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Projeto Aria

"Relembre o passado para voltar à realidade..." Duas garotas acordam em um lugar que desafia as leis da física e vai contra a realidade comum. Elas não sabem como chegaram lá, não se lembram de suas identidades e descobrem que para sair de lá, é necessário passar nas provas dos observadores. Sem nenhuma informação adicional tudo que elas podem fazer é continuar seguindo as regras. Será que elas conseguirão sair dessa loucura? Se gostarem, por favor deixem seus votos e me ajudem a ser encontrada!

Daoist0eBjAG · sci-fi
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12 Chs

Expectativas

— 2100... Era tecnológica? — Cacau ponderou sobre o que Goldie havia falado. — Eu me lembro disso! Quando eu era criança eu gostava de um jogo antigo de dominós mas meu irmão mais novo odiava jogos ultrapassados. Ele frequentemente jogava jogos de realidade virtual. Nós tinhamos uma casa inteligente, eram os robôs que faziam a faxina e tudo era organizado por comandos de voz!

— Eu não me lembro como era minha casa, mas eu me lembro como eram as ruas, carros flutuantes e ruas aéreas por todos os lados, hologramas faziam as propagandas nos estabelecimentos comerciais.

— Minha nossa, isso realmente é bastante informação!

— Agora eu sei mais ou menos qual o motivo daqueles dominós e desses livros e letras.

— Nós gostávamos muito deles.

— Sim.

— Então o que eles querem é recuperar nossa memória?

— É o que eu pensei também, mas isso não explica como viemos parar aqui e não nos diz se esse é o único objetivo desse lugar.

— Você tem razão, por que eles não simplesmente nos contaram desde o início?

— Eu não faço consigo nem chutar.

As duas pegaram seus pacotes e se sentaram no chão retirando alguns lanches das bolsas. Cacau pegou uma maçã e Goldie um croissant.

— Eu não consigo me lembrar de nada além disso e você? — perguntou o cacau após engolir um pedaço de maçã.

— Eu também não, essas são apenas coisas externas que eu consegui perceber. Eu não consegui lembrar nem meu próprio nome!

— É verdade, sinto muito por isso!

Ainda era início da manhã e toda situação estressante havia deixado as duas cansadas, mesmo elas tendo dormido antes de ir para lá.

— Vamos descansar um pouco e tentar nos lembrar um pouco mais do que nós vimos em nossas recordações enquanto isso. — Goldie sugeriu deitando a cabeça no travesseiro improvisado.

— Tudo bem, acho uma boa ideia! — Cacau respondeu copiando o gesto da colega. — Mas tenta descansar um pouco, você acordou antes de mim para preparar as coisas para vir pra cá!

— Vou sim, obrigada pela preocupação! — respondeu Goldie com um sorriso genuíno.

Enquanto as duas refletiam sobre suas memórias, um homem extremamente ansioso, alto e barrigudo, tinha acabado de sair do seu carro no estacionamento de uma lanchonete que parecia estar vazia. Era exatamente o que ele precisava: um lugar quieto para poder pôr as ideias em ordem.

Assim que saiu do carro, este recolheu os degraus flutuantes e se fechou, ele tinha reconhecimento inteligente de quando o automóvel estava vazio e se trancava sozinho. O homem ajeitou nervosamente os óculos no rosto e entrou dentro da lanchonete parecendo preocupado. Ele caminhou em direção ao balcão e se posicionou ali, esperando algum dos atendentes rabugentos fazerem seu trabalho. Essa era a única parte ruim da lei de proteção ao trabalho humanizado, haviam pessoas que simplesmente não serviam para trabalho com o público, e até máquinas podiam fazer o trabalho melhor do que elas.

— Em que posso ajudar? -perguntou atendente desanimada

— Eu gostaria de uma porção de panquecas e um café grande por favor!

— Mais alguma coisa, senhor?

— Não, isso é tudo. Obrigado!

— O total é de $15, senhor!

— Debite do UK Bank por favor. — Ele estendeu seu pulso com o identificador para mulher fazer a leitura do chip com a máquina.

Aquele aparelho que mais parecia uma pulseira, tinha todas as funcionalidades que um computador tem e, uma delas era o acesso aos bancos digitais. Imediatamente o fone em forma de brinco na sua orelha o informou do dinheiro gasto na Alfredo's cafeteria. Assentiu com a cabeça e foi em direção à mesa para esperar pelo seu pedido. Perdido em seus pensamentos, não percebeu que havia alguém lhe chamando.

— Thomas? — chamou um homem negro, ainda mais alto do que ele. — Thomas!

Thomas deixou seus devaneios e virou para olhar quem estava o chamando.

—  Ah, Olá! Eu não te vi. —respondeu se levantando para apertar a mão do homem que estava o cumprimentando.

—  Nem meu ouviu. — reclamou o homem apertando sua mão com força.

—  A sua força não diminui com o passar dos anos, Aser? — perguntou Thomas abanando a mão dolorida.

— Eu treino todos os dias para que isso não aconteça. — Ele respondeu se sentando na cadeira do outro lado da mesa. - Como você está? Faz tempo que não conversamos!

— Ah, na mesma de sempre. O trabalho está me matando!

—  Outro projeto difícil?

— Infelizmente sim, estava tudo dando certo, mas no meio do caminho alguma coisa deu errado e ainda não descobrimos o que foi.

— Eu não consigo nem imaginar como você deve estar frustrado! Então isso significa que eu não vou ter o meu passeio pelo laboratório.

— Oh, me esqueci completamente.

— Está tudo bem, podemos deixar para uma hora melhor!

Thomas começou a pensar em tudo que aconteceu e percebeu que talvez não houvesse uma hora melhor no futuro.

— Vou te levar para conhecer o laboratório quando uma boa notícia chegar, porque é bem capaz que não tenhamos outra chance de estar nele no futuro.

— A falha no projeto é assim tão ruim?

Thomas abriu um sorriso fraco e olhou o amigo com seriedade.

—  Nós fizemos uma grande m**** dessa vez!

— É ruim o suficiente para você não poder contar?

Thomas passou as mãos pelos cabelos castanhos e assentiu. Neste momento, seu fone sinalizou o recebimento de uma nova mensagem, que estava marcada como importante dentro do projeto. Ele se levantou em sobressalto com os negros arregalados.

— Aconteceu alguma coisa? — perguntou Aser.

— Eu não sei, só estou um pouco assustado por causa da ansiedade. Espero que não seja nada de mais!

— Tudo bem, vai atender enquanto eu faço meu pedido.

Thomas agradeceu assentindo com a cabeça e leu a mensagem que apareceu cobrindo o espaço vazio à sua frente.  Isso era possível graças a realidade aumentada projetada pelo óculos de última geração.

"A área A49 começou a fazer progresso, gostaria que desse uma olhada no replay e decidisse se damos a ela acesso ao menu..."

Thomas abriu um sorriso de orelha a orelha, finalmente as coisas estavam começando a andar! Quando Aser retornou, carregando seu pedido e o dele próprio, imediatamente perguntou:

— Boas notícias?

— Ainda não é certeza, mas podemos esperar resolver parte dos problemas se tudo correr bem!

— Então eu vou torcer para que tudo corra bem! Eu realmente quero visitar esse laboratório.

— Espero poder te dar boas novidades em breve!

Os dois tomaram seus cafés em silêncio por um tempo. Aser passou a mão pela cabeça sentindo seu novo corte de cabelo incomodar um pouco, estava curto demais para o seu gosto. 

Os dois tomaram seus cafés em silêncio por um tempo. Aser passou a mão pela cabeça sentindo seu novo corte de cabelo incomodar um pouco, estava curto demais dessa vez. As garçonetes não conseguiam deixar de olhar para o contraste entre os dois. Um homem com aparência geral abaixo da média e um homem alto, forte e bonito estavam conversando na mesa em frente a elas. Aser roubava todos os olhares admirados.

— E a sua carreira, como está indo? — Thomas perguntou recordando da profissão delicada do amigo.

— Eu me tornei general ano passado — Aser respondeu como se a informação fosse irrelevante.

— Você o quê?!

— Me tornei general ano passado — repetiu sem mudanças de expressão enquanto comia suas panquecas com mel.

— Eu ouvi muito bem, por que não me convidou? Não fazem solenidade de passagem de comando?!

— Sim, mas você estava ocupado tomando posse de um laboratório no mesmo dia, não quis te incomodar.

Thomas fincou o garfo em sua própria pilha de panquecas irritado e bufou.

— Eu teria mudado a data!

— Isso seria pedir demais para seu chefe, Thomas. Além do mais, é apenas uma patente...

— É a patente mais alta em tempos de paz! — dessa vez Thomas não se controlou e acabou gritando. As pessoas começaram a olhar na direção dele com olhares desagradáveis. — Não acredito que deixou passar assim... Você chamou alguém para assistir pelo menos?

— Você sabe que minha família sempre odiou a ideia de eu estar no exército. E tinham muitos colegas de trabalho lá, não é como se eu tivesse participado da cerimônia sozinho!

Aser terminou de dizer todas essas coisas com uma carranca. Thomas não conseguia acreditar que seu mais querido amigo de infância não tinha ninguém para convidar além dele e sua família.

— Você já está com 45 anos, quando vai sossegar e construir uma família? Mais um pouco e seus filhos poderão ser confundidos com seus netos no futuro...

Aser gargalhou alto ao ouvir essa afirmação, ele não imaginava a si mesmo com uma esposa e filhos, mas o pensamento o provocou bastante divertimento quando Thomas o falou. Devido aos risos, ele engasgou, então teve que tomar uns bons goles de café para se recuperar.

— Você continua engraçado! — disse ainda entre risos.

— Eu estava falando sério — Thomas respondeu meio magoado.

— Eu estou de férias — Aser cortou a conversa mudando de assunto: — Se qualquer novidade boa aparecer, me passa uma mensagem!

Thomas assentiu com a cabeça e continuou a comer emburrado. A mensagem que recebeu voltou ao pensamento e ele sorriu com o canto da boca, imaginando que finalmente poderiam consertar o erro que lhes trouxe tantos problemas na última semana!

Vamos lá pessoal! Me dêem suporte aí?!

Preciso do Apoio de vocês para continuar escrevendo! Até a próxima!