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Capítulo 12

Princesa Shahnaz POV:

Desperto com uma sensação de que algo bom deve acontecer hoje, minhas damas adentram minha alcova cantarolando e preparam meu banho, entro na tina e logo saio, me enxugo e visto um vestido azul e branco, deixo meus cabelos soltos sob o véu, calço as sapatilhas, coloco anéis, pulseiras, colar, brincos e coroa. Vou ao salão do banquete.

Todos estão excessivamente sérios e eu me recordo que é o grande dia do comunicado sobre quem será o novo general, por isso essa tensão no ar. Assim que terminamos, seguimos para o jardim, brincamos um pouco com os pássaros e flores e nos assentamos para conversar.

— Tem visto o bem-amado? – Lila pergunta.

— Nunca mais o vi, queria mandar uma carta para ele. – digo.

— Oh não, eu não teria essa coragem. – Pari diz.

— Disseram que fariam tudo por mim. – digo.

— Princesa, está deveras apaixonada. – Zena diz.

— É porque não conhecem o meu Jahangir. – digo e suspiro.

Asthad aparece de repente e encerramos a conversa, tem uma nova convocação do Imperador para mim. 

Encontro com a Imperatriz, Bibiana e Etty diante da porta da sala do trono e todas nós estamos confusas, somos anunciadas e adentramos, logo a grande esposa real e eu subimos e ficamos ao lado do Imperador, enquanto as outras duas do lado de seus maridos. 

Logo adentram o recinto o sacerdote Hormuzd, os nobres persas e os nobres de guerra e por último os comandantes do exército imperial. 

Todos reverenciam o Imperador, que está confortavelmente assentado em seu trono. 

— Não é um mistério o motivo pelo qual os convoquei à sala do trono nesta manhã. É notório que necessito de um homem leal e de confiança para ocupar a posição de general do exército imperial. Eis que diante de mim desfilam diariamente dezenas de sugestões ruidosas e vistosas, mas há duas semanas eu já escolhi o sucessor de Faridoon, com muita reflexão e embasamento e de maneira nenhuma mudarei minha opinião. – Shahanshah diz, deixando todos surpresos.

— Sua escolha é sempre a melhor e mais justa, Majestade. – Sirdar Nasim diz.

— Quem deverá ser o novo general, Majestade? – Babak pergunta.

— O novo general do exército imperial é Jahangir Azimi. – o Imperador diz e eu tenho que conter o sorriso que quer se formar em meus lábios e a alegria que toma conta de mim nesse momento. 

Jahangir está atônito, parece não compreender as palavras do Imperador e os cumprimentos dos outros comandantes ao seu redor.

Murmúrios de reclamação começam a ser ouvidos por toda a sala e são interrompidos pelo grande Shahanshah de uma só vez.

— Basta! Eu já disse que essa é a minha decisão final e foi muito bem refletida e embasada. – ele diz.

— Se me permite, Majestade. Esse comandante é muito novo para tal posição, que experiência ele tem? – um nobre de guerra diz.

— Me diga de que adiantou toda a sua experiência diante das quatro guerras que enfrentamos? Qual estratégia foi feita por você? Qual dos reis você atingiu ou cercou? Quando seu Imperador quase foi assassinado qual dos nobres esteve em meu socorro com toda a experiência de guerra que vocês têm? Qual nobre defendeu o general da morte ou vingou a sua morte? Vamos respondam-me! – Shahanshah grita. 

— Pois este homem a quem a partir de hoje todos chamarão de general Jahangir Azimi, realizou todos esses feitos que os grandes nobres de guerras jamais foram capazes de fazer em anos de experiência. – o Imperador diz.

— Tem o nosso respeito, general Jahangir Azimi. – Babak diz.

— Receba o nosso respeito e os cumprimentos, general Jahangir Azimi. – digo e ele olha para mim e faz uma reverência.

—Receba o nosso respeito e os cumprimentos, general Jahangir Azimi. – a Imperatriz diz, ele olha e faz uma reverência.

— Receba os nossos cumprimentos, general Jahangir Azimi. – Heydar diz.

Cada um dos nobres persas o cumprimenta e recepciona educadamente, mas os nobres de guerra o saúdam por obrigação porque estão diante do Imperador. 

Vejo os Sirdares cumprimentarem alegremente o novo general, assim como suas esposas, exceto Sirdar Nasim e o filho, que parecem aborrecidos. 

Realmente, de todos, os mais animados são os comandantes que estão emocionados com a nova posição de Jahangir, parecem que são bons amigos. 

Então começa a cerimônia, o sacerdote entrega o fardamento ao novo general, que sai para vestir e retorna em seguida, recebe das mãos do Imperador sua insígnia, mostrando sua nova posição, seu anel, demonstrando sua autoridade no império.

— Jahangir Azimi, sob o meu exército imperial te nomeio e faço o líder e general, que toda a cabeça se curve à sua autoridade e todas as tropas à uma obedeçam a sua voz. – Shahanshah diz e lhe entrega a espada. 

— Grandioso Shahanshah, sob sua autoridade me submeto com lealdade, juro e comprometo-me não apenas a missão de proteger o império e o Imperador com a minha própria vida, mas liderar o exército imperial como seu general, cumprindo com justiça, honra, coragem e vigor o meu papel em cada batalha para honrar e glorificar o seu nome. – ele ergue sua espada e cumpre o juramento, me deixando emocionada. 

— Que Ahura-Mazda o abençoe em sua missão, que lhe conceda justiça, que lhe exalte e lhe dê vigor para todos os momentos. – o sacerdote Hormuzd diz e lhe dá o faravahar, o amuleto. 

 Então o Imperador dispensa a todos, ficando sozinho com o general. 

 

Jahangir Azimi POV:

Entrar na sala do trono e ver a Princesa Shahnaz é uma dádiva para mim, mas logo o Imperador começa a dizer que já tem escolhido o sucessor do general e nos deixa cada vez mais curiosos para conhecer o nosso novo líder. 

— O novo general do exército imperial é Jahangir Azimi. – o Imperador diz e não consigo acreditar, olho para Shahnaz e ela sorri para mim, os comandantes me cercam e me cumprimentam, mas ainda assim eu não consigo acreditar.

É como um sonho que eu não consigo despertar, ouço murmúrios contrários e uma discussão fundo, mas estou alheio a tudo. 

Então eu sou o novo general?

Recebo os respeitos e cumprimentos, mas só consigo ouvir a doce voz de Shahnaz e de ninguém mais.

Eis que a cerimônia vai começar, o sacerdote me entrega o fardamento e eu vou em um aposento para me vestir, sou rápido para não deixar ninguém esperando, mas me emociono com a nova roupa, é tão linda e elegante!

Retorno à sala do trono e recebo das mãos do Imperador minha insígnia e anel, logo em seguida, ouço ele dizer as palavras que me dão posse a nova posição, o que me dá vontade de chorar, mas me seguro e recebo minha espada. É nesse momento que faço o juramento e a empunho.

Então recebo as bençãos do sacerdote e o amuleto, encerrando a sessão.

Todos são dispensados, exceto eu.

— General, existem muitas questões pendentes da guerra que precisam ser conversadas. – o Imperador diz.

— Sim, podemos falar sobre isso agora mesmo se Vossa Majestade desejar. – digo.

— Já está a par de tudo? – o Imperador pergunta surpreso.

— Sim, estou. – digo.

— Vamos conversar após o banquete, está convidado. – ele diz e desta vez eu fico surpreso.

Seguimos juntos para o salão do banquete.

Encontramo-nos com toda a nobreza, a Imperatriz, o Príncipe, a Princesa Shahnaz, o que me deixa extremamente tímido e todos acabam percebendo o meu constrangimento.

— Fique à vontade, general, esse é o seu ambiente agora. – uma senhora diz e eu agradeço.

— Está acostumado apenas com guerreiros de terceira classe como ele... Já foi um dia. – Sirdar Nasim diz. 

— Melhor guerreiro de terceira classe do que pessoas de terceira classe, não é prima? – uma mocinha diz para Shahnaz, que gargalha, uma senhora que deve ser sua mãe a repreende. 

Terminamos a refeição em silêncio, os nobres de guerra avisam que vão embora e preparam sua partida. Os Imperadores acabam ficando entretidos com isso a tarde toda, deixando as reuniões para a manhã seguinte. 

Durante a partida, Sirdar Nasim e o Imperador conversam sobre o compromisso de Saeed e a Princesa Shahnaz. 

— Faremos a celebração do compromisso entre os dois na semana que vem, conforme o combinado, traga Sadira e Roxy também. – o Imperador diz. 

Princesa Shahnaz POV:

Finalmente nos livramos dos nobres de guerra, isso sim dá uma sensação de alívio, agora sei que todos desejavam o cargo de general. 

Assim que nos despedimos deles, vamos para o salão do banquete e desfrutamos de uma boa refeição em família. Desta vez a grande esposa real fala de um grandioso baile que será na próxima semana. Quando terminamos, faço questão de me recolher.

Baile na próxima semana? 

Desperto com minhas damas me chamando, tomo um banho demorado, me arrumo com um vestido rosa, Pari trança meus cabelos, que ficam sob véu branco, calço as sapatilhas e ponho todas as joias. Sigo para o salão do banquete. 

Estranho não ver o general, mas também não devo perguntar, nos alimentamos em silêncio e depois sigo para o harém por exigência da grande esposa real, que deseja que eu faça um vestido noivo para o baile. Escolho a cor prata, combina com meus cabelos, a costureira real tira as medidas e a bordadeira começa a fazer seu trabalho. 

Vejo a Imperatriz totalmente dedicada aos trabalhos relacionados ao baile e pede ajuda para as cunhadas e sobrinhas, enquanto Dara me prende nas aulas de boas maneiras e instrumentos musicais. 

Termino as aulas na hora do próximo banquete, então me livro de Dara e sigo para o salão e mais uma vez não encontro com o general, o que me deixa triste, mas assim que termino, o eunuco vem me buscar para ensinamentos de como cuidar de uma casa e marido, mas para quê? Está bem, pode ser útil, penso em Jahangir. 

 

O Narrador: 

Shahanshah desperta bem cedo, entraja suas roupas reais, faz a refeição em sua alcova porque tem pressa em resolver as questões do reino. Assim que termina, convoca o general e os nobres para a sala do trono.

— Os convoquei aqui porque temos algumas questões para tratarmos. – o Imperador diz.

— Majestade, os impostos estão sendo recolhidos, mas pode haver indício de roubo. – Ebrahim diz.

— Por que diz isso? – Shahanshah se preocupa.

— Porque as somas não correspondem com os meus cálculos, posso estar enganado, mas acho bom verificar. – Ebrahim diz.

— Em qual Satrapia? – Babak pergunta.

— Em várias. – Ebrahim diz.

— Pode haver uma solução. – Heydar diz.

— Qual seria? – Sarod pergunta e todos estão interessados em saber.

— Vossa Majestade poderia por um homem para vigiar cada Sátrapa, assim teríamos certeza de que não há roubo ou engano. – Heydar diz e o Imperador concorda.

Recomeçam as discussões e sugestões de nomes e passam várias horas nisso, esquecem até da refeição.

Shahanshah tem cerca de quarenta nomes para escolher, os nobres farão a mesma investigação e entregarão amanhã para que ele possa decidir por fim que realizará esse trabalho de fiscalização.

Segue fazendo os julgamentos dos presos e de situações de seu povo no restante da tarde. 

Dispensa a todos e segue para o salão do banquete para a última refeição do dia, em completo e maravilhoso silêncio, assim que terminam, todos se recolhem aos seus aposentos. Desta vez Shahanshah prefere Arzu em seu leito. 

Tão logo amanhece, a dispensa, se arruma e segue para o salão do banquete, mais uma vez tem pressa em seguir para a sala do trono. Termina rapidamente a refeição e se retira.

Todos os nobres estão apressados essa manhã, precisam colher as informações e levar o mais depressa possível diante do Imperador, mas acabam demorando e só retornam após a refeição da tarde.

Adentram a sala do trono com a permissão e encontram um Imperador raivoso. 

— Por que tanta demora? – o Imperador pergunta.

— Desculpe-nos, Majestade, desta vez não foi tão fácil. – Sarod se justifica.

Eles começam a dissertar sobre cada um dos quarenta indicados e os trazem diante do Imperador, que os avalia e escolhe apenas dezoito. 

— Estou lhes dando uma posição de confiança em meu império, irão fiscalizar o trabalho dos Sátrapas em cada Satrapias de onde os senhores vieram. – o Imperador diz e chama cada um deles e diz seu destino. 

— General, me diga o que será necessário agora. – Shahanshah pergunta. 

— Durante as guerras reconstruímos as províncias, mas será preciso estabelecer a Satrapia e o Sátrapa em cada uma delas, assim como fortalecer suas fronteiras contra o ataque dos inimigos. – Jahangir diz. 

— Muito bem-dito, general – Babak diz. 

— Então escolherei os Sátrapas agora mesmo. Gabr para a Lídia, Eshan para a Frígia, Dariush para a Trácia e Elburz para Macedônia. – o Imperador diz e também já informa que fiscalizará o serviço deles. 

— General, então implemente essas ordens agora mesmo. Coloque seus soldados de confiança. – Shahanshah diz. 

— Existem ainda outras questões para lidarmos, Majestade. – Jahangir diz.

— Falaremos sobre elas depois. Estão dispensados. – o Imperador diz. 

Todos saem, deixando-o sozinho. Segue para a última refeição do dia, exausto, todos desfrutam do banquete e conversam um pouco sobre o baile que acontecerá em poucos dias. Terminam a refeição e seguem para suas alcovas.

 

Princesa Shahnaz POV: 

Vejo o tempo passando depressa diante de mim, durante toda essa semana estou sendo obrigada a fazer aulas no harém, de como cuidar do meu corpo e pele, boas maneiras, como lidar com palácio, marido, filhos, harém, esposas secundárias, como ser boa anfitriã, dança, cantar e tocar instrumentos, mas para que se a minha vida toda estou sendo submetida a isso? 

Amanhã será o dia do baile e enfim a grande esposa real vem falar comigo algo a respeito.

— Princesa Shahnaz, quero que saiba que amanhã é o dia que vamos firmar seu compromisso com Saeed Khani, você estará linda e feliz e nada estragará esse baile ou o Imperador a punirá. – a Imperatriz diz, me deixando enfurecida.

— Não vou me comprometer com essa família! – cuspo essas palavras.

— Como ousa me desafiar? – Vasthi grita.

— Quando brincam com a minha vida como se eu fosse uma boneca, eu desafio sim! – grito também e me afasto, vou procurar pelo Imperador. 

Peço por uma audiência na sala do trono, nem noto quem está ao seu lado, tamanho é o meu ódio. 

— Princesa Shahnaz, o que quer aqui essa hora? – o Imperador pergunta. 

— Não vou firmar compromisso algum com Saeed Khani, com a família de Sirdar Nasim! – digo enfurecida e é nesse momento que noto que Jahangir está na sala.

— Você vai se casar com Saeed, essa aliança está firmada desde o baile antes da guerra, eu empenhei a minha palavra, você sabe que não volto atrás. – o Imperador diz com austeridade.

— Não vai a voltar atrás em sua palavra? Pois eu também não volto atrás na minha, não me casarei com Saeed Khani! – digo soletrando as palavras e Shahanshah se levanta enfurecido.

— Princesa Shahnaz, você vai firmar esse compromisso amanhã! – ele diz com o dedo em riste.

— Prefiro a morte! – digo, viro as costas e saio da sala do trono. 

Choro amargamente em minha alcova por essa traição dos Imperadores.

Pensei que pelo menos meu pai me amasse de verdade, mas nem com ele eu pude contar nesse momento de aflição. 

Escrevo uma carta para Jahangir, é tudo o que consigo pensar agora e peço que Lila leve e coloque em seu gabinete. 

Preciso pensar em uma estratégia, afinal estou em uma guerra particular, preciso ganhá-la de algum modo, mas como? Preciso ter a ajuda de Jahangir para pensar em algo, espero que ele leia a carta. 

Declaro-me doente e não saio da alcova para nada. 

 

General Jahangir Azimi POV:

Decorre uma semana com muitos trabalhos ao lado do Imperador, são muitas exigências e cobranças, assim como no exército, sigo dando as ordens aos comandantes para o treinamento dos soldados diariamente. 

Mas de todo o modo, o Imperador segue satisfeito com o meu desempenho.

Tenho feito a maioria das refeições na companhia da família imperial, o que me dá a chance de ver a minha amada pelo menos três vezes ao dia, mesmo que não possamos trocar nem mesmo duas palavras. 

Então o ápice da minha loucura é quando ela invade a sala do trono hoje durante uma reunião e diz ao Imperador que não vai ter compromisso algum com Saeed Khani ou com a família de Sirdar Nasim. 

Shahnaz estava prometida a outro quando deu seu coração para mim?

Forma-se uma grande discussão entre o Imperador e a Princesa, onde ela promete que não vai se casar e diz que prefere a morte, enquanto Shahanshah diz que jamais volta atrás.

Ela será capaz de se matar?

Shahnaz vira as costas e sai, deixando-nos perplexos e eu desesperado. 

Nem sei dizer como consigo encerrar a reunião com o Imperador, mas logo ele me dispensa dizendo que precisa que deseja que o forte esteja bem protegido e seguro para o baile de amanhã, afinal muitos convidados virão para ver o compromisso de Saeed e a Princesa Shahnaz. 

Isso vai mesmo acontecer, não é ilusão ou pesadelo. 

Perco o apetite e sigo direto para o meu gabinete, vejo um pergaminho sobre a mesa e o abro, tem o perfume de Shahnaz.

"Meu amado Jahangir,

Rogo a você que não tenha ódio de mim, juro que não sabia do intento maldoso dos Imperadores e vim a saber apenas hoje e imediatamente fui à presença dele para rogar por uma solução, pensando que seria ouvida, pensando que meu pai me amaria, mas não é verdade.

Ajude-me a encontrar uma solução porque o meu coração e meu amor são apenas teus.

Se eu for forçada a me casar com Saeed Khani, eu me matarei. 

Me encontre no mesmo lugar que nos conhecemos quando a lua estiver alta. 

Sinceramente,

Shahnaz"

Minha amada Shahnaz, está sofrendo tanto quanto eu, precisamos encontrar um meio de livrá-la dessa situação, mas o que vamos fazer? 

Reflito sobre todas as possibilidades durante a noite, enquanto não chega o momento do nosso encontro, chego a uma conclusão que pode ser muito arriscada, mas é uma maneira de livrá-la. 

Olho para a lua e está linda essa noite, vou para o lugar onde nos encontramos pela primeira vez e aguardo sua chegada.

— Que susto você me deu. – ela sussurra e sorri. 

— Você fica ainda mais linda sorrindo. – digo.

— Então me perdoou? – Shahnaz pergunta.

— Não há motivo para lhe perdoar, a culpa não é sua. – digo e faço um carinho e seu rosto.

— Estou preocupada, o que faremos? Não posso me casar, não com ele. – ela diz e segura minhas mãos.

— Tenho uma proposta para lhe fazer, mas é muito arriscada. – digo, tentando ver sua reação.

— Como seria? Ele deve desistir do casamento. – ela diz, parecendo estar muito interessada.

— Vou te contar tudo, mas para isso vamos precisar de muita paciência, força e amor. – digo e começo a explicar em detalhes a minha ideia.

Decidimos arriscar e por em prática, parece mesmo ser a melhor estratégia para vencer o inimigo.