Capítulo 6: Visitantes...
Enquanto passava uma semana nesse novo mundo, eu treinava o meu corpo e melhorava minha maestria com a lança.
Também comi bastante refeições da vó Judith, claro! Caçei muito, e inclusive ajudei nas tarefas de casa.
Até agora não tinha encontrado nenhuma criatura de mana. Isso era bom para mim, por que ainda não estava confiante de enfrentar uma sozinho. Mas algo interrompeu nossa paz e tranquilidade momentânea.
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Durante o almoço habitual... nós ouvimos um grito de voz.
– SAI DAI ÓRFÃO CAGÃO!!!
Minha vó confusa olhou para mim.
– O que foi isso pequeno?
– A vó... não é nada, deve ser um mosquito que passou pelo teu ouvido! – Falei isso, ciente mais ou menos do que estava acontecendo.
Ela sentindo-se incomodada, perguntou.
– Eu não sei garoto... pensei que tivesse escutado uma pessoa gritar?
Em seguida foi possível ouvir outro berro humano!
– Se não sair daí!! VAMOS JOGAR FOGO NESSA CASA IMUNDA!!!!
Num instante, o meu sangue subiu pela cabeça!
– Vó fique aqui por um momento, acho que eles são os meus amigos querendo zombar de mim. Já que faz tempo que não brinco com eles...
– Tá bem garoto, se são apenas seus amigos, não tenho necessidade de preocupar-me. mas, que falta de educação que eles tem com o próximo...
Ela terminou de dizer com um olhar desapontado.
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Cultivando raiva interior, indaguei para mim mesmo! Quem ousaria mexer com minha família? Ainda deixar a minha vó aborrecida!
– Vózinha!
– Sim filho?
– Não se importe com o que falam, eles são meio linguarudos mesmo. Eu vou lá ensinar umas coisas legais, que estão precisando urgentemente aprender heheh...
– Pronunciei com uma risada maligna.
– Certo meu filho... mas não fique até tarde na rua.
– Pode deixar!
Naquele momento, já não conseguia conter mais minha raiva!
– 'Não sei quem é o infeliz que tentou me provocar, só que pode ter certeza que ele vai pagar caro por essa ousadia!
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Chegando a um passo de sair pela porta, vejo uma silhueta de um recém conhecido?
– Eae órfão ratinho! Decidiu sair da toca?
"Gargalhadas ecoavam pelo ar..."
Aquele adolescente era Doeny! E agora ao seu redor, tinha formado um grupo de 10.
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Eu olhei para todos eles, vendo a cara de cada um!
– O que foi? Ficou com medinho do meu grupo? Hahahah!
Sua risada, era parecida com uma gaivota que acabou de engasgar.....
– Cale a boca Doeny, só estou vendo quantos precisarei levar para o curandeiro!
Imediatamente ele olhou-me com uma cara contorcida de ódio!
– Miserável!! Mesmo diante de nós ainda quer ser o orgulhoso?
– Pare de latir igual uma cadela! Não tenho nem a necessidade de usar minha lança para matar todos vocês... – Eu intimei rindo de suas caras de pamonha!
Outra coisa, é que eu queria evitar de causar um banho sangrento na frente da casa da vózinha.
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Muito revoltado pelas minhas ofensas... ele perdeu sua paciência mandando 3 dos seus capangas para atacar-me!