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Capítulo 4

Após o exame, todos os candidatos se dirigiram para uma sala onde seriam revelados os desempenhos de cada participante. Ficaram esperando por um bom tempo até que o diretor aparecesse para declarar os resultados.

"Obrigado pela espera de todos, vocês devem estar ansiosos pelos resultados, então agora irei revelar quem passou no teste."

Neste momento, todos estavam tensos, esperavam e torciam para que seus nomes fossem pronunciados e pudessem entrar para a prestigiada Academia Joham. Outros, por outro lado, já tinham certeza de que conseguiriam tal feito.

"Os nomes e os desempenhos são os seguintes: Gladison, 82 pontos; Isabella, 74 pontos; Tito, 78 pontos; Kamilly, 80 pontos; Lavínia, 69 pontos; Nelson, 85 pontos; Adam, 96 pontos; Margot, 93 pontos; Wesley, 100 pontos; e Olabe, 55 pontos... E são esses os nomes. Agora vou me retirar, muito obrigado e parabéns para quem conseguiu passar." Enquanto seus colegas de classe comemoravam suas aprovações, Olabe manteve-se calmo, seu rosto exibindo um leve sorriso.Ele sabia que não tinha sido apenas um acaso ter obtido essa pontuação. Ele havia planejado meticulosamente cada detalhe, inclusive o resultado do teste.

Os brincos que controlavam sua força física, resistência e magia eram parte essencial desse plano. Ele os usou deliberadamente para garantir que sua pontuação ficasse abaixo do esperado. Por mais estranho que possa parecer para os outros, Olabe tinha suas razões.

Enquanto a sala se esvaziava e o burburinho dos alunos se dissipava, Olabe permaneceu sentado em sua carteira, perdido em seus pensamentos. Ele sabia que havia desafios ainda maiores pela frente, mas estava confiante de que estava no caminho certo para alcançar seus objetivos.

Com um olhar determinado, Olabe levantou-se e saiu da sala de aula, pronto para enfrentar o próximo capítulo de sua jornada. Ele sabia que teria que continuar a se esforçar e superar obstáculos, mas estava determinado a alcançar seus sonhos, custe o que custar.Afinal, ele tinha um plano e estava determinado a segui-lo até o fim.

Após o pronunciamento dos resultados, Olabe e Wesley seguem em direção aos dormitórios após pegar a chave do quarto.

Olabe e Wesley caminhavam pelo corredor em direção ao dormitório, suas vozes carregadas de sarcasmo ecoando entre as paredes.

"Olabe, já deu uma olhada em quem serão nossos companheiros de dormitório?" Indagou Wesley, provocando a indiferença de Olabe.

"Sinceramente, não tenho interesse em saber quem são." Respondeu Olabe, sua voz calma e firme, como se estivesse acostumado com esse tipo de interação.

A resposta de Olabe não surpreendeu Wesley, que continuou a provocar: "Nem uma pontinha de curiosidade?"

"Nenhuma. Pessoas irrelevantes que só atrapalham minha concentração não me interessam." Afirmou Olabe, deixando claro seu desinteresse pelas pessoas ao seu redor.

"Típico de você, Olabe. Mas chegamos!" Disse Wesley com um tom de alívio perceptível em sua voz.

"Ainda bem, já estava cansado da sua presença", retrucou Olabe, revelando um pouco de frustração com a companhia de Wesley.

Wesley tentou aliviar a tensão com uma brincadeira: "Ah, para com isso, sei que você adora ter minha companhia."

"Sonha alto, Wesley", respondeu Olabe, sua voz fria e desinteressada.

"Sem graça", retrucou Wesley, mostrando sua frustração com a resposta de Olabe.

"Parece que eles já estão lá dentro", observou Olabe, indicando que seus futuros colegas de quarto já haviam chegado.

Tito, percebendo uma movimentação do lado de fora, abriu a porta para ver quem estava do outro lado, se deparando com seus dois colegas de quarto. "Vocês chegaram!", exclamou, animado com a chegada de seus colegas.

"Vocês demoraram muito", Nelson se pronunciou, mantendo o tempo todo seu olhar em Wesley, que parecia alheio a esse ato.

"Não estávamos com pressa." Nelson, então, pela primeira vez desde que os dois jovens entraram no quarto, levou seu olhar para Olabe.Mantiveram contato visual por alguns segundos até que Wesley se pronunciou.

"Bom, o que importa é que chegamos", disse, com um sorriso amigável no rosto, tentando tirar todo aquele clima do ar, o que pareceu funcionar.

Tito, lançando um sorriso para Wesley, apontou para a beliche na outra extremidade do quarto. "Escolham qual vocês vão ficar."

"Qual cama você vai querer?", lançou um olhar para Olabe, já se aproximando da beliche.

"Tanto faz."

Escutando a resposta nada amigável de seu amigo, tacou suas coisas na parte superior da beliche. "Então eu fico com a de cima." Olabe revirou os olhos, vendo a animação de Wesley.

Depois de deixarem suas coisas em suas respectivas camas, se viraram, andando em direção a Tito e Nelson.

"O que vocês acharam do teste?" Perguntou realmente interessado na resposta que eles dariam, porque para Nelson nada era melhor do que conhecer bem as pessoas com quem dividiria um quarto pelo resto de seus anos na Academia Johan.

"Foi bem fácil, até." E realmente, para Wesley (em sua cabeça), até uma criança conseguiria realizar um teste em seu conceito 'fácil demais'.

"Claro, você foi o único que tirou nota máxima", falou, soltando um riso debochado. Tito realmente não conseguia entender quem achava um teste para entrar na melhor academia do país fácil.

Wesley, como resposta, apenas deu de ombros, não se importando muito com a pequena provocação de Tito.

"E você, Olabe?" Direcionando sua pergunta para Olabe, os outros dois passaram a observá-lo.

"Foi moleza", respondeu curto e grosso, como sempre.

Wesley, ouvindo isso, decidiu provocar Olabe como sempre fazia: "Cara, você literalmente teve a pior pontuação de todos que conseguiram passar."

Olabe olhou para ele com cara de poucos amigos, ou seja, normal.

Logo, se dirigiram para fora do dormitório masculino. Sob o céu tingido de cores suaves do entardecer, Tito, Wesley, Nelson e Olabe estavam reunidos do lado de fora. Tito tomou a liderança.

"Vamos conhecer o campus", sugeriu ele, seu olhar brilhando com a promessa de aventura.

"Simbora!", exclamou Wesley, com entusiasmo contagiante, ecoado pelo apoio de Nelson.

Olabe, o enigmático do grupo, lançou um olhar tranquilo sobre seus amigos. "Vão vocês. Eu vou tomar um banho primeiro", disse ele, sua voz calma transmitindo uma aura de mistério.

"Beleza", concordou Wesley, aceitando a decisão de Olabe sem questionamentos.

Enquanto caminhavam pelos corredores do campus, Tito não pôde deixar de notar a forte ligação entre seus amigos.

"Vocês parecem muito próximos", comentou ele, observando a camaradagem entre Wesley e Olabe.

"É, a gente se conhece desde os dez anos", revelou Wesley, um brilho nostálgico em seus olhos.

Tito percebeu uma sombra de melancolia na expressão de Wesley e não pôde deixar de perguntar: "Ele sempre foi desse jeito?"

Balançou a cabeça, um sorriso triste cruzando seus lábios. "Não. Ele era um garoto alegre antes. Mas, quando seus pais morreram, ele mudou totalmente, se tornando essa pessoa fria, mas gentil que é hoje."

Enquanto continuavam sua jornada, Nelson se adiantou, ansioso para descobrir o local do refeitório.

"Será que é aqui o refeitório?" indagou ele, seu estômago roncando de fome.

"Só entrando pra saber", respondeu Nelson, seguindo Tito em direção ao refeitório movimentado.

"Nossa, tá lotado aqui." Wesley falou, impressionado com a quantidade de pessoas no local.

"Tá mesmo lotado aqui", observou Tito, impressionado com a quantidade de estudantes reunidos.

Nelson se virou para Wesley, preocupado. "O Olabe vai demorar muito?"

"Não, ele toma banho rápido", assegurou Wesley, tentando acalmar a ansiedade do amigo.

Antes que pudessem prosseguir, a voz de Margot cortou o ar, trazendo consigo uma aura de mistério e provocação.

"Olabe não é aquele que ficou em último no teste?", provocou ela, um sorriso malicioso brincando em seus lábios.

Wesley ergueu uma sobrancelha em desafio. "Ele mesmo. Por quê?"

Margot se limitou a sorrir enigmaticamente. "Não, só queria saber mesmo", respondeu ela, desviando o olhar.

Wesley não pôde deixar de notar a curiosidade nos olhos de Margot. "Tá interessada nele?"

Margot soltou uma risada sarcástica. "Eu? Não. Quem se interessaria por aquele fracote?"

De repente, a voz de Olabe soou, quebrando o clima tenso que se formara. "Tão falando de mim?"

Wesley não hesitou em lançar um comentário provocativo em direção a Margot. "Essa mulher louca aí tá interessada em você", disse ele, com um sorriso travesso.

Margot arqueou uma sobrancelha, respondendo com sua típica insolência. "Eu? Interessada nesse fracote? Nunca!"

Olabe interveio, com sua habitual serenidade. "Vamos pegar nossa comida. Não liguem para essa menina."

E assim, o grupo se dirigiu ao refeitório, deixando para trás as palavras afiadas de Margot.

Então, atrás deles chega Adam.

"Olha só quem está aqui, o fraco Olabe." Adam zombou, com um sorriso maldoso em seus lábios.

"E olha só quem está falando, o inútil Adam." Olabe retrucou, com um sorriso debochado brincando em seus lábios.

"Olabe, quem são eles?" Curioso, Wesley perguntou.

"Apenas velhos conhecidos, sem importância." Respondeu, com um tom de desprezo em sua fala.

Adam sorriu. "Vejo que você conseguiu entrar na academia, mas lembre-se: estar aqui não garante que se tornará o melhor caçador de todos."

Margot interveio: "Então, esse é o seu objetivo?"

Os olhos de Olabe escureceram. "Não tenho mais esse objetivo. Meu foco mudou."

Margot pressionou: "Posso saber qual é?"

"Não", Olabe respondeu secamente.

Adam, tentando causar uma provocação em Olabe, disse: "Ouvi dizer que seus pais morreram em um acidente de portal. Pobres almas, embora talvez merecessem."

De repente, um forte estrondo ecoou pela área. Olabe agarrou Adam pela cabeça e o jogou violentamente no chão, deixando-o inconsciente e com um buraco formado no chão.

"Você perdeu a cabeça, Olabe!" Preocupado, Wesley exclamou.

Olabe manteve a compostura. "Ele pediu por isso. Estou indo para o dormitório."

"Mas as aulas estão começando", Wesley o lembrou.

Olabe olhou para trás. "Chegarei um pouco atrasado."

Wesley assentiu. "Tudo bem, então." Ele ficou lá, parado por alguns segundos, apenas observando Olabe sumir aos poucos de sua vista. Vendo que não ia dar em nada, caminhou em direção ao local onde ocorreria sua aula, já pensando no que diabos iria inventar para justificar a ausência de Olabe.