*Nota de Introdução: "Capítulo repostado no volume para Especiais - Publicado no dia 04/11/2024 e respostado no dia 17/11/2024."
Nas profundezas das terras misteriosas de Siquém, onde os sussurros do passado se misturam com o murmúrio do presente, repousava um templo escondido, conhecido apenas por poucos privilegiados. As histórias sobre ele falavam de um herói antigo, um guerreiro cujo nome havia sido apagado pelo tempo, mas cuja lenda continuava viva como símbolo de força e sabedoria.
Aelion, um jovem guerreiro e explorador com um espírito inquieto e um coração ávido por conhecimento, ouviu falar desse templo lendário. Ele desejava encontrar respostas que o ajudassem a proteger tudo o que amava, talvez até mesmo um poder que o tornasse digno de guardar seu mundo. Com essa ambição, ele iniciou uma jornada pelo desconhecido.
Foram dias árduos, enfrentando desertos escaldantes e florestas cerradas. Após muito esforço, ele chegou às ruínas do templo. Erguendo-se como um gigante silencioso, o templo exibia paredes imponentes cobertas de inscrições e símbolos misteriosos, gravados com histórias de eras passadas e civilizações desaparecidas. O ar ao redor era denso, carregado de uma energia antiga que parecia observá-lo.
Determinadamente, Aelion explorou o templo, superando armadilhas habilmente dispostas e desafios que exigiam mais que habilidade física; eles testavam sua coragem e sua vontade. Cada obstáculo parecia impelir Aelion a provar seu valor, e ele seguia em frente, guiado pela esperança de uma revelação extraordinária.
No coração do templo, uma figura colossal surgiu diante dele. Era uma estátua magnífica, esculpida em mármore imaculado, banhada por uma luz tênue que atravessava as rachaduras no teto acima. O guerreiro imortalizado tinha olhos de pedra que pareciam atravessar a alma de Aelion, fitando-o com um olhar que desafiava e inspirava ao mesmo tempo.
Diante daquele colosso, Aelion sentiu uma força pulsante no ar, como se o próprio tempo houvesse parado. Movido por uma certeza inexplicável, ele estendeu a mão e tocou a estátua. No instante do toque, uma onda de energia percorreu seu corpo, intensa e avassaladora. Essa energia carregava visões do passado, como ecos distantes de uma vida que ele nunca viveu. Aelion sentiu-se imerso em uma provação espiritual, uma jornada que o testaria de maneiras que jamais imaginou.
Em suas visões, ele enfrentou horrores antigos e desafios monumentais. Monstros saídos de pesadelos o confrontavam, e obstáculos imensos bloqueavam seu caminho. O medo sussurrava em sua mente, questionando sua força e seu propósito. Contudo, a cada passo, mesmo quando abalado pelas dúvidas, Aelion encontrava uma força interior desconhecida, uma coragem que o impulsionava a seguir em frente, a resistir, a lutar.
No auge de sua provação, a essência que ele havia despertado se manifestou em palavras que ecoavam em sua mente: "Eu sou Gandhāra." Esse poder o atraía e o envolvia, uma fonte de imenso potencial, mas também de responsabilidade esmagadora. Ele logo percebeu que Gandhāra era tanto uma benção quanto uma maldição, uma força para proteger aqueles que amava, mas também uma carga pesada. Esse dom o ligava indissoluvelmente aos que ele desejava proteger, forçando-o a arriscar sua própria vida por eles.
Aelion sentiu o peso da maldição de Gandhāra: além de lhe conferir a capacidade de proteger os outros, exigia um sacrifício constante. O poder o obrigava a vigiar-se, a lutar contra seus próprios demônios internos para manter o equilíbrio entre a luz e a escuridão que agora residiam em seu espírito. O dom, embora generoso, o expunha a um eterno combate interno, testando sua resiliência e sua vontade de continuar.
Quando a provação terminou e as visões desapareceram, Aelion emergiu renovado, porém transformado. Ele sentia-se mais forte e mais sábio, mas também mais consciente da responsabilidade que carregava. A maldição de Gandhāra era clara para ele agora: com o poder para proteger vinha a exigência de vigilância constante e um sacrifício pessoal que ele nunca poderia ignorar.
De volta à entrada do templo, Aelion olhou para o horizonte, com o coração em paz, mas repleto de uma nova determinação. Ele sabia que seu destino estava entrelaçado ao de Gandhāra, e que suas escolhas, dali em diante, moldariam não apenas seu futuro, mas também o daqueles que jurara proteger. Reafirmando sua coragem, ele deixou o templo sagrado e partiu, pronto para enfrentar o que viesse, certo de que, com Gandhāra ao seu lado, poderia enfrentar tanto o bem quanto o mal que o aguardavam no caminho.
04/11/2005 - Para comemorar meu aniversário e meu regresso para o segundo período da faculdade do curso de Farmácia, este é o capítulo dedicado ao meu personagem favorito. - Respostado no dia 17/11/2024