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Apenas um baile

Em pleno século 21, ainda existem casamentos arranjados? Isso é o que presenciaremos na minha vida. Sou Emma, uma adolescente nada comum. Vim de família rica, onde antes mesmo de nascer já temos nosso futuro traçado. Parece loucura, mas para minha família é normal. É simplesmente uma tradição de família, que não pode ser quebrada. Minha mãe Luna já havia passado por isso, sua tradição com meu Pai Miguel. Tudo acontece aos 17 anos, quando de fato conhecemos nossos futuros marido milionário. Só precisamos ser cortejadas por um ano antes de irmos para faculdade, e depois que se formamos se casamos. Mas será que apenas um baile conseguirá quebrar a nossa tradição?...

Emelyn_Lemes · Sports, voyage et activités
Pas assez d’évaluations
40 Chs

Quer dançar?

—Vamos dançar. —Thomas grita por causa do barulho da música.

—Vamos. —Eu concordo.

Todos nós nos dirigimos para a pista de dança. Está tocando uma música do Dj Marshmello. —Você gosta das músicas dele? —Thomas me pergunta, mas eu não consigo ouvir por causa do som alto.

—O que você disse? —Pergunto enquanto continuo dançando.

Thomas para de dançar e se aproxima de mim. —Eu perguntei se gosta das músicas dele. —Ele sussurra com seu hálito quente em meu ouvido, todo o meu corpo se arrepia, tento disfarçar.

—Assim, as músicas do Dj Marshmello são tops. —Dou um passo para trás, e tento avistar as meninas, que já não estão mais do meu lado.

—Está procurando alguém? —Ele me pergunta.

—Só a Paulinha e a Stacy, elas estavam aqui e nem vi saírem.

—Olha a Paulinha ali. —Ele aponta para ela que está fazendo uma maquiagem mexicana.

—Como não desconfiei. —Dou uma risada, e balanço a cabeça.

A música termina, e quando a outra começa me dou conta que é a música tema de Crepúsculo, como se chama mesmo? Assim, A Thousand Years. —Começo me balançar no ritmo.

—Quer dançar? —Thomas sorri estendendo a mão.

—Sim. —Meu coração quase sai do peito quando digo sim. Me aproximo timidamente.

—Pode vir mais perto, eu não mordo. —Obedeço e ele coloca uma mão em minhas costas e a outra na minha cintura, começamos a dançar pelo salão, e pela primeira vez, me sinto como se estivesse flutuando. Como se não tivesse mais ninguém além de nós. Antes da música acabar trocamos um rápido olhar com nossos olhos azuis, mas que para mim parece uma eternidade.

—Você dança muito bem. —Ele me diz enquanto se afasta.

—Não é verdade, eu não danço bem. Foi você quem me conduziu pelo salão.

—Para com isso, você dança melhor que muitas garotas. —Ele ri. —Elas sempre pisam no meu pé.

Em muitas garotas ele com certeza está se referindo a Margarida, mas não posso fazer nada para o impedir de pensar nela. Afinal, eles estão juntos desde o 7 ano. —Eu vou ao banheiro, já volto.

—Eu irei lhe esperar na nossa mesa.

—Beleza...

O resto da festa foi muito divertido dançamos, comemos e demos risadas. Como se nada mais importasse, além dessa noite perfeita, que poderia não precisar acabar.

— Acho melhor irmos já é 11:40. —Thomas fala para mim sorrindo.

— Meninas, vocês vêm comigo? —Eu pergunto para elas, que estão sentadas ao meu lado.

— Prometi para minha mãe, que quando você fosse eu iria. —Paula diz.

— Vou aproveitar e ir junto, não quero ficar aqui sozinha. —Stacy suspira.

— Então vou chamar o motorista, ele não deve demorar, minha casa não fica muito longe daqui. Pouco tempo depois o motorista chega, e nós deixamos a Paula em casa, depois partimos deixar a Stacy. —Emma, você viu como a Margarida ficou olhando quando vocês estavam dançando? —Stacy sorri.

—Eu nem reparei nela.

—Mas, eu a Paula percebemos. Ela estava morrendo de ciúmes. —Stacy faz um coração com a mão. —Até eu ficaria.

—Stacy! —Eu fico vermelha. — Para com isso.

—A cara de braba é natural. —Thomas fala.

—Não seria cara de pimenta? —Os dois riem.

— Por que cara de pimenta? —Eu pergunto sem entender.

—É por que ela é muito branca igual você, aí quando fica com raiva a cara dela fica vermelha igual uma pimenta.

—Ei, a minha cara não fica vermelha igual uma pimenta.

—A sua não, mas como ela tem rosácea fica. —Thomas diz.

—Chegamos. —O motorista Antoni estaciona o carro.

—Agora vou deixar o casalzinho sozinhos. —Stacy faz novamente um coração com as mãos.

—Me desculpe por ela. —Digo envergonhada.

—Deixa, eu sei que é o jeito dela, que não faz por mal.

—Pode ser o jeito dela, mas não deveria falar essas coisas. —Principalmente em relação a Margarida, mas não vou dizer isso para ele.

—Tudo bem, só me diz. Você gostou da festa?

— Estava muito divertida, melhor do que a do ano passado. —No fundo, tinha sido uma noite inesquecível, mas não quero deixar na cara, pois sei que não irá ter uma outra vez.

— Eu também achei, ou talvez tenha sido a companhia.

— Bem eu concordo, Paula e Estesie são muito divertidas. —Tento fazer de conta que ele não está se referindo a mim.

— Não estava me referindo a elas. —Por um segundo ele me olha como se fossemos mais que dois "estranhos."

Olho pela janela desviando seu olhar. — Bem qualquer um que não queira se aparecer o tempo todo, consegue se divertir.

— Tente explicar isso para a Margarida.

Pelo visto ele não consegue ficar um tempo sem pensar nela, com certeza será apenas um baile. — Não é fácil fazer uma princesa se divertir, elas gostam mais de se destacar.

— Sei que não tem nada vê, mas, para quando é o trabalho de arte? Esqueci de anotar.

—Meu Deus esqueci de fazer. —Respondo assustada.

— Eu também, por isso perguntei.

— É para segunda, nunca vou conseguir fazer uma maquete em um dia. Nem comprei o isopor

— Mas você não faz sempre os trabalhos com suas amigas?

— Essa semana estava muito ocupada, então preferi fazer sozinha. —Ocupada com meu pretendente misterioso.

— Tive uma ideia, que tal eu vir aqui amanhã e fazermos juntos?

— Isso iria nos salvar de tirar um zero.

— Chegamos, então está marcado amanhã as 15 eu venho fazer o trabalho, e não se preocupe eu levo o isopor.

— Estarei esperando nada de furar, não quero tirar um zero.

— Você é estranha, mas num bom sentido, boa noite. Espero que realmente tenha gostado da festa, porquê eu me diverti.

Quando desço do carro e o vejo indo embora, começo a me sentir como a Cinderela despois do baile. Deve ser porquê a partir de segunda para ele nada disso terá um valor, logo ele volta com aquela princesinha esnobe.

— Então querida como foi? —Minha mãe fala assim que entro para dentro.

— Foi incrível o tema era México, estava tão decorado. Me diverti muito tinha até uma Pinhata.

— A Margarida fez alguma coisa? Já que você foi com o par dela.

— Ela até tentou mais desistiu, sabia que era perda de tempo.

— Ela deve ter ficado com inveja, de estar tão linda.

— Garanto que não foi isso, o vestido dela era aquele vestido tubinho que lançou esse mês.

— E o Thomas, foi um cavalheiro como ele sempre é?

— Foi sim, ele é muito gentil não sei como aguenta a Margarida. —Não consigo disfarçar um sorriso.

— Talvez bastasse ele conhecer outra pessoa, para ver que ela não é nada além de um lindo rostinho. Mas ele não pode gostar de você, não se esqueça.

— Eu sei tenho um casamento arranjado, foi só um baile. A e ia esquecendo, esqueci de fazer o trabalho de artes para segunda. Então como o Thomas também não fez, marquei dele vir aqui em casa amanhã as 15.

— Se for como amigos, tudo bem, porém, tem que avisar as coisas antes. Eu vou a um almoço com o seu pai, ele virou amigo de um cliente e quer que eu conheça a esposa dele.

— É por uma boa causa, vale metade da nota do Bimestre.

— Dessa vez passa, vai se arrumar para dormir.

Enquanto estou subindo as escadas, acabo por me esbarar em meu pai. — Como foi a festa?

— Maravilhosa o tema era México.

Logo após um longo banho estou exausta, como se não dormisse dias.

No dia seguinte meus pais saem para o almoço entre amigos, e eu estou na sala esperando o Thomas chegar. Mas, pelo visto parece que ele não vem. Pego meu celular para mandar uma mensagem para ele, e nesse momento alguém bate na porta. —Já vai. —Grito me levantando.

— Já estava pensando que não vinha, e sabe eu tenho campainha não precisa bater. —Eu a abro.

— Boa tarde, desculpe pelo atraso. Foi por causa da chuva, a estrada estava alagada.

— Entre. Se não vai se molhar.

— Estamos sozinhos? —Ele pergunta olhando em volta.

— Meus pais saíram para um almoço, entre amigos. Tem algum problema?

— Por que você está sendo tão mal comigo? ontem você estava legal.

— É que já passou da 00, e a princesa voltou a ser gata-borralheira. —Falo com sarcasmo.

— Se você é a Cinderela por que não achei seu sapatinho de cristal?

— Talvez porque você não seja meu príncipe?

— Então é verdade, você tem mesmo um casamento arranjado. —Thomas zomba.

— Não foi isso que quis dizer, é que você é o príncipe da Margarida.

— Isso não é verdade.

— Tem alguma ideia para a maquete? —Mudo de assunto, e vou direto ao que interessa.

— Bem o tema é esportes, que tal fazermos uma quadra te tênis?

— Isso seria incrível, eu amo tênis.

— Eu não jogo muito bem prefiro futebol, mas meu primo é muito bom em tênis. Por causa dele aprendi algumas coisas básicas.

— Então esse será o tema.

Depois de algum tempo trabalhando na maquete, a chuva começa a ficar mais forte. — Pelo visto essa chuva não vai parar tão cedo.

— Para mim não tem problema nem um, se quiser chover o dia todo, tudo bem.

— Hoje á noite tinha um jogo de futebol com meu primo, acredito que vamos ter que remarcar.

— Sinto muito pelo seu jogo, o que você acha dessa cor?

Antes que ele possa responder o tempo se fecha ainda mais, e o céu fica um completo breu. Fazendo acontecer um apagão geral.

— Não acredito caiu a luz, como vamos conseguir terminar a maquete? —Eu olho pelo escuro para a maquete mal terminada.

—O jeito é esperar. —Ele caminha até a janela. —Parece que foi na cidade toda.

— Ainda bem que não faltava muito, ligue a lanterna e vamos para a sala. —Andamos pelo escuro até a sala e nos sentamos no sofá.

— Me fale sobre você.

—O que quer saber. —Pergunto desligando o celular.

— Tudo qual é seu passatempo preferido, seu filme favorito esses tipos de coisas.

— Bem como eu disse, eu gosto de jogar tênis.

— Me conte algo que eu não saiba.

—Quando não tenho nada para fazer, fico rabiscando uns desenhos.

— Então você gosta de desenhar, quando a luz voltar, vou querer ver seus desenhos.

— São só rabiscos, agora minha vez. Qual seu passatempo preferido?

— Sem dúvidas minhas aulas de violão.

— Quem diria que você não é só um rostinho bonito, ainda toca violão.

— Você me acha bonito? —Ele sorri para mim.

— Não vá se achando, foi só um comentário.

— Você só respondeu uma das minhas perguntas, qual seu filme favorito?

— Filme com certeza, Harry Poter.

— Pensei que iria dizer algum clichê adolescente, como crepúsculo.

— Não é porque sou garota que esse seria meu filme preferido. Nem gosto de romance, prefiro ficção e ação.

— Harry Poter, é um filme muito bom, você tem bom gosto. Qual seu preferido?

— Gosto muito do primeiro.

— E o que você achou do último filme?

— Estava torcendo até o último, pro Herry não ficar com a Gina. Prefiro mil vezes a Hermione.

— Embaixo dessa rebelde, tem uma menina romântica.

— Eu não sou rebelde, mas vai dizer que você gosta dele com a Gina.

— E quem é que gosta.

— Vou pegar algo para comermos. —Me levanto.

— Quer ajuda?

— Não precisa, minha mãe fez um bolo e deixou em cima da mesa.

Eu pego a forma e volto para a sala, e imediatamente pego uma fatia. — Estou mesmo com fome. —Dou uma mordida.

Thomas me observa atentamente.

— O que está esperando pegue um pedaço, não sabe o que está perdendo. O recheio é de Nutella.

— Um isso está mesmo uma delícia.

— Não falei.

Ele para de comer e continua me olhando. — O que está olhando, tem algo na minha cara? —Eu pergunto sem graça.

— Na verdade, tem, deixe eu tirar.