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12 - Escurecer II

Astracar, ágil e astuto, sabia que a velocidade era sua aliada. Com a agilidade de uma onça pintada e o poder do trovão pulsando em suas veias, ele avançava com um propósito firme. À medida que se aproximava do acampamento, o número de soldados aumentava, mas sua determinação não vacilava.

Então, entre as sombras e a luz trêmula das tochas, ele os viu — os Paladinos Partidos. Suas armaduras não brilhavam com a luz da justiça, mas sim com cores que são um espelho de suas almas atormentadas. Vermelho-sangue para a raiva que ferve em seus corações, azul-escuro para o desespero que os afoga, e verde-envenenado para a inveja que os consome. Cada peça é forjada com símbolos e runas que contam histórias de traição e perda.

Eram guerreiros caídos, corrompidos, e Astracar sabia que não havia espaço para hesitação.

Com um plano formado em sua mente astuta, Astracar preparou-se para um ataque surpresa. Ele se esgueirava, silencioso como a brisa antes da tempestade, pronto para desferir o golpe que poderia virar o jogo a seu favor. A tensão era palpável, a batalha iminente, e o destino de Astracar pendia na balança de suas próximas ações.

Astracar sabia que a batalha não seria fácil. Ele se movia com cautela, cada passo calculado para evitar detecção. A escuridão era sua aliada, e ele a usava para se aproximar dos Paladinos sem ser visto.

Astracar observava os Paladinos Partidos, notando o brilho sombrio de suas armaduras e o peso das armas que carregavam. Ele podia sentir a energia negativa que emanava deles, uma aura palpável de emoções corrompidas. Mas ele também via suas fraquezas, as pequenas falhas em suas armaduras que contavam histórias de batalhas passadas,

Ele respirou fundo, concentrando-se na energia do trovão que corria por suas veias. Com um rápido movimento, ele lançou uma série de ataques relâmpagos, cada um mirando as vulnerabilidades dos Paladinos. A surpresa estava do seu lado, e os Paladinos Partidos mal tiveram tempo de reagir antes que Astracar os derrubasse um a um.

No final, o silêncio voltou a reinar. Astracar, com o coração batendo forte, olhou ao redor. Os Paladinos Partidos jaziam no chão, derrotados, suas armaduras escuras agora apenas um lembrete do poder que uma vez possuíram. Astracar sabia que a vitória era sua, mas também sabia que a guerra estava longe de acabar. Com um aceno de respeito aos seus adversários caídos, ele se virou e desapareceu na noite.

Astracar chegou ao som de tiros e gritos, o ar carregado com o cheiro de pólvora e tensão. O embate já havia começado, e ele podia ver os cangaceiros lutando bravamente contra as forças da autoridade. No centro da luta, destacavam-se Lampião e Maria Bonita, suas figuras imponentes inspirando os companheiros a resistir. Lampião, com seus óculos característicos e uma leve manqueira no pé esquerdo, demonstrava uma presença marcante mesmo em meio ao caos. Ao seu lado, Maria Bonita exibia o estilo das melindrosas, com cabelos arranjados em ondas suaves, aneis cintilando em seus dedos e colares que adornavam seu pescoço, uma visão de força e determinação.