Batiskana 34

- Sim. Diga!

O soldado se aproximou mais de seu líder. Estava muito entusiasmado em dar as informações que conseguiu obter na frente de batalha e queria a passar rapidamente para ele. Por ser um soldado do outro reino e por ter participado de poucas batalhas, qualquer tipo de mensagem vinda da guerra poderia resultar em algum tipo de premiação. Sabendo disso, ficava sempre indo atrás de qualquer coisa que pudesse ser vital para a batalha e transmitia o mais rápido que podia. Alguns mensageiros levavam vários dias para fazer aquilo. Ele era um dos mais rápidos e conseguia informações logo. Ficava escondido muito próximo da zona de confronto. Isso facilitava o seu engajamento em conseguir os acontecimentos.

- Fizemos uma varredura na zona de batalha. Conseguimos quebrar as defesas na igreja com muita facilidade. E tem mais uma coisa, senhor.

- O que houve?

- Os heróis do reino foram enviados e quatro deles foram enviados para outro mundo após enfrentar o golem que o senhor fez.

O mestre das barreiras se sentou dentro de uma das tendas que parecia ser aonde ele costumava ficar e começou a rir. Sabia que aquilo fazia parte de seu plano, mas não sabia que daria tão certo e que os heróis cairiam. Achava que conseguiria eliminar um ou dois. Mas eliminar quatro está acima de qualquer expectativa. Parecia que a guerra estava ao seu lado.

- Hahahahaha!

- Senhor...

- Que sorte, tivemos! O nosso maior problema seria esses heróis. Agora que não estão mais aqui, não teremos mais com o que nos preocupar.

- Sim. Parece que o golem conseguiu fazer isso os enfrentando.

- Você sabe qual o próximo passo agora?

(...)

- É aqui?

- Sim. Por aqui você vai chegar perto das tendas aonde o outro reino está acampando.

- Muito obrigada

- Por nada. Tome cuidado!

Kana estava saindo de uma das portas subterrâneas do refúgio. Era uma rede de túneis muito longa que existia desde a época dos antigos. Existiam varias que dava acesso para aquela região, mas pegou uma que dava mais perto possível dos inimigos, mesmo que corresse risco de vida. Era um lugar pouco luminoso e não dava para enxergar muito bem. Teria que ser muito cautelosa para ninguém a ver. Havia um soldado em uma das tendas que parecia estar de guarda. O que aqueles guardas estariam fazendo por ali? Ela se aproximou furtivamente. Pegou uma mão e o puxou pelo pescoço e o arremessou no chão. Sacou a espada e enfiou em sua garganta. Ela não pensou muito. Estavam em guerra e qualquer um a poderia delatar. Se abaixou e entrou em uma das tendas. Haviam dois guardas dormindo. Pegou a sua espada e furou as duas gargantas. Ela colocou uma das armaduras que parecia caber em si. Colocou um capacete e prendeu o cabeço por trás da roupa. Como estava escuro seria difícil ver. Ela pegou algumas moedas antes de ir para a próxima tenda.

- Vejamos! O que é isso?