Capítulo 7
Na manhã seguinte, o céu azul brilhava intensamente, e os raios do sol entravam suavemente pelas frestas da janela. Emma, ainda aconchegada na cama, sentia como se estivesse no céu — tudo parecia calmo e perfeito.
Mas, de repente, ela sentiu algo... ou alguém. Uma mão envolvia sua cintura, o calor de um corpo muito próximo a fazia despertar imediatamente. Ela abriu os olhos, paralisada por alguns segundos, até que se levantou num pulo.
— Ai meu Deus... ai... ai... Não! Por que você está aqui? — disse ela, alarmada.
Patrick abriu os olhos lentamente e a encarou, surpreso com sua reação. O semblante de Emma misturava raiva e medo.
— Bom dia... O que houve? Você está bem?
— Claro que não! O que aconteceu aqui? Por que você está na minha cama?!
Patrick piscou algumas vezes tentando entender a situação, até que se lembrou da noite anterior — ela havia pedido para que ele ficasse com ela.
— Olha, se acalma, ok? Vai parecer estranho, mas... você me pediu pra ficar. Eu só me deitei ao seu lado e dormi. Foi só isso.
Emma o olhou desconfiada, mas algo em seu tom a tranquilizou. Ela suspirou, aliviada, sentando-se na cama.
— Ainda bem. Não me leva a mal, tá? É que... não quero parecer fácil. De novo.
— Fácil? — Patrick deu um leve sorriso. — Você não pareceu nada fácil. Na verdade, você é uma mulher bem difícil.
Ele riu, e ela não pôde deixar de soltar um sorrisinho contido.
— Bom, vou indo. Você parece bem, não precisa mais da minha ajuda.
Emma hesitou por um instante, mas então falou:
— Fica mais um pouquinho. Já que me ajudou... o mínimo que posso fazer é um belo café da manhã. Que tal?
Patrick fingiu pensar, mas logo cedeu.
— Já que você insiste... não vou recusar.
— Ok! Vou escovar os dentes. Acho que tenho uma escova sobrando, pode usar se quiser.
— Claro. Posso...?
— Fica à vontade.
Patrick foi até o banheiro, enquanto Emma seguiu para a cozinha. Logo o aroma de café preenchia o ambiente.
— Hmm... o cheiro de café é sempre bom.
— Concordo. Café é maravilhoso. Vem, fique à vontade.
Eles sentaram-se à mesa. Patrick observou o carinho com que Emma havia preparado tudo. Sorriu de canto, pensando no que Jackson havia perdido. Ele achava que Emma seria só mais uma, mas se enganou — ela era diferente.
— Obrigado pelo café, estava ótimo. Bom, eu vou indo... ou, na verdade — ele hesitou — você gostaria de jantar comigo hoje à noite?
Emma congelou por um segundo. Aquela proposta... o cuidado, o beijo na noite anterior... tudo a fazia lembrar de Jackson. Mas já fazia quase um mês sem notícias dele. Era hora de seguir em frente.
— Eu que agradeço por ter cuidado de mim. E sim, acho que seria bom um jantar.
— Que bom! Posso te pegar às 19h?
— Claro. Aqui, esse é meu número. Me manda mensagem quando chegar.
— Ok então... até mais.
Ele se aproximou, abraçou-a e a beijou com suavidade e intenção. Emma permaneceu ali, parada na porta, com um sorriso bobo no rosto. Sentia borboletas no estômago. Talvez estivesse, sim, começando a se apaixonar.
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Mais tarde...
Emma foi ao mercado, ao salão... O tempo passou voando. Quando viu, eram 18h.
— Meu Deus! Perdi a hora! — exclamou.
Correu para casa, tomou um banho rápido, vestiu seu melhor vestido e fez uma maquiagem leve. Às 19h02...
TRIIM TRIIM... O celular tocou.
— Oi! Já estou descendo!
Ao abrir a porta do prédio, Emma ficou boquiaberta. Patrick estava encostado em uma Lamborghini vermelha, a admirando como se fosse a única mulher no mundo.
— Uau, querida. Acho que vou mudar os planos e não vou te mostrar pro mundo.
— Desse jeito, me deixa sem graça.
Ele notou as bochechas coradas de Emma e sorriu com charme.
— Vamos, meu bem.
Eles seguiram para o restaurante. Durante o trajeto, Emma pensava em como Patrick era quase... perfeito. Um verdadeiro cavalheiro.
— Chegamos! — Patrick anunciou.
— Hã? Ah, sim. Estou bem. Vamos.
Ao sair do carro e entregar as chaves ao valet, Patrick brincou:
— Cuida bem da minha bebê, hein.
Emma olhou para a entrada do restaurante e seu semblante mudou. Um desconforto estranho tomou conta dela.
— Você está bem? Podemos voltar, se quiser.
— Não precisa... É que... — ela hesitou.
Patrick a abraçou. O perfume dele a envolveu como um cobertor seguro. Ela se acalmou.
— Obrigada por tudo. Vamos entrar.
— Já estava com fome mesmo.
Dentro do restaurante cinco estrelas, Emma se sentia deslocada, mas Patrick logo a tranquilizou.
— Não seja modesta. É claro que você viria aqui... com a pessoa certa.
Eles se sentaram. Patrick notou que ela estava inquieta, e segurou suas mãos com carinho.
— O que está te incomodando? Podemos ir embora, se quiser.
Antes que ela respondesse, Patrick viu alguém vindo em direção à mesa.
— Ora, se não é o garanhão... Jackson! Que bom te ver.
— Patrick... Que surpresa. O que faz aqui?
Jackson ainda não tinha percebido quem estava com Patrick — até que ouviu a notificação do celular de Emma.
— Emma? —
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CONTINUA...