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No silêncio do mar

CAPÍTULO 130

NOME DO CAPÍTULO: NO SILÊNCIO DO MAR.

No silêncio do mar, onde o vento sussurra,

As ondas dançam em eterna procissão,

Cada gota, um mistério que murmura,

Segredos guardados nas profundezas da imensidão.

Sob o véu noturno, estrelas cintilam,

Faróis do céu a guiar navegantes perdidos,

Enquanto sereias, com vozes de mel, destilam

Sonhos e cantos em corações esquecidos.

Nas águas escuras, a lua espelha,

Seu brilho suave em prateado véu,

E a maré, como uma amante que se ajoelha,

Beija a areia num terno apelo.

Barcos adormecem em portos de calma,

Velas arriadas, histórias ao vento,

E cada concha trazida pela maré, uma palma

Que aplaude o tempo e seu eterno movimento.

Peixes deslizam em bailado discreto,

Em jardins submersos de corais e anêmonas,

E no silêncio profundo, um amor secreto

Floresce em corações de criaturas anônimas.

Gaivotas planam, vozes do mar,

Ecos de viagens que o tempo não apaga,

Enquanto o horizonte, em seu eterno vagar,

Abraça o dia que nasce, a noite que se apaga.

No silêncio do mar, o mundo se aquieta,

Mistério profundo que o homem não decifra,

E na maré que vai e vem, a poesia completa

O ciclo da vida em sua beleza infinita.

Marinheiros de almas inquietas,

Buscam respostas nas ondas sem fim,

Mas é no silêncio, onde a alma se aquieta,

Que encontram o mar dentro de si.

E assim, no compasso das ondas e do vento,

O mar sussurra verdades ancestrais,

No seu silêncio, um eterno lamento,

E uma promessa de paz nos portos finais.