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16 - O Sol I

O Coronel, com um olhar firme no presente, sabia que a admiração que sentia por Lampião não poderia transformar-se em aliança. Suas visões de mundo eram distintas demais, e isso se refletia no choque de suas lâminas, que, ao se encontrarem, geram faíscas intensas. Ambos recuaram com o impacto, mas o Coronel, decidido a mudar o rumo da batalha, concentrou seu ki na peixeira, que começou a brilhar com uma luz azulada intensa. Lampião, por sua vez, imbuia sua lâmina com o poder do fogo e dos raios, transformando-a numa espada vermelha viva, da qual era possível ouvir o crepitar e ver os raios dançantes.

Neste novo embate, o Coronel tomou a frente, avançando com determinação contra Lampião. Este, apesar de sua manqueira, esquivou-se com uma agilidade surpreendente, mostrando que ainda tinha muitos truques na manga.

A batalha entre o Coronel e Lampião se intensifica com uma coreografia de combate tão vívida quanto perigosa. O Coronel, com a luz azul de sua peixeira pulsando ao ritmo de seu ki, avança em ziguezague, cada passo calculado para confundir e cercar Lampião. Ele gira e ataca, sua lâmina descrevendo arcos precisos no ar, buscando uma abertura na defesa de seu adversário.

Lampião, por sua vez, responde com a destreza de um dançarino. Sua manqueira não é uma limitação, mas uma extensão de seu estilo de luta. Ele se move com uma graça surpreendente, desviando-se dos ataques do Coronel com saltos e rolamentos que deixam rastros de fogo e raios no ar. Quando contra-ataca, sua lâmina vermelha é um borrão, e o som dos raios se mistura com o crepitar das chamas.

O choque das lâminas é um espetáculo de faíscas e energia. O Coronel tenta um golpe descendente, mas Lampião responde com um movimento ascendente, suas armas colidindo com um estrondo que ecoa pelo campo de batalha. Eles se separam e se encaram, respirações pesadas, prontos para o próximo movimento nesta dança mortal.

Com um breve aceno de cabeça, o Coronel reconhece a habilidade de Lampião. Ele sabe que cada movimento agora é crucial. Com um grito de batalha, ele avança, a luz azul de sua peixeira cortando o ar. Lampião, com um sorriso astuto, gira sobre seu calcanhar manco, e a espada vermelha desenha um círculo de fogo ao seu redor.

O Coronel, não se deixando intimidar, ataca com uma série de estocadas rápidas, cada uma parada habilmente por Lampião. O calor da batalha aumenta, e o suor escorre pelas testas dos combatentes. De repente, Lampião faz um movimento inesperado, lançando uma bola de fogo em direção ao Coronel, que salta para o lado, evitando por pouco.

Aproveitando a distração, o Coronel fecha a distância, e suas lâminas se encontram novamente com um choque que envia ondas de ki e faíscas pelo campo. Lampião recua, mas o Coronel segue, implacável. Com um movimento fluido, ele desfere um golpe que Lampião mal consegue bloquear.

Eles se separam mais uma vez, avaliando um ao outro. O Coronel percebe que Lampião está começando a mostrar sinais de cansaço, sua respiração mais pesada, seus movimentos um pouco mais lentos. Mas ele sabe que Lampião é perigoso até o último suspiro e prepara-se para o próximo ataque, determinado a terminar a luta com honra e bravura.

A tensão entre os dois guerreiros é palpável, e o ar vibra com a energia de suas armas. Lampião, reconhecendo a determinação do Coronel, decide que é hora de mudar de tática. Ele recua rapidamente, criando distância entre eles, e começa a entoar palavras antigas, uma oração aos espíritos do sertão.

O Coronel observa, cauteloso, enquanto o ar ao redor de Lampião começa a ondular com calor. As palavras de Lampião se tornam um cântico, e o chão sob seus pés racha, liberando uma luz dourada. De repente, uma coluna de chamas surge, envolvendo Lampião e elevando-o acima do campo de batalha. O Coronel, impressionado mas não intimidado, concentra seu ki, e sua peixeira emite um brilho ainda mais intenso.

Lampião, agora envolto em chamas e raios, olha para baixo, para o Coronel. Com um movimento de sua espada, ele lança uma série de raios em direção ao adversário. O Coronel, com agilidade, desvia de cada um, movendo-se com uma velocidade sobre-humana. Ele sabe que a batalha está chegando ao seu clímax e que deve agir rapidamente.

Com um grito que parece ecoar pelo sertão inteiro, o Coronel salta, impulsionado pelo seu ki, e atinge Lampião no ar. As lâminas se encontram com um estrondo ensurdecedor, e uma onda de energia se espalha, fazendo o solo tremer. Lampião e o Coronel caem de volta à terra, cada um em um lado do campo de batalha, olhando um para o outro com um novo respeito.

E assim, o destino do sertão estava nas mãos de dois homens. Com um último olhar determinado, Lampião elevou suas chamas e raios, um poder que iluminava o céu igual ao sol. Do outro lado, o Coronel concentra seu ki na lâmina, uma energia tão afiada quanto sua espada. Maria Bonita, Astracar e todos os cangaceiros observavam, sabendo que o próximo movimento decidiria tudo. Os soldados do Coronel se preparavam, antecipando o choque iminente. O silêncio antes da tempestade era palpável, e então...

Com um grito que ecoou pelo sertão,

Lampião avançou, chamas dançando em sua mão.

Coronel respondeu, ki brilhando como o sol,E no impacto final, o destino foi selado.O choque dos poderes, uma visão de temor,Chamas e lâminas, um balé de horror.Mas quando a poeira baixou, e o silêncio retornou,O sertão soube então, quem tinha vencido.Maria Bonita chorou, o sertão se ajoelhou,Pois naquele golpe final, a história se moldou.Lampião ou Coronel, quem levou a melhor?Só o sertão saberá, pois guarda o vencedor