O capítulo se inicia em meio à penumbra na torre do Castelo de Lior, onde a atmosfera estava carregada de tensão. Mammon, disfarçado como o Rei Canvos, encarnava a frieza da traição. Seu olhar penetrante fixava-se em Aelion, que hesitava em liberar a barreira.
- Mammon: "Solte a barreira, Aelion." - Mammon ordenou, sua voz carregada de um poder que parecia vibrar nas paredes do castelo. - "A Vila dos Silvinos está sendo invadida por demônios. Eles precisam de você!"
Aelion, sentindo o peso das palavras, olhou para o distante horizonte onde as sombras se agitavam.
- Aelion: "Mas... a proteção do Reino de Lior..."
- Mammon: "Não há tempo a perder! Desative os escudos!" - Mammon (disfarçado de Canvos) insistiu, sua expressão uma máscara de urgência que escondia sua verdadeira natureza.
Com um suspiro pesado, Aelion atendeu ao chamado, seus dedos trêmulos desativando a barreira. O cajado Sosen Baria caiu de suas mãos, um símbolo de proteção que se despedia. Um grito de desespero ecoou em seu coração.
Cerca de '13 horas' após a queda do Protective Shell, as hordas demoníacas de Mammon começaram a invadir o Reino de Lior. As sombras se tornaram uma maré implacável, e a cruel emboscada orquestrada por Mammon resultou na dizimação das tropas dos Cavaleiros Sagrados. O Reino mergulhou em uma profunda escuridão, onde gritos de pânico e desespero ecoavam.
Enquanto o caos se espalhava, uma luz distante começava a brilhar. Lilya chegava ao Reino de Lior, sua determinação inabalável refletida em seu olhar. Sem hesitar, ela desvela uma das poderosas formas de sua Alabarda Espiritual, Bastion. A Oitava Forma, Lírio da Lua - Explosão, se manifestou como um símbolo de esperança em meio à destruição.
- Lilya: "Vocês são muito barulhentos!" - E, com um golpe preciso, uma onda de energia irrompeu da alabarda, exterminando a maioria dos demônios e restaurando brevemente a esperança das pessoas.
Enquanto a poeira assentava, ela se movia rapidamente, utilizando a Nona Forma da Bastion para curar os civis feridos. A energia revitalizante da Lírio da Lua - Névoa da Cura se espalhava como uma brisa suave, curando ferimentos e restaurando a vida nos corações aflitos da população.
- Lilya: "Por favor, evacuem!" - Implorou, sua voz firme, mas carregada de emoção. Sir Aric, o único remanescente dos Auras Divinas, observava a cena com uma expressão confusa.
- Sir Aric: "Por que a Rainha das Fadas está auxiliando um reino humano?" - Ele questionou, a incredulidade visível em seu tom. - "Eu pensei que você nos detestava!"
Ela olhou nos olhos de Aric, seu coração pulsando com a verdade que finalmente reconhecia.
- Lilya: "Apesar de tudo o que aconteceu entre nós, neste momento de crise, somos todos afetados. O peso da vida recai sobre nossos ombros, humanos e fadas. Não posso ficar parada enquanto vidas estão em jogo!"
Sir Aric assentiu, compreendendo o dilema que enfrentavam.
- Sir Aric: "Então, o que devemos fazer?"
- Lilya: "Atravessem as montanhas em direção ao Oriente. O Labirinto do Minotauro é o lugar mais seguro agora. Você deve guiar os civis e os cavaleiros restantes." - Lilya respondeu, a determinação em sua voz iluminando o caminho à frente.
Com um último olhar ao oriente, Lilya seguiu em direção ao castelo, onde Mammon aguardava em sua forma verdadeira, sentado no trono que era de Canvos. O riso dele ecoou pelo salão, uma sinfonia macabra que reverberava nas paredes.
- Mammon: "Ah, Lilya." - Ele disse, com um sorriso sádico. - "Que prazer vê-la. Você está aqui para se render?"
- Lilya: "Para onde Lúcifer levou o fruto?" - Ela perguntou, a voz firme apesar do medo que lhe arrebatava.
- Mammon: "Não importa. A esta altura, ele já deve estar no Monte Olimpo." - Mammon respondeu com desdém.
Imediatamente, um ímpeto de urgência tomou conta de Lilya.
- Lilya: "Preciso ir atrás dele!" - Ela se virou para sair, mas Mammon tentou intervir, a sombra de sua presença ameaçadora se projetando sobre ela.
Foi nesse momento que parte do verdadeiro poder da Alabarda despertou dentro de Lilya. Um brilho intenso iluminou seu ser, permitindo-lhe utilizar duas formas da Alabarda Bastion simultaneamente.
- Lilya: "Você não vai me deter!" - Ela gritou, invocando a Segunda Forma: Makura-Bastion.
Com um movimento ágil, ela voou na velocidade do som em cima de Makura-Bastion em direção ao Olimpo, enquanto a Terceira Forma: Dividir se manifestava, criando uma barreira de fragmentos que bloqueava Mammon.
Mammon gritou de raiva, mas o brilho da alabarda era mais forte. A batalha entre luz e escuridão estava prestes a se intensificar, e em meio à tempestade, a esperança de um novo amanhecer se formava.