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Capítulo 91 de 25 - Vou te mostrar exatamente porque ele morreu!

Após concluir a reunião na enfermaria, enquanto Dam permanecia inconsciente, Max dirigiu-se para o oeste, onde se localizavam as casas de tábuas dos cidadãos. No entanto, a habitação em que entrou destacava-se por ser uma fusão de tábuas e tijolos. Ao entrar, o som de marteladas tornou-se mais intenso.

— Chefe, eu cheguei.

O som persistia, e um homem gordo de cabelos pretos amarado com um lenço próximo à fornalha podia ser visto martelando uma espada com atenção extraordinária. Logo após, mergulhou a lâmina na água e esboçou um leve sorriso. Max tentou chamá-lo repetidamente, mas o homem, absorto em seu trabalho, não ouviu. Assim sendo, ele se aproximou e tocou seu ombro.

— Aaaanaaaaaaaa!

Assustado, o chefe reagiu bruscamente e balançou o martelo, que por pouco não acertou ninguém.

— Chefe, sou eu!

— Hum? Aaanaaa! Meu sobrinho! — declarou enquanto o abraçava.

— Pare tio.

— Não me chame de tio, me chame de chefe!

— Sim… chefe. E aquilo, está pronto?

O chefe coçou a cabeça, visivelmente constrangido, e disse:

— A sua tá quase pronta. Agora é só esperar esfriar… embora, aquela coisa, nem jogando água resolve, né?

— Estou com pressa, posso usar assim mesmo?

— Você não tá entendendo! Se usar nessa temperatura, aquilo vai se tornar inútil. Pra resistir às suas explosões, ela precisa estar no estado frio. Nessa estado, não só não aguentará, como pode acabar te matando se você elevar as explosões além do limite!

— Quanto tempo?

— Trinta minutos, não, 25 minutos.

— Entendo… e a espada?

— Estou finalizando a última, acho que em uma hora estará terminada.

— Entendo.

— Mas alegre-se, esse já está pronta, podes vestir — disse enquanto entregava um pacote.

— Sim.

Após vinte e cinco minutos, Max já havia reunido os itens necessários para a luta, mas, ao chegar, percebeu que tudo já havia terminado. Pouco depois, Izumi apareceu brevemente e, sem dizer nada, foi embora. Ele sentou-se no chão, observando o inimigo derrotado, e disse:

— Que pena, não vai ser aqui que te usarei — disse enquanto observava a sacola.

Ele se levantou, fixou o olhar na direção por onde Izumi havia partido e pensou:

Devo ajudar Izumi?… Não, acho que não preciso. Porra! Eu queria tanto lutar.

Distraído, sentiu um arrepio percorrer sua pele e, imediatamente, ficou em alerta. Algo parecia errado naquele lugar. Ao olhar ao redor, percebeu uma estranha energia negativa fluindo para o corpo do inimigo caído, vinda de algum ponto além da vila. Lentamente, as cicatrizes e cortes do demônio começaram a desaparecer, como se estivessem sendo curados.

Abriu os olhos e, com uma expressão séria, levantou-se devagar. Quando finalmente ficou de pé, seu corpo parecia completamente restaurado, e Camion exalava uma força ainda maior do que antes.

— Zera morreu?… Os seus músculos não foram o suficiente.

— …

Max permaneceu parado e apenas observou o malquerente. Por dentro, sentia-se estranhamente satisfeito por ter a chance de lutar em uma guerra que parecia prestes a terminar sem que ele tivesse exibido nenhuma de suas habilidades. 

Ainda assim, uma parte de sua mente ponderava que talvez devesse ter cortado o corpo do inimigo em pedaços para evitar aquela situação. Apesar disso, escolheu não se prender a essa falha e se permitiu sentir um momento de satisfação.

— E você, quem seria?

— Max, e agora é o meu turno!

— Vocês aparecem como formigas.

— Não quero ouvir isso de um destemido derrotado.

— Você tem razão… Nunca imaginei que chegaria a esse ponto… Admito, perdi essa batalha. Mas não se engane… a guerra ainda está longe de acabar.

Ao ver o inimigo assumir uma postura de ataque, Max enfiou as mãos na sacola, retirou duas meia-luvas e as colocou com tranquilidade. O Destemido, curioso, perguntou:

— O que seria isso?

— Isso? Bem, é algo que determinará a minha vitória.

— Convencido, gostei.

Avançou em alta velocidade e desferiu um golpe poderoso. No entanto, Max, ágil, utilizou suas explosões para esquivar e contra-atacar. Com precisão, agarrou a cabeça do inimigo, concentrou uma sequência de explosões e a esmagou violentamente contra o chão, causando uma grande explosão.

Sem perder tempo, acumulou energia explosiva em seus pés e desferiu vários golpes implacáveis contra Camion e pisoteou-o repetidamente. Quando finalmente parou, a fumaça densa envolvera o local.

Antes que pudesse relaxar, Max sentiu um perigo iminente. Instintivamente, gerou uma explosão com as mãos para se defender, mas a força do impacto o lançou para trás.

— Essas luvas… interessante. Elas elevam as suas explosões?

— Bem, qualquer leigo iria entender isso.

— Humano exibido.

— Mas deixa eu explicar de um jeito que até um brutamontes como você consiga entender.

— Levarei como elogio.

— Essas luvas foram feitas com meu cabelo e sangue. O cabelo virou o tecido, resistente e flexível. E o sangue… intensifica minhas explosões, as tornando ainda mais destrutivas. Entendeu agora, destemido musculoso?

— Destemido é? Um nome interessante.

— Hum?

A luta prosseguiu, e ele logo percebeu que o demônio não utilizava todo o seu poder. A velocidade de Camion havia aumentado consideravelmente, e os contra-ataques tornaram-se ineficazes. Com frequência, ele era forçado a usar explosões para se defender e desviou por pouco de golpes devastadores que, caso acertassem, poderiam ser letais.

— Você não é digno, humano. Suas habilidades são insignificantes comparadas àquela mulher… Ela, ao menos, teve a chance de me vencer. Mas você? Patético. Cansei de desperdiçar meu tempo.

— Tens razão, nessa forma, eu não tenho chances de vitória.

— Nessa forma?

Ergueu um dedo em direção ao Destemido e começou a concentrar energia explosiva na ponta. Em um instante, disparou e causou uma grande explosão que sacudiu o ambiente ao redor.

— Ohhhh! Não imaginei que seria tão poderoso.

— É só isso?

Sem demonstrar interesse em se esquivar, avançou em direção ao alvo andando lentamente. Para surpresa de Max, o demônio não sofreu nenhum dano, como se a explosão tivesse sido absorvida ou desconsiderada pela sua resistência sobrenatural.

Durão neh.

— Perguntei humano. Isso é tudo?

Max sorriu e concentrou aura em seus membros do seu corpo. Com firmeza, acumulou explosões. Uniu as mãos, como se estivesse em oração, e as explosões ressoaram entre as luvas, amplificando sua força. Cada vibração parecia intensificar o poder de suas mãos, tornando-o mais preparado para o próximo movimento.

— Modo explosivo parcial!

— …

— Vamos ver… o quão poderoso isso realmente será.

Apontou as mãos para trás no sentido oposto do inimigo e, com um movimento rápido como um lampejo, liberou explosões e foi em direção ao demônio. Sua velocidade foi impressionante, e antes mesmo que o alvo pudesse reagir, Max o chutou três vezes seguidas, com precisão e força.

Logo depois, ele se afastou, impulsionado para o alto por uma explosão e voou para cima. Camion, ao ver o movimento, olhou para o céu e sorriu. Logo depois balançou os dedos para Max atacar com tudo.

— Isso, isso que eu queria ver! — declarou Camion.

Lá em cima, ele continuava acumulando energia, o som das explosões intensificando-se à medida que ele se preparava. Ele se explodia várias vezes, cada explosão o impulsionava com ainda mais força.

Então, com uma velocidade ainda mais impressionante do que antes, desceu rapidamente e desferiu um soco de duas mãos diretamente no rosto. No entanto, o inimigo não se abalou. Continuou sorrindo e, com um tom desafiador, disse:

— É tudo?

Ao ouvir, recuou e pousou com firmeza no chão. Com um movimento controlado, desativou seu modo explosivo parcial, enquanto um leve sorriso de canto surgia em seu rosto.

— Vai desistir?

— Não… Apenas senti que você é, de fato, um inimigo que a humanidade jamais conseguiu derrotar. Pelo menos… até o dia do meu nascimento.

— Hum? Estás querendo dizer que foi você quem matou o destemido da gula?

— Gula, não sei? Mas matei um horroroso.

— Shashashasha! Não se iluda moleque. Aquele demônio não iria ser morto só com isso.

— Vou te mostrar exatamente porque ele morreu!

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