{Alguns anos antes}
Sgt.Dorian:Dorian para Torre, Corax preparado para lançar!
Torre:Entendido Dorian, prepare-se para o lançamento 3 ... 2 ... 1…
O ano era 3999, foi o dia que pensávamos ser o dia da Conquista.O inimigo foi pressionado até Dallol porém eles haviam fixado bem a suas defesas naquela terra.Não era possível bombardear aquele local por terra pois os danos causados eram mínimos e bombardeios orbitais estavam bloqueados por causa da frota hostil acima.
E reforços de outras partes da galáxia estavam atrasados por causa de outras ameaças ou assim disseram.
O conselho de Tera estava ficando sem tempo para decidir oque fazer em relação a Dallol, A guerra em Tera havia durado vinte anos.
Durante vinte anos as pessoas que viviam nesse planeta foram constantemente atacadas e alvejadas por essas monstruosidades.
Então criamos nossos próprios monstros, fomos chamados primeiros de Wardens, os protetores de Tera.
Sgt.Dorian: Navegador quanto tempo até a missão ?.
Lanceiro: Senhor, temos quinze minutos até a chegado no alvo.
Sgt.Dorian:Ótimo.
Abrindo a porta*
Um homem alto cercado por uma grande armadura abriu a porta dentro da aeronave. se não fosse pelo seu capacete que estava segurando em suas mãos era mais fácil chamá-lo de robô por causa dos aparatos tecnológicos.
A onde seria a área de transporte havia seis homens lá dentro com equipamentos semelhantes, além disso havia um pacote cilíndrico de um metro no meio da nave, o'que era aquilo você deve estar se perguntando.
Aquilo era uma bomba cronometrada.
Nossa missão era penetrar nas defesas de Dallol, armar a carga cronometrada e sair daquele local enquanto um assalto acontecia em volta dela.E detonar no meio da colônia Vermithor como as colônias ficavam no subsolo todo ataque de artilharia era pouco ou nada efetivo naquele cerco.
Assim que a carga estivesse armada uma ordem de retirada seria ativada e todo ali em um raio de 10km se tornaria poeira e tudo em raio de 150 km deixaria de funcionar, isso valia para as armaduras potentes que portamos e aeronaves que utilizamos.
Sgt:Dorian:Atenção a todos… se tiverem alguma dúvida a hora de respondela é agora.
Eu olhava para os homens ao redor de mim, nenhum deles disse uma palavra, nós antes de entrarmos na nave havíamos discutido o plano dezenas de vezes e chegamos em um consenso.
Havia sete homens aqui dentro e nós estávamos tão silenciosos olhando para frente que mais pareciam estátuas que propriamente pessoas.
…
A nave tremia bruscamente provavelmente havia entrado na estratosfera próxima ao alvo.
Lanceiro: Cinco minutos até a chegada no local.
Sgt.Dorian: Entendido.
O homem à minha frente era o sargento Dorian, provavelmente um dos primeiros a fazer parte do Projetos Aegis, ele era o homem mais respeitado do esquadrão, embora não seja o comandante.
Esse título ficou para o homem sentado silenciosamente ao meu lado. Capitão Hernesh.
Ele não era muito falante.
Ele apenas falava quando precisava, e não mais que isso, e nesse momento a única coisa que fazia era bater o dedo indicador no joelho como se estivesse contando os segundos que faltavam.
Lanceiro: Atenção, estaremos pousando, ah ... .o'que diabos é aquilo ?
Capitão Hernesh olhou em direção ao sargento Dorian enquanto o mesmo tentava se comunicar com o piloto da nave.
Sgt.Dorian:Lanceiro , algum problema….
Porém antes que ele pudesse completar a frase a nave começou a virar bruscamente tanto que o interior começava a ranger .nave então começou a vibrar bruscamente o som de algo acertando nave era nítido,
Boom*
O som de um dos motores da nave explodindo também era perceptível.
Lanceiro: Fomos, alvejados, preparar para impacto….
e então…
{Tempos atuais. 100 anos após o ocorrido}
—Acorda!
Eu acordei enquanto estava sentado em uma cadeira olhando para o vazio do espaço eu nunca pensei que depois de ter vindo para cá eu perderia aquela vontade de ver as estrelas.
—Essas pedras não vão ser recolhidas sozinhas!
Eu podia ouvir uma voz meio irritada no rádio me chamando atenção,
O motivo era claro era porque eu estava dormindo.
—Caramba, que dia de merda…
Eu estava de mau humor, e como não ?, estava lembrando de algo que aconteceu a um século atrás, e aquilo estava começando a me causar dores de cabeça.
—Aonde estão meus remédios ?
Eu murmurei para mim mesmo, enquanto revirava o painel da nave, como estava em uma nave mineradora eu não precisava fazer muito, afinal a máquina usava uma espécie de raio de atração onde puxava pequenas quantidades de mineral das quais eram moídas e compactadas e então entregue na estação.
Era um trabalho tranquilo, meu último não era, como não achei nada em cima eu resolvi me abaixar e olhar no chão embaixo do painel.
—Aí está você…
Como era apertado eu só consegui usar a ponta dos dedos para pegar frasco, mas ainda sim…
—Peguei você hm…
Quando olhei dentro dos frascos eu vi que meus remédios haviam acabado.
Isso não era bom.
Eu precisava daqueles remédios
Por sorte quando eu olhei para o painel, eu vi que o armazenamento da nave já estava completo, sinal que eu já podia voltar à estação e encerrar o expediente.
Depois de me sentar na cadeira eu comecei a mexer no painel, era incrível a quantidade de botões e alavancas necessárias para fazer essa nave navegar pelo espaço.
—Não tem praticidade nenhuma…
Mas então lentamente a nave começou a se virar ao olhar pelo vidro que mostrava o lado de fora do espaço a nave começou a virar em uma direção no cinturão de asteroides até se alinhar em uma estação.
Aquela era um posto de coleta, posto como aquele eram comuns em todos os cantos da galáxia, embora seja dito que o nome seja posto é mais como uma mini cidade estivesse lá dentro.
—Salgueiro para torre, permissão para Atracar nas docas.
—Copiado Salgueiro, permissão concedida.
É claro que mesmo sendo uma cidade você não poderia simplesmente se aproximar e estacionar como se isso fosse uma espécie de carro, não, as coisas eram um pouco mais complexas.
O tráfico de espaçonaves e evitar engarrafamentos a Torre deveria trabalhar com as docas para que assim melhorasse a entrada e saída de veículos .
seria muito problemático se eles não estivessem ali principalmente se uma espaçonave se chocar com a outra
Assim que me aproximei da cidade, um portão do número 3 foi aberto.
—Torre para salgueiro, atracar na doca 3.
—Salgueiro para torre entendido.
Quando minha nave se aproximou das docas foi como se um mundo estivesse em minha frente.
Como dizia antes, a humanidade é algo difícil de exterminar, faríamos de lugares inóspitos nossa casa mesmo o espaço não era exceção.
Enquanto isso a nave se aproximava para uma espécie de porto, por causa do alto índice de furtos as naves eram travadas no estaleiro com o auxílio de travas magnéticas fazendo com que mesmo que alguém consiga funcionar a nave ela não saia do porto.
Quando eu saí daquela nave havia um sujeito com uma aparência meio irritada me esperando por causa de sua aparência meio gorda a maioria das pessoas o julgaria pelos seus hábitos alimentares mas isso não era parcialmente mentira, parte disso era por causa do estresse do trabalho , seu cabelo estava começando a cair em resposta disso.
—Como vai senhor ping.
—Você está atrasado. Chaves...
Sua expressão não era boa deveria dizer algo para acalmá-lo ? nah é provável que ele fique ainda mais nervoso por conta disso.
Eu joguei as chaves da nave em sua direção enquanto ele as pegava habilmente.Em seguida ele anotou em uma das agendas que ele carregava.
—Alguma novidade
Perguntei apenas querendo puxar assunto. Ele pareceu pensar por um momento antes de voltar a escrever e responder.
—Algumas coisas estão acontecendo ao redor da galáxia , mas nada muito importante para que alguém como você se preocupe.
Isso foi sarcasmo ?
Depois disso senti uma vibração no bolso da minha camiseta, quando eu coloquei a mão no bolso e tirei para fora o que estava vibrando pude ver que era apenas meu telefone que estava vibrando, simbolizando pagamento feito pelo meu serviço.
A maioria das pessoas usava aparatos tecnológicos para o cotidiano, mas eu aprendi na marinha que que aparatos tecnológicos possuem falhas , e que essas falhas são bem exploradas por Hackers.
Mesmo em combate alguém com aparatos tecnológicos de nível militar não podia estar 100% seguro contra um inimigo virtual, que poderia fritar o seu cérebro sem que você percebesse.
Mas é claro isso deixava a vida um pouco mais complicada .
—Espere que aproveite o resto do dia senhor Smithy…
Claro que isso era um pseudônimo, minha identidade aqui era falsa e eu não podia revelar minha identidade para essas pessoas sob nenhuma circunstância.Afinal eu era um desertor e o crime de deserção era morte.
Meu nome real é… qual era meu nome mesmo ?
acho que depois de viver por tanto tempo minha memória está ficando meio ruim.
Depois que sai das docas eu comecei a andar pela cidade estação o nome dela era Aurora, foi um dos primeiros modelos de estação a ser produzido em massa.
As estações serviam como forma de abastecimento de comboios de transporte que passavam por aqui, ao mesmo tempo que se mantinham de forma sustentável.
Pessoas moravam na estação e faziam dela sua casa, a maioria dessas pessoas são pessoas comuns que apenas querem viver as suas vidas mas não se enganem, criminosos , exilados ou então mercenários , que não são bem vindos em seus planetas natais também aparecem em peso por aqui.
Claro que ninguém é tolo o bastante para criar problemas aqui e mesmo assim aqueles que causam…
São rapidamente transformados em polpa pela polícia local, e não pense que eles vão deixar de usar força letal porque eles definitivamente não vão, eles tem que manter uma face brutal para que assim não faça com que os tolos mudem de ideia e então começarem criar problemas.
Hm… fechado.
A loja ao qual eu comprava meus remédios estava fechada, isso não era nada agradável, bem eu voltava outra hora.Não como se eu fosse morrer se eu ficasse sem eles.
Acho que eu vou para casa…
Meus olhos então se voltarão a um bar…próximo ali na rua.
hm…Eu vou pra casa , mas eu acho que vou fazer um desvio no caminho.
"A roda quebrada" Era o nome do bar, a atmosfera era bem agradável , pelo menos para mim, havia pessoas bebendo, conversando e um barman limpando os copos do balcão.Tudo oque deveria haver.
—Olá Charles, que ótima noite não ?
O dono do bar se chamava Charles, ele era um sujeito decente se me perguntasse, ele ouvia os problemas dos outros e os levava para o túmulo.
Assim que ele me viu ele tremeu por um momento.
—A…aaa Senhor Smithy, você não deveria estar aqui, veja bem o Tommy ele. ele …
—Não se preocupe com ele, ele ficará bem!
Ah droga bares eram bons mas bêbados eram uma droga, e bêbados brigões eram ainda piores então uma noite em que eu estava bebendo um cara tentou arrumar uma briga comigo agora fiquei sabendo que o nome dele era Tom.
Devo dizer que a coisa não ficou boa pro rapaz…
—Whisky , apenas uma dose.
Eu tirei uma nota de dinheiro e coloquei em cima do balcão.
—Minha nossa o'que é você um homem das cavernas, porque não coloca algumas cibernéticas e pare de usar dinheiro em papel.
—Não começa…hm ?
Respondi de forma natural, mas eu então vi que os olhos do barman estavam em outras pessoas,eu então olhei para atrás dele onde havia um vidro que refletia a entrada do bar.
Havia dois Homens entrando no bar, claro isso por si só não era estranho aqui era um bar pessoas entravam e saiam, mas a forma como os dois homens andavam e sua maneira de vestir chamavam a atenção
—Mas o que é isso agora.
—Eles andam como militares.
Os dois homens fizeram seu caminho até o balcão, logo atrás de mim. Eu não estava reconhecendo a aparência deles mas por algum motivo eles me lembram alguém.
Uma das minhas mãos inconscientemente foi levada à cintura.
Droga. que momento para esquecer o coldre em casa.
—Quem diria, não envelheceu nada !
Uma voz velha e alegre porém familiar foi ouvida atrás de mim. O dono dessa voz era ninguem mais ninguem menos que o Sargento Dorian
—Tenho tido uma vida saudável.
Respondi sem olhar para os dois , eles ainda estavam atrás de mim e eu ainda os olhava pelo espelho.
—Ainda se lembra do capitão Hernesh ?
Eu olhei no espelho em direção ao homem ao lado dele , o capitão hernesh havia envelhecido um pouco.
—Ainda atira primeiro e pergunta depois ?
O homem parecia um pouco zangado com a minha pergunta, pois assim que perguntei ele começou a olhar em direção a Dorian.
—Senhores por favor não aqui. Tenho um trabalho para você.
—Eu já tenho um trabalho.
Está de brincadeira, eu não vou brincar de fuzileiro espacial nem tão cedo.E não vou trabalhar pra alguem com um código moral tão distorcido.
—Há. minerador ?... recebe quanto por mês 18,000 ?
Como é amigo ?! Eu finalmente virei olhei nos olhos daqueles dois homens. Não éramos exatamente amigos.
—18,500 além disso faz tempo que não mato alguém.
—Sentindo falta ?
—Nesse momento ? com certeza!
—Sei…
Talvez sentindo que algo iria acontecer, Dorian interferiu na conversa.
—Já chega disso. Senhor Hernesh espere lá fora.
Hernesh olhou com a testa franzindo em direção, enquanto eu estava rindo ele saiu pela porta do bar e então provavelmente estaria esperando lá fora.
—hehehe.
Ao que parece o Sargento foi promovido caso o contrário ele não poderia agir assim.
…
Nos movemos para uma sala no bar que Charles havia emprestado.
Estamos sentados em cadeiras onde apenas uma mesa nos dividia, havia algumas pastas em cima da mesa mas elas não foram abertas.Eu também não queria estar interessadas nelas.
—Eu não me orgulho da forma que as coisas terminaram naquele dia.
Dorian começou dizendo. Enquanto levava as mãos no rosto como se estivesse cansado
—Não é sobre orgulho, fomos deixados para morrer lá e depois disso fomos chamados de traidores.
—Eu entendo seus motivos! Mas eu também estava lá esqueceu, eu também tenho motivos para ficar zangado com o que aconteceu .
Besteira, eu não vou ficar aqui ouvindo desculpas de alguém que está fingindo estar zangado
— A conversa acabou.
Talvez vendo que a conversa não estava progredindo do jeito ele começou a ficar ansioso comigo levantando.
—Hey ! Hey !!!, você está brincando de casinha no meio do nada, isso não é digno de alguém como você.
Digno ? Está de brincadeira comigo ?
Eu olhei meio irritado para o velho soldado em minha frente. Ele então me perguntou .
—Me diga com sinceridade quem é você ?
Quem sou eu ? Eu sou eu e nada mais , não existe ninguém como eu e se isso está sendo bom ou mal eu me sinto agradecido por isso .
Virei as costas e comecei a sair em direção a porta.
—Pelo menos uma missão!.
Ele apontou com um dedo. Enquanto estava ofegante
Do que diabos ele está falando ?
—Eu estou reunindo uma equipe para uma missão.
—Onde ?
Ele respirou profundamente antes de dizer.
—Europa .
Europa? a lua de Júpiter ?.Mas isso é território perdido.
Depois que Tera caiu a humanidade se fragmentou em pedaços, a maioria perseguindo seu tipo de domínio ideal, porém o velho sistema solar foi abandonado.
Mas não quer dizer que não há perigos lá.
—Porque ?
—Preciso montar uma equipe de resgate e tirar alguém de lá!
—Quem ?
—Uma pesquisadora, isso é tudo que posso dizer.
Minha bunda que isso é tudo que pode dizer, eu preciso de mais informação além disso eu não confio naquele parceiro que estava ao seu lado.
Talvez vendo meu silêncio ele decidiu que iria apelar pelo passado.
—Eu não estou pedindo para confiar no governo, mas peço que pelo menos confie em mim.
—...
Confiar em você ?... Qual é você tem que fazer melhor do que isso.
—Se tudo ocorrer bem e vai ocorrer bem, eu posso conseguir o perdão para você, chega de se esconder, é assim que você quer passar o resto da sua vida ?
—Vamos confie em mim, confie no plano, quando as pessoas virem você eles verão um Herói.
—Haaa…
Me vendo suspirar o velho homem pareceu ver que eu não estava interessado, então sua tes lentamente se tornou sombria.
—Uma missão não é ?
—Hm ?
Eu perguntei enquanto olhava para Dorian, enquanto o mesmo fazia uma expressão surpresa e então um sorriso destemido se formou em seu rosto.
—Sim, somente uma missão.
Ele ajeitou a postura e então se levantou da cadeira.
—Com uma condição.
Seu rosto pareceu pensativo por um momento, mas ele não disse nada .Ele provavelmente queria saber a minha condição antes de responder.
—Preciso de uma nova identidade e nome.
Eu meio que esqueci o meu antigo. Sua expressão então se transformou em descrença, antes de aceitar.
—Feito.