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O Outro Mundo

Arthur é um rapaz comum que, durante uma noite de sono, tem sua consciência transportada para outro mundo, para onde diversas criaturas, de muitos lugares diferentes, também foram transportadas há muito tempo. Neste mundo existe magia e criaturas com poderes sobre-humanos lutam pelo poder. Esse é um lugar hostil, onde um descuido pode significar a morte. Ali, a chegada desse solitário novo habitante carrega muito mais significado do que a existência de apenas mais um morador. Significa a chegada de mudança para a ordem estabelecida e agitação na magia de maneiras que podem abalar as estruturas desse planeta. É o primeiro sinal de mudança naquilo que se pensava ser imutável.

Serjento · Fantasie
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IV.

Vi-o em toda a sua glória, embora tenha sido uma única vez. Foi naquele navio, numa noite nebulosa, quando eu e a senhorita Tessália, viúva do Conde Ortin, éramos os únicos passageiros acordados no convés. E, no silêncio da noite de brumas, ríamos o segredo do nosso amor proibido. Em meio ao arrebatamento apaixonado de minh'alma, demorei a perceber os crisântemos olhos de minha condessa perdidos no véu acinzentado da noite. Voltei-me e tornei-me gelo: Vi, na popa do navio, uma silhueta fantasmagórica. Mais de dois metros acima de nossas cabeças se erguia o tronco de uma criatura élfica, como eu e minha amada, mas de um porte soberano inconcebível para os que habitam este mundo. Trajava vestes formais e levava um lenço em sua mão. Seu corpo quase translúcido se impunha como rei e seu rosto altivo demandava obediência. "É chegada a sua hora", sua voz retumbou em minha cabeça e eu senti o seu poder. "Eis-me aqui, para tomar aquilo que me foi negado". E estendeu-me o lenço. Eu, antes alegre amante, agora me reduzia a pobre alma subjugada. Não tive forças para negar o seu pedido e reduzi-me à função de serviçal. Teria passado pelo véu da névoa e perdido esse corpo que vos escreve, se minha amada não tivesse estendido a mão e agarrado o lenço primeiro, num sacrifício apaixonado, entregando o próprio corpo à ruína incorpórea e deixando-me aqui, com tinta e pena, para registrar meus amores e lamentos. Para ser testemunha viva de que o espectro incorpóreo existe e é tão poderoso quanto as próprias entidades que regem o nosso mundo.

Aeronn V. R. Thewnes – Jornadas – Tomo II

Os incorpóreos são tão reais quanto os pudores de uma elfa. Exatamente. Não existem.

Hector Vladslaw – Vampiro da guarda real de Vivre

*

Saíram da tenda gritando ordens. Barsen e Yvanna não precisavam de Rinlia para saber que tinham de coordenar seus pelotões e arrumar as defesas.

-Onde está Gasser? - Ela indagou Thiago, que não saíra de seu lado.

-Ele está a caminho, senhora. Foi conferir se-

Outro trovão. Os olhos ocres do soldado se arregalam ao ver o brilho do relâmpago que acompanhou o estrondo. Rinlia via seu próprio reflexo neles e sabia que estava mascarando seu medo de maneira impecável. Como uma comandante precisa fazer.

-Eu fui conferir se os cavalos estavam selados, senhora. - A voz rouca de Gasser soou nas proximidades quando ela mais precisava. Como sempre. - Estão prontos para uma retirada.

Ela balança a cabeça. O hobgoblin magrelo, de pele amarela, preso em uma armadura maior do que lhe convinha, era seu assistente pessoal há anos. Conhecia seus hábitos. Mas não existem hábitos em uma situação tão anormal quanto essa.

-Os cavalos estão apavorados por causa dos trovões. São mais sensíveis à magia do que nós. Se tentarmos uma retirada, os animais irão se rebelar e não conseguiremos manter a formação. Na melhor das hipóteses, restam um ou dois sobreviventes.

As palavras têm um impacto forte no semblante do soldado de cabelos castanhos. Ela se irrita com a falta de coragem dele, mas se contém, sabendo que uma reprimenda agora pode empurrá-lo para o desespero.

-Vá até Barsen e peça as suas ordens. - Ela o dispensou e, ao vê-lo partir, suspirou aliviada por não ter que cuidar desse assunto. Voltou ao hobgoblin. - Organize as defesas. Não quero ninguém espalhado. Amarre os cavalos no lado oposto à batalha. Yvanna e Barsen organizarão as trincheiras e o posicionamento de todos para a batalha.

-Até os novatos? - A expressão de Gasser não a incomoda.

-Todos. Não posso pedir que ninguém se sacrifique conosco, mas também não posso colocar apenas nós três na linha de frente. Apenas dois ou três sortudos ficarão cuidando dos suprimentos.

-Sim, senhora comandante.

-Gasser.

-Senhora?

-Eu e os comandantes de pelotão temos que comandar as defesas para que ninguém fuja. A sua função na batalha é ser defendido. Fique com os outros dois que estarão escondidos. Se nós formos derrotados, pegue o cavalo mais veloz, os dois soldados que estarão com os suprimentos e corra para a capital do reino. Leve a mensagem do nosso rei. Essa é a nossa missão.

O hobgoblin coloca a mão fechada em frente ao peito e faz uma reverência. Rinlia engole seco ao ver seu secretário partir. Olha em redor e vê a movimentação intensa de pessoas carregando materiais para improvisar barricadas, frascos mágicos para criar fogo e explosões e armas para atacar e defender. Uns conferem o fio da espada, outros analisam a pluma de suas flechas. Alguns analisam o peso dos machados e maças. Rinlia sabe que o único mago que deveria dar suporte à sua magia foi morto durante o segundo ataque de bandidos. Eles sempre miravam primeiro nos magos.

-E é tão difícil achar alguém sensível à magia… - Ela suspira, cerrando os olhos e tentando divisar a integridade do acampamento.

As defesas são organizadas às pressas e da maneira mais organizada que eles conseguem em meio à pressa.

Um relâmpago é imediatamente acompanhado do berro retumbante de um novo trovão.

-Feras! - Um batedor que tinha sido designado para vigia mais adiante na estrada dispara para dentro do acampamento aos berros. - Feras vindas da Grande Floresta!

-Animais? - Barsen, que retornara após dar as ordens, tem um brilho animado nos olhos. - Podem estar agitados pela magia, mas ao menos não são incorpóreos.

Rinlia o acompanharia na alegria, não fosse o olhar desesperado do soldado.

-Senhor, eles não estão agitados. Estão enlouquecidos pela magia e estão vindo na direção do acampamento!

-Quantos? - A comandante pergunta.

-Senhora, eu não pude contá-los. São muitos! Lobos, morcegos e sabe-se lá o que mais.

-Quanto tempo temos?

-Cinco minutos. Talvez menos.

Barsen cospe no chão aos pés do soldado e dá um tapa em seu ombro.

-Pegue uma arma e vá até a barricada. Você fez bem.

O soldado se afasta e o ogro ajusta o machado em sua mão. À frente deles, doze guerreiros aguardam atrás das barricadas. Barsen e Yvanna estão posicionados um pouco atrás, equidistantes das extremidades, aguardando para atacar o que passasse pelos primeiros. Pouco mais de dois metros atrás deles, dispostos num semicírculo, os arqueiros se posicionam com as aljavas cheias. Protegida por eles está a comandante e única maga sobrevivente da expedição.

As forças estão dispostas num pedaço semiaberto das ruínas posicionado entre diversas pilastras que resistiram ao tempo e à corrosão. As barricadas foram postas no melhor espaço para avanço de um inimigo e, mesmo animais , ao vir naquela direção, teriam que passar por ali se não quisessem ficar presos em corredores mais estreitos no meio das ruínas. Em compensação, as defesas feitas às pressas poderiam ser contornadas depois de algum tempo de exploração do inimigo, o que significava que eles precisariam derrotar o maior número possível de oponentes antes que eles pudessem cercá-los.

Rinlia reconhece um dos guerreiros que seguram as armas atrás das barricadas como o soldado de cabelos castanhos e olhos de cor ocre.

-Chame outro soldado para nos ajudar, Barsen. Deixe-o com os suprimentos. Não quero um guerreiro com medo protegendo minhas costas.

O ogro olha de modo taciturno para o soldado indicado.

-Senhora, ele foi o único soldado que pediu para proteger a barricada. Os outros estavam calados, na esperança de uma ordem para proteger os suprimentos.

Rinlia franziu as sobrancelhas, confusa pela atitude do soldado. Porém, não tinha tempo de saber mais detalhes. Yvanna se aproximava depois de conferir que os arqueiros tinham o que precisavam. Rinlia acenou para que se aproximasse.

-Independente de sermos atacados por incorpóreos ou por feras, estamos certos de que haverão ataques por todas as direções. Eu vou me concentrar nos ataques daqueles que podem voar. Os guerreiros não estão acostumados com ataques aéreos e os arqueiros logo terão que lutar em curta distância quando o que estiver no chão nos alcançar. Portanto, eu sou a única linha de defesa para o que vem de cima. Me deem cobertura, entenderam?

Os soldados em redor escutam a conversa e veem seus comandantes endireitando a postura.

-Sim, senhora!

Um vento mais forte assobiou por entre as ruínas do vilarejo. Rinlia olhou para a frente e viu a barricada formada às pressas entre as pequenas construções, de frente para a floresta. Às costas dela, alguns metros adiante, está a cabana onde está o prisioneiro.

"Tomara que você esteja assistindo." Ela pensa. "Quero que veja o quão bondosos nós somos em comparação com este mundo cruel em que você está agora."

Os guerreiros e guerreiras olham para sua comandante. Ela fecha os olhos por um instante, respirando profundamente antes de levantar a cabeça e levantar sua voz.

-Neste momento, nós estamos preparados para a batalha. Não como meros soldados, mas como habitantes de um mesmo mundo. Criaturas com um desejo só: Sobreviver. - Ela acena de modo genérico para todos. - Olhem para quem está ao seu lado. Esta é a pessoa que irá te proteger da morte. Nós todos que estamos aqui conquistamos o direito de viver, habitando os nossos corpos e vivendo as nossas vidas. Ela é nosso direito. - Ela bate no peito. - Como soldados e como criaturas vivas, protegeremos nossos irmãos e irmãs. Viveremos uns pelos outros. Morreremos uns pelos outros. Derrotaremos a magia dos trovões e ainda hoje beberemos e cantaremos a vitória gloriosa dos guerreiros de Fiandel!

Um grito de ânimo é entoado pelos soldados, que batem as armas no chão e nos escudos, fazendo barulho e comemorando o discurso da comandante Rinlia, a grande guerreira escolhida pelo próprio Rei para guiá-los até Vivre.

-A vitória… - Ela olha para os dois lados. - SERÁ NOSSA!

Batidas contra o chão ressoam à distância. Um uivo ecoa. De repente, centenas de sons distintos ressoam na noite.

Um relâmpago cruza o céu.

-Arqueiros! - Uma ordem gritada pela elfa de cabelos platinados.

O trovão corta o silêncio.

-Disparem!

*

Thiago sente o coração bater com toda a força. Movido pelo discurso de Rinlia, ele fecha a mão na empunhadura da espada e aperta seus dentes com força. Assim como os demais guerreiros, está de frente para o aglomerado de mais de uma centena de animais que surge da elevação à frente do acampamento.

O som das flechas corta o ar pela primeira vez quando a horda de inimigos está a 400 metros. Uma sombra à distância, primeira a ser atingida ainda em terra, gane e tropeça, parando de se mover apenas vários metros depois.

-Disparem!

Novas flechas voam e matam, mas o número de criaturas hostis não diminui. Surgem mais e mais sombras de lobos correndo a toda velocidade naquela direção. Entre eles, cervos de mais de um metro e meio de altura se destacam, com as galhadas balançando furiosamente. Acima de suas cabeças, morcegos emitem ondas sonoras potentes e águias abrem caminho em seu voo acelerado. Todas estas criaturas tão distintas parecem fazer parte de uma mesma tribo, lançadas à frente por um impulso sobrenatural.

-Disparem!

200 metros. A respiração do guerreiro está pesada. Ao seu lado, um companheiro dá meio passo para trás, mordendo o lábio e amaldiçoando baixinho. Os arqueiros, em revezamento para que os disparos não cessem, assumem novas posições sobre pilares mais altos nas ruínas próximas, para evitar ataques em meios a suas flechadas. Rinlia dá um passo para trás e ergue as duas mãos. Ela não fecha os olhos, como faziam os magos que Thiago vira batalhar em dias passados. Ao invés disso, ela mantém os olhos abertos e, sem que diga uma única palavra, uma luz brilhante ilumina suas mãos e se ergue sobre sua cabeça.

Os arqueiros trocam as aljavas, previamente alocadas sobre os pedestais. Dessa vez, suas flechas não possuem pontas de metal, mas pequenas sacolas de pano amarradas na extremidade. Eles concentram suas miras nos locais com maior concentração de animais.

O contato agora é diferente. Ao atingir seu alvo, pó mágico se espalha em todas as direções e, um instante depois, chamas verdes brilhantes se lançam sobre eles. Os animais atingidos se jogam sobre os demais e todos eles berram desesperados, perdidos em fúria e dor.

Os arqueiros têm poucas dessas flechas, mas elas são eficientes para diminuir um pouco do número de inimigos. Acima de suas cabeças, águias mergulham na direção dos guerreiros das linhas de frente, quando as luzes que disparam das mãos de Rinlia adquirem seus alvos e se lançam sobre eles. Ela faz uma careta de esforço enquanto os animais são fritos pela descarga mágica e caem, mortos, um pouco atrás das trincheiras.

100 metros. Os arqueiros disparam. Devem existir cerca de 100 monstros correndo a toda velocidade naquela direção e, a essa distância, o choque de suas patas contra o chão é suficiente para emular o som de um exército inteiro saltando para cima deles. Isso sem mencionar que, pelo visto, Rinlia se prepara para ser a única defesa contra mais de cinquenta aves enfurecidas que se jogam sobre todos. Raios disparam em todas as direções e ela sequer olha para baixo, confiante da prote��ão de seus subordinados.

É ciente dessa confiança que o soldado olha para a direita e para a esquerda. Vê uma guerreira humana de cabelos curtos e negros segurando uma lança. Vê um guerreiro elfo portando uma espada em cada mão. Ele próprio agarra, rapidamente, o escudo a seus pés e se prepara, com a lâmina na outra mão.

Um último disparo de flechas.

Relâmpago e trovão.

Então o choque do focinho contra o escudo. Metal e carne. Um ganido sai por entre os dentes dos animais, que não conseguem quebrar a linha de formação num primeiro momento. Voam flechas que explodem nos animais que se amontoam em frente à barricada.

Com seu escudo protegendo o corpo, Thiago movimenta a espada transversalmente à proteção, ferindo o animal abaixo do estômago. Um morcego cai sobre sua cabeça, morto pelos raios, escorregando sobre seu corpo e desabando sobre o chão. Outro movimento da espada. Outro lobo cai.

Thiago sente um animal passar correndo por entre ele e seu companheiro e faz menção de se virar.

-Mantenham a formação! - A voz imponente de Barsen responde ao movimento de imediato. Um som pesado é seguido de outro som melado e sangue voa em toda as direções quando o machado arranca a cabeça do lobo. Um a menos.

O alívio dura um segundo. A segunda onda de animais passa pelas chamas das flechas. A maior parte deles ignora o fogo, guiados pela fúria mágica que lhes enegrece os olhos. A visão agourenta dos animais passando pelos corpos mortos e pelos campos onde explodem magias das armadilhas é o suficiente para fazer gelar o sangue do soldado. Suas mãos tremem e ele pensa em recuar um passo.

"Não."

Ele formula o pensamento e imediatamente inclina o corpo para frente. A coragem que o guia é contradita pelo tremor das suas pernas.

"Nós vamos morrer?"

O pensamento passa por sua mente, mas ele tenta ignorá-lo. Um alce de galhada enorme avança para cima dele e de seu companheiro. O animal tenta pular pela barricada, passando por cima da cabeça dos soldados. Thiago ergue sua espada, ferindo-o ao lado da coxa, fazendo jorrar sangue sobre ele e sobre seus arredores.

Ele fecha os olhos para o sangue não o cegar, por isso não vê o relâmpago.

Apenas escuta o trovão.

-Yvanna!

Barsen, que tivera de usar seu machado para se proteger do avanço da galhada do animal, chama desesperadamente pelo auxílio da companheira, pois os animais estão pressionando a barricada. Os arqueiros estão todos a postos sobre as pilastras e os dois chefes de pelotão são a única proteção restante para Rinlia, que não pode se distrair por um segundo da proteção aérea.

Yvanna, enervada pela batalha, estava com seu manto banhado em sangue. Seu capuz não cobria sua cabeça e seus cabelos se confundiam com o sangue em suas roupas. Ao ouvir o chamado, ela arreganha a boca, exibindo seus caninos salientes na direção do animal que passou pelas defesas. Em um único movimento, ela escorrega pelo campo de batalha, esquivando das aves que tentam a todo custo alcançar os soldados, passando por baixo da galhada e, com a ponta de uma adaga curta, faz um corte transversal no pescoço do animal.

Ao chegar do outro lado ela toma um impulso, pulando de costas e dando uma pirueta para voltar à posição em que estava antes. Não espera o agradecimento e imediatamente ataca um lobo que derrubara um soldado. Os animais contornam a barricada e começam a flanquear as defesas. Os arqueiros se concentram nesses animais, atrasando seus ataques.

Um soldado grita, caindo após ser atingido por uma cabeçada de um alce e ter seu peito pisoteado por outro. Seu berro é desesperado, mas não há tempo para o reforço o ajudar. Sua armadura é amassada e seu peito afunda.

-Recuem! Formem um círculo ao redor da comandante! - A ordem gritada por Yvanna é obedecida imediatamente.

Eles mataram o quê? Trinta? Quarenta animais? Restam quantos mais? O dobro disso?

Rinlia tenta, desesperadamente, dar cabo dos animais no céu. Felizmente, o número de ataques aéreos não era tão grande quanto aqueles que vieram por baixo. Os morcegos, maiores em número, eram fracos o bastante para não passar por seus raios e, por se guiar pelo som, ficavam confusos todas as vezes que soava um trovão, criando uma grande abertura para seu ataque. As águias fortalecidas por magia, por outro lado, não morriam imediatamente pelo ataque, que, ao se dividir para atingir todos, perdia parte do poder. Rinlia as atrasava, mas não evitava seu avanço por completo.

-Arqueiros, ataquem as águias! - Apesar de seu orgulho pedir que ela tentasse acabar com as aves sem usar ajuda, como comandante ela sabia que não podia correr o risco. Os soldados estavam se ferindo bastante e ela não podia adicionar ataques aéreos à lista de perigos contra eles.

Suor escorre da testa da comandante. Yvanna a olha e faz um aceno.

Viver ou morrer. Não importa. De qualquer maneira, continuariam lutando.

Sobreviveriam uns pelos outros. Morreriam uns pelos outros.

Como guerreiros de Fiandel.

*

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