Despertei ao som de vozes abafadas. O calor da cama em que eu estava parecia estranho, como se eu tivesse esquecido o que era sentir segurança. Minhas pálpebras estavam pesadas e meu corpo doía de uma maneira que me fazia pensar se eu tinha sido atingida por um caminhão. Por um momento, não conseguia me lembrar onde estava. Tudo estava embaçado, meus pensamentos lentos.
Mas então tudo voltou correndo à minha mente—o deserto, o sol implacável, a areia interminável, e a voz de João me dizendo para aguentar. Meu coração apertou com a lembrança. João. Mexi-me levemente, tentando me sentar, e gemi com a dor aguda que irradiava do meu lado. Abafei um gemido enquanto meus olhos finalmente se abriam com dificuldade.
O quarto estava pouco iluminado, o ar quente e parado. Eu estava em um quarto pequeno e aconchegante, do tipo que fala de conforto e cuidado. Um leve aroma de ervas e algo doce permanecia no ar. Pisquei, tentando entender meu entorno.
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