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Capítulo 9.2 — A operação cérebro explosivo começará!

Com a partida de Izumi, resolvi extrair informações desse demônio, mas mantive uma guarda atenta a qualquer movimento suspeito que ele pudesse fazer. Estava pronto para agir e eliminá-lo no mesmo instante.

— Por favor, nos conte tudo o que você sabe.

— Não sei muito, mas o próximo demônio é chamado de Fogotrico. 

— Fogotrico?

— Sim, ele tem habilidade de chamas. Gosmetico era formado de meleca, e o seu irmão é formado de chamas. Tudo que ele toca queima. E tem um alerta sobre ele. "Nunca mate Fogotrico".

— Por quê?

— Não sei, mas é o que todos dizem. Inseto.

— Cala boca, demônio! — Idalme gritou — Como vamos vencer sem matar?

— Eu não sei, mas nunca o mate. 

— Entendi. E o destemido?

— Ninguém aqui sabe como ele luta, mas todos sentimos uma pressão perto da sua presença, e ele tem um humano que sempre está com ele.

— Humano?

— Sim, não sei o porquê, mas esse humano cuida dos afazeres do destemido. Se o encontrarem antes. Tente roubar informações.

— Ok. Obrigado pelas informações.

— De nada inseto. Quem de fato é o inseto veloz?

— É um demônio como você — respondeu Idalme.

— Eu sei Inseta, mas ele é um pouco diferente.

— Quê?! Do que tu me chamou?!

— Ele é metade demônio e metade humano. Bem, vamos indo Idalme.

— Sim.

Continuamos e percebemos que o andar não tinha escadas.

— Ah! Isso é um problema.

— Sim.

Na última batalha, consegui usar minhas explosões nos pés sem problemas, percebi que meu treinamento valeu a pena. Para chegar ao topo, teria que usar minhas explosões de forma contínua.

Então, minhas botas explodiram. Eu poderia ter colocado outro par, no entanto, seria um desperdício.

— Idalme. O seu espaço consegue aprisionar o fogotrico?

— Não. Mesmo que pudesse, ele ia conseguir fugir.

O clã da Idalme possuía uma habilidade especial de guardar objetos em um espaço espacial. Normalmente, os times sempre tinham um Sura, mas ultimamente esse clã estava restringindo, já que poucas pessoas retornavam vivas.

Acumulei explosões suficientes nas pernas e estava preparado para decolar. Segurei Idalme pelos braços, o que a deixou com uma certa expressão de timidez.

— Impulso Explosivo Continuo!

Chegamos ao segundo andar, e quando estava soltando Idalme…

Kiss.

Ela me beijou, mas, instintivamente, afastei-me dela.

— Por que você fez isso?

— Me desculpe, estavas tão lindo de perto.

— Sua idiota! Estamos no campo de batalha. Deixa esse tesão de lado.

— Sim.

Olhei ao redor e não vi nenhum demônio. Supus que Izumi o havia eliminado. Passamos para o próximo andar e lá vimos alguém parado, nos observando. Seria essa a pessoa que Ziro mencionou?

Olhando ao redor do andar, era semelhante ao andar zero e um, com janelas ao redor, diferente do segundo andar que tinha pequenos buracos por todo lado. Mas o que mais me impressionou é que tudo aqui parecia ter sido limpo e não mostrava sujeira antiga.

— Parados aí. Não permitirei que nenhum de vocês passem.

— Quem é você?

— Sou Saymon, o braço direito do destemido que vocês almejam.

— Entendo. Se você está aqui vivo, então quer dizer que o Izumi ainda não chegou.

— Se falas da cobaia especial, ele ainda não chegou. O único com permissão para passar.

— Por quê?

— Não vos interessa.

Pouco tempo depois, Izumi apareceu, suas roupas em grande parte destruídas e Ui queimada. Ele contou que lutou no inferno, deixando-me confuso. Dado o fato de não nos encontrarmos no andar anterior, supus que esse fogotrico tinha alguma habilidade que os transportava para algum lugar, talvez similar ao espaço espacial da Idalme. 

Izumi passou pelo humano sem problemas, enquanto continuávamos aqui.

— Se não vai nos deixar passar. Lamento dizer. Vais morrer.

— Tente a sorte.

Idalme começou a curar Ui com suas habilidades de fogo do clã Sura, demonstrando uma eficácia surpreendente. Éramos três contra um, e ele estava sozinho; não parecia representar um problema.

— Obrigada.

— Como queimaste tanto?

— O inimigo era forte demais.

— Aquele demônio em corpo humano deve ter te usado como escudo.

— Não! Izumi me protegeu. Se tivesse sozinho, não teria se machucado tanto.

— Machucado? Tirando as suas roupas, o seu corpo estava bem.

— Não, ele tem uma habilidade de cura. Por isso está bem.

— Entendo. Por isso devíamos ter cuidado com aquele demônio — falei. — Continuando. Hora de lutar.

Antes de me engajar completamente na luta, senti a necessidade de compreender o estilo de combate do nosso inimigo. Aproximei-me dele, assumindo um risco calculado, e desferi uma sequência de balas explosivas consecutivas.

— Em cheio.

— Lamentável. Perante o corte da minha espada. Suas explosões serão erradicadas.

Incrivelmente, as minhas balas explosivas não tiveram efeito. Lutar de mãos vazias seria um problema. Gostaria de enfrentá-lo sem depender muito da minha espada, mas percebi que não tinha escolha. Tirei meu cachecol dourado do pescoço e o amarrei na cintura. Em seguida, saquei minha espada.

— Vamos recomeçar.

— Espere! — Ui gritou. — É você Mito? Está vivo? Não acredito. Ai chorou bastante quando você desapareceu — Ela se aproximava cada vez que falava.

Embora parecessem ser conhecidos, este parecia, sem dúvidas, ser uma pessoa distinta. A peguei por trás, impedindo sua aproximação.

— Cuidado, esse não é ele.

— Mas são bastante parecidos.

— Quem é você? — Questionou Saymon com uma expressão de curiosidade.

— Ah! Mito. Sou eu, Ui. Não lembra de mim?

— Não.

— Quê?!

As lembranças desse homem foram, possivelmente, manipuladas, se ainda residirem em seu cérebro. Talvez houvesse uma maneira de resgatá-las, mas o risco era considerável; ele poderia por perder a vida.

— Ui. Talvez tenha um jeito, mas as chances são baixas. Quer realmente tentar?

— Ah! Sim. Quero!

— Ele pode acabar morrendo.

— Não me importo.

Acho que esse último comentário foi meio… esqueça. Vamos nos concentrar nisso. Para conseguir usar minha explosão na sua cabeça, eu teria que imobilizá-lo. Concentrar uma minúscula explosão era mais difícil do que concentrar uma maior. Eu precisaria de muita concentração.

— Não importa o que tentem, a minha lâmina atravessará os seus corpos lindamente.

— Ele fala igualzinho ao Mito.

— Sério?

— Sim.

— Ei! Não me deixe de lado. Também vou ajudar — Idalme falou.

— Bem, Primeiro temos que o imobilizar ou deixar incapacitado. Conseguem?

— Deixa comigo.

— Sim.

— A operação cérebro explosivo começará!