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The Little Monster, Develine

"Eu fui uma tremenda de uma arrombada!", compreendeu a verdade dolorosa em seu leito de morte. Relegada a uma vida de esquecimento devido ao pecado de nascer insuficiente para o meu pai, Develine se tornou a vilã. "Se eu não tivesse sido tão egoísta, talvez as coisas fossem diferentes... " Sentindo o toque caloroso daquela que mais a amou... "Então viva!", o tempo foi distorcido. Quando abriu os olhos novamente: "O quê?! Como assim!? O que está acontecendo?" Se viu no passado. Diante de tal desenvolvimento inesperado, e determinada a superar as memórias ruins, Develine decidiu encarar sua nova vida de cabeça erguida. "Eu não desperdiçarei a minha segunda chance!", prometeu para si mesma.

WJOliver · Fantasie
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19 Chs

Capítulo 18 - Vovô

Com a grande porta pela qual saíram fechando em suas costas, dois jovens pré-adolescentes bem-afeiçoados sentiram a pressão em seus ombros diminuir o suficiente para respirarem tranquilos. Aquela foi uma experiência tensa.

— I-isso fo-foi pesado — o mais novo dentre os dois, o jovem de cabelos curtos e loiros, afirmou; suspirando aliviado assim que se viu fora daquela sala.

Apesar de o indivíduo dentro daquele recinto ser o seu próprio avô, ele só conseguia sentir um frio na espinha. A pressão era tremenda.

— C-certo — o jovem ruivo, apenas um ano mais velho do que o garoto ao seu lado, concordou com a afirmação desagradável.

Mesmo ele, conhecido por sua feição monótona e fria, foi abalado pela presença do avô.

Tomando um tempo para recuperar sua compostura: "Parecia que eu estava sendo picado por formigas!" Ficou arrepiado apenas por lembrar do que acabou de acontecer.

Sentados diante do seu avô, pressionados pela presença do mesmo, eles acabaram deixando escapar algo que não deveriam.

Entrando naquela sala para pedirem, a mando do pai, que o ocupado senhor de idade comparecesse a eventos que não tinha o menor interesse de ir; receberam um questionamento inesperado.

~Antes de saírem, gostaria de perguntar algo para vocês.~ O velhinho que parecia conservado em formol de tão belo que era, se ajeitou em sua cadeira e pegou um copo de água. ~Onde está minha neta?~ Ele questionou com o peso de cem elefantes dando potência a sua voz de aspecto tranquilo.

Seus olhos estavam afiados como facas e sua aura pesava uma tonelada. Foi difícil para aqueles jovens suportarem.

~E-ela teve que fazer uma vi-viagem, vovô~ o garoto ruivo se prontificou, já que seu irmão havia entrado em choque.

~Perguntei onde?!~ Ainda com sua feição séria, seus olhos brilharam intensamente. ~Não fui claro?~ As rugas em seu rosto foram acentuadas pela expressão predatória que lançou.

Querendo acabar com a pressão que estrangulava seu pescoço e pressionava seus ombros: ~Pra-pra casa d-da tia Ashiria~ o garoto loiro respondeu em pânico.

Abrindo um sorriso satisfeito, o velho os liberou.

~Muito bem! Vocês podem ir~ sem dar nenhuma importância extra, o senhor se voltou para sua escrivaninha e continuou o seu trabalho. ~Quer dizer, quase me esqueci~ parecendo se lembrar de algo e com seu sorriso charmoso ainda em face, encarou os garotos de soslaio. ~Nunca mais chamem sua irmã de inútil, estão me ouvindo?~ Seu sorriso refrescante perdeu o brilho.

Os garotos engoliram em seco e balançaram suas cabeças positivamente.

~Agora podem ir, saiam!~ O senhor se voltou para os seus afazeres.

Foi um descuido tremendo da parte deles. Durante a conversa o jovem ruivo acabou xingando a irmã em uma passagem qualquer. A princípio o velho não pareceu importar; ledo engano, ele se importava bastante.

— O-o papai vai me matar! Eu não deveria ter contado, Drerik. O que eu faço?! — o garoto mais jovem, loiro, dono de uma feição angelical, lábios rosados e três piercings prateados no lóbulo da sua orelha direita, pediu ajuda enquanto ainda tentava se recuperar do choque.

— Eu não sei, Teho! Se vire — seu irmão disse, dando de ombros enquanto ainda tremia.

— Você não sabe? — o garoto mais novo riu de nervoso. — Você sabe como ele fica quando falamos dela, seu imbecil! Foi você que a xingou sem motivo — sua voz começou a ficar alterada.

O garoto de cabelos longos e lisos, pouco abaixo dos ombros, e que devido à tonalidade intensa de ruivo parecia um banho de sangue, suspirou com certo desgosto ao perceber os olhares que os analisavam.

— Eu sei, Teho — disse, se recuperando do choque e começando a andar. — Esquece isso. Vamos! — apressou seu irmão.

Ambos haviam ficado muito tempo parados na frente daquela porta. Vigiados pelos olhares frios dos dois guardas de armaduras negras que protegiam aquele escritório pessoal, eles começaram a se sentir desconfortáveis.

— Sim, — irritado com aquilo, o garoto loiro respondeu ao chamado e começou a seguir o seu irmão. "Malditos bastardos!", reclamou internamente.

Para aqueles jovens acostumados a serem tratados com admiração e inveja onde quer que fossem, o olhar desinteressado e sem emoção era um baque no ego.

"Vocês são só guardas!", vociferou para si mesmo, claramente com medo de dizer aquilo em voz alta.

Apesar de estar certo em uma parte da sua afirmação, sabia muito bem o que aquelas armaduras negras representavam. Aquela era a guarda pessoal do imperador, um grupo cujo único objetivo era garantir uma vida-longa ao líder do império.

Mesmo que fossem netos dele, caso representassem algum perigo para o líder, aqueles garotos também podiam ser executados. Eles eram um grupo realmente especial.

Em poucos segundos havia apenas o som dos seus passos. O silêncio era aterrador.

— Droga! — enervado pelo barulho rítmico, Teho explodiu. Ele estava aflito. — Será que ele nos puniria caso soubesse o que acontece com ela? — estremeceu.

O jovem ruivo parou e após suspirar se virou lentamente para o garoto fora de si.

— Você deveria tomar cuidado com o que diz aqui dentro — encarou o irmão com um pouco de desprezo. — Você tem o meu sangue, então haja como tal. Não seja um burro patético que fica abalado com tão pouco — Drerik vociferou.

*tsc* Teho estalou sua língua.

— Desculpa! — disse a contragosto.

Ele sabia o que aconteceria com eles caso seu avô descobrisse o "segredo" dos mesmos. Recuperando um pouco da compostura que tinham, eventualmente saíram daquele corredor. Com a luz do sol matutino atingindo a pele clara de ambos, um terceiro jovem, que estava recostado em uma pilastra qualquer, começou a segui-los em silêncio.

Observando o garoto de olhar morto, pele branco cadavérica e olheiras escuras, Teho emitiu uma risada maliciosa. Quando estava irritado com algo, ele adorava provocar os elos mais fracos.

— Mal posso esperar para o causador disso voltar pra casa — o jovem loiro irrompeu. — Precisamos ensiná-la uma lição — riu maliciosamente.

Os olhos vermelhos do garoto que trajava uma armadura de couro completamente negra, tremeram por um instante. Foi algo momentâneo, quase imperceptível.

Com as palavras do irmão, Drerik assentiu sem mudar sua expressão: — Animaizinhos desobedientes merecem ser punidos para que nunca mais façam besteira — respondeu.

A atmosfera mudou levemente, ficando repentinamente mais fria.

— Você está nos desafiando? — Teho sabia o motivo, por isso encarou o garoto logo atrás com o canto do olho.

Apesar da sua feição parecer impassível, micro detalhes em sua expressão deixava claro que o mesmo estava ficando irritado. Seus lábios vermelhos normalmente retos estavam torcidos e seu olhar corriqueiramente frio ficou levemente agressivo.

Parando por um instante e se voltando para trás, Drerik ordenou com seu tom plano e pouco emocional de sempre: — Late!

As letras gravadas na coleira de couro presa ao pescoço do jovem de cabelos brancos, adquiriram um brilho arroxeado, e em seguida, a contragosto, o garoto pouca coisa mais novo e mais alto que os jovens a sua frente, simplesmente latiu.

Teho caiu na gargalhada.

— Aprenda o seu lugar — Drerik disse em tom frio enquanto voltava a andar.

Mesmo humilhado por aqueles dois, ele voltou a segui-los de perto; sempre protegendo suas costas mesmo que em verdade desejasse mata-los. Era impossível escapar. A coleira em seu pescoço o transformou em um animal de estimação.

"Eu ainda oferecerei suas cabeças para a princesa", jurou com ódio borbulhando em seu âmago.

Ele odiava ver sua benfeitora sofrer nas mãos daqueles dois. Principalmente, odiava o fato de não poder ajudá-la.

Enquanto seu ódio jurado alcançava novas alturas, ele viu os garotos pararem. Dobrando a esquina de um entroncamento de corredores, uma moça de cabelos negros amarrados em uma trança escama de peixe surgiu repentinamente.

"Impressionante!", foi o pensamento que o jovem de olhos vermelhos teve no instante em que viu a mulher despontar logo a frente.

Apesar de andando no mesmo corredor que eles, um capaz de emitir eco diante do menor estímulo, a moça com curvas sinuosas confinadas em um elegante traje de mordomo não produzia sons enquanto caminhava.

Ela parecia um fantasma.

Quando eventualmente passaram por ela, a mesma se curvou em sinal de respeito, mantendo seu sorriso fino e social.

"Ela é perigosa", o coração do jovem encoleirado acelerou. Ele sabia reconhecer um predador astuto quando via um.

Os rostos dos netos do imperador também ficaram pálidos, mas por motivos diferentes. Eles eram incapazes de sentir o poder daquela pessoa misteriosa.

— Aquela era uma carta de Ashiria? — Teho questionou, mantendo seu passo.

— Sim, são os mesmos padrões — Drerik lutou pela sua compostura.

— Será que ela está pedindo ajuda ao vovô para adotar a inútil? — Teho se aproximou do irmão e sussurrou.

— Não sei! Só precisamos avisar o pai — o jovem ruivo se manteve firme e acelerou o passo.

Um sorriso mínimo surgiu no rosto do garoto de cabelos brancos que seguia logo atrás. Apesar da sua constante falta de emoções, ele parecia feliz com aquela informação.

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E para todos os leitores, um grandississimo obrigado ;)

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