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28 - Nexus II

Charlotte, Declina e Eleonora estão imersas em uma intensa pesquisa nos antigos grimórios. Durante a busca frenética por conhecimento, Declina se depara com uma descoberta surpreendente e exclama: "Char, olha isso!" Sua voz é um misto de excitação e urgência.

Charlotte, percebendo a importância do momento, se levanta prontamente e se aproxima de Declina. Diante delas, repousa um pergaminho antigo, cujas palavras parecem pulsar com um poder esquecido. "Um Pergaminho sobre Fragmentos de mundos," Charlotte lê em voz alta, sua curiosidade aguçada. "Quando um portal de teletransporte se torna preto, ele se conecta a um fragmento de mundo."

A revelação deixa Charlotte visivelmente surpresa. Ela continua a leitura, cada palavra revelando mais do mistério: "Um Fragmento de um mundo Superior, que morreu e agora vaga no espaço-tempo, tem o poder de distorcer portais de teletransporte comuns."

O pergaminho descreve como esses fragmentos de mundos superiores, embora mortos, carregam consigo a essência de seus antigos poderes. Eles são capazes de alterar a própria estrutura dos portais, transformando-os em passagens para realidades fragmentadas e imprevisíveis. A descoberta sugere que, ao se deparar com um portal negro, pode-se estar à beira de um encontro com um pedaço de um reino outrora grandioso, agora perdido nas dobras do tempo e do espaço.

As três mulheres se olham, compreendendo que estão diante de uma informação que pode mudar tudo o que sabem sobre magia e viagem entre mundos.

Na floresta morta, sob a sombra de árvores retorcidas e um céu eternamente cinzento, Astracar caminhava com incerteza. O Cavaleiro da Morte, uma figura imponente envolta em uma armadura que parecia absorver a luz fraca, observava-o com um interesse que transcendia o tempo.

"Sinceramente estou perdido, nem sei como vim parar aqui,"Astracar confessou, sua voz carregada de confusão e curiosidade.

O Cavaleiro da Morte soltou uma risada profunda, um som que parecia vir das profundezas da terra. "Garoto, você é muito sincero. Se quiser, pode entrar no templo. Faz tanto tempo que não vejo um humano... ou algo parecido com isso," ele disse, sua voz traída por uma ponta de dúvida.

Astracar, movido pela curiosidade, adentrou o templo, suas perguntas fluindo livremente enquanto conversava com o Cavaleiro. "Como assim 'parecido'? Até onde eu sei, eu sou humano," ele indagou.

"Você realmente acha que humanos podem usar mais de dois tipos de energia e sentir as outras? Pelo que vejo, você sabe usar energia sagrada, mana e prana," O Cavaleiro da Morte apontou sua voz assumindo um tom de revelação.

"Isso não é normal? Então que energia é essa que sinto aqui neste mundo e que tipo de mundo é esse?" Astracar perguntou, sua surpresa crescendo a cada palavra.

"Estamos em um fragmento de um mundo superior morto, e a energia desse mundo se chama energia da morte," explicou o Cavaleiro, simples e direto.

A revelação deixou Astracar atônito, mas ele não teve tempo para processar completamente, pois logo chegaram a um grande salão dominado por um trono vazio. As paredes eram adornadas com imagens de um passado esquecido, e entre elas, a figura de um monarca cujos olhos pareciam observar tudo.

"Quem era ele?" Astracar perguntou, apontando para a imagem desbotada.

O Cavaleiro da Morte seguiu seu olhar e, por um breve momento, sua postura rígida relaxou. "Há muito tempo, ele era o soberano deste lugar. Um monarca cujo nome se perdeu nas brumas do tempo. Sua presença era como a própria morte, onipresente e inescapável. Mas os detalhes... eles se desvaneceram, como tudo neste mundo fragmentado."

Astracar sentiu uma conexão inexplicável com a figura. "E ele era humano?"* perguntou.

"Ele transcendeu a humanidade, tornando-se algo mais. Algo que talvez você também possa se tornar," respondeu o Cavaleiro da Morte, seus olhos fixos em Astracar.

Com essa revelação Astracar, olhou para o trono, sentindo a energia da morte pulsar ao seu redor. Ele estava diante de uma escolha que poderia mudar seu destino para sempre.