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A Melancolia de um Rei

Era um dia agradável na mansão de Edgar,o avô de V,ele observava seu mural de máscaras e sorria ao sentir as memórias de cada uma o atingirem. Seu olhar repousa sobre a mais simples,uma máscara branca de plástico duro com quatro pequenos buracos ovais formando os olhos,aquela era a primeira máscara que ele usara. E como de costume,lá vinham suas melhores lembranças com ela.

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Era um dia ensolarado em Nova York e o pequeno Edgar brincava em um parquinho junto às outras crianças,ele na verdade se sentava longe de todas as outras enquanto fazia um pequeno castelo de areia entre as pernas,ele não se afastara por vontade própria,mas sim porque as outras crianças tinham medo de sua máscara e ele foi obrigado a se isolar.

"Você usa essa máscara por que é feio?" "Talvez se virmos o rosto dele a gente morra." "É melhor não brincarmos com quem não mostra o rosto." "É,vai que ele é tipo aqueles assassinos de filmes de terror antigos." Foram alguns dos comentários feitos sobre ele.

Ele se perguntava o porquê dos outros não gostarem dele,era mesmo por causa da máscara ou era por outro motivo? Em meio a seus devaneios,ele nem percebe quando uma garota se aproxima dele

???: Não liga pra eles,eu achei a sua máscara muito maneira!

Ele leva um susto ao notar a presença dela,a menina tinha longos e loiros cabelos cacheados,sua pele era bronzeada pelo sol,seus olhos verdes o encarava com um com um brilho de empolgação,suas bochechas eram marcadas por sardas e o sorriso banguela com um dente faltando completavam o visual de criança arteira.

Edgar a olhava feito um bobo e com a falta de uma resposta o olhar de empolgação se torna um olhar de dúvida e,ao perceber que havia a deixado no vácuo,ele finalmente desperta do transe e acaba tropeçando nas palavras.

Edgar: M-M-Me perdoe! Eu não queria ficar te encarando!/ O desespero dele a faz soltar um leve riso.

???: Tudo bem,qual é o seu nome?

Edgar: Eu sou Edgar.

Emilly: Meu nome é Emilly,quer brincar comigo?

Ela estava falando sério? Por que de todas as crianças ela queria brincar logo com ele? Ele não sabia dizer,mas não deixaria a chance de fazer uma nova amiga passar. As memórias passam como um flash,o pequeno Edgar observando maravilhado sua nova amiga se pendurar de ponta cabeça no galho de uma árvore,ele tentando ensinar Emilly a cozinhar e tendo que apagar o fogo com um extintor de incêndio logo depois,os dois indo pra escola juntos,ela o defendendo dos valentões.

Um sorriso nostálgico cresce em seus lábios,aquelas memórias o confortaram até nos dias mais difíceis de sua vida,as memórias da garota que alegrou sua infância.

Seu olhar para em outra máscara,essa era uma das mais chamativas,as extremidades dela eram feitas de ouro,sua parte interna era de uma madeira branca,os buracos para os olhos eram contornados por ouro e ela não possuía uma boca entalhada. Ele mais uma vez é tomado pela nostalgia.

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Edgar estava mais velho,ele agora era um jovem adulto mas não era o único que crescera,Emilly havia crescido pra se tornar uma jovem muito bonita,sua ela ainda tinha o mesmo cabelo loiro,a mesma pele bronzeada,os mesmos olhos esmeralda e as mesmas sardas de antes,mas agora seu lindo sorriso estava completo e anos de treino haviam fortalecido seu corpo para torná-la uma forte guerreira.

Os dois travaram um intenso duelo de espadas onde ambos eram muito abilidosos com uma lâmina mas mesmo assim,Emilly sai vitoriosa. Depois de o desequilibrar,ela o prensa na parede com a lâmina em seu pescoço. Após uma breve troca de olhares,Emilly levanta a máscara dele, deposita um rápido beijo em sua boca e depois coloca a máscara de volta e o solta.

Emilly: Tá ficando lerdo Ed.

Edgar: Você sempre foi melhor que eu em tudo Emi./ Ela dá uma risada sarcástica.

Emilly: Até em cozinhar?

Edgar: É,quase tudo.

Os dois caem na gargalhada relembrando as várias vezes em que Emilly quase incendiou a casa ao tentar cozinhar.

Emilly: Como tá o seu pai?

Edgar: O de sempre,tentando dasassociar os tecelões dos insecter./ Ao dizer isso,o semblante de Emilly muda completamente,ela agora estava séria.

Emilly: Não acredito que seu pai ainda não declarou guerra a eles,se eles querem continuar os oprimindo, vocês deveriam se defender!

Edgar: A guerra não vai resolver nada,só vai ferir mais inocentes,temos que cooperar até encontrarmos um jeito de nos libertar.

Emilly: Os insecter tem ferido mais inocentes do que qualquer batalha que vocês travaram,eu sinceramente acho que já chega de pensar com o coração.

Edgar: Como sempre,você é muito radical,eu acho que meu pai devia achar o meio termo.

Emilly: Hum,não importa,a decisão não cabe a nós./ Ela diz se virando de costas e embainhando sua espada.

Edgar: Mas se um dia coubesse?

Essa pergunta a surpreende e a faz se virar,só para ver Edgar segurando uma pequena caixa aberta com um anel dentro,ele tira sua máscara e a olha nos olhos.

Edgar: Eu sei que devia ter perguntado isso a muito tempo mas,quer ser minha rainha?

Emilly: Idiota! Eu que deveria ter feito esse pedido!/ Com lágrimas em seus olhos,ela se joga em seus braços e os dois se beijam profundamente.

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Ao lembrar do dia em que se tornou noivo,Edgar não pôde conter seu largo sorriso,em sua mesa,um pequeno quadro de Emilly,ele o pega e admira a beleza de sua falecida esposa. Queria que ainda estivesse aqui comigo meu amor... Esse pensamento melancólico era a única coisa que se passava em sua cabeça quando ele pensava nela.

Mas aquela não era a única memória que ele tinha com aquela máscara.

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???: Edgar./ O pai dele,o grande rei Aegeus Grimaldi,o chamava para perto da lareira.

Edgar: Sim pai?

Aegeus: Toque meu coração.

Edgar entende na hora,aquele era um teste antigo dos tecelões feito com os primogênitos MBS,o filho deve usar a intangibilidade para atravessar o peito de seu pai e tocar seu coração deixando apenas a ponta de seu dedo tangível,se ele tivesse êxito,ele seria digno de herdar o trono,caso contrário esse direito se tornaria do próximo sucessor da linhagem.

Para as filhas humanas,o teste era diferente,em seu aniversário de dezessete anos,elas eram mandadas para uma floresta,cuja a localização só era conhecida pelos membros da família real,e ela deveria encontrar a espada lendária dos tecelões,a Orenmir,que foi escondida no meio da floresta,ela teria um mês para achá-la ou falharia.

Edgar havia treinado sua intangibilidade dês de pequeno,e mesmo assim ele se sentia nervoso quanto mais perto do dia ele chegava e,por mais bondoso que Aegeus era,ele não queria decepcioná-lo.

Respirando fundo,ele ativa sua intangibilidade e começa a atravessar o peito de seu pai lentamente e então,seu instinto lhe diz que era a hora,ao deixar a ponta de seu dedo tangível,ele sente que encostara em algo,Aegeus faz uma cara de espanto,coloca a mão sobre o peito e começa a gemer de dor,ao ver isso,Edgar entra em pânico.

Edgar: Pai?! O que aconteceu?! Você tá bem?!/ Ao ver seu desespero,Aegeus abre um largo sorriso sacana.

Aegeus: É pegadinha,eu tô bem./ Ao perceber que havia sido enganado,Edgar puxa sua mão para fora e o olha incrédulo.

Edgar: Isso lá é hora pra isso pai?! Eu quase tive um infarto!/ Enquanto ele o repreende,Aegeus gargalhava alto.

Edgar: Não acredito que você fez isso! Eu achei que tinha te matado!

Aegeus finalmente para de rir e limpando uma lágrima que caía de seu olho esquerdo ele fala:

Aegeus: Desculpa,eu não resisti.

Edgar: Eu não entendo como alguém tão bobo consegue ser um rei!

Aegeus: Ei! Alguém tem que ter um bom humor nessa casa!

Edgar: Bom,agora que eu já passei no teste,eu tenho que ir,depois desse susto eu preciso de água./ Ele diz se virando para sair.

Aegeus: Espera! Achou mesmo que esse dia tão importante pra você seria tão seco?/ Edgar vira e o olha curioso.

Aegeus: Feche os olhos,eu tenho uma coisa pra você.

Ao fazê-lo,Edgar sentiu seu pai guiá-lo pelos ombros e quando finalmente pararam,seu rosto foi coberto por algo.

Aegeus: Pode abrir.

Ao abrir seus olhos Edgar leva um susto,ele estava usando a famosa máscara dourada,uma máscara especial passada de pai para filho na família real,recebê-la era uma grande honra,uma honra que Edgar jamais achou ser digno.

Aegeus: Ficou muito bem em você.

Edgar: Pai...

Aegeus: Hum?

Edgar: E-Eu não posso aceitar.

Aegeus: É claro que pode! Você é meu filho único,e você não faz idéia o quanto você me deixa orgulhoso.

Edgar se espanta,ele jamais ouvira tais palavras vindas de seu pai,o grande Aegeus apesar de ter sido um bom rei,não teve muita sorte em seu reinado,já que nesse período os insecter começavam a fazer a vida dos tecelões um inferno,e apesar de ter feito seu melhor,ele não foi capaz de libertar seu povo,tudo isso o fez ficar cada vez mais distante de seu filho e ele nunca se perdoou por isso.

Aegeus: Edgar,escute.../ Ele se ajoelha à sua frente e segura seu rosto para olhar em seus olhos.

Aegeus: Com tudo que está acontecendo entre mim e o resto do conselho,eu acredito que meu fim esteja próximo...

Lágrimas começavam a se formar em seus olhos enquanto ele falava,Edgar não entendia o motivo mas começava a chorar também

Aegeus: Fui chamado pra outra reunião com o conselho,e você sabe que se fomos incluídos eles provavelmente querem fazer outra exigência...

A voz dele falhou e ele tem que fazer uma pausa para não cair em pranto,ele não queria que seu filho o visse assim.

Aegeus: Em todo o meu reinado eu falhei não só com você mas como todo o nosso povo,mas juro que dessa vez eu não fraquejarei! Mesmo que... Mesmo que eu não volte dessa reunião com vida,eu não vou mais ser um covarde! Eu vou orgulhar você e toda a nossa gente pelo menos uma vez!

Edgar: Pai...

É a única coisa que ele pode dizer antes de se entregar à tristeza,ele abraça forte seu pai que devolve segurando sua cabeça em seu ombro.

Aegeus: Eu te amo meu filho...

Ele diz mas nunca obteve uma resposta,seu filho chorava descontroladamente e ele só podia tentar confortá-lo,aquela foi a última vez que Edgar viu seu pai com vida. No outro dia,enquanto ele pedia sua amada em casamento,seu pai desafiava o conselho e era morto por sua "traição".

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Eu também te amo pai... Edgar não consegue evitar a lágrima que cai de seu rosto ao lembrar desse momento. Porém,para seu desespero,aquela máscara ainda tinha uma última memória trágica.

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Depois do assassinato de seu pai,Edgar teve que assumir o trono. Apesar da dor de ter perdido uma pessoa tão amada,uma coisa ainda lhe dava esperanças: Emilly.

Os dois já estavam casados a cinco anos e seu relacionamento nunca esfriou,os dois ainda se amavam como na primeira vez e desse amor,floresceu uma nova vida,Emilly estava grávida de seu primeiro filho.

O nascimento de sua criança estava cada vez mais próximo,e a empolgação tomava conta dos dois,porém Emilly parecia estar muito quieta ultimamente o que deixava Edgar cada vez mais preocupado.

Edgar: Querida,você esta bem?/ Ele pergunta a sua esposa enquanto cozinha.

Emilly: ...

Ela parecia não tê-lo escutado,sua expressão séria indicava que ela pensava em alguma coisa.

Edgar: Querida?

Emilly: Ah desculpa,eu... Não é nada.

Edgar: Emilly.../ Ele apaga o fogo e se aproxima de sua esposa segurando suas mãos.

Edgar: Pode me contar o que quiser,sabe disso né?

Emilly não conseguia encará-lo,ela apenas olha as  próprias pernas através do vidro da mesa.

Edgar: Querida...?

Ele para de falar quando vê uma lágrima cair de seus olhos. Ela finalmente o olha,lágrimas escorriam por seu rosto mas um sorriso ainda permanecia em seus lábios.

Emilly: O-Os médicos... Eles me disseram que você talvez tenha que escolher entre mim e o nosso filho...

Edgar não sabia como reagir,ele acabara de perder seu pai,e poderia perder seu filho também? A vida ousaria o derrubar de novo,não é? Enquanto ele pensava Emilly não parava de chorar.

Emilly: Edgar... Se chegar a isso... Pelo amor de deus... Salve o nosso filho.../ Agora os dois choravam.

Edgar: Por favor,não me diga isso... Eu não consigo viver sem você...

Emilly: Tem que me prometer... A vida do nosso filho em primeiro lugar,entendeu?

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Edgar chorava descontroladamente,sua mente o forçava a relembrar a cena dele chorando ajoelhado ao lado da cama da esposa com o som do choro de seu filho ao fundo. Esse era o motivo pelo qual ele não queria que V morasse em sua casa,ele não queria que seu neto lhe visse assim todos os dias.

A única coisa que lhe dava conforto eram as poucas memórias boas que ele tinha com seu neto e ele não queria que fossem ofuscadas por potenciais memórias ruins com ele.

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Após seu reinado ter chegado ao fim,Edgar não tinha mais um propósito,seu filho havia crescido e formado uma família,algo que ele mesmo não conseguiu,pra que continuar vivendo? Pensamentos suicidas passavam por sua cabeça diariamente,porém a salvação veio na forma de V.

Após anos se sentindo vazio por dentro,ele finalmente via sentido em sua vida novamente. Seu neto tinha um plano mirabolante em mente para  se livrar de seu pai,mas para isso,ele precisava de sua ajuda,ele queria aprender as mais poderosas magias tecelãs e o único que podia ensiná-lo era Edgar.

V: Droga!

Seus pensamentos são interrompidos pelo garoto,ele passava por um treino de intangibilidade que consistia em atravessar uma fina tábua de madeira,ele falhava miseravelmente e dava de cara na tábua várias vezes e uma hora isso o cansa.

Edgar: Ainda com dificuldade V?

V: É claro,além de ter que atravessar essa coisa eu tenho que fazer isso usando essa máscara idiota!

A máscara que V usava era parecida com a que ele usa nos tempos atuais,com a lâmina exceção de que ela era completamente preta.

Edgar: Olhe como fala V! Máscaras são muito importantes pra nossa cultura!

V: Importantes como? Meu pai disse que só vou usar uma quando fizer dezesseis e pra poder escolher uma pretendente.

Edgar: Bem,o significado das máscaras acabou se alterando nos últimos tempos,elas eram muito mais do que uma forma de casar nossos filhos com gente da realeza.

V: E o que elas significavam?/ Edgar podia sentir o brilho da curiosidade em V,ele não consegue evitar um sorriso.

Edgar: Elas tinham muitos significados,mas principalmente,orgulho.

V: Orgulho?/ Ele parecia confuso.

Edgar: Sim,orgulho de ser quem você é,orgulho de fazer parte dos tecelões,orgulho de ser da família real,no geral,elas servem para demonstrar seu orgulho sobre alguma coisa,me diga meu neto,do que você se orgulha?

Ele parecia pensativo,do que ele realmente se orgulhava? Talvez ele tivesse orgulho de ser quem era? Ele realmente não sabia dizer,portanto a pergunta de seu avô ficou sem uma resposta.

Edgar: Não importa se você não consegue achar nada pra se orgulhar agora./ Ele diz tirando V de seus pensamentos.

Edgar: O que importa é que todos sentimos orgulho de algo,não importa o que,tenho certeza que você encontrará a sua.

Ele termina dando um largo sorriso e,mesmo não vendo,ele tinha certeza que seu neto também sorria.

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Um pequeno sorriso se formava involuntariamente em seus lábios. Aquela memória,apesar de ser recente,o confortava em dias difíceis como aquele.

Sua felicidade dura pouco,ele sente algo,alguma coisa mudara no ar a sua volta,era uma presença,uma que logo estaria ali. Edgar vai até o mural de máscaras e pega a máscara dourada,depois pega um papel e uma caneta e começa a escrever.

Após alguns segundos escrevendo ele dobra o papel,o coloca em um envelope e o sela usando um lacre de cera com o símbolo dos tecelões. Logo após,a carta e a máscara dourada começam a flutuar a sua frente e logo chamas azuis as envolvem e então os dois itens desaparecem em pleno ar.

Como se fosse cronometrado,ele sente a presença outra vez só que mais forte,ele estava ali.

???: Olá Edgar,como está?/ Uma voz distorcida soa da escuridão à frente dele.

Edgar: Não muito bem,desde que tirou meu pai de mim./ Ele não fraqueja diante daquela figura. Uma gargalhada vem antes dela continuar.

???: Ah sim,eu me lembro desse dia,uma memória doce pra mim.

Edgar: Então esse é o grande lorde Wallace? Alguém que se diverte com o sofrimento das pessoas?/ Outra risada.

Lorde Wallace: Lembra do que eu lhe desejei no dia de sua coroação?

Edgar: "Longa vida ao rei",irônico,acredito que nunca passou pela sua cabeça que você seria aquele que acabaria com essa longa vida.

Lorde Wallace: De fato,nunca pensei que a morte de um pai e seu filho viriam da minha lâmina.

Edgar: Agradeça por eu não ter mais forças pra lutar,porque se eu tivesse... / Ele faz uma breve pausa.

Edgar: ...Meu pai seria vingado hoje.

Ao dizer isso,Edgar sente uma forte dor em seu peito,ele olha para baixo,um enorme corte diagonal divide seu peito,seu e sangue começa a escorrer para fora,ele cospe sangue e cambaleia antes de se segurar na mesa do escritório. Atrás dele uma figura mascarada olha de relance por cima do ombro antes de desaparecer.

Aquele golpe foi fatal,ele perdera muito sangue e magia de cura nenhuma o ajudaria antes dele sangrar até a morte,ao invés de tentar evitar sua morte,ele caminha com dificuldade até uma porta trancada de sua casa da qual ele tinha a chave.

Aquele era o quarto do casal,estava tudo como Emilly havia deixado antes de morrer,Edgar cambaleia até a cama e se deita de lado. Talvez ele estivesse delirando pela falta de sangue,mas em sua frente ele via,deitada a sua frente,sua querida esposa,Emilly o olhava com um sorriso no rosto e de pé atrás dela estava seu pai,Aegeus.

Edgar: Pai... Querida... Eu... Estou chegando...