias e a sensação de estar esperando uma tempestade não sai de mim. Ontem eu saí com Yasmin e ela me contou que Aleksey tem andando estranho, como se estivesse se preparando para a guerra e o meu marido tem andando assim também. A guerra está vindo, eu sei que irritei  muita gente ao trazer o meu pai para a Rússia, mas eu também não podia deixar ele naquela casa onde ele era envenenado diariamente, se ele ficasse mais tempo lá, com certeza morreria.

— Senhora, eu pensei em decorar a entrada principal da mansão com pétalas brancas, o inverno está chegando e seria bom ter esse charme  — uma das minhas assistentes dá sua opinião.

As rosas brancas até que ficariam lindas, mas nós Vamos comemorar um chá revelação, não um casamento, não há necessidade de deixar tudo mórbido e sem graça, o melhor seria colocar mais vida.

— Eu acho que rosas brancas, vão deixar o ambiente mórbido e sem vida, o melhor seria colocar rosas azuis e vermelhas — minha outra assistente fala o que eu estava pensando — As azuis vão representar o sexo masculino e as vermelhas o sexo feminino — ela completa e a equipe toda concorda, inclusive eu.

Continuo trabalhando com a minha equipe até que o meu marido chega, botando medo em todo o mundo, toda a equipe fica amedronta, parando de fazer suas actividades. É sempre assim, as pessoas sentem medo dele, mas eu não o acho tão ameaçador como as pessoas pensam, ele é um anjo comigo.

— Você comeu minha Zayka? — eu sei que a Catarina contou para ele que não comi absolutamente nada hoje, mas eu estou tão ocupada que não sinto fome.

A festa está próxima e eu preciso ser muito rápida, não posso permitir que as coisas fiquem de qualquer maneira no próprio dia, a alta sociedade russa não vai com a minha cara, preciso me impor, preciso assumir o meu lugar, para tal, preciso conquistar a confiança deles aos poucos.

— Eu fiz um pequeno lanche, mas não estou com fome — minto na cara dura, sei que o meu marido via descobrir a minha mentira, mas não custa nada tentar né?

Aleksander olha para mim de cima a baixo, ele presta atenção na minha linguagem corporal, ele vai claramente detectar a minha mentira.

— Está mantido para mim Zayka — ele sussura com calma, ela me estuda com calma.

Ele não está furioso, mas está claramente chateado comigo e com razão, eu estou grávida e não posso negligenciar a minha saúde e muito menos a minha alimentação. Agora eu como por dois e preciso me cuidar e muito.

— Eu não estou, eu não tive tempo para comer algo que preste, sinto muito — tento escapar da primeira mentira inventando uma outra mentira.

Meu querido marido olha para mim de cima a baixo, estuda o que eu falei. Seus olhos ficam me estudando, ele sabe que estou mentindo.

— Vá se trocar que eu quero te levar para jantar — ele fala me pegando de surpresa.

Eu pensei que ele fosse gritar comigo, mas parece que o meu marido é mais adulto do que eu pensei, ele realmente vai me levar para jantar.  Mas eu não posso sair para jantar agora, eu ainda nem sequer fiz a metade do meu trabalho para hoje, seria muito injusto com os meus assistentes.

— Mas eu ainda estou ocupada, Alek amor, outro dia — tento ser um amor com ele, para que ele não fique irritadinho ou pense que não quero sair para jantar com ele.

Eu quero jantar com ele e muito porém, não posso, estarei muito ocupada com as minhas coisas. Essa festa precisa ser um verdadeiro sucesso.

— Zayka! Vá se trocar agora ou eu vou levar você, da forma que está, eu não me importo de sair assim com você —  ele usa o tom de voz autoritário, o mesmo tom de voz que eu não sei se fico excitada ou assustada com ele.

Ele olha para mim com determinação. Meus assistentes tremem ainda mais com isso, ele realmente conseguiu assustar todo o mundo aqui, mas a pessoa que ele queria assustar não consegui.

— Relaxa amor, eu só vou dar algumas instruções e já já, eu vou me trocar, eu prometo — tento parecer relaxada para que ele não me obrigue a ir no jantar.

O nosso casamento anda uma verdadeira maravilha, nós dois nos amamos, mas mesmo nos amando feito dois loucos, Aleksander ainda é o diabo e às vezes ele toma a postura autoritária. Saio de perto dele e me sento na minha cadeira, sei que o que estou fazendo, vai me custar algumas horas de briga, mas será necessário para que a minha festa, não termine numa verdadeira chacota.

— Eu falei para você não dificultar as coisas, mas você adora me desobedecer — Aleksander sussura irritado e vem até mim.

Sem que eu espere, ele me carrega no estilo noiva e me tira do escritório, os meus assistentes olham para nós dois como se fôssemos dois loucos apaixonados. Ele sobe as escadas sem olhar para trás, sem me dar tempo, ao menos de organizar a minha agenda.

— Mas eu só queria dar as últimas instruções do dia, o que custou esperar só um pouquinho? Não sequer levaria dois minutos — tento bater nele para que o desgraçado me solte, mas parece que o filho da mãe é feito de aço, ele não me solta em nenhum momento.

Ele continua o seu caminho até o nosso quarto, quando finalmente chega na porta do mesmo, ele finalmente me solta.

— Você só queria ficar mais tempo sem comer — ele fala irritado abrindo a porta do nosso quarto  — Agora entra nesse quarto e se troca, antes que eu leve você do jeito que está! — Aleksander decreta e me obriga a entrar no quarto.

Aleksander tranca a porta e sai de perto dele, provavelmente ele vá voltar ao escritório. Idiota, ele sim pode se trancar no escritório e ficar trabalhando até o ano que vem, mas eu não posso, tenho que ficar relaxada. Eu não sei para onde estamos indo, ele não falou absolutamente nada, então! Não sei o que vestir, mas como ele mesmo disse, vamos jantar fora, logo, será uma roupa formal. Escolho um vestido preto, longo e um pouco transparecer. Só porque estou grávida, não siginifica que vou ficar igual a uma velha de sessenta anos. Aleksander abre a porta e fica me estudando por um bom tempo, acho que ele amou o meu vestido.

— Como estou? —  Falo só para provocar ele, é óbvio que ele vai reclamar do meu vestido.

— Uhm! Não está um pouco transparente? — mesmo estando com a boca cheia de baba, ele não perde a oportunidade de ser um homem das cavernas.

Ele está praticamente me comendo com os olhos, mas mesmo assim, via dar seu pequeno show!

— Ele está perfeito, estou magnífica — falo e dou uma volta para que ele veja e realmente, eu estou magnífica mesmo.

Minha barriguinha de grávida de sete meses se sobressai no vestido e poxa é simplesmente lindo.

— Está transparente, o que acha de trocar e colocar um com mais tecido? — ele sabe que não vou trocar de roupa, mas a esperança dele é a última a morrer né.

— Você sabe que isso não vai acontecer, quer que eu te ajude com a roupa? — falo com um sorriso lindo nos lábios, um sorriso malcriado, só para provocar ele.

— Sai daqui antes que eu transforme você no meu jantar — ele decreta com cara de poucos amigos.

Não querendo me transformar no jantar dele, saio de perto dele correndo, mas antes de sair do quarto, Aleksander acerta um tapa na minha bunda.

— Aleksander! — berro assustada, minha bunda arde por causa de seu tapa.

— É só um pequeno aviso — ele avisa e tranca a porta na minha cara, depois de me dar um aviso tão bom e assustador como esse.

A nossa viagem até o restaurante, foi feita na maior calma do mundo, na verdade desde a nossa viagem a Itália, as coisas entre nós têm andado óptimas, mais do que eu esperei ou pensei ser possível, Aleksander é um verdadeiro sonho de consumo.

— O que foi? Por quê parece que vai cometer um assassinato a qualquer momento? — Indago assim que nos sentamos na nossa mesa.

Meu marido está muito atento e está encarando muito os homens que se atrevem a olhar para a nossa mesa.

— Porque eu vou, todos estão comendo você, se importaria se eu levasse você de volta para casa? — ele fala com tanta raiva que falta expumar.

É tão engraçado ver ele com ciúmes que nem parece a mesma pessoa.

— Você não precisa fazer isso amor, eu sou sua — garanto agarrando em suas mãos.

A carranca em seu rosto logo é desfeita, ele tem um verdadeiro sorriso lindo no lugar.

— Fala mais outra vez! — ele pede igual a uma criancinha pidona.

— Eu não preciso falar duas vezes para que você saiba que te pertenço amor, mas e você? Me pertence? — murmuro com um sorriso maior.

— Desde o primeiro dia — ele sussura me pegando de surpresa.

Então! Quer dizer que ele me ama desde o primeiro dia, desde sempre, desde quando ainda era um diabo comigo. O jantar inteiro, meu marido passou o jantar inteiro sorrindo igual a uma hiena. Do nada, meu marido sai para atender o celular e volta com uma cara estranha.

— Vamos embora Isabella, rápido — ele parece furioso e chateado, não sei o que aconteceu.

— O que aconteceu? — Indago surpresa.

— Falo assim que chegarmos a casa — ele fala com o rosto totalmente transtornado.

Ele me ajuda a entrar no carro e fica quieto, parece que a tempestade está se aproximando como eu menos esperei. Eu sabia que estava bom demais para ser verdade.